INCLUSÃO SOCIAL E DEFICIÊNCIA: A EDUCAÇÃO SEXUAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

A sexualidade de todo ser humano tem como bases as relações afetivas e eróticas que vão ser desenvolvidas entre os sujeitos, sendo assim a mesma é importante independentemente da presença ou ausência de deficiências. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo a realização de uma reflexão sobre a inclusão social das pessoas com deficiência intelectual quando a temática é Educação Sexual. Ficou nítido através dessa revisão bibliográfica que quando a temática é sobre sexualidade da pessoa com deficiência intelectual, existe uma grande maioria de pessoas conservadoras que acredita que eles são desprovidos da mesma, além de serem infantilizados. Palavras – Chaves: Inclusão Social. Educação Sexual. INTRODUÇÃO É bastante debatido e reflexivo o debate dos seres que são “normais” compreender que os sujeitos com deficiências intelectuais necessitam do seu direito de realizar exercícios da sexualidade.

Desde os tempos mais remotos existem grandes tabus a respeito da sexualidade das pessoas, sendo assim enraizado nos jovens uma cultura de repressão e uma trajetória estigmatizada, tendo como perspectiva patológica. Esse tabu já é grande para as pessoas que são ditas como normais, imagina quando estamos falando sobre a sexualidade dos jovens que apresentam alguma deficiência, que tem essa temática pouco estudada e apresentando grandes preconceitos (ALMEIDA, 2009). De acordo com Amor Pan (2003), a deficiência intelectual precisa ser encarada de maneira realista e humanizadamente, apresentando-se como pano de fundo a igualdade dos direitos e a visibilidade das possíveis potencialidades, além dos possíveis desejos e vontades de cada sujeito. Entretanto, a realidade do cotidiano não é vista dessa forma, pelo fato, de que quando existe uma ligação entre a sexualidade e à deficiência intelectual ou outra deficiência, a sociedade realiza simplesmente a negação dessa dimensão para esse sujeito.

Isso mostra uma grande dificuldade dos pais e dos professores em conseguirem tratar dessa categoria de assunto com os seus filhos que apresentam alguma deficiência intelectual (ORLANDI; GARCIA, 2017). Dessa forma, esse artigo tem como foco principal a realização de uma reflexão sobre a temática da inclusão social das pessoas com deficiência intelectual e sua educação sexual. Através de um levantamento bibliográfico de livros, artigos científicos, revistas, sites, teses de mestrado e doutorado sobre a temática. DESENVOLVIMENTO A deficiência intelectual tem sua atribuição às pessoas que estão fora dos padrões da normalidade que são inseridos na sociedade. A mesma é discutida historicamente a muitos anos, sempre nos momentos que exaltamos a perfeição do indivíduo, esse conceito de deficiência tem referências ao funcionamento do intelecto do sujeito que está inferior à média, quase sempre é acompanhado de pelo menos duas limitações em suas habilidades audição, visão, comunicação, segurança, trabalho e autocuidado, além de outras possíveis características (MORALES; BATISTA, 2010).

Com isso, houve a necessidade de uma adaptação das escolas regulares, existindo uma necessidade de uma maior organização física, profissional e que seja adaptativa para a necessidade de cada aluno. Isso faz com que houvesse uma inversão na lógica que até então era o estudante que precisava se adaptar ao ensino da escola. Dessa maneira, houve o início de um passo importante para as escolas e a sociedade podendo minimizar todas as desigualdades e injustiças que foram realizadas durantes anos de exclusão, preconceito e desigualdade, fazendo com que exista uma inclusão de todos avançando nos termos civilizatórios (GESSER; NUERNBERG; TONELI, 2012). Dessa maneira, houve um movimento para que fosse pensando como ocorria essa interação e socialização para que possa compor a inclusão de todos, uma parte importante dessa discussão é sobre os aspectos da sexualidade, que é de suma importância.

A mesma abrange a parte comportamental social e interpessoais, dessa maneira para que seja comprido a LDB, deve se considerar a sexualidade do deficiente (ORLANDI; GARCIA, 2017). Dessa forma, a ciências sociais e os estudos dos gêneros são responsáveis pela pesquisa do corpo e da sexualidade (HEILBORN, 2002). De acordo com Louro (2013), às relações do gênero estão ligadas a sexualidade, fazendo com que exista norma, naturalizações e hierarquizações no processo que é delineado sobre os comportamentos e modos de vida, além dos sentimentos em relação à expressão da sexualidade e do afeto. Dessa maneira, precisa existir uma conscientização e debate sobre essa temática e conjunto com à família, escola e sociedade fazendo com que possa evitar preconceitos e dúvidas, desenvolvendo assim um ambiente saudável para o desenvolvimento de todos.

Entretanto, muitas famílias apresentam um receio sobre a educação sexual, que venham a estimular o desenvolvimento da sexualidade da criança ou do adolescente, não importando se o mesmo seja deficiente ou não. Mesmo que esse temor seja algo descabido pelo fato de que não tem como tornar precoce, algo que já faz parte da pessoa ao nascer, outro fator importante para destaque é que mesmo que a pessoa tenha ou não alguma deficiência ela possui a necessidades sexuais como qualquer outro sujeito, mas em muitas das situações elas não sabem como manifestar as suas vontades de forma que seja adequada justamente pelo fato de que não foi lhe ensinado uma Educação Sexual (MORALES; BATISTA, 2010). Um dos direitos dessas pessoas, é a sexualidade, que em muitos casos vem sendo pensada no campo da anormalidade, pelo fato de ser algo complexo, e que está ligada diretamente ao sócio-histórico-cultural, vindo a transcender os conceitos do sexo, e das relações sexuais.

Isso mostra a necessidade de um olhar diferenciado do professor e do familiar sobre a subjetividade da Educação Sexual, pelo fato dela estar presente quando o sujeito nasce e vai atravessando ao longo de toda a sua trajetória independente dela apresentar deficiência ou não. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. A. D. BASTOS, O. M. DESLANDES, S. F. Sexualidade e o adolescente com deficiência mental: Uma Revisão bibliográfica. BRASIL. Lei 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação, Brasília, 1996. Disponível em: <http://www. planalto. M. et al. Perspectivas dos Jovens Rurais: Campo Versus Cidade. Grupo de Pesquisa: Agricultura Familiar e Ruralidade, Porto Alegre , p. GESSER, M. Cadernos Cepia nº 5, Rio de Janeiro, p. JANNUZZI, G. D. M. A Educação do Deficiente no Brasil dos Primórdios ao início do século XXI.

RIBEIRO, P. R. M. Desfazendo mitos para minimizar o preconceito sobre a sexualidade de pessoas com deficiências. Revista Brasileira, Marília , v. OLIVEIRA, R. R. R. D. Sexualidade e Deficiência Intelectual: A Importância do Ensino.

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