BULLYING NAS ESCOLAS AS VÍTIMAS E OS AGRESSORES CONFUNDEM-SE EM UM MESMO FENÔMENO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Vejamos o que nos aponta o trecho a seguir: Alguns agressores adotam a violência como estilo de vida, chegando à marginalização. Muitos espectadores não superam os temores de envolvimento, a angústia de não poder ajudar e se tornam pessoas inseguras ou com baixa autoestima. Todos os envolvidos podem comprometer sua vida profissional, pessoal ou familiar no futuro. Em função da intensidade e desdobramento das consequências o bullying é considerado em vários países um problema de saúde pública. MELO, 2010, p. Tem sido frequentemente noticiado pelos canais de comunicação em massa, inclusive com relatos de cenas graves de violência e até de suicídio por parte de algumas vítimas (CHALITA,2008). O segundo capítulo dara ênfase ao conhecimento sobre a agressividde, onde buscará caracterizar como resultante de fatores situacionais.

Os agressores são crianças que na maioria das vezes, sofreram repressão intensa dos pais. Sujeitos a esse controle severo, elas nunca tinham permissão de manifestar comportamento agressivo. Essa agressividade é então, exposta através de certas formas, sendo inclusive parte importante da sua luta pela sobrevivencia. A violência está em todo lugar, às vezes impunemente. Culpa é um sentimento obtido após um comportamento vivenciado, tendo reprovação por si mesmo. A verdadeira culpa reside na intenção inconsciente. O verdadeiro crime não é a causa do sentimento de culpa; é antes o resultado da culpa, que faz parte da intenção criminosa. Somente a culpa legal se refere a um crime; a culpa moral diz respeito à realidade interior. É desse modo que nasce o fenômeno bullying, parafraseando Maldonado (2011).

A Palavra Bullying é um termo que vem da palavra inglesa, Bull que significa touro; adjetivada passa para bully, transformando-se em valentão; quando substantivada fica bullying. Adotada em muitos países para definir o desejo consciente, premeditado, planejado, consecutivo e repetitivo de agressão física, verbal ou psicológica, a determinada pessoa, principalmente no âmbito escolar (CHALITA, 2008, apud MELO, 2010, p. Porém, o bullying pode se manifestar em qualquer lugar onde existam relações interpessoais. Para reiterar nosso pensamento, citaremos o texto abaixo: Muitos gostam de estar com parentes e amigos diante da TV dando risadas nos programas humorísticos que humilham pessoas, perseguindo-as com críticas e deboches, ou que mostram vídeos em que aparecem em situações constrangedoras. Os pesquisadores definem o comportamento bullying como: direito aquele que inclui agressões físicas e verbais e o indireto que se dá através da disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando a exclusão social.

Segundo Ana Beatriz (2009), o termo bullying pode ser adotado como explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, proposicional e sistemático inerente às relações interpessoais. O fenômeno bullying não escolhe classe social ou econômica, escola e empresa pública ou privada, estando presente em grupos de jovens e crianças de diversas culturas, em diversas partes do mundo. Todo mundo já foi, em algum momento da vida, “zoado” na escola, ou “zoou” alguém, com risadinhas, apelidos, fofocas. Todavia, o bullying vai muito, além disso: trata-se de um comportamento ofensivo, avelhante, humilhante, que desmoraliza o outro de forma repetida, com ataques violentos, cruéis e maliciosos, seja de ordem física ou psicológica, com intenção clara de machucar, magoar, ferir. No Brasil, em 2003, um estudante de Taiuva, São Paulo, atirou em várias pessoas dentro da escola em que estudava e depois cometeu suicídio(BANDEIRA, 2009, p.

As vítimas do bullying são geralmente pessoas que não se enquadram em determinados padrões ditados pela sociedade, ou apenas por serem diferentes dos demais. Ou ainda por se destacarem de alguma maneira, quer seja pela beleza física, pela popularidade ou pela inteligência. São paradoxais os motivos que levam uma pessoa a se tornar vítima dessa violência, principalmente entre os adolescentes, mas o cerne do problema é o ciúme, a inveja ou o preconceito. Os danos sofridos pelas vítimas trazem serias consequências a vida futura. Esta afetividade deficitária pode ter sua origem nas famílias desestruturadas, onde pais ou responsáveis exercem supervisão deficitária e oferecem comportamentos agressivos ou violentos como modelos para solucionar conflitos. As atitudes do agressor também podem estar ligadas ao temperamento do jovem.

Neste caso, as manifestações de desrespeito, ausência de culpa e remorso pelos atos cometidos contra os outros podem ser observadas desde muito cedo. Lembrando que a omissão é uma ação imoral e/ou criminosa que alimenta a impunidade e contribui para o crescimento da violência. Os autores do bullying são crianças que precisam mais de ajuda do que de punição, para que, desse modo, o ciclo de violência se quebre (CHALITA, 2008). As vítimas do bullying são geralmente pessoas que não se enquadram em determinados padrões ditados pela sociedade, ou apenas por serem diferentes dos demais. Ou ainda por se destacarem de alguma maneira, quer seja pela beleza física, pela popularidade ou pela inteligência. São paradoxais os motivos que levam uma pessoa a se tornar vítima dessa violência, principalmente entre os adolescentes, mas o cerne do problema é o ciúme, a inveja ou o preconceito.

Tais afirmações são coadunadas com a citação a seguir: As vítimas mais comumente escolhidas são crianças e adolescentes inseguros, tímidos, com dificuldades de comunicação e de construir relações de amizades; que não se encaixam nos padrões convencionais de beleza ou se vestem de modo muito diferente dos demais, que se sentem inadequados ou afetivamente carentes. se destacam pela beleza ou pela inteligência, ou que possuem objetos cobiçados que denotam melhor nível socioeconômico, devido a inveja que despertam. e 25). Pontuamos ainda a platéia, ou as vítimas espectadoras, que são os que presenciam, que buscam as vezes fortalecimento do ego. Estas vítimas representam a maioria que convive com o fenômeno bullying. O que prejudica muito também o desenvolvimento psicossocial e escolar do indivíduo.

Como bem ressalta o autor no trecho a seguir:. Mas existe o terceiro personagem envolvido responsável pela continuidade do conflito, muitos desses expectadores acham este comportamento normal. Tem outros que reprovam essas atitudes, ficam indiferentes, por medo da vingança e ao mesmo tempo ficam satisfeitos pelo fato de não ser eles os atingidos. A platéia pode ser: passivo, neutro e passivo. A platéia passiva assume esse posicionamento, por medo de se tornarem a próxima vítima, tem conhecimento sobre o bullying e nada fazem. A platéia ativa fortalece a agressão, rindo ou incentivando. Inclui: personalidade (transtorno) amoral, dissocial, associal, psicopática e sociopática. Exclui: transtornos de conduta (F91. transtorno de personalidade emocionalmente instável (F60. Estas personalidades visam apenas os seus interesses próprios.

Os agressores são igualmente vítimas da violência social e, de alguma forma, também necessitam ser acolhidos e ajudados. O que se constata é que o universo do agredido se agiganta de tal forma que o medo o aprisiona, deixando-o lá dentro, protegido pelo nada. Apenas ali, sem falar muito, sem exprimir alegria ou tristeza, sem revelar a dor. CHALITA: 2008,p. Segundo Melo, (2010) para que um comportamento seja caracterizado como bullying, é necessário distinguir os maus tratos habituais e graves: são comportamentos produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima; ocorre sem motivações evidentes; são comportamentos deliberados e danosos. Muito cedo as crianças são classificadas e confinadas em subgrupos ou panelinhas nas escolas e nos bairros, segundo aparência, interesses ou comportamento: os populares, os atletas, ‘os cabeças’, os esquisitos, os estranhos, os ‘CDFs’, os retardados, as bichinhas, os ninguém.

DE 2009, o Congresso Nacional dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao "bullying" escolar no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas e privadas de educação básica no país. As escolas públicas e privadas da educação básica no país deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao "bullying" escolar. Nesse projeto, entende-se por "bullying" a prática de atos de violência física ou psicológica, de modo intencional e repetitivo, exercida por indivíduo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima, tais como:promover a exclusão de aluno do grupo social; injuriar, difamar ou caluniar; subtrair coisa alheia para humilhar; perseguir; discriminar; amedrontar; destroçar pertences; instigou praticar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos e ambientes virtuais.

Constituem objetivos a serem atingidos:conscientizar a comunidade escolar sobre o conceito de “bullying”, sua abrangência e a necessidade de medidas de prevenção, diagnose e combate;prevenir, diagnosticar e combater a prática do "bullying" nas escolas;capacitar docentes, equipe pedagógica e servidores da escola para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema;orientar os envolvidos em situação de "bullying", visando à recuperação da auto-estima, do desenvolvimento psicossocial e da convivência harmônica no ambiente escolar e social;envolver a família no processo de construção da cultura de paz nas unidades escolares e perante a sociedade. A Regulamentação do Ministério da Educação estabelecerá as ações a serem desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos, professores, servidores, entre outras iniciativas.

e 52). É preciso capacitar os profissionais que compõem a escola ou buscar outros profissionais devidamente preparados que tenham habilidades para identificar, combater e intervir, levando tudo o que for coletado para a comunidade escolar e desenvolvendo uma estratégia de prevenção e combate. A escola precisa consultar psicólogos e assistentes sociais, como também buscar parcerias com órgãos que tratam do assunto, conselho tutelar, promotoria, delegacias da criança e do adolescente, assim podendo ampliar seus conhecimentos e podendo passar para as crianças e os adolescentes o que pode ocorrer com elas sobre a prática do bullying. As escolas devem oferecer ao aluno, além da qualidade de ensino, ambiente seguro para o seu desenvolvimento emocional e socioeducacional. É imprescindível que adotem estratégias de intervenção e prevenção do comportamento agressivo (FANTE E PEDRA, 2008, p.

Em seguida divulgar os resultados da pesquisa, com isso poderia ser feito palestras onde os próprios alunos falassem sobre o assunto, fazendo rodas de debates sobre o tema, identificando e propondo soluções. O psicólogo deve transmitir à escola que é importante que ensinem aos seus alunos a lidarem com suas emoções, dar espaços nas aulas, para expressão do afeto, para que não se envolvam em comportamentos violentos, transformando-os em agentes onde falem, vivam e transmitam uma cultura de paz que se estenda aos seus demais contextos de vida. Então, o verdadeiro combate à violência, se faz, de maneira eficaz, ao atacá-la na causa, com uma verdadeira educação, que ensine aos estudantes o que é certo e o errado. A intervenção deve iniciar-se pela capacitação de profissionais de educação para que saibam identificar e conhecer as estratégias e prevenções disponíveis atualmente.

Para Chalita (2008), a escola precisa desenvolver um trabalho coletivo envolvendo professores, funcionários e os mais prejudicados que são os alunos, focar a estratégia em três objetivos: • Anular os agressores, tornando-os neutros e conscientes dos seus atos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta presente obra focalizou em analisar o fenômeno bullying nas escolas numa perspectiva de identificar, prevenir e combater essa forma de violência que atualmente tem se alastrado assustadoramente. O fenômeno bullying não escolhe classe social ou econômica, escola e empresa pública ou privada, estando presente em grupos de jovens e crianças de diversas culturas, em diversas partes do mundo. Todo mundo já foi, em algum momento da vida, “zoado” na escola, ou “zoou” alguém, com risadinhas, apelidos, fofocas. Todavia, o bullying vai muito além disso: trata-se de um comportamento ofensivo, avelhante, humilhante, que desmoraliza o outro de forma repetida, com ataques violentos, cruéis e maliciosos, seja de ordem física ou psicológica, com intenção clara de machucar, magoar, ferir.

O bullying é prejudicial e pode causar danos irreversíveis às suas vitimas, desencadeando problemas como depressão, ansiedade, estresses, dores não-especificadas, perda de auto-estima, problemas de relacionamento, entre outros. Curso de Pós-Graduação em Psicologia. disponível em: <http://www. lume. ufrgs. br/handle/10183/23014?show=full> acessado em: 01. São Paulo: Gente, 2008. CURY, Augusto. Dez leis para ser feliz, Rio de Janeiro: Sextante, 2003. FANTE, Cleo. Bullying. Bullying naescola: como identificá-lo, como preveni-lo, como combatê-lo/ Josevaldo Araújo de Melo, Recife: EDUPE, 2010. WINNICOTT, D. W. A psicanálise e o pensamento contemporâneo, Rio de janeiro: LTDA, 1973.

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