INCLUSÃO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

O processo de inclusão, quando bem elaborado e aplicado, tem como finalidade reduzir as diferenças, conseguindo assim, um resultado melhor. Palavras-chave: Inclusão. Síndrome de Down. Escola. Família 1 INTRODUÇÃO Um tema que vem sendo amplamente discutido nos últimos anos é a inclusão dos alunos com algum tipo de necessidade educativa especial na rede regular de ensino. O que se pode afirmar é que muitos professores ainda não se sentem preparados para receber um aluno com algum tipo de deficiência em uma classe regular de ensino, e que algumas instituições ainda não possui estrutura física para receber esses alunos de forma adequada, porém para que a inclusão aconteça de fato é necessário o empenho de todos os envolvidos, fazendo todas as adaptações que se fizerem necessárias tanto estruturais, quanto pedagógicas, para que todas as crianças tenham as mesmas oportunidades.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. A SÍNDROME DE DOWN A Síndrome de Down é um atraso no desenvolvimento das funções motoras do corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e hipotônico (molinho). “A hipotonia muscular diminui com o tempo, conquistando, o bebê, mais lentamente que os outros, as diversas etapas do desenvolvimento” (LEFÉVRE, 1988). Segundo LEFÉVRE (1998, p. Acontece um erro na distribuição cromossômica. Uma das duas células recebe um cromossomo número 21 extra, todos os outros pares de cromossomos se distribuíram corretamente, com exceção do par 21. Esse erro de distribuição pode acontecer em qualquer célula, na época da sua divisão, a gravidade e as conseqüências deste erro dependerão da época em que ele ocorrer (SCHUWARTZMAN, 1998).

Segundo LEFEVRE, (1998, p. Quando o espermatozóide fertiliza o óvulo, uma célula chamada zigoto ou ovo fertilizado, que tem 46 cromossomos, isto é, 23 pares passa por um processo de divisões celulares, ou seja, divide-se em duas células idênticas, estas se dividem em quatro, as quatro dividem-se em oito e assim por diante. A pessoa com Síndrome de Down apresenta 47 cromossomos em todas suas células. A segunda conhecida também como Mosaicismo, cerca de 2% das pessoas com Síndrome de Down apresentam uma mistura de células normais (46 cromossomos) e de células trissômicas (47 cromossomos). Esta condição é considerada como o resultado de um erro em uma das primeiras divisões celulares (CALDEIRA, 2004). E por fim a terceira também conhecida como Translocação, os outros 3% das pessoas com Síndrome de Down apresentam o material cromossômico disposto de forma diferente, isto é, o cromossomo 21 extra encontra-se aderido a outro cromossomo, geralmente o 14.

É importante descobrir se uma criança tem Síndrome de Down por translocação, pois em aproximadamente um terço dos casos um dos pais é “portador”. Em relação às alterações fisiológicas SCHWARTZMAN (1999, p. pode-se observar já nos primeiros dias de vida uma grande sonolência, dificuldade de despertar, dificuldades de realizar sucção e deglutição, porém estas alterações vão se atenuando ao longo do tempo, à medida que a criança fica mais velha e se torna mais alerta. WISNIEWSKI, citado por SCHWARTZMAN (1999, p. conclui que “até os cinco anos o cérebro das crianças com Síndrome de Down, encontra-se anatomicamente similar ao de criança normais, apresentando apenas alterações de peso, que nestas crianças encontra-se inferior a faixa de normalidade, que ocorre devido uma desaceleração do crescimento encefálico iniciado por volta dos três meses”.

Segundo SCHWARTZMAN (1999, p. afirmou a obrigatoriedade da oferta da educação especial nas instituições de ensino público ou privado, onde a mesma deve dar assistência necessária para que qualquer crianças, lê-se aluno, possa aprender e desenvolver suas potencialidades. Segundo GOES e LAPLANE (2004, p. A lei n° 7853, assinada pelo presidente da República em 1989, reafirmou a obrigatoriedade da oferta da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino e definiu como crime o ato de “recusar”, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de alunos nos estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta. No decreto-lei que regulamentou a lei, dez anos após, define-se que as escolas públicas ou privadas deverão oferecer “programas de apoio para o aluno que está interessado no sistema regular de ensino, ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educação das escolas comuns não puder satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando necessário ao bem estar do educando.

” Devemos observar se o que está acontecendo nas nossas escolas é de fato incluão, ou se apenas estamos integrando nossos alunos com alguma deficiência. Em seu livro TUNES e PIANTINO (2003 p. nos trazem uma narrativa que fica fácil entender como é a dia a dia de um portador de Síndrome de Down e como se dá sua aprendizagem. Segundo TUNES e PIANTINO (2003 p. Lurdinha não esperou Lucio chegar à idade escolar para ensinar noções de tempo. Entendendo que essas noções não são adquiridas de uma só vez e de maneira definitiva e acabada, procurou oferecer a Lucio as oportunidades para que o conceito de tempo começasse a ser apreendido por intermédio da percepção de regularidades e irregularidades dos eventos que ocorrem no bojo das rotinas das nossas atividades de vida.

Assim, quando estava em um cômodo e ouvia, por exemplo, o barulho do liquidificador ou da campainha da porta, em vez de se assustar, ele podia dirigir o seu olhar para o local de onde provinha o som. De acordo com a citação acima percebemos que essa criança quando chegar à idade escolar terá mais possibilidade de aprender e se desenvolver junto às outras crianças. Toda criança deve ser estimulada desde muito cedo para que dessa forma ela tenha oportunidades de ter um bom desenvolvimento, e com a criança com síndrome de down não é diferente, porém ela precisa de muito mais estímulo e paciência, tanto por parte da família quanto dos professores que trabalham com ela. Outro ponto muito importante é que as escolas tanto públicas quanto as particulares, não podem negar matrícula para pessoas com qualquer deficiência, precisam se adequar e atender esse aluno da melhor maneiro e disponibilizando os recursos necessário para que o desenvolvimento ocorra de fato.

Segundo o Movimento Down: O artigo 8º da Lei 7. O trabalho tem que ser integrado. A melhor maneira de prover a integração é criar, juntamente com os pais, as regras de funcionamento da relação família e escola, deve-se deixar claro que a todo o momento de dúvida e questionamento, a escola estará pronta a atendê-los, buscando as soluções para o bom trabalho e desenvolvimento da criança (MANTOAM,1987). É muito importante que os país saibam que podem confiar no trabalho da escola para que dessa forma eles se sintam mais seguros e somente assim poderá acontecer um trabalho produtivo com o educando. Segundo MANTOAM (1987, p. O sistema educacional, enquanto provedor das condições que desencadeiam e mantêm o processo integracionista, encontra-se, ainda, na condição de aprendiz desse mesmo processo, devendo assumir.

Isso gera aos poucos um amadurecimento no raciocínio, melhorando a persistência nas ações cognitivas e motoras, tanto relativas à fala, quanto à escrita. Todas as pessoas com algum tipo de deficiência devem ser considerados de acordo com suas potencialidades, é muito importante que seja valorizada sua potencialidade para que ela tenha um bom desenvolvimento ( FONSECA, 1995). AÇÕES PEDAGÓGICAS COM A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN Para que seja possível realizar uma ação educativa construtiva, é preciso ter a certeza de que as crianças com síndrome de down, da mesma forma que as ditas normais são capazes de construir o seu conhecimento e sua inteligência, a partir de seus encontros com o mundo dos objetos e das pessoas, à medida que agem sobre eles (FERREIRA,1993).

A criança com síndrome de Down, possuí limitações de natureza orgânica, que aparecem sob a forma de deficiências motoras ou sensoriais, esta ação sobre o mundo se fará de forma também deficitária. Se as trocas com o meio são prejudicadas devido aos déficits sensórios-motores, haverá prejuízo no funcionamento intelectual (FERREIRA,1993). diz que “cabe, portanto ao professor ser investigador, ou seja, aquele que ouve, vê e procura compreender o potencial de cada criança com quem trabalha. ” Segundo Alves (2007, p. na criança com Síndrome de Down a prontidão para a aprendizagem depende da complexa integração dos processos neurológicos e da harmoniosa evolução de funções específicas, como a linguagem, percepção, esquema corporal, orientação espaço-temporal e lateralidade.

Ensinar crianças com síndrome de Down é, em síntese, um esforço para estimular o desenvolvimento, que é facilitado pela interação sistemática entre o professor e o aluno. O professor deve levar o aluno a desenvolver sua capacidade de afirmar a si mesmo e aos outros, por símbolos ou palavras, o que fez e o que fará, ou ainda, o que aconteceu. O que devemos esperar é que a escola ofereça vivências estimulantes e ricas que fazem o mundo parecer um lugar interessante para explorar. As situações de aprendizagem na escola devem emprestar ao portador de síndrome de Down uma sensação de identidade pessoal e de prazer. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Essa pesquisa foi feita através de uma pesquisa bibliográfica, da qual o objetivo geral era esclarecer como deve acontecer o processo de inclusão da criança com síndrome de down na rede regular de ensino, e como objetivos específicos de entender como acontece e relação família e escola, o papel que cada um tem nesse processo e também a diferença entre inclusão e integração.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Falar de inclusão ainda é um assunto bastante polêmico e discutido, muitos professores ainda não se sentem preparados para trabalhar com pessoas com deficiência na rede regular de ensino, porém quem mais sofre em todo esse processo é o aluno que em alguns casos não recebem os estímulos que lhe são necessários, prejudicando assim todo seu desenvolvimento e aprendizagem. Sabemos que o acesso a escola de ensino regular é direito de todos, porém as pessoas com algum tipo de deficiência em alguns casos se sentem discriminados e prejudicados pelo acesso não ser feito da forma que deveria, e com a criança com síndrome de down não é diferente algumas escolas e alguns profissionais infelizmente ainda não estão preparados para receber essas crianças, que acaba sendo a maior prejudicada quando o processo de inclusão não é feita da maneira que deveria.

V. F. A escola como lugar de integração (ou segregação?) da Criança portadora de deficiência intelectual. Educação em questão, 1993. CALDEIRA, Maria de Fátima Minetto, A inclusão de pessoas com Síndrome de Down na educação: Um caso de sucesso. FILHO, R do A. Pupo, Síndrome de Down: e agora Doutor? Rio de Janeiro, WVA, 1996. FONSECA, V. da – Educação Especial. Porto Alegre. org. br/educacao/educacao-e-sindrome-de-down/ acesso em 23 de outubro de 2017. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. A Integração de pessoas com Deficiência, São Paulo: SENAC, 1997. SCHWARTZMAN, J.

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