Auditoria hospitalar

Tipo de documento:Questões e Exercícios

Área de estudo:Direito

Documento 1

Desta forma, torna-se necessário o acompanhamento e o controle contínuo dos processos de prestação de serviços das Instituições Hospitalares, principalmente pelo aumento da concorrência e pela globalização. Essa necessidade de ajustes e diminuição dos custos em seus processos induz a busca por ferramentas que possibilitem a redução dos custos, como a auditoria concorrente. Segundo Souza (2012), a auditoria concorrente ainda é pouco investigada, serve como um instrumento de avaliação da qualidade da assistência nas Instituições de Saúde. Neste contexto, o auditor deve monitorar o estado clínico do paciente internado verificando a justificativa e a procedência da internação, procedimentos, materiais, medicamentos, e a qualidade da assistência prestada. A auditoria concorrente também envolve a avaliação feita pelo paciente e seus familiares, a fim de examinar a percepção, no que tange a assistência prestada, entrevista, e reflexão do profissional após a prestação do cuidado, exame do paciente e confronto com as necessidades levantadas, verificação do cumprimento das atividades a serem realizadas pelos profissionais e observação do ambiente.

Se for verificado durante o procedimento cirúrgico a indicação de intervir em vários órgãos ou regiões a partir da mesma via de acesso, a remuneração da cirurgia será a que corresponder, por aquela via, ao procedimento de maior valor acrescido de 50% do previsto para os outros médicos, desde que haja um código específico. Será adicionado o equivalente a 70% do valor ao preço principal ou de maior porte. Em caso de procedimentos onde duas equipes diferentes participam, a remuneração devida deverá ser feita a cada uma delas, como previsto por lei. Procedimentos cirúrgicos que exigirem a necessidade de acompanhamento ou assistência de outro especialista, a remuneração devida deverá ser paga conforme o atendimento prestado referente à especialidade. De acordo com a Associação Médica Brasileira, se um ato cirúrgico fizer parte integrante de outro, deve-se remunerar não a somatória do conjunto, mas apenas o ato principal (BESSA, 2011).

Radiologia e Tabela Fehospar. Infelizmente, a qualidade dos equipamentos, segurança, resultados e satisfação dos clientes não são contemplados nestas tabelas (AMB, 2010). Dentre as taxas incluídas na Tabela de cobrança, também encontram-se as taxas de diárias hospitalares, tais como: Taxas de Internação Eletiva, Internação de Urgência e Internação em UTI. A internação eletiva é caracterizada pela internação programada para realização de procedimentos cirúrgicos (urologia, oftalmologia, ortopedia etc. sem caráter de urgência, onde o paciente pode ter alta no mesmo dia. Diárias que já foram autorizadas, mas que não houve a necessidade de sua utilização, ficam passíveis de glosa pela Auditoria Médica. A informação diária da relação dos pacientes internados na Instituição indicará a necessidade da prorrogação de diárias, podendo esta ser realizada via telefônica ou fax pelos prestadores de serviço da Instituição (PAES; MAIA, 2005).

Pacientes que são transferidos para UTI, UTI NEO ou similar, pagarão somente diárias destas acomodações especiais. Já para os familiares que permanecerem ocupando outras instalações (apartamento, suíte), o próprio terá a responsabilidade do pagamento dessas instalações (PAES; MAIA, 2005). Compõem as diárias hospitalares: Diária de enfermaria, Quarto Coletivo, Quarto Privativo, de Suíte (simples, padrão, semi-luxo e luxo), Apartamento, Berçário, Berçário Patológico, Hospital-Dia, de UTSI (Semi-Intensiva ou Intermediária), UTI Adulto, UTI Infantil/Pediátrico, UTI Neo-natal, Isolamento em apartamento, Isolamento em enfermaria, Isolamento para transplantes, Isolamento em UTI adulto, Isolamento em UTI infantil/pediátrico, e finalmente Diária de Isolamento em UTI neonatal (PAES; MAIA, 2005). Porém, ainda existe a necessidade da inclusão do ponto de vista do paciente e familiares, bem como avaliação do exame físico, o que possibilita indicadores de assistência, geração de novos conhecimentos para detecção de possíveis falhas, inserção de novas tecnologias e qualificação de profissionais para prestação de um serviço de qualidade.

Desta forma, sugere-se uma reformulação dos procedimentos de auditoria hospitalar. REFERÊNCIAS BESSA, R. DE O. Análise Dos Modelos De Remuneração Médica No Setor De Saúde Suplementar Brasileiro. LA FORGIA, G. M. COUTTOLENC, B. F. Desempenho hospitalar brasileiro: em busca da excelência. p. MINISTÉRIO DA SAÚDE, S. Portaria GM/MS no 3432 de 12 de agosto de 1998. DOU No 154 Estabelece critérios de classificação para as Unidades de Tratamento Intensivo - UTI. Ministério da Saúde, n. E C. Estatuto do SBHDF Estatuto do SBHDF. p. SOUZA, M. P et al. Acredita-se que as primeiras expedições marítimas trouxeram a auditoria convencional ao Brasil (SCARPARO, 2007). Profissionais médicos do Reino Unido, foram os precursores da auditoria em Instituições de Saúde.

Eles perceberam e chamaram a atenção para as deficiências na prestação de cuidados no atendimento à clientela das Instituições de Saúde do país. Por esse motivo, eles perceberam a necessidade de proporcionar um atendimento de melhor qualidade aos seus pacientes (ROSA, 2012). Contudo, a auditoria aparece pela primeira vez no trabalho do médico George Gray Ward, nos Estados Unidos em 1918. Infelizmente, no Brasil, as Instituições Hospitalares passaram a ter caráter organizacional com visão empresarial. Por esse motivo, a auditoria atua com o intuito de evitar fraudes e na avaliação de adequação ao planejamento, porém com efeito corretivo. Sendo assim, torna-se necessário a atuação da auditoria de forma mais preventiva (SILVA et al. Uma ocorrência muito importante e que tem sido detectada durante as auditorias é a falta de dados fundamentais que ajudam a esclarecer as ações realizadas nas Instituições.

Tanto os relatos quanto os pagamentos de materiais, medicamentos e procedimentos devem ser registrados pelos multiprofissionais. Pois, o serviço oferecido em desacordo com os padrões aceitáveis podem originar graves problemas. Portanto, enfermeiros, médicos, assistentes sociais e técnicos administrativos tem papel essencial no sistema e na política de saúde do país. Esses profissionais devem ter habilidades, tais como: capacidade de argumentação, tomada de decisões, bom relacionamento interpessoal, organização, autonomia, ética, percepção, versatilidade e buscar estar se atualizando sempre para garantir a qualidade e sobrevivência da Instituição. Sendo assim, todas as organizações (empresas, setores públicos, organizações e associações) precisam equipar-se de profissionais qualificados na área de Auditoria e Controle Hospitalar. Essa qualificação deve abranger conhecimentos tecnológicos, a fim de que os auditores possam identificar as diferentes inadequações da organização.

Auditoria em enfermagem: revisão sistemática da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, v. n. p. EMMANOEL, E. Auditoria em enfermagem. Revista brasileira de enfermagem, p. SANTOS, P. Artigo original / original article auditoria de contas hospitalares : análise dos principais auditing hospital bills : an analysis of the main. REDFERN, S. p. ROSA, V. L. Evolução da auditoria em saúde no brasil. p. Implantação de um modelo de descentralização de auditoria de contas hospitalares em um hospital de grande porte na região sul do Brasil. v.

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