A GESTÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR CRÍTICO-REFLEXIVO NA PERSPECTIVA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

A justificativa para a escolha do presente tema, foi à necessidade de mostrar como existe um trabalho cada vez mais voluptuoso em relação à formação continuada de docentes, principalmente no século XXI, quando se passou a ver a educação como uma ferramenta de desenvolvimento integral muito mais transformadora. Nesse sentido, o trabalho te sua justificativa com relação a orientação educacional que faz parte do cotidiano da escola e da educação como um todo sendo que o profissional de orientação educacional busca desenvolver diversas funções de comunicação e gestão dentro do ambiente escolar. A fundamentação foi dividida em três partes, sendo que a primeira apontou aspectos fundamentais do orientador educacional no ambiente escolar demonstrando a importância desse profissional para o desenvolvimento das atividades escolares, para o contato direto com as demandas dos alunos e na solução de problemas dentro da instituição.

Dessa maneira, o profissional da orientação educacional se torna um mediador das necessidades e das soluções que a escola deve desenvolver para que o aprendizado seja efetivado. A segunda parte a formação docente na atualidade, como a ética, a capacidade de observar problemas em sala de aula e de se preocupar em estimular as habilidades e potencial dos educandos. Em face das transformações que vivemos no mundo e que repercutem em todas as instituições, o papel da orientação educacional é muito significativo, ao possibilitar ao sujeito compreender e analisar esse mundo, compreendendo-se nesta relação com o outro, e também ajudando a escola na interação de suas relações e de seu projeto político pedagógico, de modo que possamos viver e conviver neste mundo de forma crítica e consciente, buscando alternativas, criando estratégias para uma escola de mais qualidade, uma sociedade mais justa e um mundo que aposte na paz.

Nesse sentido a orientação educacional tem um papel importante dentro do ambiente escolar, auxiliando a conceber uma educação pautada em práticas sociais, no desenvolvimento integral dos alunos, formulando o projeto político pedagógico da escola que reflita os objetivos e os interesses dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades do corpo escolar, possibilitando autonomia, participação, responsabilidade, reflexão e solidariedade (GRINSPUN, 2006). Nesse sentido a formação continuada dos professores se coloca como um dos objetivos dos orientadores educacionais, pois ao buscar possiblidades de uma formação integral dos alunos, o profissional deve pensar em todos os aspectos que compõem o processo educativo. A FORMAÇÃO DOCENTE Quando se aborda a carreira docente, deve-se compreender como um processo que não está acabado com a finalização da vida acadêmica, pois a profissão docente é um processo contínuo e interativo que está sempre se renovando e modificando de acordo com a sociedade e com as demandas do mercado de trabalho, da cultura e dos aspectos sociais que estão sendo vivenciados em determinado período (NÓVOA, 1999).

Nesse sentido, a carreira dos professores para atuar no âmbito escolar deve ser pautado em uma ressignificação dos aprendizados e da universidade na qual cursou, bem como dos valores da profissão, com isso se tornando um conhecimento profissional que é compartilhado com todos que estão inseridos no processo educacional, para com isso unir as discussões teóricas e os novos conceitos aprendidos com a experiencia vivenciada em sala de aula (NÓVOA, 1999). Para que exista uma formação continuada do docente que seja efetiva para o processo educacional, deve-se entender que na atualidade a educação está pautada na formação de sujeitos que tem um conhecimento sobre o momento histórico e social, bem como estão informados sobre o momento político e cultural que a sociedade está vivenciando, dessa maneira é necessário que o docente entenda que a prática educativa deve ser um movimento dialético de construção e reconstrução do conhecimento e da cultura.

Ou seja, a formação docente continuada deve implicar uma constante discussão sobre o conhecimento, sendo que os docentes são os profissionais que tem a dimensão teórica e prática para a transformação da sociedade e a mudança nas condições sociais e de vida dos alunos (MORAES; TORRIGLIA, 2003). Diante do exposto, todos os responsáveis pelo processo educacional em uma escola desde professores devem ter a clareza da importância da formação continuada como sendo um processo que deve ser desenvolvido ao longo de toda a carreira docente, pois a experiencia e a prática vão sendo construídas e reconstruídas aos poucos com a intenção de melhorar a educação dos alunos em sala de aula. Os professores devem ter em mente ao longo de suas carreiras que o seu desenvolvimento profissional está diretamente ligado a melhoria da educação dos alunos e da sociedade por consequência, nesse sentido ao se renovar e buscar por uma formação contínua o professor está desenvolvendo uma atitude permanente de questionar, de indagar, de formular problemas e com isso procurar soluções (MARCELO, 2009).

A FORMAÇÃO CONTINUADA Não há dúvidas de que a formação continuada de docentes representa uma das tarefas mais complexas da atualidade, uma vez que, existem diversas e constantes mudanças em relação às necessidades que os educandos apresentam. Por essa razão, exige-se grande preparo para a formação de docentes seja continuada e isso durante toda a sua carreira, uma questão crucial para que se torne uma estratégia de ensino que possa cumprir com o seu papel social (ANDRÉ, 2002). Também merece amplo destaque a formação de docentes na modalidade de educação infantil, ou seja, a formação pedagógica, que também apresenta suas similaridades, muito embora o futuro profissional não enfrente as mesmas dificuldades que os docentes que optam pela escola do campo ou a de jovens e adultos (ANDRÉ, 2002).

A importância da qual se investe/deveria na a formação do Pedagogo, deveria ser basicamente voltada para a profissionalidade docente, desenvolvimento profissional e construção da identidade profissional e para o reconhecimento da dimensão epistemológica e profissional desta (LIBÂNEO, 2001, p. A necessidade de saber se relacionar com os demais que se encontram a sua volta, isso pelo fato de que no campo pedagógico, existem diversas metodologias de trabalho que são adotadas por cada educador, que realmente possuem o direito de escolherem a melhor para si e seus alunos (NUNES, 2001). O grande problema começa a ocorrer a partir do momento em que existe algum tipo de dificuldade de aprendizagem, algo que os cursos de formação de docentes também acabam não preparando os futuros profissionais da maneira como deveria.

Competências e valores acabam sendo desenvolvidos no dia a dia, quando há uma sintonia fina entre professor e estudantes, por essa razão, a formação de docentes é na realidade um processo que nunca se finda, uma vez que, todos os dias existe a possibilidade para a obtenção de novos conhecimentos. Assim como existem possibilidades para a quebra de velhos paradigmas, que sempre existem na educação, e que levam muitos anos para serem dissolvidos, isso quando não partem do próprio educador, o que acaba fazendo com que esses conceitos ultrapassados continuem sendo considerados como válidos, minando aos poucos a qualidade da formação (TIBALLI, 2001). É mobilizado pelos profissionais no seu dia-a-dia, configurando um hábito. No entanto, este conhecimento não é suficiente. Frente a situações novas que extrapolam a rotina, os profissionais criam, constroem novas soluções, novos caminhos, o que se dá por processo de reflexão na ação e na formação continuada (ALARCÃO, 1996).

p. ANDRÉ, Marli. O tema Formação de Professores nas Dissertações e Teses (1990-1996). In: ANDRÉ, Marli. Formação de Professores no Brasil (1990-1998). Acesso em:14/04/2022. DURAN, Marília Claret. O curso de Pedagogia noturno e a formação dos profissionais da educação. Educação & Linguagem, ano 2, n. GRILLO, Marlene Corero. São Paulo: Cortez, 2006. LIBÂNEO, J. C.  Pedagogia e pedagogos. Educar, Curitiba, n. L. Sentidos de ser docente e da construção do conhecimento. In: Iluminismo às avessas. RJ: DP&A, 2003. NOVOA, A. HORONATO, Eliane Costa e ALBUQUERQUE, Fabiana aparecida de. O orientador educacional no brasil. Educ. rev. Jun 2008, nº. TIBALLI, E. F. A. Considerações pedagógicas a respeito da formação do professor reflexivo. Educativa, Goiânia, v. BULATY, A. A história da formação de professores frente aos saberes e ao trabalho docente.

In: A graduação e a formação de professores: elementos implicadores da formação. Jundiaí: Pacto Editorial, 2015.