A IMPORTÂNCIA DA POESIA NA FORMAÇÃO DO LEITOR

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Literatura

Documento 1

Dessa forma, pretendeu-se mitigar estes problemas fornecendo algumas estratégias educacionais. Por intermédio dessas estratégias e futuros estudos, enfatizando o tema do ensino da poesia, acredita-se que muitas crianças em idade escolar possam ser incentivadas a adquirir o hábito de ler e, futuramente, têm mais chances de se tornarem leitoras mais críticas e conscientes. Pesquisou-se também de que forma são utilizadas as novas mídias e qual o papel do livro impresso na vida das pessoas. Os verdadeiros benefícios que a leitura promove foram registrados. Os argumentos de alguns especialistas na área foram tomados como base. Thus, it was intended to mitigate these problems providing educational strategies. By means of said strategies and further studies, emphasizing the poetry teaching issue, it is believed that many children at school age could be encouraged to create the habit of reading and, in the future, have more chances to become themselves more critical and aware readers.

It was also researched how the new media are being used and what is the role of printed books in people’s lives. The true benefits that reading promotes were registered. The argument of some experts in the field were taken as reference. O papel do professor leitor. O que se ganha com a leitura?. Sobre a formação do professor leitor. Estratégias educacionais para o ensino da poesia. Conclusão. Naquela época, crianças do sexo masculino ficavam aos cuidados de preceptores que as instruía nas lições de literatura, música, aritmética e escrita, além de estimula-los a se tornarem fisicamente mais fortes. Enquanto isso, crianças no sexo feminino não contavam com as mesmas oportunidades, ficando relegadas ao cuidados com o lar. Os poemas eram transmitidos aos meninos de modo enfadonho.

Estes deveriam decorar poemas bastante extensos. Imaginava-se que deste modo, eles absorveriam valores capazes de lhes forjar o caráter e, assim, tornar-se-iam bons cidadãos. Introdução à literatura Sabemos que, quanto mais cedo a criança é apresentada ao objeto livro, mais cedo é beneficiada com uma série de aquisições. Antes mesmo do aprendizado da leitura, a criança lê as ilustrações, percebe as texturas e as formas e apropria-se daquele objeto, produzindo um novo significado deste em sua vida. Se lhe é permitido e incentivado este contato, ela folheia as páginas e é capaz de recontar uma história por ela imaginada através da mera observação das figuras. Os pais que contam histórias a seus filhos desempenham um papel de suma importância em suas vidas.

Segundo Abramovich(1997, p. As imagens, nessa faixa etária, exercem maior fascínio sobre elas, e na prática podemos notar a ansiedade que experimentam quando não enxergam o que está sendo lido. Saveli, Copes e Brito (2006, pp. ao citar Averbuck (1991), colocam a importância dos desdobramentos da atividade literária para os alunos e para o educador ao mencionar possíveis tarefas a serem realizadas em sala de aula. A sala de aula é um espaço privilegiado para a abertura e a sensibilização dos alunos à poesia. As atividades realizadas neste espaço podem ajudar ao desenvolvimento da imaginação, da criatividade e da sensibilidade estética e oportunizar um trabalho de exploração do texto poético, com todas as possibilidades de inventividade, de utilização dos elementos visuais (desenhos, jogos visuais, representações plásticas variadas), de atividades rítmicas (jogos com as palavras do poema) e melódicas (exploração dos elementos poéticos veiculados pela música).

Nestes há um constante estímulo visual e a apresentação de cantigas de roda com letras repetitivas e uma profusão de rimas. Tal repertório possibilita o conhecimento de novos vocábulos por parte da criança e aguça sua sensibilidade, fazendo parte de sua memória afetiva no futuro. A poesia corrobora para a construção de nossa memória afetiva. A contação de histórias, por sua vez, oferece benefícios ao indivíduo em termos psicológicos e emocionais, despertando sua criatividade e sua afetividade, como observamos nesse trecho do artigo de Simões(2000, p. Assim, para que uma história realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. O papel do professor leitor De acordo com vários artigos pesquisados, é imperativo que o professor que promove as práticas de leitura ou ensina Literatura - no caso de alunos mais maduros – seja um entusiasta dos livros e tenha o hábito da leitura bastante arraigado em si.

Caso contrário, este profissional não estará apto a contagiar os alunos com uma paixão que não existe nele. Essa atitude pode ser considerada a primordial em educadores, sobretudo naqueles responsáveis por estas disciplinas. A esse respeito, Silva (2013, p. coloca: Mais especificamente, para que ocorra um bom ensino da leitura é necessário que o professor seja ele mesmo, um bom leitor. O educador deve procurar agir como elemento incentivador do interesse das crianças pelo enredo, comportando-se não somente como leitor (mediador) das histórias mas, também, demonstrando entusiasmo e curiosidade, como mais um ouvinte – participante no mundo do imaginário. Essa postura deve ser reforçada particularmente quando escutar as posteriores “leituras” que as crianças fazem das histórias lidas. Compete ainda ao educador incitar seus alunos à produções artísticas tais como o desenho ou a elaboração de uma peça teatral, dependendo da faixa etária em que os mesmos se encontrem.

Tais manifestações podem ocorrer espontaneamente. Desta forma, o docente poderá verificar o nível de aproveitamento da atividade da leitura e a percepção do aluno, além de detectar os sentimentos que foram desencadeados. Logo, exercícios que promovam o pensamento e a simultânea liberação de emoções podem ser aplicados de forma natural, com o objetivo de enredar o ouvinte/leitor à trama da poesia, como vemos no exemplo acima. Contudo, na opinião de Tres e Iguma (2015, p. há professores que, por falta de preparo ou formação adequada, não se sentem habilitados para trabalhar com o texto poético de modo envolvente e atribuem o desinteresse pelo gênero ao aluno, como vemos no seguinte fragmento: Há ainda, aqueles que desconsideram a importância poética justificando-a na falta de interesse dos alunos por meio da dificuldade em despertar esse interesse pela leitura, e quando muito trabalham o fazem por puro didatismo, gerando assim, uma aversão pelo texto poético naqueles indivíduos que ainda estão em processo de formação leitora.

Outro fator que causa bastante problema no ensino de poesia é o limitar-se, por parte do docente, a cumprir os planos de aula, colocando o poema como um objeto a ser avaliado, rotulado e catalogado e não como um texto que deve ser lido com fruição e a mente leve, aberta. O poema não caminha junto com as teorias, tampouco deve ser empregado para o ensino de gramática. por intermédio das metáforas presentes na poesia, crianças e adolescentes tendem a identificar-se com as emoções experimentadas pelo narrador, o que faz com que estes alunos sintam-se apoiados em suas dores e vibrem com as conquistas alheias. A beleza sensível dos versos desperta nestes uma sensação reconfortante. Não obstante, a poesia por si só é capaz de mobilizar, construir alicerces de sabedoria, mas com o diferencial da metáfora.

Com ela, a criança ou adolescente intui que seu mundo imaginário não está isolado e sente-se contente ao manter contato com alguém que pensa do mesmo jeito que ela. Experimentar a poesia é também, uma grande possibilidade de trabalhar com os sentimentos, as sensibilidades e a criatividade do leitor. O trabalho, realizado de modo rigoroso, mostra um eficiente diálogo entre leitura e produção de texto em verso. O livro traz também inúmeras sugestões de vivência sensível da natureza, busca o aprimoramento de imagens e o trabalho final de construção de poemas. Há que se ressaltar que a experiência de criar está intimamente ligada à atividade de ler, de estar atento à dimensão sensível da poesia. Porém, cabe ainda ao educador transmitir o significado de disciplina, estipulando metas de leitura possíveis de serem cumpridas e orientando seus alunos no sentido de que eles se tornem sujeitos autônomos e mais responsáveis.

Tais aquisições tratam-se de ensaios do que será praticado ao longo de sua vida profissional e acadêmica. A prisão à abordagem historicista da literatura tem limitado o acesso dos jovens à poesia. Por outro lado, creio que é perfeitamente possível realizar a leitura de um livro de poemas e fazê-lo de modo mais vertical. Por exemplo, uma obra como Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, pode ser lida de uma perspectiva bem mais ampla do que é feita nos livros didáticos. Inúmeras são as possibilidades de abordar a experiência amorosa ali representada, que vai desde o sabor de carpe diem, presente em vários poemas, até a discussão das formas históricas do galanteio e o modo de revelação do sentimento amoroso do homem para com a mulher.

Pode-se discutir também as formas de abordagem da natureza que devem ser observadas a partir das peculiaridades históricas do estilo de época a que o livro pertence. Ele deve levar em consideração que o mundo está em constante mudança e que a realidade de ontem torna-se obsoleta cada vez mais rápido. Todos os alunos são seres em constante transformação e estarão sempre muito à frente dele, principalmente no que diz respeito ao volume de informações a que tem acesso. Logo, o educador deve manter-se atento às questões atuais a fim de promover uma aula mais interessante e mais interativa. Sendo assim, junto aos demais membros do corpo docente, ele deve empenhar-se na reformulação dos métodos de ensino e na reformulação de si mesmo.

Segundo Alves (2008, p. Antes, dialogar com ela, sem recusa e autocentrismo. O que se ganha com a leitura? No passado, costumava-se referir a sujeitos cultos como sujeitos ‘letrados’ ou de ‘muitas letras’. O estudo de muitos idiomas, a leitura de vários livros, a pesquisa de inúmeras culturas distintas da nossa era algo comum. Os professores solicitavam aos alunos que pesquisassem sobre um determinado tema e estes recorriam às bibliotecas públicas ou à biblioteca de seus pais. A pesquisa era feita em enciclopédias. Muitos apreciam o cheiro das páginas antigas, o aroma de livro novo, as capas e ilustrações. Muitos ainda querem ter os livros na estante, para consultá-los e relê-los sempre que desejarem. Independente do meio que se use para acessar um bom conteúdo, seja para informar-se ou entreter-se, a leitura é importante por diversas razões.

De acordo com a compreensão de Cavalcanti(2002, p. Ler sempre representou uma das ligações mais significativas do ser humano com o mundo. Sendo assim, falar em atividades humanas, aqui, é tratar de uma linguagem, do recurso pelo qual o homem adentra o universo da cultura, configurando-se com um ser culto, racional e pensante. Notamos por meio da interpretação desses dois fragmentos que estamos sujeitos à interpretação de textos e a decodificação da linguagem a todo o momento. A leitura é inerente a nossa existência e a afirma. Conforme lemos e nos tornamos seres capazes de tomar decisões e seguir determinados caminhos, nos reinventamos. Nos dizeres de Cavalcanti (2002, p. Segundo Tres e Iguma(2015, pp. No gênero lírico, a subjetividade é o traço marcante, centrado no mundo interior do poeta.

Do mesmo modo, a emoção sobreleva diante das diferentes finalidades comunicativas, em virtude de advertir características apreensíveis pelos sentidos, tais como a musicalidade, o valor denotativo/conotativo das palavras e as figuras de linguagem, que possibilitam dar ênfase ao significado que o poeta pretende atribuir ao texto, e por meio das entrelinhas, os alunos aprendem a aguçar o olhar e a sensibilidade para a valorização do gênero lírico como ato comunicativo, tornando-se mais aptos a realizar uma leitura crítica. Concluímos que a leitura colabora para o enriquecimento linguístico dos indivíduos e os desenvolve intelectualmente, instigando nestes uma maior elaboração de suas respostas e uma compreensão desenvolvida dos questionamentos a que são submetidos. Necessitamos da leitura em todas as disciplinas escolares e acadêmicas e ao longo de nossa vida pessoal e profissional.

Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. Sobre a formação do professor leitor Na Antiguidade, os tutores eram indivíduos que conheciam a fundo um sem número de assuntos. Estes haviam aprendido a raciocinar e argumentar com outros tutores que lhes direcionavam pelo caminho dos livros. Muitos deles atuavam em casas de famílias mais abastadas, que pretendiam garantir que seus filhos tivessem uma educação primorosa e pudessem viajar, morar e estudar no exterior. Atualmente não há preceptores. Todos os professores que responderam ao questionário são licenciados em Letras, portanto, têm formação específica para ensinar Língua Portuguesa tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio.

Destes professores, oito informaram que a Graduação não lhes deu suporte para sua prática em sala de aula com textos poéticos, quatro disseram que durante a sua formação a poesia foi discutida esporadicamente. Estes dados são indicativos de que o texto poético entra de uma forma bastante tímida na formação do professor. Podemos refletir sobre o seguinte: se estes professores saíram da faculdade com uma noção parca do gênero lírico, como vão transmitir o gosto pela poesia a seus alunos? Se isto já não estiver contido no repertório do docente de forma consolidada e afetuosa, como ele transmitirá um conhecimento que foi pouco abordado em sua vida acadêmica? Tres e Iguma (2015, p. citam Averbuck (1982, p.

Faz-se necessário que o professor evite avaliar o aluno quando o mesmo está lendo um texto em voz alta e, sobretudo, não cabe ao docente impor que leia um texto que ele não deseja ler. Desse modo, sua relação com os livros estará fadada ao fracasso. Como diz Cosson( 2012, p. se estamos criando um espaço no qual os alunos estão lendo literatura com objetivo, precisamos resistir à tentação de avaliar a performance do aluno a cada momento ou valorizar com pontos cada atividade realizada. Ainda de acordo com Saveli, Copes e Brito ( 2006, p. Além disso, compete ao educador ter bom senso para discernir os textos mais adequados a determinadas faixas etárias e apresentá-los de modo coerente. A literatura é um instrumento poderoso e capaz de despertar sentimentos com os quais algumas crianças não estão preparadas para lidar tais como a morte de parentes, o medo do desconhecido ou o bullying que sofrem sem comunicar ao corpo docente.

Simões (2000, p. alerta para esta conduta ideal do professor no seguinte trecho: [. o educador deve ter sua atenção voltada para a qualidade da criação, a estruturação da narrativa e suas adequações à língua materna, procurando não perder de vista o interesse manifestado pelas crianças. Com relação à poesia, lançamentos de antologias poéticas, por exemplo, são infrutíferos no caso do público jovem, sobretudo se não tem contato com este gênero. Com base na pesquisa realizada por Saveli, Copes e Brito (2006, p. podemos deduzir que o número reduzido de poesias constantes em um livro didático – levando em conta que muitos professores utilizam-se apenas dos livros didáticos em suas aulas – acarreta no conhecimento quase nulo do gênero lírico por parte dos alunos.

Estabelecendo um paralelo entre os dados levantados nos livros didáticos e as respostas dos professores, percebemos que os autores trazidos por eles à sala de aula, na maioria das vezes, são buscados nos livros didáticos. Isto sugere que o livro didático tem sido o principal suporte para o trabalho docente de Língua Portuguesa. Seu modo de acompanhar a leitura dos alunos deve ser discreto. Não cabe a ele interferir nas leituras dos alunos para saber se de fato está cumprindo com o cronograma de leitura, mas é seu dever ajudá-lo nas tarefas propostas a partir da leitura. Outro aspecto curioso e que vale a pena mencionar é o que foi declarado por parte dos professores entrevistados por Saveli, Copes e Brito ( 2006, pp. Eles reportaram a resistência de certos alunos do sexo masculino na leitura de poemas, que atribuíam tal gênero às meninas, por ser algo que mexe com sua sensibilidade.

Tal fato, certamente, deve-se a apresentação da poesia de modo inadequado por parte dos educadores. Diferentes e repetidas leituras orais em sala de aula podem ajudar o leitor a encontrar, além do tom adequado, o andamento mais preciso que poderá detonar a percepção do “sentimento” que o poema comunica. Imaginemos, a título de exemplo, uma leitura lenta, pausada, de “O caso do vestido”, de Carlos Drummond de Andrade, sobretudo de um fragmento como este: “Me joguei a suas plantas,//Fiz toda sorte de dengo,/no chão rocei minha cara,//me puxei pelos cabelos, me lancei na correnteza,//me cortei de canivete,/me atirei no sumidouro// bebi fel e gasolina,/rezei duzentas novenas,// dona, de nada valeu:/ vosso marido sumiu” (Carlos Drummond de Andrade). O tipo de verso, a enumeração das ações, perpassada por uma dor tão cortante, pedem uma realização oral mais rápida, ora mais compassada, ora mais alta, ora mais sussurrada.

Essas diferenciadas modalizações podem ser experimentadas ao longo das leituras e releituras orais que podem ser realizadas em sala de aula. Estratégias educacionais para a formação de leitores e o ensino da poesia Não é toda a escola que possui uma biblioteca repleta de obras fundamentais para a leitura das crianças e adolescentes que nela estudam. Em segundo lugar, é imprescindível que a escola conte com um corpo docente que se interesse por vários tipos de leitura de forma legítima. Desse modo, os alunos se sentirão verdadeiramente motivados a ler e a aprender através dos livros. Muitos deles enxergarão o professor como um exemplo a ser seguido, já que este detém um conhecimento que eles ainda não possuem. Portanto, Krug ( Idem, p.

coloca o quão relevante é o fato de um educador gostar de ler para a formação de novos leitores. Dentre esse contexto, considera-se que os bons livros infantis como: poesia, fábulas, histórias em quadrinhos, contos, etc, são fundamentais para o ensino da leitura. As crianças se interessam pelo destino dos personagens e o final da história. Nesse contexto, o professor tem papel fundamental no ensino da leitura sendo o mediador nas diversas práticas de leitura que ocorrem dentro da sala de aula, utilizando de diferentes recursos para realizar uma atividade significativa para a criança. Para tal, nota-se que o professor/leitor deve atuar como mediador atento no processo de ensino/aprendizagem, desempenhando uma série de papéis tais como narrador, ouvinte, monitor e personagem, à medida que participa do processo, e ainda pode ser uma criança, no caso de alunos mais novos, e misturar-se a elas de forma espontânea e discreta a fim de acompanhar mais de perto suas observações e expressões faciais, manifestadas ao longo do texto lido.

Krug(2015, p. Logo,diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico devem tanto propiciar como participar das ações de promoção à leitura. A escola deve manter-se atualizada, em termos de conteúdo e metodologia, para que não perca oportunidades valiosas de ensino como quando, por exemplo, surge uma criança com deficiência na escola. Neste caso, é preciso que as diferenças sejam trabalhadas de forma natural; há diversos livros que servem como suporte para abordar o tema – sobretudo no tocante a alunos autistas ou com síndrome de down – e o preconceito não deve ser disseminado de modo algum. Ao fazer com que as crianças compreendam o porquê daquele colega apresentar algumas peculiaridades, elas se tornarão mais humanas, mais atenciosas e carregarão esse ensinamento pelo resto de suas vidas.

Conforme sugere Krug (2015, p. Nenhum homem é uma ilha isolada [. a célebre frase de John Donne, já preconizava a importância do viver em coletividade e do saber engendrado por meio de várias pessoas. Pensar a poesia – e demais textos literários - não é pensá-la solitariamente. A poesia ecoa na alma dos indivíduos à medida que estes se reconhecem em sua leitura, em suas indignações, amores frustrados, tentativas e erros e outros sentimentos intrínsecos e relativos a toda a humanidade. Hoje em dia, é comum nos depararmos em redes sociais com poemas escritos por escritores amadores ou anônimos, pois o espaço reservado para estas reflexões agora é um espaço público. Nestes eventos performáticos, eles costumam ser aplaudidos por suas composições que reivindicam melhores condições ou retratam uma sociedade vítima de muitas mazelas sociais.

A poesia vibra nos espaços públicos das praças e dos parques e emociona, promove o riso ou o choro de um público de idade e classe social variadas. Todos estão unidos pela arte. Tais manifestações são muito comuns no exterior. Os participantes costumam ser submetidos à aprovação de jurados que avaliam seu desempenho e sua criatividade. Alguns demonstravam habilidade com a escrita e já escreviam blogs, contos e eram fãs da série de livros de Percy Jackson, escrita por Rick Riordan, relata-nos Alcalde (2016). Partindo do slam, uma manifestação cultural que, como vimos, pode significar um notável incentivo na formação de leitores e – por que não dizer? – autores, vale refletirmos sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM - com que nos deparamos ao ler o trabalho de Vieira (2008, pp.

Estes contemplam as seguintes competências, no que diz respeito ao corpo discente: 1. Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade, pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos da linguagem, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função e organização das manifestações, de acordo com as condições de produção de recepção. Para sermos protagonistas de nosso processo criativo, também necessitamos de muita prática em leitura e escrita. Em suma, todos os itens acima focam na comunicação, na interpretação, na produção de sentido e recepção de conteúdo, o que apenas é obtido por intermédio da leitura e da escrita.

No que diz respeito à poesia, podemos dizer que ela é importante para nos conhecermos e nos traduzirmos no mundo, manifestando-nos de forma afetuosa ou emotiva, com o intuito de denunciarmos algo, como no caso dos slams. A fim de concluirmos este capítulo, empregaremos mais uma das experiências de Alves (2008, p. em sala de aula, quando ele menciona as leituras de poemas de Cecília Meireles e Mario Quintana, dois dos grandes poetas brasileiros mais conhecidos. Todos eles como que nos convidam a dançar. E a poesia, nesta fase da vida, mistura-se com dança e alegria, para lembrar o importante verso de Mario Quintana: “A poesia é a dança e a dança é alegria”. CONCLUSÃO O presente trabalho poderá propiciar a elaboração de novos estudos que viabilizem a entrada da poesia em sala de aula, de uma forma mais moderna, atraente e participativa.

Este poderá servir como um guia capaz de orientar alguns educadores, com o objetivo de que os mesmos tracem estratégias inspiradas naquelas que averiguamos para tornar suas aulas mais interessantes e interativas. Este estudo permitiu que fosse feita uma análise de como acontece o envolvimento das crianças com a literatura – principalmente com a poesia - em âmbito escolar e, posteriormente, fora deste espaço. Os textos em sala de aula não devem funcionar como meros instrumentos de apoio na resposta dos questionamentos de livros didáticos. Desse modo, o prazer pela leitura se esvai. A formação de leitores deve estender-se da educação básica ao ensino superior. Muitos são os adolescentes e adultos que experimentam uma frustração com a literatura pois foram desestimulados por parte de seus pais ou docentes com comentários malsucedidos.

Sem a literatura, nos cegamos para o mundo e nos incapacitamos na arte de conhecer novos universos, galáxias e seres. Caminhos da abordagem do poema em sala de aula. In: Graphos. João Pessoa, v. n. Disponível em: <http://periodicos. CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e vivências na ação. ª ed. São Paulo: Paulus, 2002. COSSON, Rildo. br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/277_1. pdf> Acesso em: 10 nov. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. ª ed. br/linhadagua/article/view/134615/135272> Acesso em: 15 nov. TRES, Thanisa Aparecida de Souza Camargo de Dordi; IGUMA, Andréia de Oliveira. A importância da poesia na formação do leitor. In: Interletras, v. n. uepg. br/riuepg/bitstream/handle/123456789/500/ARTIGO_PoesiaPedePassagem. pdf?sequence=1 Acesso em: 07 nov.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca: 12 ª ed. In: Cadernos de Pesquisa. vol. n. Disponível em:< http://www. scielo.

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