TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Psicologia
Indivíduos com TAG preocupam-se de forma desproporcional com o futuro, apresentam várias distorções cognitivas, como por exemplo a catastrofização. Os eventos, as situações diárias tomam grandes proporções, potencializam os aspectos negativos e minimizam ou ignoramos aspectos positivos, assim como dificuldades na tomada de decisões. A pesquisa em questão foi baseada em levantamentos bibliográficos, com base em estudos científicos de acordo com autores que defendem e estudam o assunto em questão. As informações foram levantadas através de instrumentos como livros, artigos e sites de pesquisa. Concluiu-se que os pressupostos teóricos e práticos da Terapia Cognitivo-comportamental no tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada são efetivos no tratamento, uma vez que a reestruturação cognitiva possibilita ao paciente novas formas de enfrentamento e estratégias para lidar com as intempéries do cotidiano.
INTRODUÇÃO. REVISÃO DA LITERATURA. MÉTODO. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS. DISCUSSÃO. A forma como a pessoa interpreta os eventos são desproporcionais à realidade, maximizando os efeitos, focando nos aspectos negativos e negligenciado os positivos. Por esse motivo, são pessoas que apresentam mais dificuldades nas tomadas de decisões para resolver problemas, e para mudanças etc. Foi elucidado através das pesquisas que busquem 2 evidenciar os tratamentos no sentido de refletir acerca das possibilidades psicoterapêuticas à luz da TCC e trazer uma vida mais funcional para o paciente. Este trabalho foi realizado com base na seguinte problemática: como a TCC pode auxiliar pessoas no tratamento da TAG? Este trabalho objetivou evidenciar efetividade da Terapia Cognitivo- Comportamental no tratamento de ansiedade generalizada, e a utilização de técnicas da TCC no enfrentamento destes sintomas, bem como demonstrar os pressupostos teóricos e práticos da TCC, no tratamento da TAG, demonstrar as técnicas cognitivas e comportamentais mais efetivas no tratamento do TAG e os instrumentos diagnósticos para a avaliação do TAG e por fim demonstrar a eficácia da TCC no tratamento do TAG.
A pesquisa em questão,foi baseada em levantamentos bibliográficos, com base em estudos científicos de acordo com autores que defendem e estudam o assunto em questão. Entretanto, a teoria comportamental foi desenvolvida por Aaron Beck, por meio de métodos e aplicações interventivas aos transtornos emocionais (Beck, 1970). Posteriormente, a TCC foi melhor fundamentada por outros autores como por exemplo, a Kelly (1995) que teorizou sobre as crenças nucleares, ou auto esquemas, a terapia racional emotiva de Ellis (1970), que foram fundamentais para dar mais possibilidades aos métodos terapêuticos da TCC. Assim, Beck (1970), propõe que o modelo cognitivo de baseia no papel central do pensamento na evocação e na manutenção da depressão, da ansiedade e da raiva. As cognições do indivíduo exercem significativa influência em relação a percepção, aos eventos 4 negativos, de maneira que as frustrações e as perdas, as intempéries da vida, tendem serem compreendidas de forma catastrófica.
O modelo cognitivo de Beck pressupõe que há níveis da avaliação cognitiva. Então, as técnicas são fundamentais para auxiliar os pacientes a se reconhecer, ajudando a compreender a interação dos seus pensamentos e sentimentos. É comum os pacientes buscarem a psicoterapia por causa do seu sofrimento em decorrência dos seus comportamentos inadequados, e não necessariamente por se achar irracional e a psicoterapia baseada na TCC é fundamental uma vez que demonstra que muitos pensamentos não estão de acordo com a realidade. Leahy (2011, p. considera que: O pressuposto fundamental que orienta a terapia cognitiva é que a interpretação que o indivíduo faz de um evento determina como ele se sente e se comporta. Muitas pessoas, de fato, se surpreendem ao saber que seus sentimentos são o resultado de como elas pensam sobre um evento e que, ao modificar sua interpretação, elas poderão ter sentimentos bem diferentes.
complementa e afirma que: O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses, A pessoa vive angustiada, tensa, preocupada, nervosa ou irritada. Nesses quadros, são freqüentes sintomas como insônia dificuldades em relaxar, angústia, constante irritabilidade aumentada e dificuldade de concentrar-se. Nesse ínterim nem sempre a ansiedade pode ser considerada patológica para o indivíduo, pois sabe-se que a ansiedade normal pode ter uma duração pequena, controlada e ser algo momentâneo devido a uma situação de espera de resultados, é aquela que não traz malefícios e nem coloca em risco a qualidade de vida e nem modifica as atividades realizadas no cotidiano, ou seja, vive-se de forma natural sem apresentação de comportamentos 7 esdrúxulos e mudanças constantes, sendo, portanto, o autocontrole (CASTILLO et al.
O TAG, é compreendido como um conjunto de reações de um determinado quadro de distúrbio onde os sentimentos de ansiedade, tensão, preocupação e angústia tomam proporções elevadas, prejudicando a capacidade psíquica do discernimento das situações mais simples que são realizadas relativamente no dia- a-dia de uma pessoa. Todos esses fatores,desencadeiam desgastes emocionais e comportamentais que levam o indivíduo a criar uma série em cadeia de sentimentos de fracassos, tristezas, solidão, lembranças ruins, traumas durante algumas etapas da vida, derrotas e humilhação desenfreada(CASTILLO et al. C. A ansiedade e a preocupação estão associados a três (ou mais) dos seguintes sintomas (com pelo menos alguns sintomas estando presente na maioria dos dias nos últimos seis meses): • inquietação ou sensação de estar no limite; • cansar-se facilmente; • dificuldade de concentração; • irritabilidade; • tensão muscular; • distúrbios do sono (dificuldade de iniciar ou manter o sono e sensação sono não satisfatório).
D. Os sintomas físicos, preocupação ou ansiedade causam sofrimento clinicamente significante ou incapacidade em atividades sociais, ocupacionais ou outras. E. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS É de consenso na literatura que as pessoas que sofrem com o TAG, comumente preocupam-se de forma desproporcional sobre o futuro, e têm várias distorções cognitivas, como por exemplo a catastrofização, desta forma os eventos, as situações diárias tomam grandes proporções, potencializam os aspectos negativos e minimizam ou ignoram os aspectos positivos, esses pacientes por vezes, têm muitas dificuldades nas tomadas de decisões (OLIVEIRA, 2018). A ansiedade na perspectiva da TCC, pode ser considerada como um “ [. modelo amplo e que as pessoas com TAG superestimam os perigos e subestimam a sua capacidade de lidar com essas ameaças”(KUYKE,2010, p.
Isso vai ser de acordo com as crenças que a pessoa dispõe, que é como a pessoa tece interpretação sobre ela mesma, sobre as situações do 10 cotidiano que considera absolutas e verdadeiras. Wells (2004 apud KUYKE, 2010) aborda acerca de um modelo cognitivo, na qual propõem que a TAG é um conjunto de metacognições mal adaptativas, como crenças negativas que geram as preocupações. Esse diálogo é importante para que se tenha um feedback do paciente a cada sessão para identificar quaisquer falhas no entendimento da técnica, assim como dificuldades de realizá-las para que se possibilite adequação, e até mesmo sanar qualquer mal-entendido que possam surgir. A TCC se baseia em estratégias e procedimentos de forma geral, afunilando para as mudanças específicas no paciente.
A TCC incentiva os pacientes a mudarem as suas distorções e a forma de reagir às situações, o terapeuta deve incentivar o paciente a auto-eficácia. Portanto, as técnicas devem ser aplicadas de acordo com a realidade do paciente e com o manejo clínico que o psicoterapeuta deve ser ter. No tangente as técnicas, observa-se que são várias técnicas para o tratamento de TAG, algumas das mais empregadas são, psicoeducação, técnicas de resolução de problema, identificação dos pensamentos automáticos e das emoções, identificação das crenças centrais e intermediárias, a reestruturação cognitiva, a resolução de problemas, a avaliação do processo, técnica ABC e mindfullness. p. “os pacientes recebem informações em relação às sequelas cognitivas, fisiológicas e comportamentais das reações emocionais e como esses três componentes interagem.
” Figueiredo et al. p. corrobora afirmando que: Seu papel educativo aparece desde o início até o final o tratamento, sendo que a tarefa do terapeuta é educar e familiarizar o paciente em relação aos seus problemas e a sua patologia, esclarecendo-o acerca das implicações e consequências do diagnóstico estabelecido. Quadro 1 - Registro de Pensamentos Disfuncionais Fonte: Knapp e Beck (2008, p. Um dos objetivos centrais da TCC, é a identificação das crenças que o indivíduo tem acerca de si, dos outros e do mundo, como corroboram Knapp e Beck (2008, p. “uma característica definidora da TCC é o conceito de que os sintomas e os comportamentos disfuncionais são cognitivamente mediados e, logo, a melhora pode ser produzida pela 14 modificação do pensamento e de crenças disfuncionais.
” É fundamental no processo psicoterapêutico, a identificação das crenças centrais e intermediárias a fim de propor novas modelos cognitivos e comportamentais, consequentemente empoderando o paciente a responder aos estímulos de maneira mais proporcional e adequada. As crenças centrais são as conceituações que o indivíduo atribui a si mesmo e dos outros, são generalistas, essas ideias são rígidas e enraizadas e foram construídas na infância. Mais especificamente no caso de TAG, reestruturar cognitivamente diz respeito a questionar as evidências, as contrárias e a favor, examinando se os pensamentos, de fato tem algum embasamento, bem como identificar as distorções correspondentes a TAG, na qual são muitos comuns nesse quadro a catastrofização, a leitura mental e generalização e trabalhar no sentido de alteração dessas distorções.
Os erros cognitivos são considerados formas equivocadas de julgamento da realidade. Para Leahy (2013) a catastrofização refere-se na ampliação de um evento de forma negativa e a antecipação do futuro, na qual o indivíduo acredita que vai acontecer muito danoso e insuportável, entretanto não tem evidências o suficiente. Segundo Knapp e Beck (2008, p. colaboram no sentido de explicitar que os ansiosos podem apresentar pensamentos catastróficos até mesmo à estímulos neutros, “[. Cada letra tem sua representatividade. A letra (A) está relacionada ao evento causador, ou seja,o gatilho que leva a uma reação. A letra (B) significa o processamento do evento, ou seja,ainterpretação de situação. A letra (C) fere-seaos comportamentos decorrentes da situação interpretada. MCMULLIN, 2005). ” 17 Uma ideia central de Mindfulness é que não devemos viver sob o comando do “piloto automático”.
A maioria das pessoas vivem num estado de desatenção, realizando múltiplas tarefas, mas sem prestar atenção (DEMARZO; CAMPAYO,2017 p. Viver sob o comando do “piloto automático” é agir de forma rígida,não flexível,”engessada”diante de situações do dia-a-dia. KABAT-ZINN,1990). Logo, por meio da reestruturação cognitiva, o paciente passar a termais estratégias para lidar com suas crenças, pensamentos, uma vez que a TAG tem como sintomas a procrastinação, excitação exacerbada que por muitas vezes prejudicam a capacidade de atenção e raciocínio e esquiva de problemas. Nos dias de hoje, a ansiedade patológica é distinguida como entidade diagnóstica independente, decorrendo de uma dissociação de problemas cardiorrespiratórios, gastrintestinais entre outros, em que recebia as respectivas denominações “coração irritável” e “síndrome do cólon irritável”.
Os estereótipos reunidos assemelham ainda hoje estarem engessados, apesar de a patologia ter adquirido respaldo clínico. A primeira vista não só o Transtorno de Ansiedade Generalizada, mas os demais transtornos mentais necessitam de uma maior consideração por parte da sociedade para que sejam tratados por clínicos gerais, cardiologistas ou gastroenterologistas, sendo óbvio que não se deve desconsiderar em alguns casos a associação entre psicoterapia e psicofármacos prescritos pelo Psiquiatra (NARDI e SCHINOHARA, 2004). Uma das proposições terapêuticas para o TAG encontra-se alicerçada no modelo cognitivo-comportamental que não nega a existência de uma predisposição biológica que é intensificada no momento em que o meio propicia um vivenciar de forma relevante e com sensações de falta de controle. Tal item traz em si o significado de que em alguns casos será imprescindível um tratamento farmacológico concomitante, no qual os medicamentos serão indicados conforme os tipos de sintomas apresentados (BARLOW, 1999).
A estruturação terapêutica da Terapia Cognitiva no TAG bem como em qualquer transtorno não é estandardizada. Nardi e Schinohara (2004) pontuam que além do psicólogo ser equipado com uma base teórica e técnica consistente são imprescindível que o mesmo elabore uma intervenção terapêutica criativa e flexível. Até mesmo porque uma das premissas desse tipo de terapia não é permanecer anos e anos com a pessoa fazendo terapia, mas equipá-la para que ela faça o automonitoramento de suas preocupações (respostas mal adaptadas). Newman e Borcovec ( 2003), acrescentam que o primeiro passo do método consiste em colocar o cliente a par da Terapia Cognitiva colocando-lhe explicações sobre o que é, como funciona, o fato de que o processo terapêutico será construído juntamente com ele, entre outras questões, que confere à explicação racional do tratamento.
Após as elucidações e pontuações do terapeuta e do cliente, e o cliente ter o domínio da estrutura teórica da TC este fará a identificação e registro dos pensamentos automáticos que estão associados aos temas de perigo físico, social e psicológico, pois a detecção dos pensamentos automáticos auxiliarão no processo de identificação e avaliação das distorções cognitivas mais De forma concisa, a justificativa de tal tratamento é que o cliente consiga fazer um auto monitoramento em si com relação a esses pensamentos e às conseqüências (sintomas) destes, no qual os clientes são estimulados a observar as mudanças sutis em seus níveis de ansiedade e estabeleça a ligação dos pensamentos preocupantes (automáticos) com catástrofes imaginárias, atividades (reações) fisiológicas, evitação comportamental e sugestões externas, como possíveis causadores de tais respostas, conforme Newman e Borcovec (2003).
Outra questão a ser destacada é que não se pode tratar o TAG como se quisesse tratar outro transtorno de ansiedade, pois apesar de que pertençam quanto à classificação à mesma categoria nosográfica, estabelecem psicopatologias diferentes, necessitando ser consideradas isoladamente comenta Gelder (1986) e, em conseqüência, dotados de características peculiares, devendo-se atentar ao contexto cultural no qual o indivíduo está inserido. Dessa maneira, é necessário idealizar o portador de TAG como um indivíduo que está atravessando por um período de sofrimento que precisa ser entendido como um ser humano que sofre e que precisa do auxílio profissional, mas deve acreditar que este sujeito sendo inserido em um determinado contexto social sendo influenciado bem como influenciador no mesmo, onde todas as condições e influências sejam elas ambientais ou sociais precisam ser apreciadas.
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