Artigo em educação especial para Pós -Graduação

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

A Constituição Federal de 1988 declara que a educação é um direito de todos cidadãos e garante este acesso ao estudo pela rede pública. Ou seja, toda e qualquer pessoa em fase escolar, desde a primeira infância até a sua formação no ensino médio, tem por direito o acesso à educação, e este direito independe de a pessoa ser portadora ou não de deficiências. Em linhas gerais, o ambiente escolar como um todo, deve estar preparado para trabalhar na construção do desenvolvimento de todos os alunos. Posto isto, o trabalho se apresenta como uma revisão bibliográfica, cujo objetivo geral é apresentar a importância dos desdobramentos nas práticas docentes para receber a demanda inclusiva, enfatizando a importância da capacitação dos docentes para a demanda inclusiva, obedecendo as diretrizes do Atendimento Educacional Especializado.

Para a fundamentação teórica, foi realizada uma busca por livros e arquivos científicos nas bases de dados SCIELO, Capes e Google Acadêmico Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado; Inclusão Escolar; Práticas Pedagógicas. Neste sentido, Ainscow (1998), afirma que a inclusão representa uma filosofia educativa que promove a participação de alunos com necessidades educativas especiais, em todos os aspectos da escola e da vida comunitária. Para o autor, a escola terá de responder cada vez mais às solicitações e necessidades dos pais, proporcionando um ensino de maior qualidade, de forma a incluir as crianças independente dos problemas que estas apresentam, sejam eles, incapacidades graves ou uma inteligência acima da média (AINSCOW, 1998). Embora a inclusão seja uma conquista sócio educacional significativa, garantida por lei, a escola enfrenta numerosos desafios para pôr essa teoria em prática.

O sistema brasileiro de ensino, historicamente, tem muitos problemas. Começando pela rede pública de educação, onde hoje existe a falta de professores em diversas disciplinas, a remuneração não é valorizada, existe uma superlotação de salas e uma significativa falta de investimentos, tanto na estrutura escolar, quanto na formação dos professores, principalmente no que tange a sua capacitação para receber a demanda inclusiva em sala de aula (BUGONE; DALABETHA; BAGNARA, 2016). E, para atingir o objetivo geral proposto, foram destacados em forma de objetivos específicos: • Apresentar a importância do AEE no recebimento da demanda inclusiva no ensino regular; • Compreender a necessidade da especialização do docente para melhor atender a demanda inclusiva; • Entender os benefícios da inclusão para os alunos portadores de necessidades especiais, e os reflexos que a inclusão escolar promove na sua adaptação social.

A justificativa do tema se dá, pela importância da inclusão escolar, pois, embora exista uma série de tratamentos que possibilite um desenvolvimento pleno ao indivíduo, como terapias comportamentais, acompanhamento fonoaudiológico, terapia ocupacional e fisioterapêutica, sem dúvida, o apoio do docente é de suma importância para o desenvolvimento do aluno não apenas em termos cognitivos, mas também sociais. Tendo em vista que o ambiente escolar é para muitos o primeiro contato social independente da família. Sendo assim, é essencial que o docente saiba individualizar as necessidades de aprendizado do aluno e direcionar o conteúdo através de técnicas pedagógicas que possibilitem o aprendizado individual conforme a necessidade daquele aluno promovendo assim, um aprendizado significativo. METODOLOGIA Este trabalho caracteriza-se como uma revisão bibliográfica, de natureza qualitativa e descritiva.

E, dentro do ambiente escolar, o papel do docente é fundamental para promover um ensino inclusivo. É essencial que o professor tenha habilidade de trabalhar o conteúdo programático de acordo com as necessidades de cada aluno. Tendo em vista que a demanda inclusiva teve um aumento progressivo nas últimas décadas, muitas vezes em uma mesma sala de aula o docente pode encontrar alunos com múltiplas necessidades especiais. Também há de se considerar que o processo de aprendizado não ocorre de uma forma única e linear para nenhum indivíduo, tenha ele uma dificuldade de aprendizado ou não. Sendo assim, o papel do docente é de suma importância para inserir o aluno no contexto do aprendizado e proporcionar a todos os alunos um processo de aprendizado significativo (MEDEIROS, 2010).

Com isso, o Atendimento Educacional Especializado se destaca por prover condições de acesso e participação dos alunos especiais no ensino regular (BELISÁRIO; JOSÉ, 2010). Ainda de acordo com Belisário e José (2010), dentro desse cenário, o docente precisa compreender as diferenças cognitivas, considerando as particularidades de cada aluno no processo de ensino-aprendizagem. Com o conhecimento adequado, o docente pode planejar as atividades pedagógicas e propor as tarefas conforme o ritmo de aprendizado do aluno, possibilitando assim o contexto de escola inclusiva. O AEE é essencial em meio à crescente demanda inclusiva e todas as diferenciações que cada aluno e sua respectiva necessidade trazem para o contexto escolar. Da mesma forma que, cada aluno apresente maior ou menor facilidade com determinadas metodologias, é preciso que o docente se especialize para desenvolver técnicas pedagógicas de acordo com a necessidade do aluno especial.

É papel do docente promover a interação dos alunos, bem como a aceitação do aluno por parte do grupo, e isso deve ser feito respeitando o ritmo e o limite de aceitação do aluno (CARVALHO, 2009). CONCLUSÃO Diante do objetivo geral do trabalho, que visava apresentar a importância do Atendimento Educacional Especializado e os desdobramentos do docente frente à demanda inclusiva, é possível concluir que ainda existe uma lacuna significativa para atender a demanda inclusiva no ensino regular. O que pode ser atribuído ao período de formação pedagógica dos docentes cuja graduação seja anterior às últimas duas décadas. Isso ocorre por conta das recentes mudanças na legislação, estabelecendo a obrigatoriedade da inserção do aluno especial no ensino regular. Em linhas gerais, foi somente a partir dos anos 2000 que passou a ocorrer uma maior solicitação da demanda inclusiva nas escolas regulares.

Wang, Caminhos para as escolas inclusivas. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. Ainscow, M. Educação para todos: torná-la uma realidade. In M. com. br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/360_1. pdf> Acesso em 21 maio 2019 CAPELO, Maria R. C. Diversidade sociocultural na escola e a dialética da Inclusão/exclusão. FRAGOSO, Yara Dadalti ;BROOKS, Joseph Bruno B. LEAL, Tiago Martins dos Santos. Perfil descritivo de esclerose múltipla com início até os 16 anos nos pacientes de um centro de referência do estado de São Paulo. Disponível < http://www. scielo. gov. br/cne/arquivos/pdf/CEB0201. pdf> Acesso em 21 maio 2019 RODRIGUES, D. O paradigma da educação inclusiva: reflexões sobre uma agenda possível. Inclusão, 1, 7-13. Rio de Janeiro: WVA, 2013. Disponível em < http://www. periodicos. ufrn.

br/educacaoemquestao/article/view/3948/3215> Acesso em 21 maio 2019.

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