Desenho Universal e Acessibilidade

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Essa situação nos tem sensibilizado e motivado a procurar informar às pessoas acerca do Desenho Universal, como possibilidade de acesso ao conhecimento, bem como a participação na sociedade de fato e direito. Mas o que é Desenho Universal? Segundo Kranz (2015), o conceito de Desenho Universal (DU) foi desenvolvido entre os especialistas e profissionais da área de arquitetura, nos EUA, tendo como objetivo a criação de um projeto para que os ambientes, os produtos e afins pudessem ser usados por todos, sem que houvesse exceções ou qualquer tipo de adaptação do projeto após sua conclusão. Entende-se por universal tudo aquilo que torna possível a realização ou ainda a prática das atividades e tarefas cotidianas de todo o ser humano, seguindo esse linear, o DU busca a inclusão de pessoas de diversos seguimentos, independentemente de sua idade, tamanho, peso ou condição física.

O Desenho Universal no âmbito escolar irá a partir da preocupação com a acessibilidade e usabilidade de espaços e serviços oferecidos pelas instituições de ensino, muitas crianças, jovens e adultos enfrentam problemas com a falta de condições nesses estabelecimentos, seja em sua estrutura ou nas metodologias adotadas (ou falta delas) pelos docentes dessas instituições. A motivação para este trabalho surgiu de algumas dúvidas freqüentes de estudantes de graduação na área de educação: Existe diferença entre Desenho Universal e acessibilidade? As hipóteses são: • O tema, apesar de ser importante, ainda é desconhecido pela grande maioria das pessoas. Por isso queremos levar ao conhecimento de DU, e a partir disso estender-se a prática e aplicação nos ambientes educacionais, possibilitando metodologias pedagógicas de ensino nesse aspecto, para produzir essa acessibilidade a todo o público das escolas; sendo DU um produto que produz acessibilidade, fica claro que os dois andam lado a lado.

O estudo com o objetivo de conhecer mais detalhadamente o DU e a acessibilidade, e como funciona na realidade, o processo de inclusão escolar e a aquisição da aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, subsidiou a decisão pela pesquisa de natureza aplicada e de procedimento bibliográfico. Buscando compreender as questões de ordem pedagógicas e sociais que interferem ao processo de inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. A pesquisa é importante porque conhecer o tema permitirá um olhar mais críticos diante da acessibilidade no contexto social, também irá trazer a oportunidade de abranger as formas de atendimento para os discentes, permitindo acesso unificado em qualquer ambiente ou produto para utilização independentemente da idade, tamanho, habilidade ou deficiência, fazendo com que o processo de ensino/aprendizagem seja efetivo.

Para a escola, conhecer a temática do desenho universal é fundamental, tanto para a prática pedagógica, quanto á estruturação física da instituição, por permitir o que é previsto em lei, que é o acesso de todos á educação de qualidade, para que se ampliem as oportunidades de desenvolvimento de cada estudante, tendo ele limitação ou não. Essa norma necessitou passar por uma avaliação em 1994, e em 2004 passou por uma última revisão, valendo até hoje para regulamentar todos os aspectos de acessibilidade no Brasil. O DU segue os segue sete (7) princípios que foram desenvolvidos em 1997, por peritos no centro de desenho universal, da Universidade da Carolina do Norte, para se ajustar as necessidades de todos. São eles: 1. Igualitário – uso equitativo 2. Adaptável – uso flexível 3.

O Espaço do Usuário - um espaço adequado (acessibilidade) em volta de mobiliário urbano, terá o efeito de aumentar a usabilidade das instalações, enquanto a Facilidade de Operação - alcance, resistência, e a visibilidade, tangibilidade e audibilidade da informação necessária para uso dos elementos funcionais das instalações, (usabilidade) são apresentados como elementos fundamentais para soluções de acessibilidade. Acessibilidade é a qualidade de acessível; facilidade na aproximação, no trato ou na obtenção, de acordo com Aureliano (2008). Como visto acima, a acessibilidade pode ser considerada como a possibilidade e condição de alcançar os elementos funcionais do ambiente construído, para assim permitir sua utilização. Durante milênios, o ambiente construído vem sendo projetado ou adaptado para se adequar às características das pessoas, seus pertences, seus animais, suas máquinas.

Tanto que, no cotidiano, a acessibilidade não devia se levantar como problema exceto em casos especiais. A acessibilidade também é um dos oito Princípios Gerais (artigo 3º) da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), da qual o Brasil é um dos assinantes. Ainda falando de ambientes acessíveis, o desenho universal é o critério que determina se os elementos do ambiente construído, como parques, casas, prédios e os espaços e instalações inclusos nestes podem ser alcançados e utilizados. Acessibilidade é a resposta física a perguntas como: como posso chegar até o prédio? Como entrar e me movimentar dentro daquele prédio? Como me movimentar entre pisos e entrar nos cômodos? Como utilizar as instalações? O grau de acessibilidade necessário para uma certa construção depende da natureza da mesma, por exemplo, uma loja deve ser adequada ao uso de carrinhos de mercadorias, uma armazém para entrega de bens graúdos e um hospital para movimentar camas.

Apesar destes critérios específicos, há uma exigência básica que é o mesmo para toda instalação construída: deve ser acessível por pessoas. Desenho universal se relaciona com esta acessibilidade básica. Questões de usabilidade tratam do grau em que o produto é amigável ao usuário - "user friendly". Jordan 1996). Usabilidade = eficiência, eficácia e satisfação (Shackel 1991). Diante dos conceitos expostos mencionados acima, podemos perceber as distinções e relações entre cada um, observando também que apesar de ainda existirem poucos trabalhos publicados na literatura, sobre a confiabilidade ou a validade dos diversificados métodos utilizados para avaliar a usabilidade, o mesmo é uma questão de grande relevância atual. No aspecto educacional, as escolas brasileiras, apesar de tentarem se adequar cada vez mais as necessidades dos alunos, ainda deixam muito a desejar por possuírem diversas barreiras arquitetônicas e pedagógicas.

A acessibilidade no contexto escolar conta com aspectos arquitetônicos, de comunicação e pedagógicos. De acordo com o portal do MEC, o termo acessibilidade significa incluir a pessoa com deficiência na participação de atividades como o uso de produtos, serviços e informações. Alguns exemplos são os prédios com rampas de acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes. O espaço físico é capaz de se comunicar dizendo ao usuário quando não é adequado, impossibilitando o uso daqueles que apresentam alguma limitação na sua utilização. Por essa razão se dá a importância da adequação do espaço físico, pois permite que todos exerçam as atividades necessárias, o que é essencial para a plena participação em todas as atividades escolares dos alunos deficientes, afinal, todos devem ter acesso a educação, baseando-se no princípio de educação para todos.

Muitas escolas se limitam a realizar adaptações pontuais, muitas vezes improvisadas, como construção de pequenas rampas e adaptação de banheiros, geralmente para cumprir algum requisito para autorização de funcionamento ou suprir a demanda de um estudante em particular. A falta de materiais, recursos e equipamentos adaptados dão ênfase à carência de materiais com acessibilidade e na perspectiva do desenho universal, nas classes comuns. Os recursos didáticos visam auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem, de forma mais eficiente, constituindo-se em um meio efetivo para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo ensino/aprendizagem. Esses recursos pedagógicos acessíveis são Jogo Cara a Cara, Maquete da planta baixa, Máquina Braille, Jogo da velha e dominó, Teclado com colméia, Mouse e acionador de pressão, Aranha-mola, entre outros.

Enquanto que as Salas de Recursos Multifuncionais Tipo I são constituídas de microcomputadores, monitores, fones de ouvido e microfones, scanner, impressora laser, teclado e colméia, mouse e acionador de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para comunicação alternativa, lupas manuais e lupa eletrônica, plano inclinado, mesas, cadeiras, armário, quadro melanínico. REFERÊNCIAS Ropoli et al. A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR: A ESCOLA COMUM INCLUSIVA. Acesso em: 03/12/2018> Alves, M. Mobilidade e acessibilidade: conceitos e novas práticas. Indústria e Ambiente, n. CARLETTO, Ana Claudia e CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal: Um conceito para todos. Realização Mara Gabrilli. São Paulo, 2008. SÃO PAULO. Fortaleza: UEC, 2002. GIL, Marta. Acessibilidade, Inclusão Social e Desenho Universal: Tudo a Ver.

Site Bengala Legal, 22 out. IBGE, Censo Demográfico 2000-2010. About Universal Design] Disponível em: Acessado em: 01 de Dezembro de 2018. Nicholl, A. R. J. O Ambiente que Promove a Inclusão: Conceitos de Acessibilidade e Usabilidade. UNESCO. Declaração de Salamanca e princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Salamanca: UNESCO, 1994.

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