A PANDEMIA DO COVID 19 E A SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Tipo de documento:Análise
Área de estudo:Gestão de crédito
Esse trabalho se caracteriza como um artigo de revisão e teve como objetivo compreender como a pandemia do Covid 19 afetou a saúde mental dos estudantes universitários. Foi realizado uma revisão bibliográfica em artigos já publicados que tratavam especificamente da saúde mental dos estudantes universitários no período da pandemia. Foram selecionados oito artigos em quatro bases de dados, publicados em oito revistas, nos anos de 2020 a 2022. Todos os artigos selecionaram apontaram que os estudantes universitários apresentavam um ou mais transtornos mentais durante a pandemia, dentre eles, ansiedade, estresse, insônia, depressão, transtornos alimentares, entre outros. As principais causas identificadas foram os problemas econômicos, o medo de contrair o vírus, o isolamento, a dificuldade com o ensino remoto e outros. Diante de um cenário de pandemia do Covid-19, muitas doenças ligadas à saúde mental surgiram e, novas adaptações ligadas a educação tiveram que ser adotados, o que promoveu inúmeras mudanças na sociedade.
Um estudo para compreender essas mudanças no meio acadêmico, mais especificamente com a saúde mental e de extrema importância para a área da saúde e da educação. Esse artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre educação e saúde mental, buscando identificar os impactos da modalidade remota na pandemia no ensino e aprendizagem dos alunos universitários brasileiros. A partir de uma revisão em artigos já publicado procuramos mensurar as consequências na saúde mental da sociedade acadêmica e avaliar o comportamento em decorrência da pandemia da comunidade escolar em relação ao ensino e aprendizagem. REFERENCIAL TEÓRICO Em dezembro de 2019, em Wuhan, na China, foram documentados os primeiros casos de contaminação de pessoas por um vírus da família de Coronavírus (CoV).
Na identificação das possíveis causas de alteração da saúde mental entre os estudantes, são perceptíveis fatores como a quebra da rotina acadêmica, o afastamento de amigos e colegas, a preocupação com o atraso de atividades, consequentemente causando atraso no prosseguimento do curso e na data de formatura, a interrupção de aulas práticas e estágios curriculares, bem como em algumas universidades, a realização de atividades de maneira remota, resultando em preocupações com o acesso à Internet e dificuldades na adaptação ao novo método de aprendizagem (Gundim et al. Como referência, alguns estudos trazem uma ideia dos impactos da pandemia nos estudantes em diversos países. Nos Estados Unidos da América (EUA), o estudo de Batra et al.
encontrou indicadores de 39,4% de ansiedade e 31,2% de depressão entre estudantes universitários. Já na China, o estudo de Cao et al. METODOLOGIA Foi realizado uma pesquisa bibliográfica na modalidade revisão integrativa da literatura, a fim de construir um embasamento teórico sobre o tema em questão. Para Gil (2002) a pesquisa bibliográfica permite que o pesquisador investigue uma série de fenômenos que vão além do objeto de estudo diretamente. Ela utiliza contribuições de diversos autores em materiais relacionados ao tema. Posteriormente foram levantadas bases de dados da área da saúde para melhor direcionar os trabalhos na área do tema. Foram selecionados oito artigos em quatro base de dados, sendo que de cada uma foram escolhidos dois. Biblioteca Virtual em Saúde Revista Mineira de Enfermagem Pandemia do Coronavírus e Ensino Remoto Emergencial: Percepção do Impacto no Bem Estar de Universitários.
Nicole Cristina de Almeida Gonçalves et al. Biblioteca Virtual em Saúde Psicología, Conocimiento y Sociedad “Não vou nada bem”: saúde mental de estudantes universitários no contexto da COVID-19 Eliany Nazaré Oliveira Periódicos da CAPES Gestão e Desenvolvimento Transtornos mentais comuns e adaptação ao ensino remoto em acadêmicos de saúde na pandemia COVID-19 Mara Dantas Pereira Periódicos da CAPES Revista Educar Mais Fonte: elaborado pelos autores (2022). A saúde mental dos estudantes universitários em meio a pandemia A pandemia do Covid 19 trouxe um aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais devido diversas causas, como a própria ação do vírus no sistema nervoso, as experiências traumáticas da infecção e das mortes de pessoas, o estresse, o distanciamento social, questões econômicas e a interrupção de tratamento da saúde mental (OLIVEIRA et al.
A pesquisa de Maia e Dias (2020), que estudou os níveis de ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários no período normal (2018 e 2019) e no período pandêmico, apontou que houve um aumento significativo de perturbação psicológica no período de pandemia em comparação ao período anterior a esse episódio. Consoante com Teodoro et al. Gonçalves et al. p. relata que “a amostra jovem, feminina em ensino superior confere um viés de vulnerabilidade a sintomas ansiosos e estresse diante da COVID-19” em virtude da sobrecarga que é atribuída as mulheres para além do ensino acadêmico. Ao analisar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) observou-se que 58,5% dos estudantes universitários participantes da pesquisa apresentaram um intenso sofrimento psíquico, o que indica uma alta taxa de prevalência de TMC.
p. Os com os maiores escores, além das mulheres, foram os universitários autodeclarados pretos e os do grupo LGBTQ. Os piores níveis da saúde mental dos estudantes universitários estavam relacionados com “ideação suicida nos últimos 12 meses, altos níveis de neuroticismo, número de doenças, uso de ansiolítico e variáveis relacionadas ao COVID-19, como impacto da doença na vida e medo de infecção” (TEODORO, et al. p. O rendimento na aprendizagem decaiu, sendo que os alunos demonstravam maior atenção no cuidado sobre a Covid, deixando de lado as preocupações com os estudos. também identificaram a adoção de comportamentos nos estudantes universitários, como o uso de bebidas alcoólicas e/ou de substâncias ilícitas, compulsão alimentar, tricotilomania (desejo incontrolável e frequente de arrancar fios de cabelo e pelos de seu corpo), escoriação (comportamento de beliscar, espremer ou morder de forma recorrente a própria pele, produzindo lesões) e automutilação.
Os estudos remotos emergencial provocou um impacto negativa na saúde mental e no bem estar dos alunos, que relatam dor de cabeça, cansaço, percepção de maior demanda acadêmica ao fazer um comparativo com o estudo presencial antes da pandemia. Além disso, os estudantes relataram ansiedade, estresse, alteração do sono, desânimo, desconcentração, baixo rendimento acadêmico, pouca aprendizagem, entre outras dificuldades (GONÇALVES, et al. Ao estudar a saúde mental dos universitários Oliveira et al. percebe um acirramento dos sintomas e agravamento dos transtornos entre os estudantes. Houve a reincidência de alguns transtornos mentais, bem como o aparecimento em alguns estudantes. Isso ocorreu em função do isolamento social e das expressões que este desencadeou, como os problemas econômicos, a ausência da convivência social, a dificuldade com o ensino remoto ou até mesmo a interrupção de tratamentos mentais.
As principais alterações no comportamento dos estudantes apontados nas pesquisas foram a ansiedade, insônia, estresse, medo de ser infectado pelo vírus, desânimo, melancolia, depressão, nervosismo, tristeza, preocupação, tensão, aumento no consumo de álcool e drogas, decréscimo da energia vital, dores de cabeça, exaustão emocional, ideação ou tentativa de suicídio, dentre outros. Essas alterações foram mais predominantes nas mulheres, devido a sobrecarga que lhes é atribuída em casa. Com o aparecimento de tantos transtornos, os resultados na aprendizagem não foram positivos. p. CIPRIANO, J. A. ALMEIDA, L. C. C. de A. et al. Pandemia do Coronavírus e Ensino Remoto Emergencial: Percepção do Impacto no Bem Estar de Universitários. Psicología, Conocimiento y Sociedad, v. D.
do. Tempos de pandemia e educação: um olhar para a saúde mental dos professores universitários. Pensar Acadêmico, v. n. p. MAIA, B. R. DIAS, P. C. p. MOTA, D. C. B. et al. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Doença de coronavírus (COVID-19). Disponível em <https://www. who. int/news-room/questions-and-answers/item/coronavirus-disease-covid-19>. et al. Uso de substâncias psicoativas e saúde mental de estudantes universitários durante a pandemia da COVID-19. REME-Revista Mineira de Enfermagem, v. p. SUNDE, R. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, v. n. p.
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