DEPRESSÃO EM IDOSOS DEVIDO AO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Segundo a última projeção realizada pelo IBGE no ano de 2018, existem aproximadamente 28 milhões de idosos em nosso país. Em 2025, esse número possivelmente chegará a 32 milhões. Em 2050, tal número tem o potencial de aumentar em relação ao número de jovens e de crianças na faixa etária de 0 a 15 anos. Quando se trata da quantidade de pessoas idosas presente em casa país, o Brasil integra a sexta posição (IBGE; 2018). Analisando o caso do nosso país, principalmente no contexto de envelhecimento populacional desde a década de 1990, houve mobilização de diversos níveis de órgãos de governo e da sociedade civil, o que deu origem à “Política Nacional da Pessoa Idosa”, sendo então formulada posteriormente o “Estatuto do Idoso”(Brasil 2004).

Considerando que o estado de saúde afeta a condição de vida dos idosos, a depressão está associada a um maior risco de morbidade e morte, levando ao aumento do uso de serviços médicos, negligência no autocuidado e diminuição da adesão aos métodos de tratamento. Além disso, a existência de comorbidades e o uso de diversos medicamentos habitualmente usados por idosos complicam a análise do diagnóstico e o recurso ideal para se tratar a depressão (Rodrigues; 2008). Apesar da relevância da depressão, ainda é difícil de se medir o diagnóstico, pois é composta por sintomas que refletem diferentes estados e sentimentos. Devido ao grau de estigma que envolve a saúde mental, as diferenças culturais podem afetar a análise dos sintomas e a significação que conferem, dificultando a obtenção de serviços de cuidados a idosos e reduzindo o apoio social a estes idosos (Paradela, Lourenço, Veras; 2005).

REFERENCIAL TEORICO Com o desenvolvimento das tecnologias empregadas no meio da saúde, as pessoas têm se dedicado cada vez mais para poder permitir que os idosos detenham de uma vida um pouco mais longa, todavia devido as suas particularidades, o envelhecimento humano vem sendo um grande desafio a ser enfrentado. Quando a emoção é tristeza, a depressão pode se manifestar como sintomas, ou quando os sintomas se manifestam como um grupo de sintomas, a depressão pode se manifestar como síndromes ou distúrbios, e a tristeza faz parte de muitos problemas, que podem incluir perda de interesse nas atividades. Sentimentos de inutilidade, distúrbios do sono e mudanças no apetite. Doenças como ansiedade e depressão requerem acompanhamento especial, principalmente nesta fase da vida onde o indivíduo encontra-se mais vulnerável , atenção a qual deve ser redobrada, pois muitas vezes deixamos passar despercebido os pequenos detalhes, julgamos que as queixas verbais dos idosos já não são credíveis e isto de certa forma reflete em tais queixas serem ignoradas Considera-se que a depressão se divide em leve, moderada e grave, sua definição sucede de um humor triste ou irritável o qual está relacionado a mudanças cognitivas e físicas que afetam seriamente as funções vitais das pessoas No que se refere à ansiedade, ela é considerada, em certa medida, uma resposta natural, muito útil para se proteger e se adaptar a novas situações, quando atinge características extremas e universais, torna-se patológica, acompanhada de medo e tensão.

Sintomas, onde o foco do perigo pode ser interno ou externo. Tal ansiedade patológica caso não seja tratada devidamente, pode evoluir para doenças específicas, quanto as suas classificações gerais, podemos dizer que as mais comuns são: o anseio em estar próximo a muitas pessoas, ou multidões, a sensação de pânico a qual te remete a um sentimento de medo fora do normal, fobia devido a um medo ou aversão de alguma coisa ou pessoa, sensação de medo ou pensamentos irracionais e ansiedade generalizada o qual afeta física e psicologicamente. No entanto, com a idade, o declínio cognitivo pode ser diferente, pois certos fatores são interdependentes. Tais como educação de caráter, saúde, nível de conhecimento global e habilidades mentais específicas.

São diversos os fatores capazes de afetar o envelhecimento cognitivo, sendo estres a genética, estado de saúde, atividade mental, experiência, personalidade, humor, treinamento cognitivo e ambiente cultural e social (Oliveira, Antunes, Oliveira 2017). Conforme exemplificado por Ribeiro e Bogoni (2016, p. o índice de mortalidade presente na terceira idade é alto e a problemática em questão é o detrimento de atenção que damos a tais pessoas: Por muitas vezes é dada pouca atenção ao idoso e a depressão, mas em decorrência de sua grande incidência e sua alta taxa de mortalidade, é muito importante que os profissionais da saúde saibam identificar precocemente a depressão, sempre que possível atuando de forma multidisciplinar, integrando o idoso novamente na sociedade, devolvendo a autoestima ao mesmo e consequentemente atuando na melhoria da qualidade de vida e promoção da saúde mental da população idosa.

Segundo os cientistas, são vários os comportamentos que devem ser considerados como verdadeiros alertas para cuidadores e familiares: descuido no uso de remédios, arrumação das coisas ou bens, desinteresse pela vida, busca repentina por religião ou igreja, desinteresse em cuidar de si, visitas frequentes ao médico com sintomas duvidosos. Fatores situacionais são todos os eventos que ocorrem na vida de uma pessoa idosa e causam depressão, melancolia e tristeza. Alguns deles podem ser elencados como os mais frequentes na literatura analisada: situação de aposentadoria, quando afeta o afastamento do idoso das funções sociais, levando-o para casa ou isolamento social; morte de um dos cônjuges, filhos ou amigos; diagnóstico de doença grave; perda de referências sociais, por exemplo, privação de um lugar na própria casa (Minayo e Cavalcante, 2015).

Uma outra problemática importante em questão ao tema é quanto a associação da depressão com substâncias ilícitas ou álcool. Conforme aborda Cantão L (2015) com base na pesquisa de campo realizada no Centro de Atenção Psicossocial III em Divinópolis – MG, 67,9% dos idosos de 60 a 70 anos que procuraram atendimento, detém de problemas com substâncias alucinógenas e bebidas alcoólicas. A respeito da relação à qual podemos estabelecer entre a depressão e a pratica de atividades físicas, os resultados presentes na pesquisa de (Mendes 2017) nos mostram que as pessoas as quais praticam atividades físicas em uma intensidade maior, tem a probabilidade menor de sofrer com os sintomas envoltos da depressão e o mesmo com o processo de envelhecimento Melhorias nas medidas de promoção da saúde destinadas a prevenir doenças mentais comuns podem evitar que as pessoas sofram dessa doença, existe uma relação importante entre a depressão e os fatores que podem ser mudados, potencializando os benefícios das medidas preventivas de incentivo a um estilo de vida saudável, atividades de lazer e exercícios físicos, diagnóstico e tratamento dos sintomas depressivos.

Pesquisadores relacionaram a presença de depressão e ansiedade em pessoas sedentárias e ativas; eles provaram que a prática regular de exercícios físicos pode representar um fator importante na redução do nível de ansiedade e depressão em idosos. Os critérios de interpretação para a associação metabólica da depressão em idosos estão relacionados à liberação de hormônios como epinefrina, norepinefrina, hormônio do crescimento, endorfinas e cortisol. É capaz de compreender as mudanças no fluxo sanguíneo e no metabolismo em várias partes do cérebro correspondentes a atenção, habilidades psicomotoras, capacidade executiva e tomada de decisão, pensamentos tristes e aprendizado emocional (Mendes, 2017). Para estágios de depressão leve e moderada, o efeito do exercício pode ser comparado com antidepressivos e psicoterapia; para depressão grave, o exercício parece ser um suplemento valioso para a terapia tradicional.

Implementar políticas que permitam serviços de qualidade e de preferência que abranjam as mais diversas áreas; principalmente o profissional da psicologia. Conforme o desenvolvimento da pesquisa, nota-se que muitos teóricos retratam que os indícios da depressão em pessoas idosas são sintomáticos, ou seja, se passarmos a observar com mais atenção o indivíduo, nos atentando até ao menor dos indícios que este apresenta; podemos diagnosticar a doença com mais praticidade e sendo assim obter maiores chances no decorrer do tratamento, pois considerando que os indícios de depressão sejam identificados o quanto antes, melhor será o procedimento de tratamento desse indivíduo. É válido ressaltar que quanto mais tardarmos no diagnóstico e consequentemente nos tratamentos, maiores são as chances desse idoso desenvolver doenças derivadas da depressão isto pode refletir na sensação de pressão social, ou insignificância social, o que no pior dos cenários levaria o idoso a atentar contra sua própria vida.

REFERÊNCIAS 1. Brasil. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União 2003; 3 out. Benedetti,TRB. Mazo,GZ. Borges,LJ. Ribeiro, A. Q. Rosa, C. O. B. Tentativas de suicídio entre pessoas idosas: revisão de literatura. Ciênc. saúde coletiva, vol. n. Rio de Janeiro, Jun 2015. Perfil sociodemográfico e clínico de idosos com depressão e o uso de substâncias psicoativas. Rev. Ufc, Divinópolis, MG, 2015. Mendes, G. A. Revista de Atenção à Saúde, 15(53), 110-116. doi:10. ras. vol15n53. Knapen, J.

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