TECIDO EPITELIAL: CARACTERÍSTICAS, FUNÇÕES E CLASSIFICAÇÕES

Introdução O corpo humano é formado por diversos tecidos que desempenham as mais variadas funções e que permitem a sobrevivência e adaptações as mais diversas intemperes climáticas e supressões. Levando em consideração as características morfológicas e as propriedades funcionais, os tecidos podem ser divididos em quatro tipos básicos: tecido conjuntivo, muscular, nervoso e epitelial, sendo este último considerados um dos mais populares, devido ser o responsável por permitir o revestimento da pele que, por sua vez, trata-se do maior órgão do corpo humano (UFRGS, 2018; MENDONÇA; RODRIGUES, 2011). Esse importante tecido desempenha diversas funções que são fundamentais a sobrevivência do ser humano, dentre elas é possível destacar a de proteção (ALVES, 2015). Ademais, o tecido epitelial não é encontrado somente externamente, mas também nos órgãos internados, apresentando também a função de secreção.

Dessa forma, levando em consideração a importância que o tecido epitelial apresenta, o presente trabalho tem como objetivo trazer informações compiladas acerca das características gerais, funções e classificações do tecido epitelial, assim como, abordar sobre algumas estruturas encontradas na superfície de membranas celulares. O revestimento ocorre tanto em superfícies externas como internas do corpo. Esse tipo de função se mostra muito importante, uma vez que, permite proteção frente a certas substâncias e microrganismos, também permite a absorção de alguns compostos e ainda contribui para a percepção de estímulos como frio, calor, dor, sabor etc. Além do revestimento, outra importante atividade do tecido epitelial é a secreção, seja por células de epitélios de revestimento seja por células epiteliais que se reúnem para constituir estruturas especializadas em secreção que são as glândulas, dentre as secreções podemos destacar por exemplo, o muco, a lágrima e o próprio suor.

Tipos de tecido epitelial O tecido epitelial pode ser classificado em tecido de revestimento ou tecido glandular. Em relação ao tecido epitelial de revestimento, mais especificamente, nos epitélios as células se caracterizam por se disporem em folhetos, o que é de extrema importância, uma vez que são responsáveis por permitir com que toda a superfície externa e também, as cavidade internas, incluindo portanto as grandes cavidades corporais, o lúmen dos vasos sanguíneo, os órgãos ocos e tubos de diferentes diversos calibres. Figura 2. Representação de células do epitélio simples cúbico. Fonte: JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2013. Enquanto as células do epitélio simples prismático (que também pode ser chamado de colunar ou cilídrico) apresentam-se alongadas e com núcleos também alongados, ademais essas células podem ser ciliadas em algumas partes do corpo.

Esse tipo de epitélio pode ser encontrados principalmente no lúmen do intestino e vesícula biliar e na tuba uterina (ciliado) (figura 3). Representação do epitélio de transição da bexiga. A. Quando a bexiga está vazia. B. Quando as bexiga está cheia. Classificação Em relação a classificação dos epitélios que constituem as glândulas, estes possuem diversas classificações, podendo ser unicelulares (uma única célula) ou multicelulares (diversas células) ou ainda exócrinas e endócrinas. As glândulas exócrinas são aquelas que mantêm conexão com o epitélio de origem, de forma que essa conexão irá permitir o desenvolvimento de ductos por onde passarão as substâncias produzidas por essas glândulas, podendo alcançar cavidades ou superfícies corporais.

Enquanto que as endócrinas, são aquelas nas quais os ductos foram absorvidos pelo organismo, assim as mesmas não possuem nenhum tipo de conexão com o seu epitélio de origem, portanto suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação a partir da circulação sanguínea. Entretanto as glândulas endócrinas ainda podem ser classificadas de acordo com a organização das células. Uma delas são os chamados cordões anastomosados que são entremeados por capilares sanguíneos, como exemplo, é possível citar a grândula adrenal. Microvilos Os microvilos ou microvilosidades se apresentam como projeções em forma de dedos e de número bastante variado. Possuem como função primordial a intensa absorção sobretudo de nutrientes.

Estas estruturas estão presentes na região do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins, sendo que cada microvilo pode medir cerca 1 µm de comprimento e 0,08 µm de espessura e no seu interior há feixes de actina; no microscópio de luz, devido a junção de glicocálices e microvilosas, é possível observar a borda em escova. Estereocílios Tratam-se de prolongamentos longos e imóveis, que tem por objetivo aumentar a área de superfície da célula, facilitando assim o movimento de moléculas para o interior e exterior das células. Estas estruturas podem ser encontradas, sobretudo, nas células de revestimento do epidídimo e do ducto deferente. Revista Amazônica Science & Health, v. n. p. JUNQUEIRA, L. C. B. O. As principais alterações dermatológicas em pacientes obesos.

Arq Bras Cir Dig, v. n.