UMA VISÃO EM RELAÇÃO A ARTE DO GRAFITE

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- A pesquisa desenvolvida tem como intuito discutir a relação da expressão artística do grafite como forma de manifestação social. O espaço urbano possui muitas questões ainda não resolvidas e uma distinção em relação às classes sociais, desta forma os grafiteiros acabam por passar sua mensagem de busca por uma sociedade mais justa e igualitária desenvolvendo desenhos em locais públicos que possuem uma grande circulação de pessoas. Por muito tempo, o grafite foi discriminado pelos órgãos governamentais como uma forma de vandalismo, com o passar dos anos os artistas do grafite foram ganhando o seu espaço. Desta forma o presente trabalho tem como objetivo discutir a inserção da arte do grafite em meio aos espaços urbanos.

Pode-se ressaltar como exemplo, o acontecimento na cidade de São Paulo onde Jânio Quadros, por meio de uma intervenção de ‘limpeza pública’ fez com que fossem apagados os desenhos e frases que se encontravam em qualquer espaço púbico da cidade. Outro ponto a ser destacado é que não somente a elite dominante faz do grafite uma arte efêmera de curta duração. Pois muitos indivíduos não veem o grafite como uma expressão artística e uma crítica à sociedade. Há algum tempo atrás, o grafiteiro ou grupo acabava por apropriar-se de um determinado grafite completando-o, questionando-o ou até mesmo utilizando-o como moldura para desenvolver o seu trabalho. Atualmente se construiu um respeito ético em relação a esse ponto, onde não se interfere mais na arte do outro grafiteiro.

Por meio dos artefatos encontrados, pode-se escrever a história dos povos que aqui habitaram, descobrindo o seu estilo de vida, religião e atividades econômicas. As primeiras pinturas encontradas, que datam do período da pré-história do Brasil, eram realizadas em cavernas nas cores, marrom e vermelha predominantemente. Nas pinturas ditas rupestres, eram retratados animais, imagens que lembram o sol, várias atividades humanas e rituais religiosos. Cada desenho encontrado possui uma infinidade de características e significados das estruturas sociais de seus períodos. Algumas características da arte do período da pré-história são retratadas por Parellada e Liccardo (s. Dessa forma, a cidade é uma ocorrência socioespacial e cultural que está em constante metamorfose, portanto a cidade vem crescendo e ficando cada vez mais urbana modificando sua paisagem e espaço e consequentemente vai desenvolvendo-se.

De acordo com Oliveira (2002, p. A cidade é uma obra humana. Ela é um mundo de objetos, produzidos segundo procedimentos, determinados por materialidades e regidos por intencionalidades precisas. A cidade é uma intencionalidade. CARLOS, 2007, p. Para Carlos (2007), a urbanidade é um local onde as pessoas se encontram ao mesmo tempo, com essa urbanidade a cidade vai se desenvolvendo e crescendo sua população; por esse motivo Souza considera que a perda da urbanidade decorreu devido às cidades serem fragmentados por zonas seprando os sujeitos por classes sociais e assim dos diferentes grupos urbanos; portanto, a desigualdade é relacionada pela diversidade de grupos de pessoas que vivem em uma mesma cidade. Na sociedade em que vivemos hoje os problemas vem sendo mais avassaladores, de acordo com o crescimento populacional como cita a autora Carlos (2007, p. “A realidade urbana nos coloca diante de problemas cada vez mais complexos, que envolvem o desvendamento dos conteúdos do processo de urbanização nos dias de hoje".

As cidades crescem conforme as empresas produzem e reproduzem nos locais em que elas se encontram assim o ser humano se adapta na sociedade e dividindo assim a sua rotina no espaço e tempo, como estudar, trabalhar e entre outros em uma cidade contemporânea. Pode-se compreender que a área urbana possui aspectos que influenciam na sua dinâmica como os fatores econômicos, políticos, culturais, sociais e territoriais; portanto, é importante saber o processo de urbanização das cidades brasileiras. O espaço urbano é um reflexo tanto das ações que se realizam no presente como daquelas que se realizaram no passado e que deixaram suas marcas impressas nas formas espaciais do presente. Segundo Carlos (2007, p. a possibilidade do entendimento do espaço geográfico enquanto produto histórico e social abre perspectivas para analisar as relações sociais a partir de sua materialização espacial, o que significa dizer que a atividade social teria o espaço como condição de sua realização.

Desse modo, Carlos afirma que o espaço geográfico é decorrência de fatores históricos e socioculturais de uma população que por meio do espaço ele se materializa. As frases, que naquele momento eram grifadas, apresentavam um caráter protestante, humorístico e enigmático. Tal expressão artística era considerada como algo ilegal e subversiva, de caráter político, desta forma os grafites eram feitos somente no período noturno. SANTOS; BORGES, 2019). Posteriormente tal manifestação artísticase popularizou tanto no Brasil como no restante do mundo, sendo aceita gradativamente pelos órgãos governamentais. Em meados de 25 de maio de 2011, foi outorgada a Lei nº 12. SANTOS; BORGES, 2019). Outro personagem bem marcante é o sertanejo que foi retratado com cores quentes, representando a esperança em ingressar no estado de São Paulo em busca de uma melhor qualidade de vida, porém o mesmo acaba por não encontrar aquilo que sonhava, sendo retratada sua frustação por meio de sua expressão facial.

SANTOS; BORGES, 2019). Dessa maneira percebese que o artista do grafite expressa suas questões simbólicas por meio de suas imagens e ao grafitar em um determinado local, realiza a junção de suas experiências e vivênicas pessoais ao tempo e espaço que se insere. Por mais que os desenhos sejam algo individual eles acabam por comtemplar o coletivo. Os grafites são feitos em meio a desenhos, palavras, letras cifradas, entre outros. Sendo uma forma de representação sensível, fazendo com que os indivíduos possam refletir a respeito do espaço da cidadania que é ocupado por movimentos coletivos num jogo de dispersões e individualidades, revelando um impulso de buscar a significação do mundo. Assim, as imagens de grafites vêm sendo cada vez mais, veiculadas nas redes sociais, mostrando uma população com um olhar diferente e cuidadoso para esses “desenhos desorganizados”.

Tal manifestação artística pode ser compreendida como uma interferência no espaço urbano, espontaneidade, efemeridade e mais: carrega em si a transgressão e, por isso, só existe em sociedades razoavelmente abertas. Por fim, é possível pensar que por entre os muros há um registro de memória dos sujeitos, que marca as origens e os deslocamentos, é uma leitura do mundo social, cultural, linguístico, ideológico de muitos grafiteiros, é um modo de não só ver, mas enxergar as obras e seus autores. org/10. Disponível em: https://www. revistas. udesc. br/index. São Paulo: FFLCH, 2007, 85p. LEFÈBVRE, Henri. O pensamento marxista e a cidade. Lisboa: Ulisseia, 1972. OLIVEIRA, Lúcia Lippi. br/site/wp-content/uploads/2014/09/43_Arte-em-todo-lugar. pdf. Acesso em: 20 abr. SANTOS, Isabela Araújo; BORGES, Fabiana Claudia Viana.

Muros em (Dis)Curso: a arte do grafite em Ribeirão Preto-SP.

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