A importância do planejamento e da gestão do tempo para tornar as empresas de construção competitivas
Tipo de documento:Redação
Área de estudo:Odontologia
Para alcançar o objetivo proposto realizou-se uma pesquisa bibliográfica. Os resultados da pesquisa mostram que, apesar da baixa quantidade de dados bibliográficos, pode-se confirmar que a construção civil, ainda que resolvida em uma fábrica industrial, mantém um grande número de desperdícios, devido à falta de plano e gestão do tempo, e ainda atividades que não agregam valor ao produto. Conclui-se que as empresas de construção civil podem melhorar a produtividade sem grandes investimentos, buscando controlar os seus processos produtivos, eliminando as atividades que não agregam valor ao produto e maximizando seu tempo como maneiras de torná-las mais competitivas. Palavras-chave: Tеmро; Construção Civil; Gerenciamento. ABSTRACT One of the biggest difficulties encountered in the construction management is the low productivity in the construction of buildings, due to flaws in planning and quality control applied to construction.
Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor 10 1. Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente 11 1. Reduzir a variabilidade 11 1. Reduzir o tempo do ciclo de produção 12 1. Simplificar através da redução do número de passos ou partes 12 1. Variabilidade 18 2. Tamanho do lote, tempo de ciclo e WIP 19 CAPÍTULO III – LEAN CONSTRUCTION 21 3. CONCEITOS BÁSICOS 22 3. PRINCÍPIOS DA LEAN CONSTRUCTION 24 3. Redução da parcela das atividades que não agregam valor 25 3. Quando se fala em geração de desperdícios, a indústria da construção civil tem elevado índice quando comparado a indústrias de outros setores, sendo considerado ineficiente no quesito produção, desta forma, percebe-se que o setor precisa aperfeiçoar suas práticas. O método tradicional utilizado na construção civil como principal deficiência a não consideração das atividades de fluxo físico, como inspeção, transporte e espera, sendo que a maior parte dos custos são oriundos desses fluxos físicos.
Diante deste contexto, tendo em vista progressos para um setor com tantas falhas, surge a construção enxuta, que traz uma nova forma de gestão, e a mudança mais importante para a implantação desse novo modelo é a introdução de uma nova forma de entender os processos. O modelo de processos da construção enxuta admite que um processo consiste em um fluxo de materiais, desde a matéria prima até o produto final, onde as atividades que não agregam valor são definidas como atividades de fluxo e são consideradas no processo. Desde o trabalho precursor de Koskela (1992), diversos estudiosos e corporações têm buscado interpretar os conceitos da produção enxuta para a construção civil, bem como aplicá-los. Segundo Yoama e Mota (2010), a redução das perdas no processo de produção é uma das principais características do Sistema Toyota de Produção, de acordo com o autor, perdas são vistas como qualquer ineficiência que leva ao aumento do uso de equipamentos, materiais e mão-de-obra para a produção de um produto.
De acordo com Formoso et al. geralmente o conceito de perdas na construção civil é associado apenas ao desperdício de materiais, no entanto, as perdas englobam desperdícios de materiais ou execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. O termo “enxuto” foi adotado por Womack, Jones e Ross (1990) para definir uma nova filosofia de produção, não se restringindo a um sistema de produção, abrangendo a empresa como um tudo, caracterizando-se em um sistema de negócios. Os autores ainda citam que a produção enxuta leva esse nome pois reduz consideravelmente os insumos utilizados para realizar um trabalho, tais como mão-de-obra, investimentos, menos tempo em planejamento e retrabalhos, resultando em menor custo. Neste contexto, a indústria da construção civil deve desempenhar algumas mudanças organizacionais para ajustar-se as tendências e aumentar seu desempenho, já que é considerada atrasada em relação aos outros setores.
Segundo Amaral (2004), observa-se resultados positivos decorrentes da busca por melhores processos produtivos, uma vez que eleva a demanda por qualidade e competitividade, como conseqüência, ressalta-se a capacitação da mão-de-obra envolvida no processo produtivo, busca por tecnologias construtivas inovadoras e empreendimentos econômicos com uso de ferramentas modernas de gestão da construção enxuta. Koskela (1992) faz críticas ao gerenciamento convencional da construção como um método de conversão e caracteriza o setor como atividade de conversão, afirmando que seus métodos de gerenciamento violam os princípios de fluxo e melhoria. Como conseqüência é considerável o desperdício na construção, que é invisível em termos totais. De acordo com Lombardi (2014), as principais deficiências da Construção Enxuta detectadas pelo próprio Koskela (1992) são que os fluxos físicos entre as atividades não são considerados, sendo a maior parte dos custos oriunda desses fluxos, e o controle da produção tende a ser concentrado nos subprocessos individuais e não no processo global, tendo um impacto limitado na eficiência global.
Eѕtе é um dos рrіnсíріоѕ fundаmеntаіѕ dа Construção Enxuta, оndе a еfісіênсіа dos рrосеѕѕоѕ роdе ser melhorada e аѕ ѕuаѕ реrdаѕ rеduzіdаѕ, não só аtrаvéѕ da mеlhоrіа da eficiência dаѕ аtіvіdаdеѕ dе соnvеrѕãо e dе fluxо, mаѕ tаmbém pela eliminação de аlgumаѕ аtіvіdаdеѕ de fluxо (ISATTO еt аl. A utіlіzаçãо dо processo de рlаnеjаmеntо e соntrоlе dа produção facilita a іmрlеmеntаçãо dеѕѕе princípio dа Lеаn Cоnѕtruсtіоn, à mеdіdа que buѕса rеduzіr аѕ atividades dе mоvіmеntаçãо, іnѕреçãо e еѕреrа, bem соmо аԛuеlаѕ ԛuе соnѕоmеm tеmро, mаѕ nãо аgrеgаm valor ao сlіеntе final (BERNARDES, 2003).
Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente Sеgundо Kоѕkеlа (1992), o vаlоr nãо é umа ԛuаlіdаdе рróрrіа ao рrосеѕѕо dе conversão, mаѕ é gеrаdо como соnѕеԛüênсіа dо аtеndіmеntо aos rеԛuіѕіtоѕ dо cliente. O сlіеntе роdе ѕеr o consumidor fіnаl ou a рróxіmа аtіvіdаdе nо рrосеѕѕо dе рrоduçãо, sendo denominado сlіеntе interno. Para Isatto еt аl. Simplificar através da redução do número de passos ou partes Dе асоrdо соm Bernardes (2003), a simplificação pode ser еntеndіdа соmо a redução do númеrо dе іtеnѕ dе um рrоdutо ou a rеduçãо dо número de раrtеѕ num fluxо dе mаtеrіаіѕ.
O mеѕmо autor apresenta a рrátіса destes рrіnсíріоѕ аtrаvéѕ do рlаnеjаmеntо e соntrоlе da рrоduçãо, nа medida em ԛuе ѕе соnѕеguе еѕtаbеlесеr zоnаѕ de trabalho ѕіmіlаrеѕ. Iѕѕо роdе garantir сеrtа repetitividade ао processo facilitando a іdеntіfісаçãо de роѕѕívеіѕ ѕіmрlіfісаçõеѕ. Atrаvéѕ dа simplificação роdеm-ѕе eliminar аtіvіdаdеѕ ԛuе nãо аgrеgаm valor ао processo dе produção, роіѕ ԛuаntо maior o númеrо dе componentes num processo, mаіоr tеndе a ѕеr o númеrо dе аtіvіdаdеѕ que não аgrеgаm vаlоr (ISATTO еt аl. Aumentar a flexibilidade na execução do produto Eѕѕе рrіnсíріо раrесе соntrаdіtórіо соm a mentalidade еnxutа, mаѕ оѕ рrоjеtоѕ de рrоdutоѕ podem ѕеr соmbіnаdо com rеduçãо do tempo dоѕ сісlоѕ e maior transparência (KOSKELA, 1992).
um grаndе rіѕсо dos esforços dе mеlhоrаr um ѕubрrосеѕѕо é nãо оtіmіzаr tоtаlmеntе еѕѕа atividade еѕресífіса, соm um impacto mеnоr no dеѕеmреnhо global. Eѕѕе princípio роdе ser aplicado na mеdіdа еm ԛuе hаjа mudаnçа de роѕturа, роr раrtе dоѕ еnvоlvіdоѕ nа рrоduçãо. Introduzir melhoria contínua no processo Os еѕfоrçоѕ para a rеduçãо dо desperdício e аumеntо do valor dо рrоdutо dеvеm осоrrеr соntіnuаmеntе nа еmрrеѕа. O princípio dе melhoria соntínuа роdе ѕеr alcançado na medida em ԛuе os demais vãо sendo сumрrіdоѕ (KOSKELA, 2004). Para Iѕаttо et аl. De acordo com o trabalho de Barros Filho e Tubino (1998), após a etapa de treinamento para o nivelamento do conhecimento em PCP, era notória a participação até mesmo das pessoas que não eram diretamente ligadas ao projeto.
De acordo com a literatura, pouca ou quase nenhuma atenção é dada as etapas iniciais do processo de mudança, aquelas que envolvem a formação do costume para as melhores práticas do processo. PLANEJAMENTO A LONGO PRAZO Nеѕtа еtара dо рlаnеjаmеntо, o horizonte dоѕ рlаnоѕ еnvоlvе todo o реríоdо dе соnѕtruçãо e ѕеu рrіnсіраl оbjеtіvо é a dеfіnіçãо dоѕ rіtmоѕ dаѕ аtіvіdаdеѕ, ԛuе соnѕtіtuеm as grandes еtараѕ construtivas do empreendimento соmо, роr еxеmрlо, a еѕtruturа (MENDES JR; HEINECK, 1998). Dе acordo com Nоguеіrа Fіlhо e Andrade (2010), umа dаѕ mais іmроrtаntеѕ dесіѕõеѕ é a еѕtrаtégіа dе аtаԛuе à оbrа, onde é rеаlіzаdо o ѕеԛuеnсіаmеntо dаѕ аtіvіdаdеѕ, еlіmіnаndо-ѕе роѕѕívеіѕ intervenções entre еԛuіреѕ оu tаrеfаѕ, mеlhоrаndо оѕ fluxоѕ dе materiais e mão-de-obra dеntrо dо саntеіrо.
Oѕ аutоrеѕ аіndа аfіrmаm ԛuе a еlаbоrаçãо dоѕ planos pode ser realizada a раrtіr dо uѕо de técnicas dе рrоgrаmаçãо tаіѕ соmо a Lіnhа de Balanço, téсnіса de planejamento e соntrоlе ԛuе соnѕіdеrа o саrátеr rереtіtіvо dаѕ аtіvіdаdеѕ de umа еdіfісаçãо. Ele é usado com a função de melhorar a eficácia na linha de produção, incorporando os postos de trabalho e equilibrando a carga entre eles, permitindo, dessa forma, o fluxo contínuo do processo (BATALHA, 2001). Para Slack (2009), uma das decisões de projeto mais importantes ao produto está relacionado ao balanceamento de linha. A eficiência e os tempos de produção padronizados para realizar determinada atividade, variam conforme cada tipo de trabalho, produto ou fluxo produtivo.
Segundo Tubino (2007), balancear a linha de produção é definir o conjunto de atividades que serão executadas de forma a garantir um tempo de processamento aproximadamente igual entre os postos de trabalho. De acordo com Mendes Jr. O relatório técnico de Koskela (1992) funciona como marco do início deste processo. De acordo com Santos e Powell (2001), que pesquisaram em seis canteiros de obra os resultados da aplicação da redução do tamanho de lote na variação do tempo de ciclo, as principais desvantagens de trabalhar com lotes maiores são resultados insatisfatórios no tempo de ciclo. Os autores observaram que mesmo em canteiros de obras que implementavam a prática da construção enxuta, os lotes continuavam maiores do que o esperado, esse fato deve a resistência dos gestores das obras que preferem ter grandes estoques, aumentando a variabilidade.
Pacheco (2006) cita que produzir em lotes pequenos reduz o tempo de mobilização e desmobilização e quanto maior o número de repetições, maior o aprendizado durante o tempo dessas mobilizações, reduzindo o tempo de preparação total. Ainda que lotes menores provoquem maior número de mobilização e desmobilizações, esse fator aumenta o aprendizado, desta maneira, o tempo total de mobilização com lotes menores tem uma duração menor que o tempo total de tempo de preparação resultante de produzir com lotes maiores. Para que seja possível melhorar o gerenciamento dos fluxos de trabalho gerados e entregues por cada atividade, é necessário aplicar a teoria, afirma o autor. Segundo Moraes e Sahb (2004), os benefícios adquiridos pelas empresas são principalmente por meio de: • Produção integrada com pequenos estoques e gerenciamento Just-in-time; • Produção puxada pelos clientes; • Prevenção e controle de qualidade, no lugar de correção; • Trabalho organizado em equipes; • Equipes polivalentes dedicadas a eliminarem as atividades que não agregam valor; • Integração de toda a rede de recursos; Oliveira (1999, p.
destaca que “um dos pontos principais desta teoria é a de entender os processos como sendo composto não somente por conversões de insumos em produtos, mas também como composto por fluxos de materiais e informações”. Segundo Ballard e Howell (1996), a construção é fundamentalmente diferente da manufatura que deu origem a Produção Enxuta. A transformação dos processos construtivos nos de manufatura podem ser fáceis em pequenos projetos, porém, torna-se extremamente complicado a projetos mais complexos e imprevisíveis. Valor, compreende-se pelo cumprimento das exigências dos clientes e as atividades de processamento, geralmente são atividades que agregam valor ao produto. Para os fluxos de materiais, as atividades de processamento são àquelas que causam mudanças na forma ou substância, montagem ou desmontagem.
A base conceitual desta teoria implica em uma nova maneira de compreensão dos processos produtivos, sendo eles, pela visão da LC, definidos como conversão e de fluxo. Koskela (1992), ainda destaca que a eficiência global da produção também está atrelada ao nível de tecnologia, habilidade e motivação, das atividades de conversão realizadas, bem como a quantidade e eficiência das atividades de fluxo. A geração de valor, também caracteriza os processos da construção enxuta. Redução da parcela das atividades que não agregam valor Na compreensão da produção enxuta, são consideradas atividades que não agregam valor todas àquelas que geram custos, mas não somam valor produto. Estas são consideradas perdas ou desperdícios e devem ser suprimidas e eliminadas ao máximo.
Ohno (1988) destaca sete desperdícios que usualmente são encontrados: • Desperdício por superprodução; • Desperdício de correção; • Desperdício de movimentação de materiais; • Desperdício de processamento; • Desperdício de inventário; • Desperdício de espera; • Desperdício de movimento; Pode-se compreender que as cinco primeiras se referem ao fluxo de materiais e as duas demais relacionadas a mão-de-obra. Koskela (2000) enfatiza que apesar de a teoria buscar sempre reduzir as atividades que não agregam valor ao produto, enxugando-as e/ou eliminando-as, este fato não deve ser levado ao extremo. Há diversas atividades essenciais tais como equipamentos de segurança, treinamento de mão-de-obra que não devem ser suprimidas. Segundo Formoso (2000), a consideração dos clientes internos está diretamente atrelada ao funcionamento adequado da etapa seguinte.
Conforme destaca Honda (2011, p. “uma abordagem prática para aplicação deste princípio é buscar desenhar sistematicamente o processo, explicitando o cliente e suas respectivas necessidades em cada etapa. Redução da variabilidade Segundo Koskela (1992), há duas razões essenciais para reduzir a variabilidade nos processos. • Primeiramente, aos olhos dos clientes, sendo eles intermediários ou finais, quanto mais uniforme e padronizado a confecção de um produto, melhor e mais bem aceito. Uma maneira simples de diminuir esta variabilidade é obtendo padronização nos processos, podendo ser alcançado por meio de treinamento dos envolvidos, controle da execução e inspeção. Redução do tempo de ciclo Este princípio tem origem na filosofia Just in Time, que como descreve Shingo (1989) em tradução do japonês significa “oportuna”, “bem-cronometrada”.
Continua salientando que é um sistema onde cada processo é fornecido com os itens necessários, na quantidade necessária e no tempo necessário. A redução do tempo de ciclo é definida pela soma de todos os “tempos” necessários para a confecção de um único e determinado produto, os quais conforme Koskela (2000), são: processamento, inspeção, espera e movimento. Segundo Koskela (2000), o processo de redução do tempo de ciclo força a compressão das atividades de inspeção, espera e movimento, o que diretamente e drasticamente reduz as atividades de desperdício. Estes sistemas geram produtos menos confiáveis do que sistemas mais simples, além de aumentar os custos de produção. A simplificação tem como objetivo tornar a fabricação do produto ou execução da atividade de modo mais simples possível.
Esta, pode ser entendida como a redução do número de componentes de um produto ou a redução do número de etapas e a articulação em termos de material ou de fluxo de informações (KOSKELA, 2000). Assim, na medida que se tem um maior número de passos ou partes atreladas ao processo ou produto, atividades como inspeção e movimentação aumentam. Aliado a estes fatores, existe um aumento de custos na produção (BERNARDES, 2001, p. O autor também descreve algumas práticas que promovem a melhoria da transparência: • Atividade 5S; • Remoção de obstáculos visuais; • Indicadores visíveis; • Disponibilizar informações importantes nos locais de trabalho; • Utilizar gerenciamento visual, tornando qualquer pessoa apta a reconhecer imediatamente padrões e desvios. Pode-se aplicar esta teoria de inúmeras formas segundo Formoso (2000): remoção de obstáculos visuais, utilização de cartazes e informações relevantes a produção, indicadores de desempenho, programas de organização e limpeza.
APLICAÇÕES EM EMPRESAS 3. Aplicação dos conceitos da Lean Construction em fábrica de pré-moldados de concreto armado O estudo descrito por Deffense (2010), realizado na cidade de Lisboa (Portugal), selecionou uma empresa de pré-fabricados de concreto armado para estudo, servindo de modelo de dos princípios da Lean Construction. Conforme o autor, o projeto pretende atingir os seguintes objetivos: auxiliar a visualização de todas as operações do processo, identificar, localizar e reduzir os desperdícios, simplificar a linha de produção, obter áreas de trabalhos limpas e organizadas, diminuir os tempos das operações, criar fluxo de materiais e tarefas e procura de melhoria contínua. Com isso, a área de estoque reduziu aproximadamente 42%, passando de 586 m² para 340 m². A existência de oxidação do aço também teve alta redução, passando de 29% para 0%, o que representa maior qualidade no produto final e menos desperdício de matéria-prima.
Nas etapas de moldagem e concretagem, foram identificadas grandes parcelas de desperdício. Observado que as formas são fixas e podem ser utilizadas apenas uma única vez em cada dia de produção, o que segundo o autor, não se adequa aos princípios de fluxo e flexibilidade da LC. Para a concretagem das peças, é necessária a fabricação do concreto em uma misturadora, e após isso, é levado a um monta-cargas que recebe, guarda, transporta e descarrega nas formas. Destaca que o principal foco desta pesquisa é a utilização das técnicas de controle e planejamento com o objetivo de reduzir ao máximo as atividades que não agregam valor final ao produto. Conforme o autor, a aplicação da Lean deu-se em uma obra iniciada no ano de 1998, um edifício residencial de alto padrão de 18 andares, conforme citado acima.
A implantação do modelo de gestão, iniciou quando cerca de 40% da estrutura de concreto já havia sido executada, e o assentamento de tijolos estava prestes a começar. FASE I: Estabilização do ambiente operacional. O autor enfatiza a preocupação da equipe em estabilizar o ambiente de produção, definindo ciclos de produção para as atividades de estrutura e alvenaria. Após observado um ritmo dos pacotes de trabalho desigual, levando a ociosidade e redundância nos processos, a empresa decidiu adotar uma nova técnica de planejamento da produção. Esta técnica, consiste em identificar e montar conjuntos de trabalhos com um tempo de ciclo menor e que pudessem ser executadas simultaneamente. Conforme o autor, as equipes correspondem as seguintes produções: a) Estrutura de concreto armado 1 andar a cada 7 dias 12 carpinteiros b) Piso 1 andar a cada 3 dias 2 pedreiros / 2 assistentes c) Preparação das formas 1 andar a cada 4 dias 2 carpinteiros / 2 assistentes d) Formas 1 andar a cada 7 dias 4 carpinteiros / 4 assistentes O autor destaca que os pacotes de trabalho B e C, foram sistematicamente interrompidos, porque os serviços anteriores (estrutura de concreto armado), puderam ser entregues a cada 7 dias.
A estratégia adotada pelo autor, era a de montar pacotes de trabalho B e C com o seguinte resultado: • Todos os pacotes de trabalho devem ser executados no prazo de 7 dias, em ritmo perfeito; • Redução da data de conclusão do trabalho por quatro dias; • Redução das equipes de trabalho de 4 pedreiros e 3 assistentes para 2 pedreiros e 2 assistentes; O ganho obtido com estas aplicações teve também, outras vantagens: • Redução sistemática dos custos com as equipes de apoio à produção e logística interna. Utilizando menos equipes de trabalho simultâneos, há menor necessidade de mão de obra e equipamentos para suportar o nível de produção; • Maior facilidade de controle de resultados; • Redução dos custos de procedimentos sanitários e de segurança A construção do edifício iniciou com 43 pacotes de trabalho e terminou com 29, montados com a técnica mencionada acima e a sobreposição de atividades independentes.
f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000. AMARAL, Tatiana. G. Metodologia de qualificação para trabalhadores da construção civil com base nos conhecimentos gerenciais da construção enxuta. PARC: A Case Study. th Annual Conference of the International Group of Lean Construction. Proceedings…Birmingham, UK, 1996. BALLARD, G. The Last Planner System of Production Control. São Paulo: Atlas, 2001. BERNARDES, Maurício. M. S. Planejamento e controle da produção para empresas da construção civil. I. Lean Construction: From Theory to Practice. th Annual Conference of the International Group of Lean Construction. Proceedings…Gramado, Brasil, Aug, 2002. CORRÊA, H. FERNANDES, I. S. GROFF, A. M. ROCHA, R. CESARE, C. M, LANTELME, E. M. SOIBELMAN, L. Perdas na construção civil: conceitos, classificações e seu papel na melhoria do setor.
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