Metabolismo de Sódio e Cloro
O sódio é o principal cátion do líquido extracelular (LEC) e importante componente do esqueleto. Cerca de 45% do estoque corpóreo de sódio encontra-se no LEC, 45% nos ossos, e o restante é intracelular. Apesar de a maior parte do sódio corpóreo estar na forma prontamente intercambiável, cerca da metade daquele dos ossos não faz intercâmbio com os íons sódio nos compartimentos fluidos. O sódio não-intercambiável é absorvido pelas superfícies dos cristais de hidroxiapatita profundamente nos ossos longos. Nada do sódio ósseo é osmoticamente ativo, embora parte dele possa tornar-se disponível para melhorar os efeitos osmóticos da diluição do LEC. Este íon tem importância na manutenção da pressão osmótica e no equilíbrio hídrico, sendo, juntamente com o sódio, importantíssimos na manutenção do espaço extracelular; no balanço acidobásico e na síntese do ácido clorídrico (HCl) do suco gástrico após unir-se ao hidrogênio liberado na reação clássica: CO2 + H2O dando HCO3 - + H +.
O ácido clorídrico ajusta o pH do suco gástrico para favorecer a ação das enzimas, a melhor absorção do ferro e o ataque a microrganismos presentes nos alimentos. Depois disso tudo, o cloro volta à circulação fechando o chamado ciclo do cloro. A sua ingestão e eliminação do organismo estão intimamente ligadas às do sódio. Entretanto a ingestão, as perdas extra renais anormais e a excreção renal podem ocorrer independentemente do mesmo (Pereira, 2005). O transporte da glicose ocorre contra o seu gradiente de concentração, graças ao transporte simultâneo do sódio a favor do seu gradiente eletroquímico. Por sua vez, o gradiente eletroquímico do sódio é mantido pela Na, K-ATPase (a qual realiza transporte ativo primário), logo, o transporte de glicose é ativo secundário.
O co-transporte sódio/aminoácidos ocorre de maneira similar. Influências Hormonais Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona O sistema renina-angiotensina (SRA) é um sistema hormonal que participa da regulação do equilíbrio hidroeletrolítico, diretamente ou pela modulação da liberação de aldosterona. A ativação deste sistema se faz, em parte, independente do controle central. A vasopressina atua nos túbulos renais, principalmente no túbulo contornado distal e ducto coletor, determinando a migração dos canais de água (aquaporina) do citoplasma para a membrana celular, o que leva ao aumento da reabsorção de água, visando restaurar o volume do LEC e a osmolalidade. Além da vasopressina, que regula a reabsorção tubular de água, existem outros hormônios envolvidos na regulação da excreção renal de sódio.
Peptídeos natriuréticos A participação efetiva do sistema endócrino na regulação do equilíbrio hidroeletrolítico se restringia, principalmente, ao sistema renina angiotensina-aldosterona (SRA-A) e a vasopressina (AVP). Porém uma série de evidências, que culminou com a descoberta do peptídeo natriurético atrial (ANP), revolucionou este conceito, fazendo surgir novo sistema hormonal de controle do balanço hidroeletrolítico. O peptídeo natriurético atrial (ANP) é sintetizado principalmente nos átrios cardíacos e liberado na circulação em resposta ao aumento do volume de líquido extracelular (estiramento dos cardiomiócitos atriais). A energia é derivada da bomba Na+K+ATPase. º mecanismo – co-transporte: A reabsorção de sódio é acompanhada pela reabsorção de ânions para manter a neutralidade elétrica. Geralmente são Cl- e HCO3-.
A membrana lumial contém proteínas transportadoras específicas para o Na+ acopladas a outros solutos (glicose ou aa). Entra o sódio, glicose e aa. As evidências experimentais levaram ao seguinte modelo para a secreção salivar: os ácinos produzem uma solução primária, de composição eletrolítica e osmolaridade muito semelhantes à do plasma. Ao passar pelos dutos a composição e modificada, com reabsorção de Na+ e Cl- e secreção de K+ e do bicarbonato. Febre do Leite (Hipocalcemia) A hipocalcemia é caracterizada pela rápida depleção das concentrações de cálcio no sangue, devido à grande demanda de cálcio para a glândula mamária no início da lactação, os hormônios responsáveis pela absorção de cálcio, tanto no intestino quanto nos ossos, estão em baixa atividade, devido a pequena exigência de cálcio no período seco (Cavalieri e Santos,2002).
Dietas aniônicas No início da década de 70, pesquisadores noruegueses verificaram que vacas em pré- parto alimentadas com forragem tratada com ácido hipoclorídrico ou sulfúrico apresentavam menor incidência de febre do leite, o que poderia ser explicado pela diferença cátion-ânion da dieta (DCAD) pré-parto; Pesquisas americanas demonstraram que vacas da raça Holandesa alimentadas com uma dieta convencional para vacas em transição (50-90 gramas/ Cálcio / vaca/ dia) com um DCAD positivo e nenhuma suplementação de sal aniônico apresentaram 51% de hipocalcemia subclínica, 10% de hipocalcemia clínica e somente 39% estavam normais; Quando sais aniônicos foram adicionados as dietas, 20% estavam com hipocalcemia subclínica, 4% hipocalcemia clínica e 76% estavam normais (Oetzel et al. O corpo animal sempre tem que manter sua neutralidade elétrica, para isto lançam mão sempre do equilíbrio entre cátions H+ , K+ , Na+ e ânions CL- , SO4 - - e HCO3 -.
In: CONGRESSO NACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, Gramado. Anais. Porto Alegre. p. GROVUM, W. E. Tratado de Fisiologia Médica. ed. Guanabara Koogan. cap. Minerals in animal and human nutrition. Academic Press. London. p. MICHELL, A. Effects of variation in herbage sodium levels and salt supplementation on the nutritive value of perennial ryegrass for sheep. Grass and Forage Science, v. p. –113, 1980 MURAKAMI, A. E. R. OLSON, C. R. CURTIS, M. J. Outubro de 2005 / nº 18 Wilson, A. D. The tolerance of sheep to sodium chloride in food or drinking water. Australian Journal of Agricultural Research, v. p.
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