Justiça o que e fazer a coisa certa

Sandel, Justiça o que é fazer a coisa certa. O tema acarreta muito debate, pois o que pode ser justo para alguém, pode não parecer tão justo para outro, da mesma forma o que é certo para um, pode não ser certo para outro. Há questões quanto aos direitos individuais, utilitarismo, ganância, entre outros, estas são questões frequentes dentro de uma sociedade, para quais há as mais diversas respostas. DESENVOLVIMENTO. Já no primeiro capítulo, o autor aborta o assunto de preços abusivos, trazendo à tona os prejuízos causados pelo furacão Charley, em 2004. Mas o que exatamente é justiça? Conforme Aristóteles o significado de justiça é dar às pessoas o que elas merecem e para saber o que merecem, há de se estabelecer virtudes, quais são dignas de honra e recompensa.

Diante deste pensamento, a lei não poderia ser neutra quanto a qualidade de vida do seu humano. Contudo, o que pode ser digno de recompensa e honra para alguém, pode não ser para outro, como por exemplo, dentro de um grupo de jovens delinquentes, aquele que comete mais crimes e consequentemente, obtém maior vantagem financeira, seria visto como digno de honra, porém, sabemos que a sociedade não o julgaria da mesma forma. Nesta concepção entra o pensamento do filósofo Immanuel Kant, o qual afirma que os indivíduos são livres para ter sua visão própria de boa vida. Segundo filósofos modernos, como Immanuel Kant e John Rawls, os princípios de justiça, que norteiam os direitos dos cidadãos não devem ter como base nenhum entendimento particular de virtude ou da melhor maneira de se viver.

Seria ingenuidade dizer que o Estado pode suprir a necessidade de toda sua população, mas o que ele deve sim fazer, é trabalhar com políticas públicas e projetos sociais para que haja cada vez menos tanta desigualdade. Como prosseguiria então, em busca de se fazer a coisa certa? Deveria socorrer-se então da moral, esta seria capaz de enfim estabelecer o que seria fazer é coisa certa. Mas sobre o que se trata de fazer a coisa certa? Seria agir em acordo com o raciocínio moral, contudo pode ocorrer que, este raciocínio seja interpretado de tal maneira para se acreditar que determinada ação não seja errada ou imoral. E mais uma vez, aparece a indagação de que o que pode ser certo para alguém, pode ser errado para outra pessoa.

Várias discussões dentro de uma sociedade, refletem a discordância sobre a maximização do bem-estar (o que pode ser bom, útil para alguém, pode não se mostrar da mesma forma para outro), respeitar a liberdade (cada um age e pensa da forma que quer, desde que não atinja o direito do outro), ou cultivar a virtude (uma ação pode ser vista como digna de honra para um determinado grupo, enquanto para outros, ela pode ser indigna). CONCLUSÃO. É possível concluir que muitas vezes pensamos estar agindo de maneira correta, mas como abordado no decorrer do livro, o que pode ser certo para alguém, pode não ser para outro. E uma maneira de se resolver esse impasse, seria por meio da moral, ocorre que este é apenas mais um obstáculo.

Nem sempre temos soluções para todas dificuldades que nos são apresentadas ao longo da vida e além disso, muitas vezes caberia ao Governo cuidar dessas dificuldades, porém não é com muita frequência que consegue resolvê-los. As discussões abordadas pelo autor, trazem uma linha de raciocínio muito ampla para o leitor, diante o cenário atual.