Jogos Didáticos no Ensino da Matemática

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Matemática

Documento 1

In addition, this research aims to offer educators ways of using this pedagogical resource and play activities as an important resource that facilitates classroom practice and consequently awakens in students the interest in Mathematics. Taking into account aspects that value the role of the subject as a constructor of their own knowledge, and which credit the role of the trigger of this construction in the middle, the problem that led to the present research was observed. How the use of pedagogic games can be favorable to the improvement of mathematics teaching?”. Finally, the paper concludes that the use of educational games are great to resolve the appearance of the abstraction that is apparent in math classes, in addition to drawing students attention to its learning, which is often treated as very complex and difficult to assimilate and understand.

Keywords: Educational games; Teaching-learning; Mathematics. A Matemática não é uma ciência imóvel, ela é constantemente modificada por uma expansão e revisão de seus próprios conceitos. No decorrer do tempo, ela sempre esteve ligada às mais diferentes áreas do conhecimento, ajudando a responder diversas questões e necessidades do ser humano, levando-o a intervir no mundo ao seu redor (DELL´AGLI, 2002). Em face das várias dificuldades que se enfrenta no ensino da Matemática, os docentes buscam, gradualmente, priorizar a construção dos conhecimentos acima da reprodução, sendo que, para isso, as atividades que despertem o interesse e a motivação dos estudantes devem ser trabalhadas, permitindo, assim, uma melhor interação entre educador, aluno e o conhecimento matemático, de maneira a possibilitar a busca de significados dos conceitos a serem construídos nessa interação.

Uma dessas atividades motivadoras da aprendizagem a ser destacada é o jogo didático ou jogo matemático (GRANDO, 2000). Existem jogos matemáticos, que possuem valores educacionais intrínsecos e, dessa maneira, acredita-se que o uso deste recurso didático em sala de aula é uma ótima alternativa para se desenvolver a capacidade dos estudantes de serem os principais atores na construção de seus conhecimentos (DELL´AGLI, 2002). Grando (2000) diz que é necessário procurar por uma forma de ensino que trate o estudante como sujeito do processo e que seja significativa para o aluno, proporcionando-lhe um ambiente favorável à imaginação, criação, e reflexão, e que, principalmente, o conduza à construção do conhecimento e que lhe possibilite ter prazer no ato de aprender, não apenas porque o conceito lhe é útil para determinada ação, mas também pela investigação e participação coletiva que constitui uma sociedade crítica e atuante.

Isso leva a propor a inserção dos jogos didáticos no ambiente educacional, de maneira a dar a essa forma de ensino espaços lúdicos para a aprendizagem. Este trabalho, foca na utilização de jogos didáticos como metodologia que leve à melhoria do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Matemática, objetivando a proposição aos docentes da utilização desses jogos e de atividades lúdicas como um importante recurso pedagógico que facilite a prática em sala de aula e, consequentemente, desperte nos alunos o interesse pela Matemática. Levando em conta os aspectos que valorizam o papel do sujeito como construtor de seu próprio conhecimento, e que creditam ao meio a função de desencadeador desta construção, observou-se o problema que levou a presente pesquisa: “Como a utilização dos jogos pedagógicos pode ser favorável ao melhoramento do ensino da Matemática?”.

Dificuldades no Ensino de Matemática Às vezes, a disciplina de Matemática recebe uma conotação negativa, o que influencia os estudantes a detestá-la, fazendo, assim, com que haja um preconceito em relação à vontade de aprendê-la, por grande parte dos alunos. Ao colocar a culpa em terceiros, o professor causa o sentimento de que ensinar Matemática também é para poucos, uma vez que ensinar uma disciplina considerada difícil pela sociedade dá certo “status”. De acordo com a avaliação do Fórum Econômico Mundial (2016), o ensino de Matemática no Brasil está em situação caótica, sendo um dos piores do planeta. Dentro deum universo de 139 países avaliados, o Brasil ocupa a 133ª posição. Existem estudantes que completam o Ensino Fundamental na situação de nem ao menos saberem ler, muito menos dominarem a Matemática, uma vez que por não saberem ler, não são capazes de conseguir interpretar as situações matemáticas (OLIVEIRA; BORUCHOVITCH; SANTOS, 2008).

Os alunos que fracassam no Ensino Fundamental muito provavelmente farão um péssimo Ensino Médio e, consequentemente, poderão evadir-se da escola, ou simplesmente não possuirão o desejo ou mesmo condições de adentrar no Ensino Superior. Segundo Servantes (2004), o educador de Matemática deve repassar o material da maneira mais diferenciada passível, fazendo com que haja uma participação do aluno e procurando formas de associar os conteúdos com o mundo real, buscando o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático. Logo, a maneira como o professor de Matemática trabalha, não deve estar relacionada somente com a tomada individualizada de decisões, pois o docente deve provocar o aluno a participar da aula e dos grupos de conversas, fazendo com que se disponha a adquirir um novo conhecimento e se abra para o amplo campo da aprendizagem matemática (SMOLE, 2000).

Métodos diferenciados para o estudo da Matemática podem facilitar o aprendizado da disciplina e desenvolver os requisitos fundamentais, como o raciocínio lógico, que pode ser introduzido por meio do Método de Resolução de Problemas (MRP), por exemplo (SERVANTES, 2004). Segundo Vila e Callejo (2006), o Método de Resolução de Problemas pode ser utilizado como maneira de se introduzir conteúdos, onde os exercícios propostos mostram ao aluno que seus conhecimentos atuais não são suficientes para a resolução do problema em questão, os levando a buscar novas informações. Um método também diferenciado e muito utilizado por muitos profissionais da área da Matemática é a Modelagem Matemática, que pode ser entendida como um processo que constitui a criação de modelos, que abrange um conjunto de relações e símbolos matemáticos, envolvendo problemas do cotidiano (BIEMBENGUT, 2009).

Jogos no Ensino da Matemática Os métodos de ensino estão sempre em evolução, e recentemente vem se discutindo o uso de jogos didáticos, que por meio deles, o estudante pode formular ideias e revelar suas curiosidades, contribuindo para o seu processo de aprendizagem sendo que dessa maneira ele ainda se diverte, melhorando sua produtividade. Os jogos desde muito tempo são utilizados por muitos povos, como os Maias e Romanos. Para essas civilizações os jogos tinham o objetivo de desenvolver os valores e padrões de vida trazidos de gerações passadas. A utilização dessa atividade lúdica está presente em diversas áreas do conhecimento, como na filosofia, por exemplo, onde Platão defendia a ideia de ‘aprender brincando’, além de professar que todas as crianças deveriam aprender Matemática por meio de brincadeiras, sugerindo como uma alternativa os jogos (ALVES, 2007).

Segundo os PCN Matemática (BRASIL, 2001), os jogos ajudam os alunos no processo de ensino-aprendizagem, tendo uma ligação direta com o brincar e aprender, fazendo com que os conhecimentos desenvolvidos por eles ajudem a fazer a conexão com disciplinas e temas relacionados à Matemática. Moura (2008) afirma que os jogos no ensino de Matemática têm caráter significativo quando leva ao ponto principal a aprendizagem. Os alunos, quando colocados em situações em que têm que utilizar o raciocínio, desenvolvem de maneira mais rápida a estrutura lógica matemática presente. Dessa maneira, os jogos devem introduzir um caráter desafiador nos alunos e sempre apresentar objetivos, para que os discentes não percam o foco, que é a aprendizagem. Nesse contexto, o docente deve selecionar com muito cuidado quais jogos levar para os alunos.

Segundo Smole (2007), as regras implementadas nos jogos devem ser bem revisadas com os alunos, pois quando cada jogador que aceita participar da partida deverá submeter-se e obedecer as regras postas, o que requer responsabilidade. Autores como Grando (2002; 2004), Kishimoto (1993; 1994; 2003), Borin (1996; 2002) e Smole (2000; 2007) realizaram trabalhos relacionados à importância do uso dessa atividade didática, assim como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) também defendem o uso dessa ferramenta alternativa de ensino. Mas, segundo o Minidicionário Aurélio de Língua Portuguesa (FERREIRA, 2008), jogo é: Atividade física ou mental fundamentada em sistema de regras que definem a perda ou ganho, passatempo, jogo de azar, o vício de jogar, série de coisas que forma um todo, ou coleção. Comportamento de quem visa a obter vantagens de outrem. Jogo de azar.

Aquele em que a perda ou o ganho dependem da sorte, ou mais da sorte do que do cálculo (FERREIRA, 2008, p. A título de exemplo, Grando (2004) aponta muitos pontos que devem ser observados antes da utilização de jogos em sala de aula, tais como: -quando os jogos são mal utilizados, existe o perigo de dar ao jogo um caráter puramente aleatório, tornando-se um “apêndice” em sala de aula. Os alunos jogam e se sentem motivados apenas pelo jogo, sem saber por que jogam; - o tempo gasto com as atividades de jogo em sala de aula é maior e, se o professor não estiver preparado, pode existir um sacrifício de outros conteúdos pela falta de tempo; - a coerção do professor, exigindo que o aluno jogue, mesmo que ele não queira, destruindo a voluntariedade pertencente à natureza do jogo (GRANDO, 2004, p.

Considerações Finais Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, este artigo apresentou a importância dos jogos didáticos para o ensino da Matemática, identificando as características que fazem o jogo ser um recurso pedagógico que ajuda no desenvolvimento da criança e do adolescente, evitando os bloqueios no ensino dessa disciplina. Muitas das dificuldades apresentadas pelos alunos em relação à aprendizagem da Matemática não relacionam-se diretamente às características da disciplina, mas, sim, em função de outros fatores, tais como: qualificação inadequada ou insuficiente dos professores, preconceito e mitificação da disciplina que condiciona o imaginário dos alunos, bem como devido aos recursos pedagógicos inapropriados e à falta do uso da contextualização que vincule o conhecimento matemático com as necessidades da vida cotidiana, unindo teoria e prática de forma harmoniosa.

A solução dessa problemática necessita de um remodelamento da escola. Concluindo esta pesquisa, há uma convicção de que os jogos, enquanto recurso didático, podem contribuir de maneira efetiva no processo de ensino-aprendizagem da Matemática, sendo de grande ajuda para o trabalho do docente, medida que permite trabalharváriosconceitos, adaptando-os a sua necessidade, tornando assim seu planejamento mais atrativo, contribuindo para a aprendizagem de seus alunos, que ganharão uma motivação extrapara aprender Matemática e, assim, construir seu conhecimento de uma maneiraprazerosa e interativa, enxergando nas aulas de Matemática uma ótima chance de adquirir novos conhecimentos, desenvolvendo habilidades de resolução de problemas e de trabalho em equipe. Referências ALMEIDA, M. E. SILVA, M. G. C. Modelagem na Educação Matemática: contribuições para o debate teórico.

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