Estudo Epidemiológico do Urbanorum spp. em Santana do Livramento
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Religião
Os dados que serviram de base para o estudo vieram do Laboratório localizado nesta região, em que foram avaliados os resultados dos 1469 pacientes, de Abril a Setembro de 2018. Durante o período de estudo, ao serem verificados, constatou-se que 76 apresentavam resultados positivos, uma porcentagem de 5,17 % em comparação com o total, ao explorar o sexo mais suscetível a infecção, fora comprovado que a prevalência era das mulheres apresentando 69,74 % dos casos, enquanto os homens possuíam apenas 30,26% e a faixa etária mais atingida foi a dos 40 a 60 anos e os períodos com maiores picos de incidência eram proporcionais aos meses com maior precipitação chuvosa e climas frios. Palavras-chave: Urbanorum spp. Epidemiologia descritiva. Protozoário. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – O Urbanorum spp. em objetiva 40x 14 Figura 2 – O Urbanorum spp.
corado com azul de metileno em objetiva 40x 14 Figura 3 – O poro do Urbanorum spp. em objetiva 10x 15 Figura 4 – Os pseudópodos do Urbanorum spp. em objetiva 40x. Características observadas no Urbanorum spp. Características não observadas no Urbanorum spp. Reprodução 16 1. Nutrição 16 1. Sintomas 17 1. Quando em meados do ano de 1991, o investigador Francisco Tirado Santamaría, especialista em parasitologia, professor da Universidade Industrial de Santander (UIS) da Colômbia, observou estruturas celulares até então desconhecidas, em deposições fecais, as denominou de Urbanorum spp. o caracterizando como parasita e fazendo estudos amostrais deste nos anos de 1996 e no período de 1997 e 1998. O Urbanorum spp. até então permanecia com seu aparecimento restrito na região colombiana, porém a partir de 2016 houve o relato de acordo com Villafuerte et al e outro estudo conduzido por Del Pino no Peru, e no ano seguinte, houve o primeiro relato no Brasil exposto por Aguiar e Alves, 2017 no Maranhão e no Equador por Alvarez no mesmo ano.
Cabe ressaltar a importância e os deveres cívicos estipulados por Lei acerca da divulgação de casos das doenças como já mencionados, visto que há apenas um relato do caso no Brasil. Porém, a título de comparação será utilizado ainda o modelo taxonômico que separa essencialmente em quatro grupos: os de forma ameboide, flageladas, parasíticas formadoras de esporos e as ciliadas (PECHENIK, 2016). Sobre os protozoários, Neves (2004) acrescenta que possuem cerca de 60 mil espécies, mas cerca da metade são de fósseis, dentro dessas restantes que ainda vivem, 10 mil são parasitas de diversos animais, porém somente algumas dezenas são de interesse parasitológico humano e os filos que acometem o homem são Sarcomastigophora, Apicomplexa, Ciliophora e Microspora.
Filo Sarcomastigophora O filo mais semelhante a ser analisado, será o de aspecto ameboide os Sarcomastigophora, que é um dos mais próximos da estrutura morfológica conhecida do Urbanorum spp. As amebas se distinguem por seus indivíduos terem o corpo sem forma, se locomoverem e capturarem seu alimento que é constituído de partículas sólidas ou líquidas (fagocitose e pinocitose) através de seus pseudópodos, possuindo fisionomia com formas: agudas, largas, obtusas ou finas (PECHENIK, 2016; SANTAMARÍA, 2013). Os Sarcomastigophora, assim como o indivíduo de interesse, têm tendência a serem parasitas do sistema digestório, como é o caso da E. apresentado na Figura 1. Em contradição Silva-Díaz (2017), descreve que o Urbanorum spp. pode ser um glóbulo de gordura se rompendo, mas não apresenta provas corroborando com seu argumento.
Figura 1 – O Urbanorum spp. em objetiva 40x. em objetiva 10x. Fonte: Villafuerte, p. Figura 4 – Os pseudópodos do Urbanorum spp. em objetiva 40x. Fonte: Villafuerte, p. Levando em consideração o fato deste ser um parasita, segundo Santamaría (2013), sua nutrição é idealizada como holozóica, nutrindo-se de partículas sólidas e/ou liquidas do hospedeiro parasitado por este em seu trato digestivo, local principal de seus sintomas, quando infectado pela espécie. Sintomas Os pacientes que tinham o microrganismo Urbanorum spp. como seu único parasita, apresentavam deposições diarreicas do tipo aquosas, cujas características são: amostras líquidas com o pH ácido, sem muco, sangue ou leucócitos, não tendo sinais inflamatórios e dor cólica no estágio inicial no hipocôndrio direito e na parte inferior.
Em hipótese, sugere-se que o processo infeccioso ocorre no nível do central do intestino grosso (DEL PINO, 2016). A patogenicidade do Urbanorum spp. Os procedimentos gerais quando corados com lugol são os mais indicados para observar o parasita em questão, como: os de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz e os de centrifugação MIFC, Ritchie e Coprotest e a observação microscópica em lentes objetivas de 10x e 40x. Tratamento O tratamento realizado, de acordo com Silva-Díaz (2017), para neutralizar os efeitos, é o uso de antiprotozoários comumente usados, como: metronidazol e secnidazol, ambos compostos utilizados no tratamento de amebíase e outras doenças causadas por protozoários comuns e o primeiro também no combate a algumas infecções bacterianas, segundo suas bulas presentes no site da ANVISA.
CASOS RELATADOS DO URBANORUM SPP. O microrganismo foi relatado desde 1994 em Barrancabermeja transmitido pelo consumo de água da população, em que 283 amostras foram analisadas por meio de coprologia de pacientes que utilizam o serviço de saúde da Divisão de Magdalena Meio da Ecopetrol, com 16,6% de positividade para o microrganismo (SANTAMARÍA, 2013). Os relatos de Santamaría (2013), que utilizou resultados dos pacientes atendidos no Centro de Saúde de Barrancabermeja em 1996, dizem que foi encontrado o microrganismo em 13,98% das 143 verificadas e em um estudo maior e mais amplo, entre 1997 e 1998, 14. Villafuerte et al (2016), apresentou os resultados do um caso de uma mulher de 67 anos, em outra região no Peru, de San Juan de Lurigancho, queixando-se por cerca de 9 meses de dor abdominal e desconforto na parte superior do abdômen, em uma consulta médica foram solicitados exames parasitológicos.
As amostras entregues pelo paciente apresentavam textura macia então, pelo método de concentração por centrifugação, mostraram a presença de Urbanorum spp. e também de Blastocystis hominis, Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii. Já o primeiro relato do Urbanorum spp. no Brasil, era uma mulher magra de 41 anos, pesando 55-60 kg, que realizou o exame fecal parasitológico no Laboratório Central Municipal do Buriti, Maranhão. A pesquisa aqui contida, irá expor o aparecimento e casos da infecção do Urbanorum spp. e apresentar as características relacionadas aos pacientes que são: idade e sexo dos indivíduos afetados. Os dados obtidos eram do tipo secundário, em que a fonte das informações para a pesquisa veio do laboratório localizado nesta região. No período do início de seu primeiro aparecimento em Abril a Setembro de 2018, em um total de seis meses, foram analisadas as amostras fecais de 1.
pessoas nesta intercessão temporal. A investigação clínica, que foi a fonte de referências do estudo, consistia na observação microscópica das amostras fecais do indivíduo, para que houvesse um parecer positivo era necessário apenas a observação do protozoário, e o resultado negativo quando pacientes não apresentavam nenhum parasita, baseado na metodologia descrita por Rocha e Mello (2004). Todas as amostras dos pacientes eram avaliadas segundo o método supracitado acima, sem exceções. Saliento que foi levado em consideração apenas os pacientes com Urbanorum spp. pois houveram outros constatando resultados positivos a parasitas distintos, ou sendo hospedado por mais de um. O exame em determinadas vezes possuía mais de uma amostra por paciente, até no máximo 3, sendo que apenas uma delas poderia mostrar positividade e as demais não, e/ou algumas demonstravam um parasita divergente do anterior.
No primeiro bimestre, início da aparição do Urbanorum spp. em Abril e Maio foram analisadas 118 e 253 amostras de pacientes, houve ocorrência em 12 e 14 indivíduos, nos meses mencionados, apresentando resultados positivos e incluso neste grupo dos infectados continham respectivamente 9 e 8 mulheres e 3 e 6 homens. Ao avaliar o segundo bimestre, no período de Junho a Julho, foi verificada a análise de 246 e 257 amostras de pacientes. Constatou-se que 14 e 10 indivíduos, nos meses correspondentes, apresentaram o protozoário, dentre estes haviam 8 casos diagnosticados em mulheres em ambos os meses e no grupo masculino tiveram 6 e 2 homens. Os dados do último bimestre, Agosto e Setembro, que foi o mês que finalizou o estudo epidemiológico descritivo, possuíram 305 e 290 pacientes e dentro destes 11 e 15 pessoas tinham o protozoário em suas fezes, que continham 8 mulheres e 12 no último e no caso dos homens verificou-se a mesma quantidade no período, apenas 3.
Outro fator que verifica-se visualmente de forma mais clara, é a divergência de casos em relação ao gênero em cada mês, demonstrado no Gráfico 4. Gráfico 4 – Sexos dos pacientes infectados com Urbanorum spp. Fonte: Elaborado pelo autor (2018). Avaliando o gráfico fica evidente que a frequência de mulheres é mais elevada em relação a dos homens, apresentando 69,74% do total de pacientes infectados com Urbanorum spp. e os do gênero masculino representam apenas 30,26%, fato que está em conformidade com a descrição por Jordán et al (2013) acerca dos grupos de risco, no qual as mulheres são um dos mais vulneráveis e suscetíveis de contrair a doença. até então era desconhecido nesta região. Seu aparecimento pode representar em períodos posteriores algum surto, pois não se tem conhecimentos mais aprofundados desta espécie, que em outras regiões tem se tornado mais comum, como constatado em relados da Colômbia, Peru e Equador.
Durante o decorrer do estudo houveram dificuldades que atrasaram a execução deste, como já mencionado, o protozoário era apenas conhecido em três outros países, onde não ocorreram várias publicações e fora dissertado em língua espanhola, com variações linguísticas de cada país. Tendo uma fonte limitada de informações acerca da espécie, com apenas um caso brasileiro descrito, mas escrito em inglês, ou seja, todas as pesquisas acerca do Urbanorum spp. possuíam idioma divergente do português. Havendo estes cuidados as condições ideais do Urbanorum spp. tornam-se nulas e as crescentes infecções tendem a parar, iniciando uma queda até atingir o zero. REFERÊNCIAS AGUIAR, Raí Pablo Sousa de; ALVES, Lumar Lucena. Urbanorum spp. First Report in Brazil.
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Título III Da Notificação Compulsória de Doenças. Ernesto Geisel. Diário Oficial da União, p. Org. Parasitologia Humana. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. cap. Protistas: Protozoários. In: PECHENIK, Jan A. Org. Biologia dos Invertebrados. ed. cap. p. ROCHA, Míriam Oliveira e; MELLO, Rômulo Teixeira de. Técnicas Básicas: Exame Parasitológico de Fezes. In: NEVES, David Pereira et al. scribd. com/document_downloads/direct/280316573?extension=pdf&ft=1542732291<=1542735901&user_id=436031172&uahk=ZKOnNlYP3lC35TaeI8REyg8bQOQ>. Acesso em: 13 ago. SANTAMARÍA, Francisco Tirado. Urbanorum spp. Org. Parasitologia Humana. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. cap. Acesso em: 02 out. VILLAFUERTE, Ruth Inés Mirano et al. Urbanorum spp. en el Perú. Peru: Rev Peru Med Exp Salud Publica. Parasitologia Humana. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
cap. p.
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