Economia da Educaçã: Retornos da Educação no Brasil
Tipo de documento:Produção de Conteúdo
Área de estudo:Economia
Segundo esta teoria, investimentos em educação traduz-se em maior acumulação do estoque de conhecimentos e habilidades que o indivíduo possui, o que proporciona aumento da produtividade e, consequentemente, da renda dos trabalhadores. Dando um passo adiante na literatura, Cunha et al (2006, p. apresentam uma imagem mais rica da escolaridade, formação de habilidades no ciclo de vida e determinação de ganhos. No contexto brasileiro, economistas buscaram calcular o retorno da educação utilizando técnicas econométricas diversas. Isto exposto, este trabalho buscará responder à pergunta: quais os retornos da pré-escola no Brasil? Devido à complexidade do tema, essa pesquisa consistirá numa análise exploratória sobre o tema, pautando-se na metodologia bibliográfica de economistas que se atentaram ao estudo do caso brasileiro, com a finalidade de proporcionar maior clareza e auxiliar em pesquisas futuras.
PROBLEMA 7 5. HIPÓTESES 7 6. OBJETIVOS 7 6. Objetivo Final 7 6. Objetivos Intermediários 7 7. Segundo esta teoria, investimentos em educação traduz-se em maior acumulação do estoque de conhecimentos e habilidades que o indivíduo possui, o que proporciona aumento da produtividade e, consequentemente, da renda dos trabalhadores. Com isso, o investimento em capital humano é capaz de explicar os ganhos reais dos trabalhadores. Além disso, Schultz (1961) argumenta que o investimento em capital humano é um elemento capaz de explicar parte da diferença entre o crescimento do produto observado e aquele explicado pelo aumento da dotação de capital e trabalho. Concomitante aos trabalhos de Schultz, Becker (1964) e Mincer (1974) buscam compreender o retorno sobre o capital humano acumulado durante o período em que o aluno está na escola. Uma vez que os recursos são escassos, e as famílias e indivíduos têm restrições e objetivos, a decisão do quanto investir em capital humano, que envolve trocas entre custos atuais e benefícios futuros, pode ser tratada de maneira parecida com a decisão de investimento em capital físico.
Para isso, nós temos como objetivos específicos: 1) Apresentar a teoria capital humano; 2) Evidenciar as contribuições de Heckman; e 3) Sumarizar a literatura econômica existente acerca dos retornos da educação no Brasil. Tema Este trabalho é busca analisar o que a literatura empírica nos diz sobre os retornos da educação no Brasil e maneiras econométricas de se estimar da melhor forma possível tais resultados. Delimitação do tema Foram incluídas apenas as publicações que responderam à questão do estudo, publicadas no período de 2004 a 2020, todos os tipos de delineamentos metodológicos foram aceitos. Entretanto, focamos em artigos de relevância que foram publicados no período de 2004 a 2015 e utilizaram diferentes técnicas econométricas de estimação dos resultados. Problema Define-se o problema desta pesquisa da seguinte forma: O que a literatura econômica, através de diferentes métodos econométricos, tem a dizer sobre os retornos da educação no Brasil? 5.
Schultz (1960, apud Barbosa Filho e Pessôa, 2010, p. analisa como os investimentos em capital humano podem ser capazes de explicar o resíduo de Solow observado na diferença entre o crescimento do produto observado e aquele explicado pela dotação de capital e trabalho. Além disso, argumenta que esse tipo de investimento explica os ganhos reais por trabalhadores, ao investigar a diferença salarial entre grupos, raças e estados americanos. O autor também sustenta que o pouco capital humano existente nos países mais pobres era um fator limitador do crescimento dessa economia. Para o autor, a educação é “uma atividade de investimento realizada para o fim de aquisição de capacitações que oferece satisfações futuras ou que incrementa rendimentos futuros da pessoa como um agente produtivo”.
Uma evidência de sub-investimento em educação seria a superioridade da taxa interna de retorno (TIR) da educação em relação à taxa de retorno sobre capital físico. Entretanto, como tanto a taxa interna de retorno da educação quanto a taxa de retorno sobre o capital físico são muito próximas, a evidência não se sustenta para os EUA. Juntamente a isso, Becker (1962, p. argumenta que há complementariedade entre habilidade e educação. Uma terceira preocupação era entender melhor as relações entre educação e mercado de trabalho. Mincer (1958), apoiando-se na teoria dos diferenciais compensatórios de salários, devida a Smith, mostrou que (1) se todos os indivíduos forem idênticos com relação à habilidade e (2) se os diferenciais de salário em função da maior escolaridade compensar exatamente os custos privados envolvidos em educar-se, a distribuição de salários deveria ser assimétrica da forma como observado.
Com o rápido avanço que se tomou a economia da educação, em 1974, Mincer (1974 apud Barbosa Filho e Pessôa, 2010, p. elabora a seguinte equação com base em trabalhos anteoriores: Onde é o salário de um trabalhador desqualificado, a experiência no trabalho, , é usualmente medida pelo tempo que o trabalhador está no mercado de trabalho (idade menos seis anos e o período que ficou na escola), e é um vetor de variáveis de controle. O parâmetro de interesse é que representa o ganho de renda no logarítmico do salário para cada ano a mais de educação do trabalhador. O impacto dessas descobertas impulsionou a linha de pesquisa voltada para economia da educação. tradução nossa). De maneira simples e resumida, podemos dizer que as habilidades possuem dois resultados: a) auto-produtividade: é a característica de que quanto mais habilidades desenvolvidas nos estágios iniciais, mais produtivo é o desenvolvimento de habilidades futuras; b) complementariedade dinâmica: é a característica ligada a necessidade de se ter determinadas habilidades adquiridas em um estágio anterior, para que se aumentem a produtividade do investimento em estágios futuros.
A explicação por trás disso é neurocientífica. Conforme Knudsen (2004; apud Cunha e Heckman, 2007, p. há períodos sensíveis e críticos para o desenvolvimento infantil. O raciocínio do modelo inicia supondo que um indivíduo qualquer vive por anos. Nos primeiro anos esse indivíduo é uma criança e tem um pai adulto. Entre os anos e o indivíduo cresceu e já se encontra na fase adulta e com um filho. Esse indivíduo morre no fim do período no qual tem anos, pouco antes do nascimento de seu neto (o filho do seu filho). Supõem-se agora que uma família é composta por um adulto e uma criança e o pai investe em seu filho por ser altruísta. Entretanto, é preciso que se invista também nas etapas imediatamente posteriores a primeira infância para que os retornos sejam efetivos.
Nessa seara, algumas são as pesquisas voltadas para estimar os retornos da educação no contexto brasileiro. Nós iremos dar maior atenção aos trabalhos de Barbosa Filho e Pessôa (2013) pela apresentação do cálculo da Taxa Interna de Retorno (TIR) para cada ciclo da educação e pré-escola no Brasil. Nesse sentido, os ciclos completos de educação seriam: 1) fundamental, de 1a à 4a série, (0-4 anos de estudo); 2) fundamental, de 5a à 8a série (5-8 anos de estudo); 3) ensino médio, que engloba as três séries do ensino médio (9-11 anos de estudo) e 4) ensino superior, que se refere ao curso superior (12-15 anos de estudo). Cabe ressaltar que o investimento em educação só começa a dar retorno (um salário mais elevado) alguns anos depois.
Para superar este viés, o estudo de Sachsida, Loureiro e Mendonça, utiliza da metodologia desenvolvida por Garen (1984, apud Sachsida, Loureiro e Mendonça, 2004, p. que trata a escolha ótima dos anos de escolaridade tomando como base o fato desta variável ser contínua e ordenada. O último viés apresentado pelos autores, decorre do “viés de habilidade”, em que a omissão de uma variável relevante no modelo representado pela equação de mincer que possa representar a habilidade ou o talento do indivíduo. Segundo o autor, para contornar o problema é a partir do emprego da metodologia de dados em painel, entretanto, alertam os autores quem, no Brasil, não existe uma pesquisa que faça esse acompanhamento temporal do mesmo indivíduo, sendo necessária a aplicação da técnica de pseudo painel (Deaton, 1985, apud Sachsida, Loureiro e Mendonça, 2004, p.
Para verificar a robustez dos resultados e a sensibilidade do resultado devido à inclusão de variáveis, os autores explicam que cada modelo foi estimado com diferentes conjuntos de variáveis explicativas; e os modelos se enquadram em quatro categorias diferentes quanto à metodologia de estimação: 1) OLS; 2) Heckman (1979); Garen (1984); 4) Pseudo painel. Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, uma vez que “a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. ”, conforme Severino (2007, p. O procedimento bibliográfico é de suma importância para este trabalho, pois nos pautamos em artigos, teses, dissertações e monografias para buscar compreender melhor a relação e evolução dos retornos em educação. Universo e amostra A população do estudo foi composta pela literatura relacionada ao tema de estudo, indexada nos bancos de dados, Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine), Google Acadêmico e repositório digital de trabalhos acadêmicos das faculdades brasileiras.
Quanto à amostra, os artigos foram selecionados a partir da variável de interesse, totalizando 11 artigos. In: Veloso, F. et al. org). Desenvolvimento econômico: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Discussion paper, 2550). MARCONI, M. A. LAKATOS, E. M. Journal of Political Economy, 66(4):281-302, 1958. SACHSIDA, A; LOUREIRO, P. R. A. MENDONÇA, M. SCHULTZ, T. W. Investment in Human Capital. American Economic Review, 51(1):1-17,1961. SCHULTZ, Theodore William.
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