Venceslau Brás, Epitácio Pessoa e Artur Bernardes

Movimento operário e a Greve de 1917 • A primeira manifestação de organização do operariado deu-se em 1908, com a fundação da Confederação Operária Brasileira (COB); • Influenciado pelas ideias anarquistas, anarcossindicalistas e socialistas; • Questionavam que as fábricas eram locais insalubres, com pouca iluminação e ventilação, as longas jornadas de trabalho, recebendo um tratamento aviltante, degradante e salários que mal garantiam sua sobrevivência, além de não existir uma legislação trabalhista; • Em junho de 1917, deu-se início à Grande Greve: • Fábricas e oficinas ficaram paralisadas, pondo na rua milhares de operários que; praticaram saques e enfrentaram a polícia; • O governo foi obrigado a negociar com os trabalhadores e a conceder um aumento salarial; • Houve grande repressão. Contestado • Divisa disputada pelos estados do Paraná e Santa Catarina; • Região rica em erva-mate e madeira; • Travou-se uma guerra civil entre 1912 e 1916; • O monge José Maria, suposta reencarnação do monge João Maria, passou a ser o líder de uma massa de expropriados da terra; • A guerra caracterizou-se pela guerrilha, envolvendo o Exército, a polícia, as milícias particulares dos fazendeiros e a aviação de guerra; • O monge José Maria foi morto pelas autoridades.

Política externa • Após o afundamento do terceiro navio mercante brasileiro, em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha; • As recompensas da participação do Brasil na guerra foram: • Grã-Bretanha, Itália e Bélgica elevaram suas legações no Rio de Janeiro à categoria de embaixadas, e o Brasil fez o mesmo em relação aqueles países; • Pagamento, com juros, do café vendido à Alemanha, em 1914; • Apropriação dos 70 navios alemães apresados em portos durante a guerra. Rodrigues Alves e Delfim Moreira: novas eleições • Rodrigues Alves foi eleito sucessor de Wenceslau Brás, mas faleceu e não pôde tomar posse; • O vice-presidente Delfim Moreira assumiu o cargo até julho de 1919. Epitácio Pessoa – Crise da modernidade • Após a morte de Rodrigues Alves e uma nova eleição, Epitácio Pessoa assume a presidência do país; • Epitácio Pessoa, sob influência do antimilitarismo, pôs civis no Ministério de Guerra (Pandiá Calógeras) e no Ministério da Marinha (Raul Soares); • A insatisfação contra o sistema político e a desmoralização da República provocaram o surgimento do “tenentismo".

Fundação do Partido Comunista, em fevereiro de 1922, que, apesar de sua pouca expressão política, foi posto na ilegalidade por Epitácio Pessoa. Artur Bernardes – Tenentismo • São Paulo, em 1921, já chancelara a candidatura do presidente de Minas Gerais, Artur Bernardes; • Ameaça de revolução, em virtude da hostilidade e da agitação dos militares; • Primeiros efeitos de uma crise econômica decorrente do fim da Primeira Guerra Mundial; • Novas manifestações tenentistas aconteceram. Novos levantes tenentistas A Revolução de 1923 – Rio Grande do Sul • Partido Republicano Rio-Grandense, liderado por Júlio de Castilhos e depois Borges de Medeiro; • Constituição gaúcha - positivista, permitia ditadura, permitia a reeleição do presidente do Estado, cujo mandato era de cinco anos; • Partido Libertador, liderado por Assis Brasil, (“maragatos” - federalistas) eram tolhidos pela compressão política exercida por Borges de Medeiros; • Conflito armado entre Borges e os libertadores; • Acordo de Pedras Altas: proibição da reeleição do presidente estadual, a partir do quinquênio de 1928- 1933; garantia de que o Partido Libertador elegeria um certo número de deputados estaduais e federais.

A Revolução de 1924 - São Paulo • Movimento de cunho essencialmente tenentista, embora seu chefe fosse o general Isidoro Dias Lopes; • Carlos de Campos era o presidente do estado e resistiu aos revolucionários; • Aumentando a pressão governista, os revolucionários decidiram retirar-se da cidade, após 22 dias de ocupação, em direção ao interior do estado de São Paulo e, depois, para o oeste do Paraná. A retirada fez-se em boa ordem.