EDUCAÇÃO INTERCULTURAL X HELENA ANTIPOFF

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Especificamente no contexto nacional contemporâneo de diversidade crescente, marcado pelas heranças da escravidão africana e indígena, a educação intercultural tem papel fundamental a desempenhar em consonância com as ações já em vigência, como descrito na reflexão apresentada por Candau: A perspectiva crítica, em suas diferentes configurações, tem assumido a educação intercultural como um componente importante dos processos de transformação social e construção de democracias em que redistribuição e reconhecimento se articulem. Destacamos nessa perspectiva a proposta de uma educação intercultural crítica e de-colonial por considerá-la de especial significado para os debates em curso no continente. CANDAU, 2003, p. Nesse contexto de combate às desigualdades, associações como a Oxfam têm desenvolvido ações que buscam reduzir os abismos econômicos, sociais, raciais, educacionais e de gênero.

Criada em 2014, a Oxfam Brasil busca promover uma integração entre vários setores da sociedade – comunidade, escola, família, empresas privadas e instituições públicas – com o objetivo de investigar e minimizar as desigualdades em nosso país. Segundo as conclusões de helena Antipoff, as crianças poderiam ser agrupadas em “normais” e “excepcionais”, “superdotadas” ou “infradotadas” e, para cada um desses perfis, deveria ser pensado e aplicado um método de ensino específico que as contemplasse. RAFANTE, 2006, p. As classes propostas em Minas Gerais carregam em seus objetivos algumas facetas da educação intercultural, uma vez que buscam promover um ambiente de aprendizado que leva em consideração a diferença. Através da procura por métodos de ensino que contemplem cada uma dessas salas, vemos no trabalho de classificação de Helena Antipoff uma tentativa de se incluir os excluídos do processo de aquisição do conhecimento.

Tendo sido a educação inclusiva uma das bases para seu trabalho, Helena Antipoff foi, portanto, pioneira no desenvolvimento da educação de “excepcionais” no Brasil, promovendo oportunidades de acesso à educação a crianças com necessidades educacionais específicas, objetivando uma prática livre de discriminação ou segregação. De acordo com Barbosa (1998), a atuação em arte pode propiciar ao educando um terreno fértil de compreensão do mundo em que vivemos “como um caminho para estimular a consciência cultural do indivíduo, começando pelo reconhecimento da cultura local. ” (BARBOSA, 1998, p. Assim, através dos aspectos da prática de Helena Antipoff brevemente expostos acima, concluímos que suas ações na Europa e no Brasil foram inovadoras quanto ao uso de uma abordagem intercultural à educação.

A própria concepção sobre os objetivos da educação presente na obra de Helena Antipoff revela um trabalho orientado rumo ao desenvolvimento pleno da criança e de sua compreensão sobre o contexto em que está inserida. A partir da criação de escolas, projetos e iniciativas que contemplaram crianças e adolescentes “excepcionais”, Helena Antipoff colocou em prática uma série de princípios interculturais que difundiram na educação nacional ideias como o respeito às individualidades, diversidades, dificuldades e propensões de cada aluno, o poder de escolha entre os estudantes e a valorização da arte, do esporte e do trabalho coletivo como instrumentos de autoexpressão e aprendizado sobre o mundo. Org. pelo Centro de Documentação Helena Antipoff, CDPHA – Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1992.

V. ARANHA, M. L. História da Psicologia da Educação: Reprodução da Dominação ou Reprodução da Contradição? Psicologia e Sociedade, ABRAPSO, 3(6):47-59, Nov/88 - Mar/ 89. CAMPOS,R H. F. Helena Antipoff: da orientação sócio-cultural em Psicologia a uma concepção democrática de Educação.  Psicol.   São Paulo ,  v.  n.  p.   Dec. CAMPOS, R. INTERCULTURALIDADE E EDUCAÇÃO NA AMÉRICA LATINA: uma construção plural, original e complexa. Revista Diálogo Educacional, [S. l. v. n. org/10. rde. v10i29. LEASK, B. Internationalizing the curriculum. Relatório “Nós e as desigualdades”. Oxfam, Brasil, Dez. de 2019. Disponível em: https://www. oxfam.

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