EVANGELISMO CONTEMPORÂNEO: OS DESAFIOS EM MEIO A SOCIEDADE DA PÓS MODERNIDADE
Para alcançar estes resultados os objetivos específicos são: compreender os novos desafios da progressão do evangelho, comparando-os com os antigos e analisar o conteúdo das mensagens atualmente pregadas, sob o crivo da Palavra de Deus. Para a construção deste artigo foi feito um levantamento bibliográfico em livros, artigos científicos e análise documental do assunto desenvolvido nas próprias escrituras sagradas. A resposta à questão norteadora deste artigo é afirmativa; pelos motivos expostos, a pós-modernidade desvirtuou muito das palavras de Jesus, que pregava a conversão a palavra dos evangelhos. Palavras-chave: Evangelho. Deturpação. Esta faceta do Cristianismo ainda precisa de muito estudo e atenção por parte dos pesquisadores e historiadores cristãos. A nosso ver a bíblia tem mensagens bem claras quanto à corrupção das palavras de Jesus Cristo, no entanto um desafio se impõe aos evangelizadores, levar a verdadeira e derradeira palavra de Cristo.
Nossa hipotese de investigação é que mesmo sabendo que as Santas Escrituras devem ser anunciadas, rompendo-se barreiras e muralhas, a maneira como os evangelizadores trabalham em seu objetivo e o objeto de alcance tem um parâmetro divino estabelecido como padrão doutrinário O objetivo geral desta investigação é analisar se a pronta resposta dos atuais evangelizadores, com suas mensagens têm alcançado, de forma efetiva, os ouvidos e os corações da sociedade pós-moderna. Para alcançar este resultado os objetivos específicos são: compreender os novos desafios da progressão do evangelho, comparando-os com os antigos e analisar o conteúdo das mensagens atualmente pregadas, sob o crivo da Palavra de Deus. Há uma inegável mudança, de forma até mesmo significativa, da postura comportamental da sociedade pós-moderna referente ao crivo dos princípios bíblicos.
Por mais importante que seja a missão de levar adiante a palavra de Deus. No prefácio da obra Cosmovisão Cristã e Transformação: espiritualidade, razão e ordem social, nós encontramos uma importante pista de como mensurar se as mensagens dos evangelizadores estão chegando até o coração dos evangelizados. PODE-SE CONHECER A quantas anda um povo pelo que ele canta e pelo que lê. Esses dois indicadores não nos animam na presente quadra do protestantismo brasileiro: o canto congregacional é cada vez mais superficial e intimista, pobre em conteúdo e em choque com o vernáculo, e as nossas livrarias evangélicas se expandem em número pelo país afora, com as estantes repletas de rasa e má teologia, frustrando os leitores sérios em busca de algo sólido para alimentar o espírito.
Cavalcanti, 2006, p. A sociedade moderna é marcada pela crença na verdade absoluta e universal, enquanto a pós-modernidade é marcada pelo questionamento dessas verdades e pela crença de que não existem valores absolutos. Alguns teóricos como Baudrillard e Lyotard, entre outros chegaram a profetizar a morte de Deus e da religião. Porém o que é observado hoje é um retorno ao sagrado de forma diferenciada da modernidade e de outras épocas. Para Boff o que existe hoje é uma maior liberdade de pensamento: “A pós-modernidade liberou as subjetividades do enquadramento forçado em instituições totalitárias, com suas éticas rígidas, como são, geralmente, as religiões” (BOFF, 2000, p. Para o nosso entendimento sobre a evangelização nos tempos de hoje é fundamental examinar o pensamento de Bauman e seus comentadores no que se refere à noção de pós-modernidade a analise do conceito de modernidade líquida.
Brandão, p. A pergunta que deve ser feita é qual a igreja e o tipo de Evangelização que deve ser para levar a fé cristã dentro da modernidade. Mudar paradigmas para continuar a evangelizar! Uma proposta de evangelização afastada do estilo de Jesus Cristo proclamado nos Evangelhos que abdica do chamado à missão “por todos em direção a todos”. A mudança foi necessária para arrebanhar fieis e seu estilo de vida, no que realmente implica esta transformação para o sentido da evangelização? Em Matheus 16:24 Jesus declara: “Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me acompanhe. Porquanto quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, encontrará a verdadeira vida”.
Estamos falando de passar certezas numa época de dúvidas. A bíblia é bem clara em relação à transmissão dos mandamentos. “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando. ” (Deuteronômio 4. Bauman resume as três funcionalidades que Alain Touraine disse ser fundamentais para a análise da religiosidade da modernidade liquida: Touraine fala que em primeiro lugar a religião nos dias de hoje deve estar adaptada à dependência e à sujeição das cotidianidades que de alguma forma forneçam códigos para o entendimento da vida e do sobrenatural. Esta afirmação pode ser aceita com uma condição de que é o próprio "interesse pela existência e pela morte" que foi relegado a passatempos de lazer, aqueles que apresentam apenas um impacto marginal no modo como são organizadas as atividades da vida séria e cotidiana.
Se as "igrejas e seitas" existentes, particularmente aquelas que se gabam de um número maior, e de crescimento mais rápido, dos seguidores podem ser similarmente marginalizadas como utilidades de lazer, é discutível. O ponto importante é que, com o fim de resistir a tal marginalização (Bauman, 1997, p. O que seria esta marginalização que Bauman se refere? Aqui podemos fazer uma vírgula para pensar o papel da igreja e seitas no mundo moderno e no mundo pós- moderno em relação aos mistérios da vida e principalmente da morte. A instituição religiosa que antes da modernidade ocupava um lugar central em relação à morte, começa a perder espaço para a ciência e para a medicina, dando a morte uma explicação lógica e racional.
As igrejas e os fieis da pós-modernidade vivem “surtos de aconselhamento. Os Evangelhos são usados por padres e pastor para falar das orientações da vida privada da família. Ser um aconselhador profissional pode trazer mais fieis para a Igreja, mas está longe de levar as verdadeiras palavras de Deus para quem precisa. Atualmente já existe a figura do profissional pastoral como veremos no próximo sub-capítulo. O Papel das Seitas e Igrejas na pós-modernidade Cabe ao profissional pastoral e psicológico estar atento à qualidade interpessoal que o interlocutor experimenta ao longo do seu processo de socialização na família, na escola, e no ambiente sócio cultural onde cresceu. Diversos aspectos da cultura (Estado, família, economia, moralidade etc. já existiam antes da igreja e continuam válidos com a vinda do reino de Deus.
A nova criação não implica a destruição da ordem criacional original; não é uma subversão, mas a restauração e a glorificação original da criação. CARVALHO, 2009, p. Entendemos, portanto, que a religião pós-moderna trouxe um contexto diferente em relação à experiência mística anterior. Na contemporaneidade a idéia é a facilidade, a virtualidade. A mídia trouxe o “delivery” para as igrejas, na qual você liga e o guru de plantão envia a resposta para o seu problema. Vivemos hoje o fenômeno da igreja virtual, conduzida por pessoas sem rostos, sem manifestação de afeto, que se conhecem apenas pela voz e pelo numero da conta bancária onde estes depositam os recursos para manter os programas. Azevedo) Responder questões da área administrativa da vida humana em programas de televisão sem a presença física do sacerdote e do fiel, poderia ser considerado uma pregação das mensagens do Evangelho de Jesus Cristo? Vamos analisar onde estaria Deus nesta interação humana, na figura do pregador, do evangelizador.
O expectador tem um problema concreto em sua vida e quer solucionar para tirar a preocupação de sua existência, ou seja, uma troca, uma mercadoria como nos falou Azevedo. conforma-se com o mundo— o mundo da televisão ou, para os mais sofisticados, o mundo da última moda filosófica. Essa compreensão deficitária do evangelho não dá respostas relevantes para os desafios do mundo contemporâneo e é capaz de conviver pacificamente com as maiores injustiças. Ela não ajuda o incrédulo a ver por que, afinal de contas, o cristianismo é singular em meio a toda essa efervescência religiosa. LEITE; LEITE, 2006, p. Nos programas de rádio e TV e nos novos templos evangélicos podemos encontrar elementos oriundos do candomblé, do espiritismo, da magia, das religiões africanas, da teosofia, da valorização dos sonhos, uso de auto-ajuda oriundas do misticismo, como evocar palavras mágicas que nos dariam a chave para entrar nos domínios do senhor.
Mas se somos marginais porque nossa mensagem não é fundamental, e não atinge o homem essencialmente, então tudo está errado. Se a nossa forma de espiritualidade é periférica, porque se adapta ao hedonismo moderno, sem ferir o coração da sociedade moderna, então já estamos caídos (LEITE; LEITE, 2006, p. Servir a Deus e receber a mensagem das escrituras pode ser compatível com adequar a religiosidade com os ímpetos individualistas, egoístas e hedonistas dos sujeitos modernos? Onde estaria a busca espiritual daquele que procura a religião para obter vantagem para si? Aqui estamos falando tanto do evangelizador como do Evangelizado. O profissional da pastoral é um evangelizador ou ele é também uma deturpação dos “pescadores de homens” que deveriam levar a palavra de Deus adiante.
O problema não é exercer o evangelismo como profissão, mas sim a ética do evangelizador. As mortes dos primeiros cristãos, nos circos romanos, ainda ecoa de maneira indelével em nossos ouvidos. Além disso, tivemos que assistir à ingerência política em muitas questões de conteúdo estritamente religioso. Fomos desfigurando o Cristianismo do Cristo para aceitarmos o Cristianismo dos vigários, como disse o Padre Alta. A fé, o principal alimento da alma, torna-se dogmática nas mãos de políticos e religiosos inescrupulosos. Para ganhar os céus, tínhamos que confessar as nossas culpas, pagar as indulgências e obedecermos aos inúmeros dogmas criados pela Igreja. Nietzsche contrasta os dois cristianismos, o cristianismo histórico e autêntico, para encontrar os elementos característicos de cada uma destas formas de apresentação do ideário cristão.
O resultado de tal confrontação é a descoberta de uma estrutura psicológica que assinala o modo de percepção de mundo de Jesus de Nazaré. Este modelo psicológico, Nietzsche chama de “psicologia do Redentor”, que se trata de um modelo psicológico até então único entre os indivíduos que compõem o povo judeu. Isto se segue pelo fato de que, até então, nenhum outro indivíduo daquele povo tivesse desenvolvido o conjunto de tais características que fizeram Jesus de Nazaré ser único entre os demais indivíduos de seu povo. SILVA, 2015, p. Na pós-modernidade a deturpação estaria na falta de certezas; há, no entanto uma intenção de acertar o passo. O evangelizador deve estar preparado para acolher os que estão perdidos esperando a palavra de Deus para dar outro rumo a sua vida.
A evangelização cristã está ligada a bíblia e os princípios cristãos desde o começo dos séculos. Embora a mensagem cristã seja a mesma devemos nos atentar para o desafio da evangelização num país com tantas nuancem religiosas e culturais como o Brasil. Da mesma forma devemos ter ciência porque a figura de Jesus Cristo e sua maneira de catequizar foram e são tão importantes para a religião cristã. Mas esta condição num evangelizador é limitante para sua missão. Quais as competências e atitudes que um evangelizador precisa possuir? Estas e outras perguntas muitas nações evangélicas se fizeram. Os atuais evangelizadores têm um grande desafio para levar a mensagem cristã, os ouvidos e os corações da sociedade pós-moderna.
Temos que ter em mente que as novas gerações têm desejos e aspirações diferentes das expectativas da geração atual. Não há receitas prontas para um arranjo perfeito entre a pós-modernidade, a religiosidade e a mensagem do evangelho, mas a atenção a atitude dos que se dizem seguidores de Jesus. Para analisar o papel das seitas e igrejas na pós-modernidade foram estudados Lothar Carlos Hoch, Sidnei Vilmar Noé, Robinson Cavalcanti, Nelton Santos Azevedo. Considerações finais O Cristianismo como vivência tem como finalidade a semelhança da pessoa de Jesus, a continuação de suas palavras contidas nos evangelhos. O Mestre passou suas palavras aos discípulos e de geração em geração chegaram aos tempos pós- modernos. Contudo, esta vivência se revela diretamente em todos os aspectos da vida do indivíduo Jesus.
Do mesmo modo no que diz respeito ao culto para falarmos e ouvirmos as palavras de Jesus quanto àqueles que dizem respeito à vida íntima desse mesmo sujeito. O fenômeno Religioso na Pós Modernidade. blogs. sapo. pt/35170. html BAUMAN, Zygmunt. A voz do arco-íris. Brasília: Letraviva, 2000. CARVALHO, Guilherme Vilela Ribeiro de. O senhorio de Cristo e a missão da igreja na cultura: a ideia de soberania e sua aplicação. In: RAMOS, Leonardo; CAMARGO, Marcel; AMORIM, Rodolfo (org. com/Luz%20e%20Espiritismo%20(Sergio%20Biagi%20Gregorio). pdf GULA, Richard M. Ética no ministério pastoral. ª ed. Edições Loyola. ihu. unisinos. br/78-noticias/572989-a-missao-crista-no-contexto-da-modernidade-a-necessidade-da-diversida LAGES, Flávio. Os Desafios para a Igreja pregar o Evangelho na Modernidade, MK Editora. LEITE, Cláudio Antônio Cardoso; LEITE, Fernando Antônio Cardoso.
ª edição. Rio de Janeiro. JUERP. SILVA, Diego Wendell da. O cristianismo e a crítica à modernidade na obra O anticristo de Nietzche.
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