DIVERSIDADE DE GÊNEROS TEXTUAIS NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros textuais; aprendizagem; alfabetização; letramento. INTRODUÇÃO Hoje o desafio maior é “Como alfabetizar letrando”. Os processos de alfabetização e letramento são complexos, mas fundamentais para a inclusão social. O ensino de Letramento rompe barreiras tradicionais que considera a alfabetização como pré-requisito para o domínio da leitura e escrita. Não se deve haver uma dicotomia entre a alfabetização e o letramento. Portanto a pergunta que me leva avançar nesta pesquisa é porque tantas crianças deixam de aprender a ler e escrever? Por que é tão difícil integrar-se de modo competente nas práticas sociais de leitura e escrita? Como desenvolver e aprimorar estratégias para alfabetizar e letrar um indivíduo infiltrando ele nas práticas sociais? Espera-se que as reflexões desenvolvidas neste artigo possam trazer contribuições significativas para os professores e futuros professores, bem como dar sustentação para trabalhos futuros.

Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, com base na revisão da literatura cientifica para levantamento e análise do que já se produziu sobre o tema. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. A IMPORTÂNCIA DE SE ALFABETIZAR LETRANDO POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS O ser humano, ao longo de seu desenvolvimento, passa por diferentes fases que marcam profundamente sua vida em sociedade. Dentre estas fases, a aquisição do código escrito talvez seja um dos períodos mais significativos. Ensinar a língua é auxiliá-lo a perceber, a construir uma visão critica e eficiente de todas as formas de expressão, ampliando sua percepção no entendimento de qualquer linguagem. Analisando a sociedade percebe-se que cada vez mais é necessário comunicar-se de maneira clara através da escrita, utilizando-se de mensagens, palavras, textos, símbolos, anúncios e outras representações gráficas, que através da interação entre os indivíduos adquirem significados.

Porém, durante um longo período de tempo, a escola como instituição que possibilita o acesso mais sistematizado da criança com a escrita, tem a considerado um objeto de exclusivo uso escolar, desconsiderando-a de ser um objeto social e ocultando suas reais funções no âmbito extraescolar. Percebe-se assim, a necessidade de se resgatar na escola a valorização da escrita como meio de comunicação e ação social, como também, tornar possível a interação das crianças com materiais, onde seja utilizada a escrita para possibilitar o acesso a esse código e evidenciar sua importância para a comunicação social, tornando as crianças conscientes e ativas diante das informações que recebem e, também das que já possuem em seu contexto de convivência.

A escola que não incorporar o contexto histórico e social em que está inserida, que não convidar os alunos a refletir sobre as questões do mundo contemporâneo que fazem parte do seu cotidiano, nem convidar a traçar relações entre o presente e o passado, compreendendo os processos que ocasionam as mudanças sociais, corre o risco de vir a ser mais um elemento de exclusão social. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.

Falar em alfabetização e letramento dentro da educação e fora dela é um assunto que não se esgotara facilmente, pois a sociedade vem impondo novos padrões de exigência, mesmo diante de novos paradigmas, métodos, teorias psicológicas. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. SOARES, 2001). Saber decodificar os signos linguísticos é fundamental, no entanto, o aluno deve ir além disso. Deve ser capaz de saber aplicar a língua escrita nas mias diversas situações, para que possa atuar significativamente na sociedade. Sendo assim, estará ciente de que não basta ser alfabetizado, mais sim letrado. Letrar é mais que alfabetizar. A autora salienta ainda que: Ambos são processos independentes, mas interdependentes e indissociáveis: a alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só se desenvolve no contexto da e por meio das relações fonemagrafema, isto é, em dependência da alfabetização (SOARES, 2004, p.

Sendo assim, acredita-se que os processos de alfabetização e letramento devem caminhar juntos, visando assim, uma aprendizagem mais satisfatória. Além disso, segundo Serafim (2010, p. muitas vezes, a pratica da escrita se dá de forma equivocada, privilegiando o aspecto estrutural da língua, aquela no qual o mais importante é o domínio do traçado das letras e a caligrafia, o trabalho de síntese e análise das palavras e a decodificação dos enunciados, produzindo, dessa forma, uma escrita artificial, a qual dá prioridade somente a resolução de atividades artificiais, mecânicas, descontextualizadas e repetitivas. Esse panorama reduz o processo de escrita a um mero exercício com fins avaliativos. A tarefa de graduar esses textos é atribuição do professor. É recomendável introduzir textos cada vez mais complexos a partir de cada etapa vencida.

REVISTA APRENDE BRASIL, 2006, p. Ao possibilitar aos alunos que estes adquiram hábitos de leitura e escrita e se tornem aptos a atuar no mundo letrado, a aprendizagem da língua escrita deixa de ser somente uma atividade meramente escolar e passa a ser um instrumento capaz de auxiliar o aluno em suas tarefas ao longo da vida e não somente no meio escolar. O processo educativo deve ter compromisso com a mudança social. O domínio de um gênero permite ao falante estabelecer quadros de sentidos e comportamentos nas diferentes situações de comunicação com as quais se depara. Conhecer determinado gênero significa, pois, ser capaz de prever certas “coerções” que o condicionam, como, por exemplo, sua estrutura de composição ou suas regras de conduta, ou seja, o que é ou não adequado àquela determinada prática de linguagem.

Assim, quanto mais competente (no sentido de dominar um gênero) for o indivíduo, mais proficiente ele será nos seus atos de linguagem e nas suas práticas sociais (BARROS & NASCIMENTO, 2007). Em um artigo intitulado Gêneros textuais e o ensino: uma leitura dos PCNS de Língua Portuguesa do ensino fundamental, Lovato (2011, p. afirma que: A leitura, a construção e a desconstrução dos textos dos mais variados gêneros textuais em sala de aula contribui para o efetivo pensar e repensar crítico das várias atividades sociais que estamos inseridos, possibilitando, assim, aos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem a ampliação de seus conhecimentos sobre as diferentes formas de realização da linguagem. Sendo assim, acredita-se que todo o processo de ensino aprendizagem, baseado em gêneros textuais, ocorrerá em um contexto significativo, uma vez que estes gêneros circulam socialmente.

Ao final deste trabalho, espera-se que algo tenha sido acrescentado à reflexão sobre o uso de gêneros textuais para a alfabetização e o letramento. Se, de alguma forma, este trabalho contribuiu para despertar reflexões e mudanças em relação ao ensino destas práticas, nosso objetivo foi atingido. Espera-se que com este trabalho possamos ter contribuído para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, acreditando que qualquer ponto de apoio que se possa contar é valido, quando se procura soluções para os problemas, por menores que eles sejam. Certamente as dificuldades e problemas relacionados a alfabetização e ao letramento sempre existirão, mas, é possível e importante compreendê-los para poder reduzir o seu impacto na aprendizagem dos alunos. Letramento : ação pedagógica voltada para a prática social das habilidades de leitura e de escrita.

Disponível em http://alb. com. br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais16/sem10pdf/sm10ss14_09. pdf. In: Alfabetização e letramento, 2005. Disponível em http://tvbrasil. org. br/fotos/salto/series/150630AlfabetizacaoeLetramento. pdf. In: Revista Brasileira de Educação, nº. jan. fev. mar. abr. org. br/ixsenefil/anais/17. htm. Acessível em 14/02/2019.

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