A influência da capoeira na cultura afro-brasileira
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:História
Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - O presente estudo propende à uma abordagem acerca da inserção das Histórias em Quadrinhos como um recurso didático que auxilie no desenvolvimento das aulas de História e Geografia na rede de educação básica. Diante disso, desempenhou-se uma breve análise sobre o histórico e a evolução do gênero, bem como das possibilidades de sua inserção nas escolas e as contribuições concedidas aos professores e alunos. Visando realizar esse intento, o trabalho fundamentou-se em uma análise bibliográfica, empregando percepções de autores como Waldomiro Vergueiro (2014), Paulo Ramos (2010) e Francine Andreska Lira dos Santos (2015), os quais abordam essa temática em seus descritos. Respaldando-se nos autores supracitados, impetramos os conhecimentos necessários para a construção deste artigo, o qual evidencia as contribuições das HQ’s no processo de ensino-aprendizagem das disciplinas de História e Geografia.
É ponderando essa conjuntura que o presente artigo emana, propenso a abordar sobre o emprego das HQ’s como um recurso didático que visa à facilitação no ensino de História e Geografia. Determinadas problemáticas permeiam nossa pesquisa, a título de exemplo, destacam-se: • Como se deu a inserção das HQ’s nas escolas? • Qual a sua relevância para o processo de ensino-aprendizagem? • Quais as contribuições das HQ’s para os professores e alunos? • Como introduzir e conciliar as HQ’s aos conteúdos de História e Geografia? Diante do exposto, insta ressaltar consoante Vergueiro (2014, p. que “existem vários motivos que levam as histórias em quadrinhos a terem um bom desempenho nas escolas, possibilitando resultados muito melhores do que aqueles que se obteria sem elas”.
Desta forma, com o presente estudo iremos explorar estes motivos citados por Vergueiro. Em síntese, nosso objetivo geral incide na análise das HQ’s como recurso didático na disciplina de História e Geografia. Salienta-se que na contemporaneidade a HQ permanece em voga, ponderando sua fácil leitura e compreensão, bem como o encanto dos desenhos. De acordo com Vergueiro (2014, p. inicialmente “[. os quadrinhos eram predominantemente cômicos, com desenhos satíricos e personagens caricaturais”, entretanto, mediante ao decurso do tempo, a visibilidade impetrada e a publicação diária em jornais, os cartunistas diversificaram suas temáticas, “[. abrindo espaços para histórias que enfocavam núcleos familiares, animais antropomorfizados e protagonistas femininas, embora ainda conservando os traços estilizados e o enfoque predominantemente cômico” (VERGUEIRO, 2014, p.
Por intermédio da conjuntura negativa difundida pelo livro e pelas campanhas de Wertham, iniciou-se uma intensa vigilância da sociedade em relação às HQ’s. Determinadas nações europeias elaboraram códigos de ética e legislações para a publicação, marcadas por rígidos critérios. Assim, além dos Estados Unidos, países como “França, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha e Brasil”, tornaram-se apreensivos com os conteúdos das HQ’s (VERGUEIRO, 2014, p. Vergueiro explana ainda a ideologia da população aludindo as HQ’s: Tinha-se como certo que sua leitura afastava as crianças de “objetivos mais nobres” [. que causava prejuízos ao rendimento escolar e poderia, inclusive, gerar consequências ainda mais aterradoras, como o embotamento do raciocínio lógico, a dificuldade para apreensão de ideias abstratas e o mergulho em um ambiente imaginativo prejudicial ao relacionamento social e afetivo de seus leitores (VERGUEIRO, 2014, p.
A partir daí, ficou mais fácil para as histórias em quadrinhos [. serem encaradas em sua especificidade narrativa, analisadas sob uma ótica própria e mais positiva (VERGUEIRO, 2014, p. Diante desta nova conjuntura impetrada pelas HQ’s, verifica-se uma aproximação entre o gênero e o sistema educacional, sendo possibilitada sua inserção nas escolas como um recurso didático que apresenta inúmeros benefícios ao processo de ensino-aprendizagem, tanto para professores quanto para os alunos, conforme explanaremos no capítulo posterior. HQ’S COMO RECURSO DIDÁTICO NAS AULAS DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA Ponderada como um meio de comunicação de massas, a HQ combina a linguagem visual e verbal, caracterizando-se como uma ótima ferramenta para se empregar na sala de aula. De acordo com Vergueiro (2014), as instituições educacionais reconhecem a relevância das HQ’s nos currículos escolares, fundamentando-se na LDB - Lei de Diretrizes e Bases - e nos PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais, os quais ratificam sua importância.
Conforme supracitado destaca-se o estímulo aos estudantes, tendo em vista que este gênero desperta a atenção dos mesmos. Vergueiro (2014, p. corrobora expondo que “as histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico”. O incentivo à leitura incide em outra contribuição das HQ’s, ponderando que os desenhos e os textos de fácil entendimento, transformam a prática em algo mais prazeroso, estimulante e interessante aos alunos. Ademais, tem-se o desenvolvimento do raciocínio lógico, considerando que as HQ’s utilizam conteúdos dissimulados, os quais exigem que o aluno exercite seu raciocínio. Ademais, verifica-se a necessidade do professor em estabelecer estratégias apropriadas às suas necessidades e ao perfil da classe, sobretudo tendo cautela em relação à faixa etária, ao conteúdo das HQ’s, ao nível de conhecimento dos alunos, bem como sua capacidade de compreensão.
Assim, por intermédio da mediação e do planejamento prévio, logra-se êxito no ensino com as HQ’s. Aludindo as aulas de geografia, o geógrafo Pedro Dias Mangolini Neves explana que Dialogando com a Geografia, as histórias em quadrinhos podem ser apresentadas diante de grande e vasto conteúdo, que é inerente a ela. O campo de estudo da Geografia baseia-se na percepção e representação espacial das pessoas, considerando que nesse arsenal de instrumentos, cabem também as expressões visuais, artística ou literárias, construídas pelos seres humanos por meio da sua vivência no espaço (NEVES, 2017, p. Acerca da disciplina de história, a educadora Francine Andreska Lira dos Santos (2015, p. João Carioca” de Lilia Moritz Schwartz e Spacca; “História do Brasil para Principiantes” de Carlos Eduardo Novaes e César Lobo; além dos quadrinhos de André Diniz, como “O Negrinho do Pastoreio”; “O Quilombo Orum Aiê”; e “Chico Rei”.
Ademais, têm-se ainda as obras da historiadora Lilia Moritiz Schwarcz, como “Da Colônia ao Império: Um Brasil para Inglês ver e Latifundiário nenhum botar Defeito” em parceria com Miguel Paiva; e “Cai o Império: República vou ver!” com Angeli. Consoante Santos (2015, p. as obras elaboradas por Schwarcz “[. mostram como é possível utilizar as HQs para a difusão de uma História mais crítica e não uma História dos heróis, idealizada e superficial”, conforme sucedeu-se nos primórdios do século XX. Amparando-se nos descritos de Vergueiro (2014), corroboramos estes feitos. Por fim, chegamos ao foco de nosso estudo, onde foi explanada sobre a inserção deste recurso nas aulas de história e geografia. Desta forma, evidenciou-se que distintas HQ’s trabalham com os variados conteúdos das disciplinas.
Sintetizando, as histórias em quadrinhos embora pouco usadas nas escolas, atuam como um facilitador no processo de ensino-aprendizagem, ponderando que desperta o interesse dos alunos, possui fácil entendimento e se adéqua a qualquer série escolar e com qualquer temática. REFERÊNCIAS GOMES, Ivan Lima. Indaial/SC: UNIASSELVI, 2017. NEVES, Pedro Dias Mangolini. Histórias em quadrinhos na geografia escolar. Geografia, Ensino & Pesquisa, Vol. Nº 3, p. orgs. Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula. ª Ed. São Paulo: Contexto, 2014.
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