LUDICIDADE E O ENSINO DE MATEMÁTICA

Esse recurso implica em um novo fazer pedagógico significativo, ponderando que (re)modela as metodologias tradicionais, tornando o ensino mais atraente e desafiador. Assim, objetiva-se evidenciar a eficácia da ludicidade e, concomitantemente, a contribuição desse recurso no processo de ensino-aprendizagem. Metodologicamente, realizou-se um estudo bibliográfico, onde foram examinadas as literaturas pertinentes à temática em foco, sobretudo com autores como Grando (2004) e Chaves (2009). Concluiu-se que, doravante a inserção do lúdico nas aulas de matemática, quando feito de forma planejada e com objetivos definidos, pode-se contribuir para a aprendizagem dos alunos de uma forma positiva e prazerosa. Palavras-chave: Matemática. Isso se sucede devido ao imperativo de refletir e analisar as regras. Assim, o aluno estabelece relações entre os elementos do jogo e os conceitos matemáticos.

Posto isto, o artigo reflete sobre o emprego da ludicidade no cotidiano escolar, com foco na disciplina de Matemática. Ademais, discorre acerca das experiências pedagógicas de forma teórica, reflexiva e prática, ao investigar as diferentes metodologias de ensino sobre o processo de construção de conceitos matemáticos. Por fim, apresenta ainda, uma oportunidade de compreender a Matemática como um elemento essencial, retomando a ideia primária com enfoque lúdico e significativo. Nessa conjuntura, a professora Eni Fátima De Souza Chaves assevera que para trabalhar com o lúdico, cabe ao professor: • Problematizar sempre, desafiando os alunos a encontrar soluções para seus questionamentos; • Discutir e analisar com os alunos o porquê e os efeitos do jogo, bem como as reações e as atitudes dos participantes; • Ter consciência do que faz e saber por que faz; • Motivar-se com os alunos, trabalhar com eles, mostrando-se sempre firme seguro, passando-lhes a confiança necessária; • Possibilitar aos alunos assumir lideranças, dando-lhes espaços para conduzir os jogos; • Preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupo, vivenciando os princípios da dinâmica de grupo; • Relatar e publicar experiências para que outros passem conhecê-las e enriquecê-las (CHAVES, 2009, p.

Assim, o papel do docente deve ser o de desafiar, debater e interferir, quando necessário, promovendo a satisfação do aluno na realização da atividade lúdica. Para que a proposta atinja o discente, o professor necessita interiorizar a prática e acreditar no êxito dos alunos, pois desse modo, os mesmos adquirem confiança e segurança. Consoante Chaves (2009, p. o emprego da ludicidade na disciplina de Matemática exige um planejamento delineado, onde “[. Grando (2004), assim como o psicólogo Jean Piaget (1978) corroboram e evidenciam que os jogos atuam como uma ferramenta para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, verifica-se que são poucos os professores de Matemática que empregam este recurso em suas aulas. Essa conjuntura emana, sobretudo, das dificuldades em relacioná-lo ao conteúdo matemático, isto é, trabalhar os conteúdos através dos jogos, bem como a escassez de tempo e ausência de recursos.

Um jogo na sala de aula refere-se a uma atividade desenvolvida com intenção simultânea, ou seja, distrair e instruir. Desse modo, sua prática apresenta duas funções: a função lúdica, onde o aluno se encontra e se diverte ao jogar; e a função educativa, a qual auxilia no desenvolvimento do aprendizado e na compreensão de mundo. GRANDO, 2004, p. Postas essas considerações, evidencia-se a importância e o imperativo em inserir o lúdico nas aulas de Matemática. Salienta-se que mediante os jogos, os alunos aprendem conceitos de espaço, tempo e estabelecem conexões representativas chegando a uma estruturação lógica. O resultado disso se estende a uma interação no grupo social, uma contribuição significativa, sobretudo na adolescência.

A professora Maria Aparecida Viggiani Bicudo (1999) ressalta que o educador de matemática deve trabalhar com variedades de jogos. Para o seu entendimento, é necessário não apenas conhecer o sistema numérico, mas também seus símbolos, signos e formas. O emprego da metodologia tradicional, tem como resultado apenas a obtenção de boas notas ou satisfação em uma avaliação. Contudo, se os alunos forem demandados a encontrarem soluções para um problema no dia-a-dia, os mesmos não conseguirão resolvê-lo, mesmo que tenham o conhecimento teórico necessário. Neste segmento, o emprego da ludicidade como uma prática pedagógica permite a construção de significados e de descobertas, enriquecendo e desenvolvendo a personalidade dos alunos. Assim, transfere-se o conteúdo a um instrumento pedagógico e leva o educador a um processo no qual tem a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem inserida na situação.

Além disso, o uso de jogos incentiva os alunos a assimilarem inconscientemente os conceitos, fazendo com que sejam envolvidos ativamente no processo de ensino-aprendizagem. Conclui-se que a tradicional forma de receber informações do professor de forma passiva, torna-se irrelevante quando comparada a outras metodologias, como o lúdico. REFERÊNCIAS BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (org. Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. pdf. Acesso em 03 jul. GRANDO, Regina C. A Matemática na Sala de Aula. São Paulo: Papirus, 1995. gov. br/seb/arquivos/pdf/matematica. pdf. Acesso em 04 jul. PIAGET, Jean.