O PSICOPEDAGOGO E SUA INTERVENÇÃO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

O tratamento mais humanizado, personalizado e especializado pode devolver a autoestima do aluno, que quase sempre se abala em situações de desencaixe no ambiente escolar e evita que o aprendiz se evada da instituição de ensino. PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia. Aprendizado. Dificuldades. Escola. É preciso levar em consideração que, as crianças que apresentam maior grau de complexidade para adquirir a matéria apresentada, não obrigatoriamente apresenta déficits intelectuais, emocionais, físicos ou sociais. Impõe-se, então, a necessidade de criar uma ressignificação para o aprender. Avaliar as hipóteses do motivo pelo qual a abordagem aplicada, não tem o resultado esperado para aquele aluno. Recriar as atividades, a teoria e até a prática. Isso exige o preparo competente e especializado do psicopedagogo. As relações afetivas desempenham papel primordial nesse contexto.

Sendo assim, como culpar somente o aluno por seu mal desempenho? Existem diversas causas para que o aluno enfrente dificuldades na aprendizagem. A falta de preparo do professor pode ser uma delas, o docente pode não atingir aquele estudante com determinada metodologia. O colégio também pode ser um fator para o insucesso, pois não busca uma melhor formação de seus funcionários. Até mesmo a família pode ser um dificultador. RUBINSTEIN, 2011, p. Os instrumentos que são citados pela autora podem ser: entrevistas com a família, com o aluno, buscar saber o motivo pelo qual foi marcado a consulta. Procurar entender um pouco mais da vida daquela criança ou adolescente. O contato com a escola que frequenta, conversas com outros profissionais que supervisionem a pessoa em questão.

Rubinstein sugere, ainda, o encaminhamento para outros profissionais, caso seja notada a necessidade. São vistas como barreiras para a aquisição do conteúdo programado para determinada série, porém dentro daquele grupo, um ou mais alunos apresentam situação de defasagem da matéria. O problema continua mesmo quando há uma mudança na metodologia utilizada, a abordagem ocorre de maneira diferente. Nada é suficiente para que o estudante possa aprender o conteúdo de forma assertiva. Diante dessa situação, faz -se necessária uma investigação mais profunda, um diagnóstico mais exato de qual o motivo e como resolver a dificuldade. Estudos da área apontam causas cerebrais, disfunções em determinadas regiões do órgão, como causas bastante frequentes para os distúrbios de aprendizagem, porém não podem ser considerados os únicos fatores.

Prefere assim, a muitas vezes, ser taxado de preguiçoso ou incapaz. Porém, se há a possibilidade de o psicopedagogo intervir na necessidade do aprendiz em questão, existem diversas formas de atuar e modificar o quadro. De forma principal, o profissional precisa levar aquele aluno a se encontrar. O aluno com dislexia, na maioria dos casos, tem baixa autoestima. Há, claramente, que se reconhecer a dificuldade, mas não é necessário focar nela. Podem ocorrer inversões na ordem das letras, omissão delas, junções e desordem de estrutura na frase. Apesar de parecer mais simples, ou seja, menos traumática que a dislexia, a disortografia também provoca problemas de autoestima e autoconfiança. Assim sendo, a atuação do psicopedagogo se faz bastante importante. O profissional pode auxiliar a criança ou adolescente com jogos, atividades com cartazes e pôsteres, para que o aluno possa visualizar seu trabalho.

Valorizar as habilidades do educando, sua criatividade e buscar conhecer, se possível através conversas, o motivo da dificuldade apresentada. Alguns chegam a duvidar da existência da condição, atribuindo aos pacientes falta de caráter. Nos Estados Unidos, alunos com o transtorno têm direito a atendimento diferenciado na escola, visto a seriedade do assunto. O psicopedagogo deve participar tanto do diagnóstico, quanto do tratamento, já que em meio aos distúrbios apresentados, é o que gera maior impacto na vida social do portador. Sendo tão grave a condição, o psicopedagogo deve intervir de forma a implementar técnicas que permitam desenvolvimento das dimensões educativas e mesmo, afetivas do aluno. É necessário captar a atenção e conseguir mantê-la, ensinar que o paciente consiga foco e despertá-lo em si, desenvolver autocontrole faz-se imperativo para esse indivíduo.

Inversão dos algarismos, ansiedade quando perguntado sobre problemas matemáticos, essas são características bastante comuns em portadores da desordem. Torna-se importante ressaltar que, a discalculia não se trata de um problema de Quociente de Inteligência (QI), deficiência mental, escolarização ruim ou deficiências visuais ou auditivas, ela é originada em uma má formação neurológica e o paciente não deve ser tratado como incapaz ou preguiçoso. O fato é que o psicopedagogo precisa intervir de forma a buscar desenvolver as habilidades numéricas do aluno. Atividades diversas ao restante da turma devem ser desenvolvidas, porém, sem isolar aquele que apresenta a dificuldade. Matérias pedagógicos diferenciados podem e devem ser utilizados na condição da discalculia. Nas palavras do autor percebemos, que, além da aprendizagem significativa, a concepção do conhecimento prévio como algo a ser respeitado no processo de ensino-aprendizagem.

É importante valorizar conceitos que os alunos trazem consigo, de casa, da sociedade, enfim, de momentos em que ele participa e leva para a sala de aula. O fator isolado mais importante que influencia o aprendizado é aquilo que o aprendiz já conhece", afirma Davi Ausubel. Ao lidar com as dificuldades de aprendizagem, faz-se ainda mais necessário respeitar o background do aluno. Seu histórico familiar, social, cultural e até mesmo, econômico, para que se possa situar o aprendiz em seu local de realidade, a partir dali ele poderá se desenvolver e compreender melhor os conteúdos fornecidos para a escola. BOSSA, NA. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: ed. Artes Médicas; 1994. FERNÁNDEZ, A.

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