Participação da juventude no processo eleitoral

É nesse sentido, que surgem diversos programas e projetos que buscam incentivar, mediar e monitorar a participação da juventude nos processos eleitorais. A intenção é problematizar o envolvimento de jovens de diversas classes sociais, credos e grupos étnicos, incentivando o processo de politização dos mesmos, além disso, pretende-se ampliar e ressignificar as possibilidades de interação e integração social da juventude. A percepção do contexto atual brasileiro, indica que existe uma certa urgência em discutir a participação dos jovens nos processos políticos e eleitorais. É perceptível o peso social e o grande número que possui esse grupo. Portanto, não há como ignorar a juventude em nenhum nível de governo. No entanto, os próprios jovens compreendem que para mudar esse quadro eles são personagens essenciais.

Existe uma carga simbólica e representativa para o jovem em participar de atividades que exijam dele poder decisório e argumentativo. O contexto ideológico e a noção de pertencimento e identificação formam um quadro que é típico da caracterização do desconforto da juventude em seu tempo. Segundo Nirenberg (2006) participar, é “estar envolvido, tomar parte ou influenciar nos processos, nas decisões e nas atividades num contexto ou campo de ação em particular”. Isso demonstra que o conceito de participação política para o jovem afirma que ele sente o incômodo do não pertencimento a uma esfera que desagrada, além de ser corrupta e prejudicar as expectativas de futuro.