MOVIMENTOS SOCIAIS E A IMPORTÂNCIA DE PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS NA COMUNIDADE

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Para tal, a metodologia empregada foi a revisão de literatura, que se baseia no levantamento de dados para identificar, selecionar e avaliar criticamente pesquisas e obras consideradas relevantes e mais atuais, de autores como CASTLEDEN, MORGAN & LAMB (2012), FREIRE (2013) e TESDAHL & SPEER (2015), buscando destacar a função dos movimentos sociais em prol da execução de projetos voltados para atender as necessidades de determinados grupos. Dessa forma, conclui-se que a participação ativa da comunidade é fundamental para a elaboração e manutenção de projetos sociais mais eficazes, que defendam as causas para as quais foram estabelecidos, além de ser um exercício de democracia. Palavras-chave: Movimento Social. Comunidade. Participação. Desenvolvimento Tem havido muito debate entre acadêmicos, profissionais e formuladores de políticas em relação à participação da comunidade no desenvolvimento de projetos que atendem a questões sociais.

 Nos países em desenvolvimento, podem ser feitos argumentos pragmáticos e éticos sobre a importância da participação ativa da comunidade na abordagem de planos, programas e/ou projetos que combatam as desigualdades, promovendo o bem-estar humano, a justiça social, a melhoria dos meios de subsistência e o desenvolvimento econômico (LEHRNER & ALLEN, 2008).   A pesquisa nesta área é importante para qualquer nação com uma história de conflito intergrupal, pois auxilia não apenas na compreensão da forma e função das narrativas históricas, que legitimam a desigualdade social, mas também fornece insights sobre como esses discursos podem ser combatidos e reformulados, para promover a igualdade social. Dessa forma, percebe-se que a comunidade tem uma importante função simbólica na mobilização de apoio a políticas públicas, no que tange às relações intergrupais, pois a participação comunitária é central para reivindicações de legitimidade, especialmente, no acompanhamento e fiscalização de onde os recursos estão envolvidos.

Para Lück, A participação no seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de atuação consciente, pela qual os membros de uma unidade social reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de resultados, poder este resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe são afeitas (LÜCK, 1996, p. Em concordância, Goulart (2001, p. corrobora expondo que “toda comunicação pressupõe diálogo, que só se efetiva quando o falante se dirige a um outro, individual ou coletivo, que faz parte do projeto de fala do falante e, que, para a efetivação do diálogo, é necessário que a linguagem e a situação que ela refere sejam do domínio comum”.

Um desafio de longo prazo tem sido ancorar a prática e a avaliação, em estruturas teóricas relevantes e abrangentes de mudança na comunidade, que vinculem os processos de ação e intervenção a mudanças direcionadas em vários níveis de influência, incluindo o contexto social mais amplo (FAWCETT et al. JAGOSH et al.  Essas estruturas geralmente carecem de uma explicação teórica abrangente dos processos dinâmicos, que levam à mobilização e mudança da comunidade no contexto participativo (MERZEL & D'AFFLITTI, 2003). Os movimentos também são avaliados com base em sua capacidade de acumular e usar recursos para provocar mudanças.  Os recursos são vistos como ativos tangíveis ou intangíveis, trazidos por grupos e indivíduos dentro do movimento e desempenham um papel importante na formação da capacidade do movimento para alcançar seu objetivo (HORN, 2013).

 Essa abordagem também postula uma forte base organizacional: os movimentos sociais são vistos como catalisados ​​por organizações (pré-existentes ou recém-criadas) envolvendo líderes ou porta-vozes, membros ou seguidores, que constroem o movimento mobilizando esforços e organizando recursos para realizar ações coletivas. Enquanto o principal recurso de um movimento é o trabalho voluntário de seus membros, a mobilização de recursos também envolve o desenvolvimento e a manutenção de sua participação no projeto (TESDAHL & SPEER, 2015).  Portanto, os membros são geralmente considerados como um elemento definidor dos movimentos sociais, através de sua mobilização e organização, eles dão sentido e desenvolvem o projeto (HORN, 2013).  O terceiro estágio é às vezes chamado de “o momento do movimento” (MASTERS & OSBORN, 2010) e é um estágio transformador, através do qual o movimento implementa sua ação coletiva.

 Durante este estágio, o movimento se beneficia do poder político e de um forte nível de organização para progredir em direção ao seu objetivo.   Na quarta etapa, o movimento social declina ou se consolida, à medida que o movimento fracassa e se dissipa, ou atinge seus objetivos e vê seus resultados institucionalizados e sustentados (HORN, 2013; MASTERS et al.  Esse processo de desenvolvimento não é linear: “À medida que os movimentos se formam, eles passam por estágios de crescimento e mudança, em alguns casos crescendo sistematicamente em força e impacto ao longo do tempo e em outros flutuando em resposta a dinâmicas internas e pressões externas” (HORN, 2013, p. Contextos não necessariamente promovem mudanças, ao contrário, eles formam o cenário para situações sociais, problemas, oportunidades e recursos.

As comunidades envolvidas na parceria, normalmente, vivem na mesma área geográfica e compartilham características comuns, seja a idade, identidade cultural ou status socioeconômico.  Essas comunidades, na maioria das vezes, experimentam alguma forma de marginalização, que as empurra para a ação da comunidade para trazer mudanças sociais.   Nessa perspectiva, o conceito de estratégia de ação coletiva pode ser pensado como a linha geral de ação seguida pela parceria comunidade-acadêmica para alcançar seu objetivo (causa).  Como no campo do movimento social, isso inclui uma variedade de estratégias, às vezes usadas em combinação.   A maioria dos projetos sociais utiliza uma estratégia de ação coletiva para abordar os determinantes sistêmicos, como as causas sociais, físicas, institucionais e políticas de condições específicas.

D; SNOW, D. A. Enquadramento de processos e movimentos sociais: uma visão geral e avaliação.  Revista Anual de Sociologia, 26, 661 – 639, 2000 (DOI: 10. annurev. de. Globalização em questão: subsídios para análise do mundo que vivemos. In: As tramas da (In) sustentabilidade: trabalho, meio ambiente e saúde no Ceará. Fortaleza, INESP, 2001. CASTLEDEN, H; MORGAN, V. B; COLLIE-AKERS, V; SCHULTZ, J. A; CUPERTINO, P.  Pesquisa participativa baseada na comunidade dentro da saúde latina para toda a coalizão.  Revista de Prevenção e Intervenção na Comunidade, 41, 142 – 154, 2013 (DOI: 10. FREIRE, P. GOULART, P. S. S. Avaliar é praticar democracia? In: OLIVEIRA, I. B. L. Reflexões sobre pesquisa participativa 1970 - 2005.  Convergência, 38, 5 – 24, 2005. HORN, J. Relatório geral de gênero e movimentos sociais.   International Journal, 9, 1 – 16, 2004 (PMID: 15125445). LEHRNER, A; ALLEN, N.

E.  Movimentos de mudança social e a luta pela construção de significado: um estudo de caso de narrativas de violência doméstica.  American Journal of Community Psychology, 42, 220 – 234, 2008 (DOI: 10. I.  Fortalecendo as configurações da comunidade: Agentes de desenvolvimento individual, melhoria da comunidade e mudança social positiva.  American Journal of Community Psychology, 41, 4 – 21, 2008 (DOI: 10. s10464-007-9148-6). MERZEL, C; D'AFFLITTI, J. D; ZIMMERMAN, M. A.  Teoria de empoderamento, pesquisa e aplicação.  American Journal of Psychology Comunidade, 23, 569 – 579, 1995 (PMID: 8851340). TESDAHL, E.

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