APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA DIFICULDADE REAL OU AVERSÃO INDUZIDA CULTURALMENTE?

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Matemática

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buscando encontrar as causas dos mesmos. Ao final, apontamos soluções possíveis com base em teóricos da área. Palavras-chave: Matemática, Cultura, Ansiedade, Aprendizagem. INTRODUÇÃO. Segundo o PISA 56,6 % dos estudantes brasileiros estão abaixo do nível básico de proficiência na área de ciências, essa porcentagem cai para 50,99% na área de leitura. Procedimentos Metodológicos Esse artigo foi realizado a partir da pesquisa e análise de textos acadêmicos sobre o tema: livros, artigos, jornais, Sites envolvendo as atividades básicas de identificação através de fichamento das fontes localizadas através de bases de consulta como Google scholar, Sites do Governo, Scielo, que abordam o tema, tentaremos confrontar informações e tirar nossas próprias conclusões. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória.

Nosso intuito é identificar e analisar alguns preconceitos mais comuns associados à Matemática. A dificuldade da Matemática De acordo com uma pesquisa realizada pelo site de reforço escolar virtual Seu Professor, durante o ensino fundamental 60% dos alunos pesquisados identificaram a Matemática como a disciplina mais difícil4. Esse resultado que, a princípio, poderia ser considerado um sinal de que alguma coisa está errada com o ensino da disciplina, de um modo geral, é aceito com naturalidade. Personagens que sabem ou gostam de Matemática, normalmente, são gênios e a recíproca também é verdadeira: quando querem mostrar que um personagem é muito inteligente, mostram-no resolvendo problemas matemáticos, o que já parte do princípio que o conhecimento matemático não está ao alcance de todos. Os meios jornalísticos também não ficam atrás.

A Matemática é mostrada como um bicho de sete cabeças. Mesmo em uma série de programas que buscam mostrar que a Matemática está em toda parte, o título de uma das matérias é: “Mistérios da Matemática: as notas musicais são números em movimento. ”5 Apresentando a Matemática como algo místico, misterioso. ”, “Matemática é coisa de gênio. ”, “Nem todo mundo tem capacidade de aprender Matemática. ” Essas e outras ideias são perpetuadas, segundo apresentaremos a seguir, por uma série de razões. “A Matemática não está ao alcance de todos”. Devlin (2014) discute essa questão e discorda dessa afirmação. E por que alguém teria esse interesse? Por que nós nascemos com a capacidade e a necessidade de aprender.

Solucionar um problema, seja ele Matemático ou não, provoca em nós uma sensação prazerosa, que faz com que busquemos novos problemas a serem solucionados. Segundo Brito7 (ESTADÃO CIÊNCIA, 2016), apesar de a neurociência indicar que há um desenvolvimento da estrutura cerebral que favorece o aprendizado da matemática, não é possível afirmar que esse desenvolvimento causa a dificuldade com a matemática ou se essa dificuldade gera esse desenvolvimento. O fato é que a ansiedade matemática deve ser levada à sério e “requer atenção e tratamento” e o primeiro passo, segundo Brito, é melhorar a autoestima do sujeito. A questão do gênero, no caso da Matemática, também tem uma influência grande na percepção da disciplina. E também existem pessoas com extrema dificuldade, como indivíduos que tem discalculia8.

Mas essas são exceções. A regra é que a Matemática está ao alcance de todos. Para que serve a Matemática? Culturalmente, acreditamos que a Matemática é muito importante. Mas se perguntarmos o porquê dessa importância, poucas pessoas saberão responder. Uma pesquisa de opinião que não leve em consideração as características dos entrevistados está sujeita a não ter nenhuma validade. Se quero pesquisar, por exemplo, sobre o candidato preferido à eleição e recolho os dados em um reduto de algum dos candidatos, meus resultados certamente não refletirão a realidade. Mesmo que não estejamos interessados em nos tornar estatísticos, é importante ter algumas noções de estatística. Esse conhecimento serve, não só para realizarmos nossas próprias pesquisas, mas também para compreender as pesquisas que nos sãos apresentados.

Em seu livro “Os números (não) mentem”, o matemático Charles Seife fala sobre o uso da matemática para manipular a opinião pública. ” (SEIFE, 2012) Mais recentemente, na História americana, podemos citar Donald Trump como uma inesgotável fonte de informações numéricas fictícias. Trump iniciou seu mandato alegando que em sua posse havia mais pessoas do que em qualquer outro presidente americano, apesar de ficar claro pelas imagens e outros dados que o público de Trump era significativamente menor que o de Barack Obama em 2009. Em 23 de Janeiro de 2017, o Secretário de Imprensa da Casa Branca realizou uma coletiva na qual ele reiterou sua afirmação de que “a posse de Trump foi a mais vista na história” e disse que a afirmação era “inquestionável” se considerarmos o número de pessoas que viram a posse online.

Spicer desafiou a mídia a fornecer números que provassem que ele estava errado, mas não forneceu números para provar que estava certo. Embora Spicer afirmasse que a posse de Trump teve o maior público da história, devido em grande parte às visualizações on-line, esses dados simplesmente não estão disponíveis. Em Matemática aprendemos o raciocínio lógico, a dedução, etc. Por que não aprendemos Matemática? Uma questão recorrente no estudo da Matemática é: como ensinar Matemática? Essa questão é debatida por teóricos do meio como Nílson José Machado, Ubiratan D’Ambrósio e outros, que buscam formas diferentes de levar a Matemática aos alunos. Fazer com eles vejam a Matemática como algo interessante e prazeroso.

Daí o uso de jogos, modelagem, uso de TICs9 etc. A ideia de ter que decorar a tabuada sem compreendê-la totalmente, o surgimento das frações no momento em que a criança começa a ter familiaridade com os números naturais e a álgebra, com suas letras que hora representam um valor e hora outro, são os grandes vilões da trajetória de aprendizagem da matemática de uma criança. Assim sendo, quando o teórico ou o professor cria uma situação concreta que pretende associar a um conceito abstrato, ele acabará sempre apresentando o conceito de forma abstrata para que haja essa associação, o que torna a primeira dispensável. Gravemejeir sugere a “redescoberta” da Matemática. A aprendizagem ocorreria da mesma forma que ocorreu com os matemáticos.

Eles descobriram relações até então desconhecidas. Criaram novas operações e novos conceitos. E o que acontece quando o aluno erra? Se ele possui uma mentalidade fixa, ele se sente frustrado e incompetente, o que faz com que seu cérebro associe, cada vez mais, o erro ao fracasso e isso vai transformando a Matemática em uma barreira quase intransponível. Entretanto, se o aluno tem a mentalidade de crescimento, ele percebe o erro como uma oportunidade para encontrar novos caminhos. Em seu cérebro vão surgindo sinapses que, até então, não existiam e isso leva ao aprendizado propriamente dito. Daí, o erro levaria à evolução cerebral. Mas como fazer isso? A autora sugere que o professor pense em questões norteadoras, que levem o aluno a encontrar o próprio erro e, dessa forma, chegar ao acerto.

Dados do Censo Escolar de 2015 apontam que 46,3% dos professores do ensino médio lecionam pelo menos uma disciplina para a qual não tem formação. Um artigo do jornal online “O sol diário” indica que os professores de disciplinas como Matemática, Física e Química estão “em extinção”. A pesquisa se baseia em dados de concursos públicos para o cargo de professore e na relação de oferta e procura de bolsas de estudo para os cursos de Licenciatura. Segundo a pesquisa, os dados indicam que, nos próximos anos, a falta de professores dessas disciplinas será cada vez maior. Segundo a jornalista, um dos fatores apontados é o grau de dificuldade maior na graduação das disciplinas da área de exatas, comparadas às outras disciplinas.

Outro grande problema está relacionado à linguagem específica da Matemática. Os professores não utilizam a linguagem matemática corretamente, pervertendo os significados dos conceitos, o que, nos anos iniciais, pode gerar confusões que perdurarão por toda a vida escolar do aluno. ROSA & ROSA, 2010) Muitas palavras usadas no cotidiano têm, em Matemática, um significado diverso e muito específico. Quando dizemos, por exemplo, que “Fulano” é igual ao pai, estamos usando a palavra igual em um sentido muito mais livre e não rigoroso do que o que usamos em Matemática. A igualdade entre elementos na Matemática só ocorre quando todas as propriedades de um dos elementos são idênticas aos seus equivalentes no outro elemento. É importante conhecer essas causas antes de se pensar em mudanças no ensino da disciplina.

A falta de motivação para o estudo da Matemática aparece com a dificuldade de relacioná-la com situações do dia a dia, que tenham significado para o aluno. Essa é a conclusão a que chegaram Tatto & Scapin no artigo “Matemática: por que o nível elevado de rejeição? ” (2004). A motivação pode ser regulada por fatores internos (que nesse caso seria a curiosidade) ou por fatores externos (nota, crítica, resolução de problemas práticos). As autoras destacam, além dos pontos já tratados, a importância da família para a criação e manutenção dos interesses da criança. O conhecimento da Matemática é importante para a vida de qualquer cidadão, e, entretanto, acaba ficando fora do alcance da grande maioria da população.

O ensino da Matemática pode ser considerado como um dos vilões dessa história. Quase a todo momento, quando falamos sobre a dificuldade da Matemática, falamos na dificuldade de aprender Matemática. Para que essa situação se modifique, devemos, efetivamente, mostrar ao aluno essa Matemática que não é difícil, que não é misteriosa, que não é uma meta inatingível. Quem conhece a Matemática identifica a beleza nas relações, nas formas, nos números, teoremas, etc. For this, a bibliographic study was done, trying to better understand the different issues that involve this problem. Different prejudices were analyzed as inherent difficulty in the discipline, difficulty related to the degree of intelligence of the apprentice, etc. seeking to find its causes. In the end, we point out possible solutions based on area theorists.

Keywords: Mathematics, Culture, Anxiety, Learning. Série Desafios da Educação. São Paulo: Penso. CAMPOS, Simone Oliveira; SANTOS, Tatiana Silva. Influência dos professores das séries iniciais no aprendizado dos alunos em Matemática. Universidade Estadual do Sudeste da Bahia. DEVLIN, Keith. O gene da Matemática. São Paulo: Record. ESTADÃO Ciência. Ansiedade Matemática dispara “gatilho do medo” no cérebro e dificulta resolução de problemas. E. O que torna a matemática tão difícil e o que podemos fazer para o alterar? Originalmente publicado como: What makes mathematics so difficult, and what can we do about it? In L. Santos, A. P. Canavarro, & J. Performance Matemática Digital e a Imagem Pública da Matemática. Repositório Institucional UNESP. MASO, Mansueto Dal.

Manual para elaboração de artigos científicos conforme as normas ABNT. Cacoal: FACIMED. pdf (Acesso em 04/10/2018). ROBERTSON, Lori; FARLEY, Robert. Fact check: The controversy over Trump’s inauguration crowd size. USA Today. Jan. São Paulo. SANTOS, Jean M. de Arruda; ARAÚJO, Karolina Lima dos Santos; MELO, Monalisa S. DA SILVA, Ana Cristina Barbosa. Percepção dos alunos sobre a utilidade da Matemática no cotidiano. A Matemática é difícil: um sentido pré-construído evidenciado na fala dos professores. Coletânea do Programa de Pós-Graduação em Educação (Cessou em 2000), Porto Alegre, v. n. p. SNOPES – Fact Check – Politicians. br/index. php/revistadech/article/view/245 (Acesso em 06/10/2018). TEIXEIRA, Ricardo. Os homens são melhores em Matemática que as mulheres? Correio Braziliense Revista. Disponível em: https://www.

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