Teoria sobre a implantação de Parklets na cidade de São Paulo
Tipo de documento:Plano de negócio
Área de estudo:Administração
MOBILIÁRIO URBANO. Aspectos Históricos da Cidade de Ribeirão Preto. REFERÊNCIAS PROJETUAIS. Modelo dos Parklets Municipais de São Paulo. PROPOSTA DE UM PARKLET PARA RIBEIRÃO PRETO. APRESENTAÇÃO O interesse no mobiliário urbano surge a partir da exploração do potencial transformado que pode oferecer a um determinado espaço, é assunto de competência de diversas áreas do conhecimento, envolvendo a participação de arquitetos, designers, engenheiros, sociedade civil e o poder público, que regulamenta a presença desses objetos nos espaços públicos urbanos. Tais objetos sempre tiveram uma grande importância para as cidades, às vezes não se é percebida devido a relevância da discussão, que ultrapassa simplesmente as questões específicas de forma e design de objetos, os mobiliários urbanos estão diretamente ligados a condições políticas e econômicas locais edevem dialogar com a sociedade de seu tempo, a fim de atender as suas necessidades.
Esses elementos são projetados para interferirem diretamente na composição da paisagem urbana, interferindo na organização dos serviços (como na iluminação, comunicação, etc), prestação de serviços aos cidadãos (como informação, segurança, alimentação, etc) e dimensionando o uso dos espaços comuns. Seriam eles “elementos urbanos” de modo a contaminar o ambiente público com a mesma qualidade do espaço particular, podem definidos como: “(. objetos usados e integrados na paisagem urbana, que devem ser compreensíveis ao cidadão. Fig. Croqui da implantação de um Parklet Fonte: “Manual de implantação de parklets em São Paulo” – Gestão Urbana, disponível em: gestaourbana. prefeitura. sp. gov. Com o objetivo de promover a ampliação da oferta de espaços públicos de convivência na cidade, a Prefeitura de São Paulo regulamentou, em abril de 2014, a implantação de parklets em suas vias públicas, completando mais de um ano de vigência de regulamentação do seu uso em Decreto Municipal, que estabelece regras e condições para sua instalação de parklets no Município e dá outras condições para sua implantação.
A adesão aos paklets partiu de propostas feitas pelos munícipes, a sociedade civil organizada, através de ONGs e outras instituições que solicitaram os parklets para suas cidades. O desenvolvimento de espaços de convivência nas ruas reforça a função social do espaço da cidade como local de encontro, lazer e permanência, com foco nas necessidades das pessoas que utilizam os locais públicos da cidade, geralmente pedestres e ciclistas, a inclusão de um parklet é também uma forma de apoiar os deslocamentos através do transporte público coletivo. Esse apoio se dá em lugares onde já se observa presença de pessoas que realizam suas atividades cotidianas e os deslocamentos diários a pé, como por exemplo em áreas de uso comercial, é fundamental ofertar oportunidades de locais seguros para o descanso.
À medida que a cidade cresceu, as pessoas passaram a diminuir seus contatos interpessoais, restringindo-se a convivência em locais privados voltados para o consumo e o lazer. Fig. Como implantar um parklet Fonte: Arte da autora referenciada em consulta em manuais de implantação da cidade de São Paulo e Fortaleza disponível em: www. fortaleza. ce. gov. Parklet da Brahma instalado na Zona Sul de São Paulo: engradados foram usados como suporte de plantas Fonte: Soulurbanismo Fig. As multifunções do parklet: solário, espaço para fumantes e estacionamento de bicicletas Fonte: Soulurbanismo 09 N a segunda imagem pode-se observar um parklet adaptado ao local e usuários, os bancos são dispostos a fim de criar espaços de socialização, descanso em um lugar seguro em meio ás ruas da cidade.
Apesar dos parklets geralmente serem construídos em locais destinados a vagas de estacionamento, não tem nenhuma relação com problemas de trânsito, um parklet é um convite ao diálogo sobre o tipo de cidade em que as pessoas querem viver, como uma proposta para solucionar problemas urbanos referentes à falta de incentivo à circulação do pedestre nos centros urbanos. Não se trata de restringir a circulação dos veículos, ou de áreas destinadas à estacionamento em áreas críticas da cidade, mas ir além dessa problemática, contribuindo com a produção de espaços de convivência capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas e ampliar a participação delas na cidade. Além dos parklets, há outro projeto semelhante chamado “pocket parks” que significa “parque de bolso”, mais semelhante à umas pracinha, que diferentemente dos parklets, que são criados na via pública, os pocket parks aproveitam espaços vazios no nível da calçada.
É essencial pensarmos em uma ordem na disposição dos elementos na cidade, eles devem sempre avaliar a diversidade de uso e as necessidades dos usuários, pois influenciam diretamente no cotidiano das pessoas em questões como ergonomia e acessibilidade. Para resultar em um objeto que atenda os cidadãos com qualidade deve-se desenhar o território considerando sua natureza estrutural, adotando o aparecimento de novas atividades e o conforto desse território comum. O organograma, uma ferramenta utilizada para tenta organizar e relacionar a maneira em que o cidadão circula pelo espaço urbano, a partir das opções mais viáveis como se movimentar a pé e em duas rodas (bicicletas), se a cidade não oferece estrutura para viabilizar o deslocamento a pé ou por bicicletas, a opção motorizada oferece motocicletas, veículos ou a opção do transporte público coletivo (ônibus) 12 13 Fig.
A definição de mobiliário urbano inclui esculturas Fonte: Google Imagens Fig. Organograma das funções urbanas cujo local de realização seja a rua Fonte: Arquivo pessoal A partir do cruzamento das possibilidades apresentadas no organograma, fica mais fácil observar a complexidade da mobilidade no cotidiano das pessoas, e como a cidade deve oferecer estrutura para tais funções a partir dos mobiliários. Banca de Revista / Jornal Fonte: Google Imagens 15 A preservação e manutenção desses equipamentos também são discutidas como forma de manter sua durabilidade por décadas. São projetados e concebidos para resistir ao hostil ambiente urbano, as peças não são construídas porque não estão de forma definitiva naquele local, ainda que muitos se tornem perenes no local, resiste à noção de transitoriedade incorporadas a esses elementos, a conscientizando da população de que é de uso e responsabilidade onde todos tem que preservar e fazer um bom uso, esta longevidade se mescla à identidade do local e forma uma carga emotiva simbólica, refletida na memória pessoal daqueles que passaram pelo ambiente.
Mas, por que esse formato? A partir do projeto e da geometria, soube-se que a melhor forma acústica era o ovo. Além disso, ela queria que seu projeto levasse simplicidade e conforto sem custar mais caro. Isso justifica não só o formato, mas também o material escolhido para a construção dos orelhões. Nas imagens menores, temos dois exemplos de mobiliários que mostram a transitoriedade desses elementos, antigamente a caixa postal e o hidrante de coluna, eram facilmente encontrados nos passeios da cidade e hoje tiveram suas funções extintas. Outro exemplo mais recente de mobiliário urbano extinto é o telefone público instalados em calçadas, ano de 1971 os foram instaladas em São Paulo 13 cabines circulares feitas com vidro e acrílico. Essa experiência não deu muito certo, porque as cabines eram usadas inadequadamente.
Mas, ainda assim, era preciso encontrar uma alternativa eficaz, resistente e econômica para atender à população. Fig 19 Projeto do 1º orelhão público projeto da arquiteta Chu Ming Silveira Fig. Ainda hoje nas ruas do quadrilátero central da cidade delimitadas pelas Avenidas Jerônimo Gonçalves, Francisco Junqueira, Independência e Nove de Julho, possuem características coloniais no traçado de suas ruas na relação de orientação e largura. A noção de calçada vem com a organização do fluxo entre as vias de veículos e pedestres, essa separação esta ligada ao uso cotidiano (a necessidade da calçada ser separada, como proteção) que a uma definição com considerações teóricas. Nas imagens apresentadas pode-se perceber a instlação de alguns objetos de ornamentação das praças que eram os principais locais públicos de lazer e reunião dos moradores urbanos.
Esculturas em concreto e bronze, demonstram uma cena que era simbólica para o séc. XIX. Fonte: Arquivo Histórico de Ribeirão Preto 19 “Sistematizam-se os serviços de infra-estrutura urbana e os serviços de entrega de correspondência e limpeza pública originaram a distribuição, por toda a cidade, de caixas coletoras de correspondência e caixas coletoras de lixo. o sistema de transporte coletivo, exigiu a instalação de abrigos em certos pontos de parada. Os hábitos da população levaram à criação de pontos de venda de revistas, jornais e outros produtos, antes feita por ambulantes. Os espaços públicos foram equipados com mobiliários específicos para recreação e lazer, como bancos, mesas, quadras esportivas, além de estatuárias. ” (IBAM, 1996, p12) A cidade de Ribeirão Preto teve uma grande expansão territorial a partir desse período, o que demandou grandes investimentos de infraestrutura urbana, a dimensão geográfica da cidade triplicou em pouco tempo.
Terminal recentemente construído ao lado da Estação Rodoviária em Ribeirão Preto Fonte: Google imagens Nas imagens 25 e 26 podemos ver dois exemplos de paradas de ônibus em Ribeirão Preto, à esquerda temos os pontos que ficam na praça em frente a Igreja Catedral da cidade, localizados no centro de Ribeirão Preto, são muito consolidados e utilizados como podemos perceber na imagem, porém a trepidação frequente causada na igreja pela pressão da grande circulação de ônibus na via, vem gerado danos à catedral, patrimônio histórico da cidade, que possui muitos vitrais que estão ameaçamos a sofrerem possíveis danos se nada for feito. Diante disso podemos afirmar o quão importante é a escolha do local a se implantar o mobiliário urbano, sendo que todo o entorno deve ser estudado antes de sua inserção na paisagem urbana.
Na imagem 24 podemos ver o novo terminal urbano da cidade, localizado na Avenida Jerônimo Gonçalves, entre a estação Rodoviária e a Câmara Municipal, bem próximo ao centro. Além dos mobiliários urbanos públicos, a indústria nacional de mobiliário urbano é ainda muito tímida e há uma crescente demanda de financiamento pela iniciativa privada, são cada vez mais frequentes os casos de mobiliários particulares instalados em vias públicas, ou mesmo dentro de parques e condomínios, onde as empresas dão manutenção nesses elementos e exploram a divulgação de suas marcas nos mobiliários que financiaram a execução. Devido a esse fato, o parklet se encontra como uma pertinente discussão, além de buscar essas formas associativas entre o poder público e a necessidade de melhores espaços para as pessoas dentro do espaço urbano.
gov. br 24 As imagens correspondem àcomemoração ao aniversário de Curitiba, a sociedade civil se organizou e criou criou vagas vivas em três pontos da capital, utilizando materiais simples e mobiliários feitos a partir do reaproveitamento de materiais. A entrada é livre para todas as atividades. Os espaços recebem uma série de atrações culturais, como exposição, yoga, oficina de jardinagem, bate-papos e almoço. As vagas vivas são uma ocupação temporária de algumas vagas de estacionamento transformadas em espaço de convivência e lazer, uma espécie de praça itinerante. Quanto mais pessoas circularem no local, maior e melhor será sua contribuição para o dia-a-dia do bairro. B. Centralidades comerciais Em geral bastante movimentadas, ruas comerciais são bons lugares para a implantação de Parklets.
Além de beneficiar os pedestres, muitos estudos apontam que os Parklets aquecem o comércio local. O Parklet deve ser projetado e sinalizado de forma que fique claro aos pedestres que é um local público e não uma extensão de um estabelecimento. Nesse sentido, implantar o Parklet em frente a um muro cego, por exemplo, é contra-indicado. F. Sombra Parklets em locais sombreados costumam ser bem sucedidos. As sombras de árvores criam um microclima convidativo para descansar, comer, conversar, por exemplo. ” Fonte: “Manual de implantação de parklets em São Paulo” – Gestão Urbana/SP disponível em: http://gestaourbana. Percebeu-se também o uso das cores vermelho e amarelo nos acessórios e detalhes, contrastando com o estilo rústico da madeira. MODELOS DE PARKLETS DA CIDADE DE SÃO PAULO O projeto desenvolvido para os parklets públicos da cidade de São Paulo, consiste em um modelo típico de parklet a ser implantado nos locais indicados pelas Coordenadorias de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (CPDU) de cada Subprefeitura, adota o uso materiais leves e reduzindo ao mínimo a presença de elementos verticais, a proposta buscou uma inserção discreta na paisagem.
Em estrutura independente possui apoios ajustáveis para alinhar-se às diferentes conformações de calçadas, como uma plataforma construída a partir de uma base de estrutura metálica e placas cimentícias, com encaixes contínuos e plenamente acessível. A estrutura preserva as condições de drenagem, não obstruindo o fluxo do escoamento de água da chuva. proteger A fim de garantir a segurança do pedestre, o parklet é protegido em todos os lados. prefeitura. sp. gov. br/ Fig. Síntese dos critérios que devem ser observados para a escolha do local de implantação do parklet. wikimedia. org Fig. Planejamento de um Parklet Municipal: perspectiva ilustrativa Fonte: Publicação do Estado de São Paulo, disponível em http://gestaourbana. prefeitura. sp. e 39 Parklet implantado em frente à comercio na Rua Oscar Freire em São Paulo Fonte: Arquivo pessoal 31 Nesse exemplo, localizada em frente a um estabelecimento comercial de horário de funcionamento prolongado após as 18:00hr P:M, nota-se a inclusão de uma cobertura em madeira aparelhada, formando um pergolado.
A estrutura foi cercada por vasos e neles foram plantadas trepadeiras e outras plantas. Os parklets mesmo que vinculados à um estabelecimento comercial, estão localizado em via pública e devem ser de uso acessível à população que por ela circula, não cabendo ao proprietário do estabelecimento regular o seu uso. Devido a existência dessa relação estabelecimento e mobiliário urbano é que o parklet se torna tão importante para a população urbana, ele traz uma forma de oferecer alguma contrapartida de lazer à sociedade urbana, sem impor necessariamente o consumo direto á um estabelecimento. Nesse agrupamento de bancos e messas, quem circula a rua pode usufruir do local, que é mantido pelo estabelecimento comercial em frente. Essa relação entre pessoas aumenta a segurança, incentiva o comércio local e produz bairros mais humanizados e seguros.
PROPOSTA DE UM PARKLET PARA RIBEIRÃO PRETO 34 “A ideia de mobiliar ou decorar a cidade é errônea e leva a confusão e que, antigamente diziam que os mobiliários urbanos nascia do urbanismo classicista e portanto a ornamentação estava muito ligada a urbanização , sendo os moveis a resposta a necessidades urbanas muito elementares e que hoje em dia , as necessidades são outras e o urbanismo é uma ciência interdisciplinar e tudo tem uma complexidade maior, e com isso não podemos nunca pensar que os mobiliários são meros elementos ilustrativos”. SERRA. p. Ao projetar objetos que utilizam e se integram na paisagem urbana são os conceitos pensar que devem ter uma identidade legível aos cidadãos que utiliza o espaço a partir do uso, compreensão e integração.
Dentro desse conceitos fotos de parklets que visivelmente estão em equilíbrio com o contexto em que foram implantados, percebe-se que sempredotadas de algum elemento fora do comum, seja pela forma arredondada, pelo ângulo de 45º, no contato da calçada que se expande com a plataforma. A cor quente da madeira e o verde da vegetação, são constrastantes no ambiente urbano, que Fig. Modelo aplicados em vagas de São Francisco. utiliza-se massivamente dos elementos derivados do Fonte: Inhabitat disponível em: http://blogdaengenharia. com/des- concreto e do aço. Corte Rua José Bonifácio, evidencia o pequeno porte das ruas e calçadas Fig. Fachadas Patrimônios históricos da Rua José Bonifácio, polo comercial no centro de Ribeirão Preto Fonte: Google Maps, Street View Os elementos urbanos devem conseguir a integração entre valor artístico e valor de uso de todos os objetos que participam da vida cotidiana na nossa cidade, pode-se observar nas imagens como os veículos estacionados em frente as belas fachadas de sobrados, atrapalham a contemplação das mesmas.
Devido aos acontecimentos econômicos, sociais e políticos que atingiram o auge no final do séc XIX, este período de prosperidade econômica a Rua José Bonifácio ofereceu palco ideal para a instalação de atividades comerciais de grande importância, pela proximidade com a ferrovia Mogiana, instalaram-se ali também hoteis e pensões. Para a escolha exata do local de implantação para um parklet na rua José Bonifácio foram analisados algumas características de seu entorno e perfil de usuário, foi realizado o organograma dos usos na análise. Organograma dos usos Fig. Esses fatos acabaram por expulsar os antigos moradores da região. A vinda recentes de atividades noturnas para a área veem mudando o perfil dos usuários, na antiga fábrica das cervejaria Antártica, e na antiga sede da União Geral dos trabalhadores, hoje popularmente conhecidos como Estúdios Kaiser e Memorial da Classe Operária- UGT realizam-se eventos culturais e festas no geral durante e aos finais da semana, atraídos pelo charme das edificações e pela facilidade da realização dos eventos durante a madrugada, já que o uso do entorno é predominantemente comercial.
Fig. Corte Avenida Presidente Vargas, com Avenida Antônio Diaderichsen evidencia o tráfego do local, podemos ver que o dimensionamento das vias é para beneficiar os usuários dos veículos Fonte: Google Maps, Street View Após o horário comercial quando as lojas se fecham, a Avenida Presidente Vargas se ilumina com os postes e iluminação pública e com os bares e restaurantes que continuam abertos, alem deles chegam em trailers, os “Foods Trucks”, que oferecem opções que vai de cachorro quente à comida japonesa. Notou-se na avenida a viabilidade de implantação de um parklet em frente ao restaurante “Mc Donald-s”, a fim de incentivar a uso e permanência seguro e de permanência contínua no local, já que o estabelecimento possui horário de funcionamento até 4:00 hrs A.
de 05 de setembro de 1939. O nome da avenida é uma homenagem a data de 9 de julho de 1932 quando foi deflagrada a Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento em prol da elaboração de uma nova Constituição brasileira. Outro fator característico dessa parte da avenida é o piso de paralelepípedos, assentados de uma forma construtiva que foi extinta, tombada como patrimônio histórico municipal pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (Conppac) em 2004, o que garantiu além dos paralelepípedos, a preservação do canteiro central com árvores de grande porte, que as copas sombreiam praticamente toda a avenida. Outro monumento histórico da avenida é o Obelisco, escultura que foi instalada como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil em 1922, inicialmente localizava-se na avenida 9 de Julho, próximo à Recreativa, posteriormente na ampliação da avenida, foi transferido para o cruzamento da avenida Independência com a Avenida Nove de Julho.
Em um relatório do Prefeito José de Magalhães referente ao ano de 1949, cita que a avenida 9 de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César; neste mesmo ano foram plantadas 40 árvores (sibipirunas, serviço executado pela Seção de Jardins e Horto Florestal da Prefeitura Municipal, sob a chefia de Geraldo Prado Garcia. É um eixo de ligação entre as grandes avenidas Presidente Vargas e Independência, avenidas que possuem um grande fluxo de veículos, avenida também possui vida noturna ativa comcomércios destinados a alimentação , comhorário de atendimento em período noturno. A Avenida Nove de Julho se inicia na Rua Amador Bueno e segue na direção sudeste até encontrar com a Avenida Portugal, delimitando o centro da cidade entre outros bairros.
Analisado-a por todo seu comprimento, foram estudados pontos específicos da via onde foram observados potenciais qualitativos para a implantação de um parklet, que deve ser projetado de acordo com as características locais. As grandes árvores existentes no canteiro central da avenida é um dos principais aspectos que a diferencia das demais avenidas da cidade, o pedestre pode caminhar do começo ao final da avenida protegido pela sombra das copas das grandes árvores Sibipiruna. Nas imagens pode-se identificar algumas potencialidades do local, o jardim entre vias é bem cuidado e possui árvores de grande porte que fazem sombra e mantém o clima ameno, existem painéis informativos na canteiro central, orientando o pedestre pelo mapa da cidade e mostra a localização de locais turísticos, as 46 Fig 57 Árvores Sibipiruna localizadas no canteiro central Fonte: Edson silva / FolhaPress 2014 No ano de 1949 a avenida 9 de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César, neste mesmo ano foram plantadas 40 árvores (sibipirunas, serviço executado pela Seção de Jardins e Horto Florestal da Prefeitura Municipal.
Independência era entre a rua Tibiriçá e São José. No ano de 1949 iniciaram os estudos para o prolongamento da avenida entre as ruas 7 de Setembro e Floriano Peixoto. Segundo Calil Júnior (2003, p. o prolongamento da Av. de Julho na década de 1950 acompanha a implantação de loteamentos naquela região vem a atender aos sistemas viários dos referidos loteamentos. Esse intenso tráfego trouxe consequências que estão demonstradas as analises dos trechos a seguir. A predominânncia do uso por toda sua extenção é comercial, possuindo o uso residencial em sua maioria apenas nos edifícios verticais próximos a Rua Bernardino de Campos no intitulado trecho 1, ampliando o estudo, de seu início no cruzamento com a Avenida Santa Luzia até o cruzamento com a Avenida Independência.
Após definir a Anenida Nove de Julho para a implantação do parklet,observou-se as potencialidades de uso diante de uma análise socioeconômica, baseada no perfil do usuário local a fim de atender suas necessidades de uso cotidiano desses, diante do espaço público em que circulam. Com essa análise pode-se dimensionar o que a estrutura do parklet ofertará aos pedestres diante do perfil de seu usuário de acordo com a Fig 63 Foto da avenida Nove de Julho na primavera Fonte: Marcia Yumiko M 2016 idade, profissão, residência, a frequência de uso do transporte público entre outros. No trecho 1 foram levadas as pessoas que circulam pelo local no desenvolvimento de suas atividades cotidianas e no uso dos serviços próximos, são eles: estudantes de cursos de inglês (infanto-juvenil), usuários do clube Recreativa (esportistas, banhistas), Funcionários e clientes de agências bancárias, funcionários locais (Secretaria da educação, comércios diversas), clientes do 1º cartório de Ribeirão Preto, alunos e professores, moradores dos prédios localizados no começo da Rua Bernardino de Campos e usuários do transporte público coletivo.
Os principais problemas encontrados foram: • Tráfego de veículos intenso; • Estacionamento invadindo o passeio público; • Piso irregular (material frágil, má conservação ou execução do calçamento); • Falta faixa de pedestre, dificuldade do pedestre em atravessar a via. No levantamento realizado na escala do mapa de uso do solo da avenida, foram levadas em consideração as pessoas que circulam pelo local no desenvolvimento de suas atividades cotidianas e no uso dos serviços próximos: funcionários e clientes de agências bancárias e clínicas médicas e funcionários e clientes diversos comércios locais. Não foi observado um grande fluxo de circulação de pessoas alem do entra e sai do veículo nos acessos aos comércios e equipamentos. O primeiro ponto de implatação se dá no segundo quarteirão do início da avenida em direção ao cruzamento com a Avenida Independência, mais precisamente no passei público em frente à panificadora “Familiare” e em frente ao clube esportivo “Recreativa”, três quartirões dele está o segundo ponto, em frente aos Brechós “Exclusive” e “ Dona Cida”, o terceiro ponto fica ha três quarteirões do segundo ponto, em frente à uma das depêndencias da Faculdade de Medicina da USP, essa instituições recebe diversos cursos de extenção realizado por orgãos públicos do estado, de diversas áreas da pesquisa.
Notou-se que a Avenida Nove de Julho, devido ao caráter fortemente comercial e de serviços, possui principalmente em sua extensão após o cruzamento com a Avenida Independência, calçadas rebaixadas com vagas para estacionamento para os clientes. Fig. Clube Recreativa Fonte: Google Maps / street view O local é sombreado e contem um informativo turístico Fig. Calçada da av. Nove de Julho no local esmunicipal, com orientações sobre instituições públicas, parques e colhido para a implantação do Parklet museus da cidade. Fonte: Arquivo pessoal Fig. As roupas comercializadas nesses brechós, já possuiram algum dono, alguem as comprou, usou e por algum motivo as vendeu, diferentemente de gando se adiquire uma roupa nova, ou seja produzida se acordo com as tendências de estilo contemporâneas e nunca utilizadas.
Acredita-se que o parklet possa ser um local para a reunião desse e de outros grupos, que apreciam se relacionar de formas e que apreciem diferentes memórias. Notou-se que nesse ponto, ainda existem as grandes cadas dos anos 50, algumas estão abandonadas, talvez pela dificuldade de se dar um novo uso. Ambos comércios de roupas, estão e estabelecimentos menores, porém com as mesmas características de ter uma grande calçada e recuo frontal. Esse recuo frontal favoreceu a adaptação dessas edificações antigas em comércio, facilitando sua utilização como vaga de estacionamento para clientes. Existe um ponto de ônibus em frente ao ECEU, a idéia é integrar o parklet em frente ao ponto de ônibus e assim poder servir de apoio aos estudante e população em geral, que frequenta esse ponto antes e depois do horário de aula.
Fig. Rua Nove de Julho no local escolhido para a implantação do Parklet 57 6 PROJETO DE PARKLETS Programa de Necessidades Diante do estudo realizado no local de implantação, analisaram-se conceitos fundamentais para a requalificação do espaço público adequado para os cidadãos que ali circulam. Caminhabilidade: notou-se muitos obstáculos em frente às guias rebaixadas dos comércios, deixando o caminhar pela calçada, inseguro, devido ao desnível da via e a falta de visibilidade causada pelo grande número de veículos em trânsito e estacionados na via. Outra dimensão menos visível do projeto, entretanto, envolve as ações conceituais de retomada do espaço público. Sumaré - Ponto de Referência o cruzamento com a Rua Visconde De Inhaúma.
A Madeira foi outro material muito utilizado nesse período, de origem nobre, foi ficando cada vez mais escassa no mercado da construção civil, o que por fim acabou por deixa-la fora das linhas de produção de materiais. A partir da Madeira CLT, de origem do eucalipto, consistem na sobreposição de camadas de lâminas de madeira maciça coladas em sentidos opostos e alternados, entremeadas de adesivo estrutural e à prova d’água e submetidas a grande pressão. São compostos por número ímpar de camadas (3, 5 ou 7 camadas), com espessura variando entre 57 e 250mm. Fig. Os protótipos de parklets projetados para este trabalho, promovem a investigação e dão subsídio à ocupações de espaços públicos, como alternativa para espaços urbanos já consolidados e que devem ser repensados com o tempo.
O projeto de um parklet permite a adaptação de sua forma à diversas configurações de uso, uma vez que o reconhecimento desse objeto pelos futuros usuários ,deva acontecer de forma independente. Com uma área de 22m² adjacente ao canteiro central da avenida, a estrutura funciona como um ponto de encontro ao ar livre, proporcionando a realização de diversas atividades. O planejamento e execução do parklet foram realizados considerando seu ponto de implantação e estabelecimentos que serão responsáveis pela sua montagem e desmontagem, assim como a sua limpeza e manutenção. O parklet foi projetado em agrupamentos de módulos, cada um dos parklets possui dois módulos de 5mx2,2 compostos por objetos que garatem a integração do uso e a estabilidade do conjunto.
Cada módulo possui um agrupamento de quadrados de madeira, compondo bancos, áreas verdes, mesas e uma lixeira, criando assim o ambiente de confratermização. PARKLET HAPPY HOUR O ambiente foi planejado a partir de um único material, o MLC ideal para estruturar formas não convencionais como é o caso da cobertura e fechamentos em elementos cruzados. O mobiliário composto por assentos e mesas dispotos de forma a não comprometer a circulação mas delimitando o espaço de cada módulo. Estima-se que a capacidade é de reunir até 18 pessoas confortavelmente sentadas nos bancos de madeira modulares, abaixo esta foi demonstrado a disposição dos quadrados, suas medidas e funções. Detalhe da fixação das madeiras cruzadas no batente do parklet. Organograma dos usos Uso Diurno Fig. Organograma desenvolvido para pensar na circulação e funcionalidade do parklet para o local Fonte: Arquivo pessoal O espaço que antes era ocupado por dois veídulos agora dão lugar à um pequeno espaço de lazer, como um complemento da calçada que se projeta na via, trazendo ao pedrestre a possibilidade de permanecer e desfrutar do local que antes era apenas de passagem, qualificando ambientes que fazem parte do seu dia a dia.
A idéia é que as pessoas se apropriem desse espaço e que ele seja instrumento para qualificar a relação entre as pessoas e os ambientes urbanos densos, como é o caso dessa antiga avenida da cidade. MAQUETE FÍSICA A maquete física foi um componente necessário para entender o encaixes e volume do objeto. PARKLET ESTUDANTE O ambiente foi planejado também a partir do MLC, para tentar quebrar um pouco as quinas quadradas, alguns mobiliários possuem o canto arredondado, tentando dessa forma, deixar o design mais acolhedor e aproveitar as propriedades do material, que permitem as formas arredondadas. As madeiras cruzadas se repetem nesse protótipo, criando uma linguagem entre os dois modelos A Estante de livros foi projetada de forma a escorrer a água da chuva, sem formar poças na madeira que serve de tampão Bebedores de água não são comuns nos espaços públicos, esse padrão escolar adotado, vem para questionar a ausência desse equipamento 68 A estante de livro foi outro elemento proposto nesse parklet, ultimamente tem-se popularizado pequenas bibliotecas comunitárias, onde as pessoas podem pegar o livro que querem e deixam outro que não usam mais.
Os livros seriam uma forma de fomentar novos conhecimentos e a troca de histórias, além disso as pessoas do outro lado da rua que esperam o ônibus, podem utilizar dos livros desse espaço para tornar o seu tempo mais agradável. Conclusões O projeto se consiste em um pequeno park urbano montado ao lado da calçada, no canteiro central de uma avenida. Foi adotado a madeira como sistema preeminente, fundamentado a partir de um programa de necessidades que agrega o ambiente acolhedor junto ao local público. Espera-se que este projeto, alem de propiciar um ambiente mais aconchegante, também encoraje as pessoas a se inspirarem à leitura, à sociabilização, ao acesso ao lazer, aproveitando melhor a sua vida cotidiana. pdf -CALIL JÚNIOR, Ozório. O Centro de Ribeirão Preto: os processos de expansão e setorização.
Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, São Carlos, USP, 2003. GONÇALVES, Rogério. “O sincretismo de culturas sob a ótica da arquitetura vernácula do imigrante japonês na cidade de Registro, São Paulo” disponível em: http://dx. “A produção do mobiliário urbano em espaços públicos, o desenho do mobiliario urbano nos projetos de reordenamento das orlas do Rio Grande do Norte”, 2005. Disponível em: file:///C:/Users/Marina/Downloads/Disserta%C3%A7%C3%A3o_%20GlielsonNM. pdf -SERRA, J. “Elementos Urbanos mobiliário e microarquitetura”. Editora Gustavo Gili, Barcelona, 1996. Disponível em: http://www. revistas. usp. br/cadernosdecampo/article/view/52448/56442 -“Manual Operacional de como implantar um Parklet em São Paulo. ” Disponível em: http://gestaourbana. pdf -SERRA, J.
“Elementos Urbanos mobiliário e microarquitetura”. Editora Gustavo Gili, Barcelona, 1996. TESSARINI,J B. “O mobiliário urbano e a calçada em São Paulo” ,200 -VALADÃO, Valéria.
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