A INTERNET COMO FERRAMENTA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE “BOLHAS” E MANIPULAÇÃO SOCIAL
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Estatística
Podemos até mesmo nos ousar em afirmar que as últimas eleições presidenciais do Brasil e dos Estados Unidos da América sofreram influência direta da “grande rede”, isso para não afirmar que foram determinantes. Evidentemente que tal fenômeno (se assim podemos chamar) do aumento do uso da internet para a política, causa impactos diretos no mundo real, mas, não apenas isso, não deixa de ser um claro reflexo deste mundo sobre o digital, ou seja, a web só está retratando aquilo que está latente entre os indivíduos. Indubitavelmente, que tal situação, não seria imperceptível pelos teóricos políticos, e acredito até, que não deve ser por especialistas de outros campos de conhecimento, como “nós” historiadores. Ora, de certo, a política possui seu espaço nas discussões humanas desde os primórdios da humanidade, e não é a respeito desta colocação que queremos nos ater.
Mas, fundamentalmente de como a internet ampliou essas altercações e de como isto tem sido uma arma na disputa política e de manipulação moderna, além de como tal fenômeno tem ao inverso do esperado por muitos, deixado muitos indivíduos mais incautos, mesmo diante de uma grande rede de informações, disponível a um clique. A respeito do uso das redes para questões políticas destaca-se também a utilização desta pelos ativistas egípcios na chamada primavera árabe. Muitos destes se utilizavam do Facebook, Twitter e Youtube para mobilizar e desenvolver o movimento, além de divulga-lo. Para Gladwell, o chamado “ativismo de clique” possibilita iniciativas de menor risco, relações frágeis e motivação em torno de um foco. As afiliações a movimentos sociais se torna mais “frouxa”, ou seja, não necessariamente tenha que seguir um nível hierarquizado ou ter iniciativas pré-definidas.
Um ativista pode no mesmo dia ir a um protesto, votar uma petição e hackear um site. Ou seja, o algoritmo, “lê” quais as principais pesquisas e modo de utilização do usuário e simultaneamente permite que este tenha acesso as informações relacionadas aquele nicho de pesquisa e informações, as quais ele mais tem aproximação. O livro “What Algorithms Want” de Ed Finn, conceitua as grandes empresas de conteúdo como “embalagens culturais construídas em torno de algoritmos sofisticados”. ED FINN, 2017, p. Deste modo, possibilitamos que os algoritmos definam quais serão os próximos itens que pesquisaremos, as próximas notícias a serem lidas e quais itens que veremos na tela. Ou seja, confiamos nos sistemas computacionais para que nos remodelem, regulem e restrinjam nossos conhecimentos e ações.
Há aqueles que afirmariam que realizar uma pesquisa sem o auxílio dos algoritmos tornaria isso uma tarefa quase impossível e isto não é negado aqui, sem dúvida os algoritmos tornaram a internet mais acessível. No entanto, o modo pelo qual os algoritmos acabam isolando a visão dos indivíduos a tem tornado mais maléfica ao contrário de seu propósito inicial. Ora, os complexos algoritmos utilizados pelas grandes empresas da rede não são acessíveis ao público e os seus proprietários afirmam que eles são fundamentais para permitir aos usuários o acesso a novidades e a informações mais adequadas ao seu perfil, além disso, a privacidade de seus códigos algorítmicos é fundamental para se manter competitivos no mercado.
Assim, chegamos ao problema principal desta discussão, rede se a grande tem sido o espaço de embates políticos nos últimos anos, e esta funciona através dos algoritmos que ditam o que será encontrado através das buscas e padronizam comportamentos e opiniões, formando indiretamente grupos que seguem a mesma linha de buscas e viés político; inevitavelmente teremos polarizações políticas e formação de bolhas sociais1 que terão reflexos diretos no mundo real e nos processos políticos de modo geral. O perigo da formação destas bolhas sociais está exatamente na segregação que esta promoverá e do que isto incide na realidade. Sobretudo, para melhor explicitar termos mais complexos para o campo de conhecimento histórico, como aqueles mais comuns no meio cibernético, tais como algoritmo ou criptografia.
Posteriormente, as fontes bibliográficas podem ser sequenciadas na preocupação de expor os conceitos sociais e políticos. E por fim, aprofundar-se na análise bibliográfica da problemática posta em questão. No entanto, inegavelmente o maior desafio desta pesquisa será o afastamento do pesquisador da pesquisa. Exatamente, por se tratar de um registro de fontes atuais e que possuem correlação com a própria construção dos argumentos aqui apresentados ou com o cotidiano do pesquisador. Deste modo, fica latente a necessidade de reunir fontes bibliográficas, realizar analises aprofundadas nos sistemas de busca e pesquisa da internet, aprofundar-se no conhecimento teórico do assunto, esquematizar saídas já discutidas para esse tema, robustecer e ampliar os exemplos onde a internet foi e tem sido utilizada como ferramenta de manipulação e por fim, verificar os efeitos na sociedade civil através de pesquisa participante com uma amostra especifica.
CRONOGRAMA: INVENTÁRIO DAS FONTES: Para a realização desta pesquisa, fundamentalmente é importante realizar pesquisas bibliográficas com o objetivo de amparar conceitualmente a reflexão aqui proposta. Sobretudo, para melhor explicitar termos mais complexos para o campo de conhecimento histórico, como aqueles mais comuns no meio cibernético, tais como algoritmo ou criptografia. Posteriormente, as fontes bibliográficas podem ser sequenciadas na preocupação de expor os conceitos sociais e políticos. E por fim, aprofundar-se na análise bibliográfica da problemática posta em questão. Assim, por exemplo, quando vamos fazer um exame de sangue, o analista não o retira, todo, para examiná-lo, mas apenas um pouco, numa seringa, com a suposição de poder afirmar da totalidade o que observa na pequena parte que foi retirada.
RUDIO, 1986, p. Deste modo, fica latente a necessidade de reunir fontes bibliográficas, realizar analises aprofundadas nos sistemas de busca e pesquisa da internet, aprofundar-se no conhecimento teórico do assunto, esquematizar saídas já discutidas para esse tema, robustecer e ampliar os exemplos onde a internet foi e tem sido utilizada como ferramenta de manipulação e por fim, verificar os efeitos na sociedade civil através de pesquisa participante com uma amostra especifica. Detalhamento, impossibilidades e dificuldades da construção do inventário das fontes: Graças a particularidade encontrada no campo de estudo aqui desenvolvida (a internet), as nossas fontes históricas, certamente referem-se a documentos disponíveis na grande rede e preferencialmente tratando-se de fontes primárias. Abaixo uma tabela desenvolvida por Almeida (2011) para explicitar tal “situação” em uma análise das fontes históricas na Web: Afim de explicitar a ausência e a dificuldade em construir um inventário de fontes neste ponto, podemos citar o que Almeida (2011) apresenta: “Mesmo atualmente, a grande maioria das fontes documentais consagradas no ofício do historiador ainda encontra sua materialidade no papel: correspondências, ofícios, requerimentos, atas, inventários, testamentos, processos, registros paroquiais, periódicos.
A velocidade da informação, a forma como ganha panorama de verdade e a fundamentação cada vez mais frágil e mutável, nos coloca diante de um desafio de enorme relevância, a democracia grega que foi colocada a prova nas mais variadas épocas e é tão diferente do que temos como democracia atualmente, sofrerá nova vicissitude, aquela imposta pelos meios digitais. Estamos diante de um fenômeno importante, interessante, desafiador e assustador. Há tempos, em que o cinema tentou demonstrar como seria o “futuro digital”, acredito que nem chegou perto do que seria. No entanto, nenhum de nós consegue notar com tamanha precisão o que está ocorrendo, tendo em vista o grau de dominação que sofremos, temo a dizer que não percebemos em sua profundidade essa virada histórica e graças ao “mesmismo” cotidiano e a habituação que temos a respeito dos meios digitais que nem notamos seu grau de influência no aspecto político, social, religioso e psicológico.
Me parece com tudo isso, que o “homem das cavernas” retornou para lá, e se prendeu novamente nas paredes dela, recusando-se a rever a sabedoria que lhe está disponível fora desta. BALKIN, Jack M. Digital Speech and Democratic Culture: A Theory of Freedom of Expression for the Information Society. New York University Law Review, Vol. April 2004. BLOCH, Marc. New Media & Society, 3(2), 2001, p. DAHLGREN, P. The Public Sphere and the Net. In: BENNETT, W. L. Rio de Janeiro: Beco do Azougue. pp. FINN, Ed. What Algorithms Want: Imagination in the Age of Computing, MIT Press, 2017. FOUCAULT, Michel. Org. Mass Media and Society. London: Edward Arnold, 1991, p. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Prefácio. In BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. LEMOS, A. Rio de Janeiro: Editora Best Seller, 2002.
Tradução de Enrico Corvisieri RANKE, Leopold Von. La monarquía española de los siglos XVI y XVII. México: Leyenda, 1946. original: 1827]. Marco Civil da Internet, Atlas, São Paulo, 2014. SILVEIRA, Sergio Amadeu. Governo dos Algoritmos. Revista de Políticas Públicas, v. n. New York, Routledge, 2000. YENGAR, S. KINDER, D. R. News that Mathers: Television and American Opinion.
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