ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PEDAGOGIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS NA PRÁTICA DOCENTE
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Pedagogia
O objetivo é investigar a relevância do Estágio Supervisionado na formação de conhecimentos que beneficiem o desenvolvimento crítico do professor para atuar na Educação Infantil. As observações encontram-se fundamentadas em Pimenta (1997), Luckesi (1993), entre outros. Os resultados mostram que o estágio é um momento oportuno de formação contínua ainda com muitas limitações, porém, é um campo de vinculação entre os conhecimentos teóricos e práticos. A análise possibilitou perceber que as universidades precisam firmar o estágio numa compreensão reflexiva entre teoria e prática, oportunizando aos futuros professores, especialmente os futuros pedagogos a estarem mais próximos da realidade escolar. Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Challenges. Perspectives. INTRODUÇÃO Uma das principais finalidades do Estágio Supervisionado, de maneira particular do curso de Pedagogia, é colocar o acadêmico frente a uma experiência prática onde o mesmo pode aplicar parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores com os princípios teóricos estudados, agora sendo trabalhada em sala de aula, aliando então a teoria á prática, demonstrando, assim, o quanto é enriquecedor e importante esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro docente.
Sabe-se que somente conhecimento teórico não basta para um professor, o estágio supervisionado é um processo de grande aprendizagem, ele vem preencher uma lacuna em nosso curso superior. O primeiro momento na instituição para a preparação do estágio deve ser aproveitado para observar o funcionamento da escola, tanto na parte administrativa, coordenação, sala de aula, alunos da comunidade e de todos os envolvidos no cotidiano escolar. Essa é uma exigência da LDB nº 9394/96, se configurando como uma oportunidade de desenvolvimento da criticidade, bem como de troca de conhecimentos com a comunidade na qual a escola está inserida. O estágio supervisionado, na concepção de Pimenta (2001), é uma atividade que necessita ser cumprida pelos estudantes, nas áreas vindouras do exercício da profissão, nas quais os acadêmicos precisam realizar a análise do real, o que demanda capacidade para aprender a observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, assim sendo, apresentar possibilidades de intervenção.
No momento em que começa o estágio supervisionado do curso de pedagogia, os acadêmicos possuem a inquietação de estar em contato com o ambiente escolar, numa tentativa de relacionar os conhecimentos apreendidos com o espaço da sala de aula, intencionando tornar efetiva sua práxis docente/profissional. Nessa perspectiva, Pimenta (2004) comenta que um dos objetivos do estágio é oportunizar ao futuro (a) professor (a) um envolvimento mais próximo com a profissão que virá a exercer no futuro, tornando possível o diálogo por meio da prática. Há professores que se encontram sem motivação alguma e, assim, ficam profundamente sem perspectivas sobre o futuro da educação, especialmente da profissão. Ao mesmo tempo, o estágio não representa uma ocasião de modelos prontos para serem executados, mas um momento de discernimento a respeito das circunstâncias da sala de aula, ou seja, um momento onde o acadêmico poderá realizar pesquisas relevantes sobre a sua prática pedagógica (PIMENTA, 2004).
É praticamente durante o estágio que as preocupações sentidas no decorrer de toda a graduação aparecem, ou seja, é nessa circunstância que surgem os impasses, onde em grande parte torna-se quase impossível decidir entre inúmeras formas possíveis, a melhor prática de operação em dado momento. Pode-se apresentar uma grande quantidade de resultados oriundos das contribuições do estágio, porém a experiência não vai formar o educador, no entanto, traz à tona assuntos importantes a serem debatidos. Simultaneamente, traz também o incentivo de outros conhecimentos e a aversão que pode ser o impulsor de auxiliar um professor com uma diferença além da superficialidade pedagógica. A convivência com seus estudantes, os desafios enfrentados na instituição escolar, os impasses experimentados pelos educadores, especialmente o (a) pedagogo (a) em processo formação, toda essa vivência pode estimular o desenvolvimento de uma pesquisa.
A formação inicial conduz o graduando a escolhas profissionais futuras, e também para as ações que o estudante possuirá como profissional da educação. Igualmente, são as experiências na graduação que marcam significativamente o percurso acadêmico dos pedagogos e influenciam o desenvolvimento das atividades como educadores. Antigamente, quando a graduação chegava ao fim, imaginava-se que o professor estaria pronto para trabalhar em sua área, sem a preocupação em absorver novos saberes. No entanto, atualmente, se reconhece a diversidade da ação educativa e, assim, se tem procurado novos parâmetros para entender a formação do professor e os conhecimentos que são solicitados a esse profissional da educação. A REFLEXÃO SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS A filosofia da escola é apresentada como uma missão a ser cumprida por todos que fazem parte do quadro da escola, ela se manifesta ao ser humano como uma forma de entendimento que tanto propicia a compreensão da sua existência, em termos de significado, como lhe oferece um direcionamento para a sua ação, um rumo para seguir ou, ao menos, para lutar por ele.
Para melhor compreensão costuma-se classificar a Gestão Escolar em três áreas: Gestão Pedagógica, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Administrativa. A Gestão Pedagógica é o lado mais importante e significativo da gestão escolar que estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos e define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. A Gestão de Recursos Humanos constitui a parte mais sensível de toda gestão, pois sem dúvida lhe dar com pessoas, mantê-las trabalhando satisfeitas, rendendo o máximo em suas atividades, contornar problemas e questões de relacionamentos humanos, faz da Gestão de Recursos Humanos o fiel da balança, em termos de fracassos e sucessos e por fim a Gestão Administrativa onde cabe a ela cuidar da parte física (o prédio e os equipamentos materiais que a escola possui), e da parte institucional (a legislação escolar, direitos e deveres, atividades de secretaria).
Diante desses pressupostos, observa-se que em muitas escolas, apesar de existir uma hierarquia entre gestor e demais funcionários, todos são tratados com igualdade, o que favorece o êxito de um trabalho coletivo e participativo fazendo com que se possam solucionar os eventuais problemas e enfrentar as dificuldades, as angústias surgidas e assim conquistar a alegria de se alcançar um objetivo proposto que é um desenvolvimento integral e harmonioso de alunos, tornando-os indivíduos produtivos autônomos, participativos críticos e transformadores. Nesse sentido, vale ressaltar que nem tudo é perfeito, e na educação não é diferente, pois a escola acontece por meio de normas impostas pelas Secretarias de Educação, e com isso a gestão e professores da escola ficam sem poder participar, ou então fazer qualquer tipo de mudança na proposta curricular estabelecida e devido esse cargo de confiança que a diretora da escola recebe acaba se submetendo e tendo que apenas cumprir com todo esse processo que é colocado pelo sistema de forma não democrática.
A escola se configura com uma área de pesquisa muito rica, porém, para que o espaço escolar seja objeto de investigações e atividades, que reflitam e formulem métodos de aperfeiçoar e até remediar os assuntos pedagógicos, é necessária uma associação entre universidade e escola, isto é, teoria e prática. Nesse cenário, o estágio representa um caminho possível para se pesquisar a escola e suas particularidades, produzindo, com isso, o saber de sua conjuntura diária. Para isso, segundo Schaffrath (2007) é importante ressaltar a necessidade da inserção da pesquisa pelo estágio enquanto qualidade de suas ações pedagógicas. Essa inserção proporciona, de maneira direta, o vínculo entre a prática e a teoria, transformando os processos vivenciados na instituição de ensino em elementos da investigação realizada na escola.
Deste modo, o investimento em estudos que assimilem a pesquisa como fundamento da produção de saber e os estágios como fundamento da associação teoria/prática, é importante para os avanços nas propostas curriculares dos cursos de licenciaturas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante desse pressuposto do projeto foi gratificante o resultado e supriu as expectativas dos acadêmicos, tanto na parte da apresentação teórica como na elaboração das atividades. Pode-se observar que os professores gostaram da contribuição dos alunos da Universidade Federal do Amazonas em suas práticas pedagógicas, somando então com o conhecimento que já possuíam, onde muitos destacaram a importância de relembrar o que já haviam estudado um dia, porém estava esquecido e não sendo colocado em prática.
O Estágio Supervisionado é fundamental para a formação do professor/pedagogo. Há que se defender que uma aplicação de estágios positiva está vinculada à presença de uma ampla associação no envolvimento entre teoria e prática, o que exige uma proximidade entre elementos curriculares teóricos e os que possuem um caráter mais prático como componentes que se completam. Por fim, se defende um estágio supervisionado fundamentado no entendimento de que o desempenho do pedagogo, enquanto professor ou gestor, em ambientes escolares ou não-escolares, precisa se conduzido de maneira operacional, incitando a promoção de sua vida enquanto profissional da educação mediante a formação crítica da realidade escolar. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788. htm>. Acesso em: 10 mar. DAVIS, Cláudia; VIEIRA, Sofia Lerche.
Gestão da Escola: desafios a enfrentar. São Paulo: Cortez, 2001. POZO, Juan Ignacio. Aprendizes e mestres: A Nova Cultura da Aprendizagem. Instituto de psicologia, Universidade Autônoma de Madri. Editora Artmed. O Brasil é menos urbano do que se calcula. Campinas: Editora Autores Associados, 2002. VIANNA, Heraldo M. Pesquisa em Educação: a observação. Brasília: Plano Editora, 2003.
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