A EVASÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

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Palavras-chave: Evasão, EJA, Problemática. Introdução Neste artigo o objetivo principal é o de estudar as principais causas e consequências da evasão escolar principalmente por alunos que frequentam o EJA (Educação de Jovens e Adultos) fazendo uma análise de produções teóricas que abordam o tema evasão. Sob uma metodologia baseada em estudos bibliográficos para esta pesquisa foram analisados ao todo quatro autores que tratavam do tema, sendo feita pesquisa no Google Scholar®, buscando pelas palavras chaves: Evasão, Escolar, Educação, Jovens, Adultos, Problemática, a busca teve como parâmetros buscar pesquisas e artigos realizados nos últimos 8 anos, com base no estudo dos artigos que mais atendem os termos da busca e portanto mais relevantes, elucidaremos as principais soluções e posicionamento dos autores.

O incremento dos níveis de desemprego desde o início das crises provocou o retorno a escola de um número crescente de pessoas que, em seu momento, abandonaram precocemente o sistema educativo. O Brasil no momento necessita urgentemente diminuir a porcentagem de evasão escolar. Os analfabetos e todos os jovens e adultos que não completaram a educação básica comum e de qualidade, que garante o desenvolvimento pessoal, social e de inserção laboral, constituem o mais evidente testemunho da situação atual do nosso pais. Diante dessa situação, estamos em um cenário em que prevalece posições que nos fazem temer que esta situação possa perpetuar se. Desde aquela que, de maneira mais ou menos explicita, sustentam algumas políticas educativas que preferem ignorar esse problema.

O contexto histórico da Educação de Jovens e Adultos é caracterizado por grandes lutas, e manifestações populares pela alfabetização, antigamente era visto sendo apenas uma compensação, mas hoje é direito de todos. Se observarmos o contexto do EJA atualmente, podemos perceber que são homens e mulheres que vivem perifericamente, desempregados ou empregados, e na maioria das vezes, eles simplesmente estão buscando uma educação, com objetivo de tentar gerar uma melhor qualidade de vida para suas famílias. Pois como mesmo menciona (Souza, 2014) nos nossos dias ainda há uma comodidade quanto a busca por conhecimento por parte de todos, é necessária a troca de saberes entre professor e aluno para que haja qualidade e uma construção crítica sobre os questionamentos. Nosso meio está tornando-se cada vez mais mecânico, estamos automatizados em nossas relações, de forma que não se faz mais pensadores e formadores de consciências sobre reflexões diversas relacionadas ao mundo e sobre si mesmo.

Durante nossas vivências na escola, percebemos, como evidencia a discussão realizada sobre essa temática, serem constantes e comprometidos os empreendimentos da escola, bem como da gestão municipal desse processo, no sentido de tentar diminuir a evasão tão referida em documentos parametrizados e nos trabalhos sobre EJA a exemplo daquele mencionado em seção anterior neste artigo. As ações dessa natureza, no entanto, como sinalizam dados aqui registrados, não dão conta da questão pelo grande número de fatores nela implicados. Sendo assim uma das grandes preocupações hoje, é ter uma escola capacitada para que o método que está sendo empregado erroneamente não se perpetue e siga sendo implantado. Também podemos incluir como um dos fatores determinantes, a dificuldade de acesso à escola, pois muitas vezes fica distante na casa do aluno, muitas das vezes este necessita de transporte e o que vem a ser bastante dispendioso para o aluno conseguir acompanhar o ritmo da escola.

Nas palavras de (Costa, 2004) afirma que o aluno precisa ser cercado de condições que favoreçam sua permanência na escola. No entanto constata-se um abandono histórico da escola, por conta das injustiças sociais sofridas pelos alunos e seus responsáveis como já verificado em pesquisa. Em alguns casos o aluno necessita, de gerar renda para sua família, e por conta desta sobrecarga acabou perdendo a motivação para estudar. Devemos sempre entender as reais necessidades dos alunos para ajuda-los, pois muitos desistem de estudar, porque necessitam de um trabalho, outras vezes são amedrontados a não ingressar em um colégio devido aos conteúdos que por vezes acreditam ser de difícil aprendizado e terminam por perder o interesse. A maior parte dos educadores se convencem de que o aprendizado no aluno é construído como um todo levando se em consideração outros fatores, pensando-se não apenas na questão pedagógica mas também na pratica afetiva e psicológica, isso chama-se na pratica pedagógica de formação integral.

Os profissionais devem estar atentos para atender as necessidades dos alunos, que no caso é a formação integral, entendendo diversas áreas do aluno como: psicológica e a afetiva, fazendo o esforço necessário para que o aluno tenha uma formação solida, sendo assim, o aluno vai ter um conhecimento significativo de diversas áreas. As famílias são um dos pilares mais importante dos alunos, e é necessário que ela, não falhe nos seus papeis de orientar, proteger e fazer a integração do indivíduo na sociedade. Pois uma família com problemas, consequentemente desenvolverá um aluno com mal desempenho escolar. Um dos principais problemas da falta de estrutura familiar, é que esta desenvolve geralmente no aluno uma baixa autoestima, e sentimentos de medo, tristeza e rejeição.

Além disso, a comunidade, tomando em consideração não as prescrições de uma pedagogia abstrata, mas as condições reais dos alunos no reconhecimento, em primeiro lugar, da necessidade de chegar a um consenso referente à tarefa educativa. Autonomia da escola refere-se à escolha do método, técnica ou procedimento para a efetivação da tarefa educativa. Contudo, essa autonomia é resolvida no coletivo da escola e não significa autonomia de cada professor em sala de aula. Dessa forma, só tem significado a partir de uma perspectiva particular centrada em questões pontuais presentes na escola. Centrar o foco no aluno significa trabalhar com esse aluno real, encontrar uma maneira de levá-lo a exercer seu livre arbítrio e, com determinados limites sociais, culturais e econômicos, escolher seu lugar, saber se posicionar em sociedade, fazer escolhas políticas.

Percebe-se que aluno faria o esforço necessário motivando-se para aprender caso os conteúdos apresentados e que ele estuda fossem mais conectados a sua realidade e não distantes e sem muita relevância, levando em consideração na aula suas experiências pessoais, fazendo com que ele sinta-se parte do processo de ensino-aprendizagem, incluso, util. No entanto quando o aluno percebe-se que “aprender” é decorar informações que para ele no momento são desconexas, irrelevantes, sem aplicações práticas imediatas em sua vida, para apenas utiliza-las para ser aprovado em um questionário, sua motivação é surrupiada, e não acompanha mais o ritmo que o professor rege e aos poucos, até o momento em que seu atraso com relação a turma torna-se grande a ponto de não poder mais acompanha-la.

O aluno que apresenta dificuldades de estudo, não mostra no início problemas sérios, revela-se até na maioria das vezes bastante motivado, porém aos poucos pode se sentir incapaz de realizar as atividades propostas e ir abandonando-as, já que as atividades propostas estão de cheias de perguntas das quais as resposta ele não sabe qual é (Ceratti, 2008). Aprender não é algo fácil exige um esforço árduo de ambas as partes: do aluno no domínio da leitura, na vontade ou necessidade de aprender e no fortalecimento de ligações com novo conhecimento e conhecimentos anteriores. Essas determinantes tornam-se desafios a serem vencidos sendo a sua ausência muitas vezes causa da evasão escolar, traduzido em desestímulo por (Ceratti, 2008). Percebemos que o nível de educação dos pais condicionam diretamente a escolarização e rendimento escolar dos filhos.

Os filhos de pais alfabetizados ingressam regularmente a escola e permanecem mais tempo, e seu rendimento educativo é melhor. E quando se tratamos de adultos a realidade é muito diferente e necessita de uma mudança. Evasão escolar e repetência estão interligadas: se evadem, existe a possibilidade de voltar e repetir a série na qual parou, se repetem, ficam propensos a se cansar, terminam desistindo e evadem. Nesse ponto, entra um terceiro elemento que pode contribuir para a mudança desse quadro: aulas mais atraentes, mais significativas, mais próximas da realidade dos alunos. Nova Londrina - PR: Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), 2012. Costa, M. H. AS CAUSAS DA EVASÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NUMA UNIDADE DE ENSINO DA REDE MUNICIPAL DE SALVADOR. Monografia, Associação Baiana de Educação e Cultura - ABEC, Salvador-BA.

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