LIDERANÇA ORGANIZACIONAL: FERRAMENTA IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO EMPRESARIAL
Por fim, com o intuito de trazer a nossa realidade as teorias discutidas, apresentamos exemplos de como empresas de diferentes seguimentos vem aplicando os diferentes tipos e estruturas de liderança na atualidade. A partir das discussões realizadas pudemos diagnosticar uma série de tipos ideais de liderança, ao mesmo passo que o ato de liderar não é mais visto como uma ação restrita ao líder, mas um ativo mecanismo que envolve os colaboradores, fatores contingenciais, e o próprio seguimento que a empresa atua. Com isso, concluímos que uma empresa deve avaliar quais estilos de liderança lhe são adequados, assim como deve estar ciente que o sucesso de uma gestão depende do bem-estar dos seus colaboradores. Palavras-chave: Liderança. Administração. Fizemos uso de importantes estudiosos que tratam do Comportamento Organizacional, para compreendermos as metamorfoses do conceito de liderança e quais caminhos estão sendo adotados nas empresas, assim como nos debruçamos sobre teses, dissertações e artigos, ligados principalmente a área de Administração, que a partir do estudo de casos específicos, apresentam como a liderança vem sendo manejada nas instituições nos últimos anos.
• Definindo um conceito de liderança O ato de liderar acompanha a humanidade desde seus primórdios. Talvez por este motivo, seja tão difícil encontrarmos uma definição fechada quanto a esse conceito. No senso comum, muitos o enxergam como uma espécie de habilidade especial, restrita a poucos indivíduos. Ao mesmo tempo, por estarmos diariamente sujeitos a situações em que nos é exigida uma postura que oscila entre a “liderança” e a “subordinação”, é comum que cada pessoa formule, a partir de suas experiências pessoais, um tipo ideal de líder. Entretanto, para chegar a esse aparente consenso no âmbito da Administração, foi necessário percorrer um longo trajeto de formulações e reformulações teóricas. Vejamos algumas das principais teorias que estiveram em voga no século XX, para em seguida abordarmos quais são as principais tendências da liderança nos últimos anos.
• Teorias de liderança no Século XX Os primeiros estudos sobre Liderança no século XX estão fortemente vinculados a consolidação da Psicologia (SANTIAGO, 2007). Deste modo, podemos constatar que a primeira linha a focalizar suas pesquisas neste assunto foi a Teoria dos traços. Nesta abordagem, busca-se diagnosticar aspectos típicos da personalidade de um líder. A liderança Liberal praticamente anula a figura do líder, deixando que o grupo se auto regule, não havendo avaliações, orientações, sendo realizados, eventualmente, alguns apontamentos. A partir do estabelecimento destes estilos, foram diagnosticadas quais as circunstâncias que melhor se adequariam cada um destes. A escolha de um modelo passou a ser entendida como uma atividade que não deve ser realizada de forma instintiva ou aleatória.
Neste mesmo viés, o ambiente organizacional tornou-se um outro fator de destaque para a manutenção da liderança. É neste ciclo que surgem outras duas importantes teorias, que se complementam: a Situacional e a Contingencial. Neles o autor irá contrapor tipos, para ele distintos, de liderança. Seriam estes o transacional e o transformacional. Enquanto o modelo transacional estabelece entre líder e seguidor uma relação de pura troca formal, baseada na remuneração; a liderança transformacional tece uma relação de influência mútua, em que se constrói um relacionamento onde o líder tem o papel de perceber e potencializar as qualidades dos integrantes do seu grupo (BERGAMINI, 1994). Por meio deste modelo, o formalismo dá lugar a afetividade, sendo a remuneração uma recompensa secundária.
• Tendências da liderança na atualidade É notório que nos últimos anos, as empresas vêm se preocupando cada vez mais com o bem-estar de seus funcionários. Como podemos perceber, tendo em vista o que verificamos no tópico anterior, este processo é uma ressonância das teorias adotadas na atualidade, que buscam potencializar as qualidades dos colaboradores, e diluir aos poucos a figura do líder, que desempenha nestas situações um papel de organizador e motivador. Uma vez que conhecemos um pouco do processo coaching, podemos vislumbrar outras duas tendências vinculadas diretamente a liderança na atualidade. A primeira delas, é a preocupação das empresas na formação de seus próprios líderes. A alguns anos atrás, empresas que objetivavam renovar seu ambiente organizacional buscavam em outras corporações figuras de aparente destaque, convidando-os a exercer cargos de liderança.
Desta forma, acreditava-se que com “sangue novo” haveria um melhor desempenho da equipe, que consequentemente levaria a outros benefícios a longo prazo. Deste modo, sua postura objetiva inspirar pessoas, agindo com empreendedorismo e criatividade, impulsionando um desenvolvimento não só profissional, mas pessoal do grupo que lidera (ARAÚJO, 2012). O poder descentralizado é outra característica fundamental do Líder Coach. Sua atuação pode ser associada muito mais ao papel de um orientador do que a de um chefe tradicional. Ele conduz sua equipe, preocupando-se com a rotina de seus subordinados, formulando feedbacks construtivos, além de incentivar o espírito de autoliderança. Uma vez estabelecida esta rede, onde todos os integrantes se sentem capazes de se autoliderar, alguns especialistas acreditam que o ambiente organizacional passa a funcionar harmoniosamente (ROBBINS, 2005), uma vez que a equipe torna-se uma espécie de máquina, onde cada peça é essencial para seu bom funcionamento.
É importante salientar que neste modelo de empresa, a liberdade não exclui a existência de cobranças, metas e planejamentos. Entretanto, alguns tipos de instituições não se enquadram neste modelo permeado de flexibilização e informalidade. Um exemplo são os seguimentos financeiros. Nestas corporações, o aspecto formal é um item necessário para transmitir seriedade e segurança aos clientes e investidores. Logo, percebemos que há uma maior rigidez na sua estrutura interna, o que não significa que estes não estejam buscando seguir as mais recentes tendências no campo da liderança. Entretanto, é evidente que, independente do seguimento, para uma corporação se consolidar no mundo atual, é preciso voltar sua atenção para seus membros, construindo uma relação de confiança e crescimento mútuo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluindo, neste estudo, tivemos como objetivo analisar de que modo os ambientes organizacionais estão trabalhando as metamorfoses que o conceito de liderança vem sofrendo ao longo das últimas décadas. Para isso, abordamos esta temática tanto nos seus aspectos teóricos, buscando realizar um panorama das principais teorias do século XX e discutindo algumas das estratégias idealizadas para dinamizar as estruturas corporativas, como tentamos apresentar alguns dos efeitos práticos que as atuais abordagens sobre liderança estão causando em determinados seguimentos empresariais. Por meio da análise, podemos concluir que todos os estilos de liderança trabalhados devem ser conhecidos e valorizados, assim como as empresas devem avaliar cuidadosamente quais modelos e estratégias se encaixam a sua realidade. Como verificamos, o ato de liderar implica um conjunto de fatores.
Análise do estilo de Liderança de Gerentes de Agências do Banco do Brasil e suas influências na manutenção e promoção da motivação dos funcionários. Monografia (Bacharelado em Administração) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006. BERGAMINI, C. W. Dicionário da língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2010 GASPAR, D. J. PORTÁSIO, R. M. Acesso em: 3 outubro de 2017. Maruyama A. Amorim M. C. A prática do desenvolvimento da liderança em instituição financeira. Faculdade de Ciências empresariais. Belo Horizonte, 2007 SCHMIDT, Eric. ROSENBERG, Jonathan. Como o Google funciona. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015 WAINWRIGHT.
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