A IMPORTÂNCIA DOS LÍDERES PARA A EFICÁCIA NAS ORGANIZAÇÕES

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Administração

Documento 1

Um dos importantes recursos que as organizações dispõem é a da liderança. Estaé uma competência indispensável no processo de gerenciar serviços, pessoas ou grupo e representa um dos pilares fundamentais para conduzir, organizar e motivar as equipes. O líder é um agente estratégico dentro da organização e em grande parte, dele dependem os bons resultados, a capacidade de reinventar as empresas, passar por crises e crescer em meio às adversidades, sem contar o envolvimento e motivação da equipe de trabalho. Neste artigo serão abordadas as definições de liderança, a evolução do conceito, modelos e visões de alguns autores. Palavras-Chave: Liderança; Eficácia; Organizações. Se uma das premissas básicas da liderança é envolver as pessoas e convencê-las a realizar determinadas tarefas ou atividades, podemos entender que é necessária uma relação de confiança entre líder e liderado.

O líder precisa se dedicar ao relacionamento, à troca, ao ensinamento e o colaborador também, para que a parceria tenha sucesso. Abordar o tema liderança é muito amplo. Neste artigo vamos tratar especificamente de tipos de liderança, que será realizado através de pesquisa bibliográfica, demonstrando o desenvolvimento teórico sobre o assunto. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CONCEITO Atualmente a liderança é considerada um dos pilares nas organizações, mas não foi sempre assim. De acordo com STONER e FREEMAN (1985; 345), “O primeiro esforço sistemático para compreender a liderança, realizado por psicólogos e outros pesquisadores, foi a tentativa de identificar as características, os traços pessoais dos líderes. A visão de que os líderes nascem feitos ainda é popular entre os leigos, mas não entre os pesquisadores profissionais.

Depois de toda uma vida lendo romances populares e vendo filmes e novelas de televisão, talvez a maioria de nós acredite que existam indivíduos com uma predisposição à liderança – que são naturalmente mais corajosos, mais agressivos, mais decisivos e mais articulados que os outros”. O desenvolvimento do século XX foi revelando o avanço de diversas correntes teóricas acerca do conceito de liderança. Inicialmente, a Teoria dos Traços teve grande impacto nos estudos sobre liderança, uma vez que buscava entender e estabelecer possíveis características físicas, psicológicas e culturais do líder. Tolfo (2004, p. analisa: Na medida em que se desenvolveu, a pesquisa sobre liderança afastou-se do estudo das características do líder para dar ênfase às coisas que ele fazia – o estilo de liderança do líder.

A habilidade de liderança é configurada com base em conjuntos de comportamentos que possibilitam aumentar a eficácia na condução dos liderados (TOLFO, 2004, p. Os comportamentos típicos de um líder podem ser, a partir da visão da Teoria Comportamental, aprendidos e treinados. Criou-se, assim, uma demanda de treinamento de líderes em diversos setores, como formar de preencher essa lacuna, em diversos conceitos, seja no meio político, seja no meio empresarial. Um fator consideravelmente positivo, na elaboração da Teoria da Liderança Servidora, diz respeito ao fato de que as estruturas hierárquicas estavam sendo modificadas, em razão de grupos de trabalho mais bem qualificados, tendo maior acesso às informações e ao conhecimento. A postura do líder passou a ser, então, a de abrir-se, saindo do topo da hierárquica como uma figura inquestionável, de maneira que sua função principal é ser servidor.

Significa que a ideia básica de liderança, sobre a perspectiva dessa teoria, é a de uma pessoa preocupada em ouvir as demandas dos grupos que lidera, valorizando os potenciais e talentos de cada integrante, e permitindo que todos, com suas contribuições, participem do processo de tomada de decisão. Jennings (2006, p. analisa o processo de transformação das hierarquias: Líderes […] começam invertendo a velha hierarquia e depois colocando a si próprios no fundo, exercem o movimento de inverter a pirâmide. A figura do erro também é enxergada de maneira distinta, pela Teoria da Liderança Servidora. O erro não é algo que deve ser punido, com a exclusiva finalidade de condenar aquele liderado que erra. O erro é uma oportunidade de aprendizado. Deve-se, agora, passar à discussão sobre os estilos de liderança.

ESTILOS DE LIDERANÇA Os estilos de liderança estudam a maneira como os líderes se relacionam com seus subordinados. Segundo o autor, foi por causa dos estudos desenvolvidos pelos dois pesquisadores que Kurt Lewis estabeleceu aquilo que se pode entender como estilos de liderança. Basicamente, pode-se categorizar três modelos: liderança autocrática, liderança democrática e liderança liberal. A liderança autocrática é um estilo que privilegia as determinações do líder, ignorando ou minimizando a participação dos liderados. Quase que exclusivamente, a função do grupo liderado é executar as tarefas traçadas pelo líder. Além disso, nesse estilo de liderança, cabe ao líder a escolha sobra qual membro realiza qual atividade. Damazzini e Ferreira (2006, p. observam: Na liderança democrática as diretrizes são debatidas e decidias pelo líder.

O próprio grupo esboça as providências e técnicas para atingir o alvo, com aconselhamento técnico do líder, quando necessário. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates. A divisão de tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem a liberdade de escolher seus colegas de trabalho. Damazzini e Ferreira (2006, p. apontam: Já a liderança permissiva ou laissez–faire, se caracteriza pela total liberdade dos liderado para a tomada de decisões grupais ou individuais. A participação deste líder é mínima, apresentando apenas alternativas variadas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que solicitada. A divisão de tarefas e escolha dos colegas fica totalmente por conta do grupo, há falta absoluta da participação do líder.

Ele não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Damazzini e Ferreira (2006, p. analisam: Seja qual for a forma de liderança que o líder desenvolva, ele sempre deve estar certo que seu dever é envolver os liderados e conduzi-los ao cumprimento da tarefa. O dever primordial do líder é o cumprimento da tarefa que lhe foi atribuída. Damazzini e Ferreira, 2006, p. As teorias situacionais defendem que o líder precisa ser flexível e se adaptar ao grupo que está liderando e que não existe um modelo específico de sucesso e êxito para prática em geral. A atuação do líder, seja flexível ou rígida, depende também do grau de maturidade (pessoal e profissional) da equipe. Atualmente a liderança situacional é o modelo mais difundido nas organizações.

O estilo de liderança, portanto, depende da situação vivenciada, na prática, pelo líder. Trata-se de uma abordagem circunstancial. Três elementos passam a ser fundamentais, na análise da liderança situacional: o líder, os liderados e o contexto. Maximiano (2000) analise três fatores apontados por Tannebaum e Schmidt: (1) o primeiro seria o próprio líder, na medida que o líder deve conhecer os seus potenciais, valores, limites e níveis de confiança nas demais pessoas; (2) o segundo seria o grupo de liderados, devendo ser medido o quão próximo está o grupo do processo de tomada de decisões, observando que o ideal é que o grupo de liderados seja participativo e ativo; e (3) o terceiro é a situação, em si, ou seja, o clima da organização, sua cultura, seus valores e suas práticas.

O modelo contingencial de Fiedler baseia-se na premissa de que o elemento mais importante para o sucesso é a eficácia. Bergmanini (1994, p. aponta que “conforme tratamento dado a essas descrições, foi possível distinguir, com certa clareza, que existem dois tipos básicos de líder que são, ‘orientado para tarefa’ e aquele ‘orientado para liderança. ” A segunda característica, apontada por Maximiano (2006), diz respeito ao “grau de favorabilidade”. O estilo venda, por sua vez, pressupõe um líder que tem grande anseio de assumir e enfrentar as responsabilidades, mas tem pouco conhecimento para fazê-lo. O comportamento do líder, nesse estilo, é de comprometer-se, no mesmo nível, com a realização das tarefas e com os relacionamentos. O estilo participação, semelhante ao anteriormente exposto estilo democrático, baseia-se no relacionamento e na confiança, dando uma menor atenção à tarefa, em si.

O estilo delegação, como o próprio nome já afirma, parte do pressuposto de que o líder delega tarefas, sendo este uma figura competente, responsável e motivado. A LIDERANÇA E SUAS PERSPECTIVAS No momento atual, com tantas mudanças sócio econômicas, o líder deve procurar participar, ser democrático, estar aberto a sugestões, delegar e confiar na equipe, pensando em desenvolver uma relação de confiança. “a motivação está contida nos indivíduos, mas que pode ser influenciada por fatores extenos”. Desta forma, podemos afirmar que não depende exclusivamente do líder a motivação de sua equipe, mas conhecendo os indivíduos e suas expectativas, tratando-os individualmente e desenvolvendo suas habilidades, é possível engajá-los na obtenção de bons resultados.

O líder também deve influenciar no bom relacionamento entre a equipe, visando minimizar conflitos, atuando como mediador. Para Kuczmarski (1999), a liderança é fazer com que as pessoas ajam por meio de um grupo. Ou seja, direcionar o grupo para que o compromisso seja tomado por cada membro. O elemento central do estudo sobre liderança, na perspectiva contemporânea, é o aspecto motivacional. Três modalidades de liderança são apresentadas pela literatura atual: liderança carismática, liderança transnacional e liderança transformacional. A liderança carismática, em resumo, diz respeito à motivação que o grupo de liderados pode vir a ter para a realização das tarefas, graças ao carisma do líder (Stoner e Freeman, 1999). Essa liderança pode ser exercida em diversas áreas.

Soto (2002, p. observa que “[. a liderança carismática é um subconjunto da liderança transformacional. A liderança transformacional é o conceito mais amplo, incluindo o carisma”. A liderança transformacional diz respeito à capacidade do líder modificar valores e anseios dos liderados, permitindo que estes atinjam os seus desempenhos máximos. O líder transformacional é capaz de modificar as estruturas das organizações e as práticas das equipes, buscando o melhor resultado. Esse tipo de líder deve ter conhecimentos sobre política, uma vez que esta é, essencialmente, troca de vantagens. A premissa da liderança transacional é que se trata de uma liderança liberal, devendo o líder agir conforme exposto quando identificar problemas. As recompensas e os benefícios oferecidos pelo líder transacional são de natureza material, como aponta Maximiano (2005).

Não deixa de ser, assim, um aproveitamento da posição de líder. Considerações Finais Este artigo teve como principal objetivo identificar algumas das qualidades e habilidades que um líder precisa ter ou desenvolver para tornar-se eficaz, proporcionando maior integração entre os objetivos dos indivíduos e os objetivos da empresa. A liderança, atualmente, deve ser realizada com o objetivo de conquistar a motivação dos liderados. É um processo, portanto, integrado e colaborativo, no sentido de que o líder, atualmente, deve ser capaz de identificar e valorizar os talentos dos liderados, para o benefício da organização. Há, também, que hoje se cobre um perfil de líder mais humano e ético. Essa liderança, compreendida na contemporaneidade, deve ser realizada nos mais diversos âmbitos, desde empresas privadas e organizações, em geral, até nas instituições e na própria política.

A liderança tem se tornado cada vez mais complexa e impactada pelas mais diversas variáveis, uma vez que a própria sociedade e as organizações têm se tornado mais complexas. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Municipal de São Caetano do Sul. BOWDITCH, J. L. BUONO, A. F. DAMAZZINI, Josiane Trindade; FERREIRA, Josiane Peres. Estilos de Liderança e Influência Exercida nos Liderados (2006). Disponível em: http://www. pucpr. br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/CI-057-TC. São Paulo: Mcgraw Vill, 1985. HERSEY, Paul & BLANCHARD, Hersey Kenneth H. Psicologia para Administradores de Empresas. São Paulo: EPU, 1986. HUNTER, James C. KUCZMARSKI Thomas D. Liderança baseada em Valores. São Paulo: Educator, 1999. MARINHO, Robson M. Liderança em Teoria e Prática(in) Liderança: Uma questão de Competência.

Ed. São Paulo: Atlas, 2006. MONTANA, J. P. CHARNOV, H. F. Liderança, Organizações e Cultura: Modelo de Administração do Evento. São Paulo: Pioneira, 1994. SOTO, E. Comportamento organizacional. E. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1999. TOLFO, S. R.

76 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download