TCC Inclusão social do jovem de baixa renda
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Estatística
RESUMO Este trabalho de conclusão de curso se trata de uma abordagem a respeito dos conceitos da inclusão social de jovens de baixa renda junto à sociedade e de suas consequências para a melhorias da qualidade de vida de todos. Também se buscou a apresentação dos empecilhos para o processo inclusivo da juventude, os benefícios para a sociedade como um todo e a efetivação do aumento das oportunidades no mundo educacional e no mercado de trabalho para jovens mais carentes. O objetivo central deste projeto de pesquisa é demonstrar que a exclusão social pode ser revertida em inclusão, gerando uma melhora nos índices de produtividade, qualidade de vida, segurança e desenvolvimento humano da comunidade local. PALAVRAS-CHAVE: inclusão social, juventude, oportunidades, exclusão, desenvolvimento humano.
ABSTRACT Thisworkofconclusionofcourseisan approach regardingtheconceptsofthe social inclusionofyoungpeopleoflow income withthesocietyandof its consequences for theimprovementsofthequalityoflifeofall. Programas de inclusão social para o público jovem 20 2. A inclusão social do jovem de baixa renda 24 3. METODOLOGIA 28 3. Tipo de pesquisa 28 3. Universo e amostra 29 3. Sendo assim, buscou-se embasar o tema da inclusão social, seus benefícios para a sociedade, seus desafios e empecilhos por meio da pesquisa bibliográfica de diversos autores conceituados por meio da apresentação do referencial teórico. A parte prática da pesquisa consiste na explanação e demonstração dos impactos sociais vivenciados por jovens participantes do ProjovemItajubá, com foco nas dificuldades enfrentadas em seus lares e se o projeto social ao qual fazem parte colabora para a resolução de tais empecilhos pessoais, bem como quais transformações e melhorias lhes decorreu durante seu período de egresso no programa.
Portanto, buscou-se conceder a todos um olhar sobre os conceitos teóricos e práticos de inclusão e exclusão social sob a perspectiva de vida dos jovens de baixa renda, caracterizados pelas classes D e E, bem como suas consequências diretas e indiretas para a sociedade. Definição do problema Com a crescente globalização e a grande procura por mão de obra qualificada e que cumpra os pré-requisitos básicos exigidos pelas empresas, as classes mais pobres passaram a ter cada vez menos oportunidades no mercado de trabalho. Tal fato se deve devido à falta de acesso a uma educação básica e específica de qualidade, pois, muitas pessoas de baixa renda não conseguem concluir seus estudos e outras quando o concluem não tem acesso ao ensino superior ou técnico, se tornado desqualificado para o mercado de trabalho no que tange ao preenchimento das vagas ofertadas.
Podemos definir os objetivos específicos com um passo a passo necessário para atingir o objetivo geral. Objetivo geral: Avaliar como o Projovem auxilia na inclusão social dos jovens de baixa renda da cidade de Itajubá a terem melhores condições de vida e de oportunidades dentro da sociedade. Objetivos específicos: • Levantar Referencial teórico que ampare a pesquisa sobre o processo de inclusão social de jovens de baixa renda; • Identificar o público-alvo, suas necessidades e preferências; • Identificar os principais empecilhos para o processo inclusivo; • Demonstrar quais os benefícios da inclusão social jovem junto à sociedade. REFERENCIAL TEÓRICO Atualmente, no contexto social a nível global, a juventude é vista pela sociedade como uma fonte de problemas e de incertezas. O grande aumento populacional, a falta de estrutura dos serviços públicos, o alto índice de desemprego, a crise financeira, dentre outros motivos tem acarretado na ascensão de grupos juvenis marginalizados e sem oportunidades seja no meio educacional ou profissional.
A vulnerabilidade da população jovem a torna mais suscetível em inúmeras configurações de problemas sociais, se encaixando como líder nos grupos de maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis (principalmente da Aids e da sífilis), com o maior índice de usuários de drogas e viciados em álcool e também com o maior índice de jovens em situação de desemprego por não terem qualificação ou experiência profissional adequada (IPEA, 2008, p. No âmbito educacional, há um índice muito alto de jovens que tem entre 14 a 24 anos que possuem atraso escolar de no mínimo um ano até três anos. Tal realidade contribui para a evasão escolar de muitos destes, convergindo para um problema social ainda maior: a marginalidade e a falta de ocupação.
Dessa maneira, sem formação escolar básica e sem profissionalização, tais jovens não têm acesso às oportunidades no mercado de trabalho e tem a sua frente um grande dilema: trabalhar informalmente fazendo “bicos” ou de forma ilegal, podendo pender para o crime. Assim, pode-se compreender a gravidade deste problema social e como forma de combate a tal situação a inclusão social destes se faz mais do que necessária e urgente. al. existe uma clara diferença entre integrar e incluir socialmente um indivíduo. Para o autor integrar remete à ideia de que o indivíduo precisa se adaptar às leis e regras morais e sociais de determinada sociedade para que faça parte da mesma, já a inclusão consiste na adaptação da sociedade em relação às dificuldades e às necessidades do indivíduo, encarando-o como um cidadão com participação efetiva neste processo.
Segundo Rodrigues (2009) a inclusão social é considerada tão importante na sociedade que ele a denomina como inclusão essencial, sendo um fator alusivo para o combate da desigualdade de oportunidades e direitos para muitos grupos sociais. A inclusão essencial é a dimensão dos direitos humanos e do acesso bem-sucedido das pessoas com disfunção aos equipamentos, aos serviços, à informação, aos transportes, à cultura, ao lazer, ao emprego, à educação, etc. As minorias são dispositivossimbólicos, com objetivos éticos-políticos contra hegemônicos. MOSCOVICI, 2014, p. Dessa maneira, percebemos que para os autores supracitados o conceito de inclusão social tem relação direta com as políticas e programas sociais que tem por objetivo incluir e agregar melhores condições e oportunidades para grupos sociais menos favorecidos de uma sociedade.
Empecilhos da inclusão social da juventude Segundo Castro (2005) a juventude é um grupo social que costuma sofrer com inseguranças físicas e psicológicas no que tange ao seu processo transitório entre a adolescência e a vida adulta. Isso significa que independentemente da cor, credo, raça, status social ou renda, jovens de uma maneira geral, são mais suscetíveis aos problemas sociais existentes. Segundo Martins (2000) um outro empecilho para a inclusão social da juventude é a estigmatização que estes sofrem pela sociedade. Tais Estigmas podem ser relacionados à cor, raça, religião, opção sexual, entre outros. Para Goffman (1963) estigmas são considerados como rótulos que pessoas que se consideram “normais” e “adequadas” dão em relação a um grupo específico de indivíduos existentes no contexto social.
O autor define o termo estigma como: O termo estigma (. será usado em referência a um atributo profundamente depreciativo, mas o que é preciso, na realidade, é uma linguagem de relações e não de atributos. De acordo com o autor se jovens não tem acesso de qualidade a estes princípios básicos é praticamente impossível que este seja bem-sucedido dentro da sociedade. Assim, não só investir como administrar os recursos públicos de forma sábia, íntegra e honesta é mais que vital, pois, dessa maneira grupos mais carentes terão oportunidades equiparadas de grupos com melhor condição financeira, gerando uma cadeia de valor social maior e mais justa para a sociedade. Neste âmbito, faltam políticas sociais específicas para a juventude. Jovem que estuda, pratica esportes, que tem acesso a um ensino profissionalizante de qualidade, que se prepara para o mercado de trabalho fazendo estágios e imersões, provavelmente terá um bom emprego, não dando brechas para o uso de drogas e para a criminalidade, se tornando um exemplo social para o grupo ao qual pertence.
Para Sassaki (2003) o maior dos empecilhos para a inclusão social de qualquer grupo, de uma forma geral, é a exclusão. No entendimento de Spósito e Carrano (2003), no Brasil atual os principais empecilhos para o processo inclusivo se deve aos fatores educacionais, financeiros e sociais da população jovem. Para eles, incluir políticas que supram essas deficiências e disfunções ocasionaria num processo inclusivo pleno e em inúmeros benefícios para a sociedade, como um todo. Benefícios de uma sociedade inclusiva De acordo com Bock (2000) uma sociedade inclusiva é aquela que permite que determinados grupos deixados à margem da sociedade, ou seja, excluídos de alguns aspectos sociais sejam inseridos nas atividades por meio de políticas ou ações específicas que garantam a igualdade de direitos para todos.
Nessa linha de raciocínio, Sawaia (2001) predispõe a respeito dos benefícios da inclusão social dentro de uma sociedade, destacando suas principais vantagens para todos, sem exceção e sem distinção. Para o autor, um dos principais benefícios diz respeito à prática real do princípio de igualdade para todos. Segundo Sposati (1998), a inclusão social permite que os indivíduos inclusos nas rotinas e vivências da comunidade adquiram autonomia, qualidade de vida, desenvolvimento humano e equidade. Dessa maneira, a convivência com grupos sociais diferentes não é afrontosa e nem conflitosa. Sassaki (2003) afirma que a inclusão social fornece os meios e recursos necessários para a efetivação de um indivíduo como cidadão, ou seja, lhe garante o acesso por meio do mundo do trabalho aos recursos e consumo de bens e serviços, a participação e efetivação em um bom emprego com direitos e deveres garantidos pela lei formal, o acesso à educação, a igualdade de direitos entre todas as pessoas independentemente da cor, raça, credo ou sexo, o acesso a um sistema de saúde que funcione e proporcione melhores condições de vida para si e sua família, o usufruto de uma habitação digna, entre outras coisas.
Dessa maneira, a sociedade inclusiva permite que pessoas comuns se tornem cidadãos, passíveis da universalidade e equidade de direitos básicos para um ser humano viver com qualidade e expectativa de vida. De acordo com Rodrigues (2009) o maior benefício que uma sociedade tem decorrente de práticas inclusivas é o combate à vulnerabilidade que atinge os grupos sociais menos favorecidos e de ocasiona em processos exclusivos, de marginalização e de até mesmo segregação. Dessa maneira, Sposati (1998) define que o processo de inclusão social voltado para jovens de baixa renda necessita de programas específicos e atrativos para este público, para que assim tenham interesse em participar, se envolvendo efetivamente e saindo da zona de vulnerabilidade, tornando-se jovens com um futuro promissor. Nessa linha de raciocínio, Fernandes (2003) enfatiza que os principais programas de inclusão social voltados para a juventude de baixa renda podem ser classificados nas seguintes categorias: educação e aprendizado, esportes e lazer, tecnologia da informação e cultura.
Segundo Carvalho (2012) programas educacionais diferenciados oferecem ao jovem uma nova visão do mundo e da sua condição, bem como as principais prerrogativas para transformá-lo por meio do conhecimento. Bock (2000) aponta que programas de inclusão social com foco no fornecimento de educação de qualidade para jovens mais pobres são altamente indicados, pois, é dá para a comunidade mais carente uma oportunidade de ter acesso à uma educação de qualidade, proporcionando maior conhecimento para seu público e preparando-os para o mercado de trabalho. Dessa maneira, no entendimento do autor, os jovens que participam deste tipo de programa são estimulados a aprender mais, a serem mais proativos, terem interesse em pesquisas e isso no futuro próximo reflete diretamente nas oportunidades profissionais que se abrirão diante deles.
Para o autor, “o esporte é uma alternativa dominante à rua” e permite a funcionalidade de “juntar a orientação pelo gosto com a utilidade”, ou seja, atrair os jovens que tem tendência esportiva e educá-los por meio das regras, normas e definições de cada modalidade, podendo ser de utilidade voltada para o lazer ou para fins profissionais, como em competições esportivas e em categorias profissionais. Para Viana (2003) programas de inclusão social esportivo permitem que os jovens conheçam e desenvolvam conceitos e valores que vão além da atividade física como: • Qualidade de vida e saúde; • Inclusão e socialização; • Disciplina, responsabilidade e respeito; • Superação e autoestima; • Cidadania; • Ética; • Perseverança e superação; • Senso crítico; • Aprendizagem escolar facilitada, Viana (2003) enfatiza que jovens que participam deste tipo de programa social de cunho esportivo, são movidos por variados interesses como: • Integração social com outros jovens da mesma faixa etária; • Prazer em praticar atividade física; • Interesse na profissionalização esportiva; • Ocupação do tempo livre; • Pela valorização obtida pelos seus monitores e professores; • Vantagens proporcionadas pelo processo de aprendizagem.
De acordo com Silva e Miranda (2011), programas sociais para jovens com foco no ensino e utilização da tecnologia de informação, são considerados altamente inclusivos e funcionais, devido a importância e utilização da informática em todos os aspectos da vida social, desde o lazer até o trabalho todos utilizam redes sociais, softwares, aplicativos, entre outros. Para os autores a inclusão digital tem relação direta com a inclusão social, pois, “as camadas mais carentes da população se beneficiam com novas ferramentas para obter conhecimento, ter acesso ao lazer, à cultura e melhores oportunidades no mercado de trabalho. ” Segunda Santarosa (2002) a utilização de programas de inclusão social com enfoque na disseminação do uso da tecnologia da informação, desde atividades rotineiras até ações de utilização em ambiente profissional, fornece aos jovens das comunidades mais carentes processos de interconexão que culminam com a abertura de inúmeras possibilidades e oportunidades de trabalho.
Para Bock (2000) o processo exclusivo ocasiona em detrimentos e disfunções para todos os indivíduos independentemente da idade, sexo, cor ou crença. Sposati (1996) caracteriza que a exclusão social tem como característica grupal: A impossibilidade de poder partilhar da sociedadee leva à vivência da privação, da recusa, doabandono e da expulsão, inclusive com violência, deuma parcela significativa da população (SPOSATI,1996. p. Para Castel (2006) é por meio de projetos de inclusão social que é possível remover o jovem do processo de marginalização, que compromete seu desenvolvimento como ser humano e suas relações interpessoais, e transportá-lo para um patamar de cidadania saudável e abrangente de novos rumos e perspectivas de vida. a fase extrema do processo de “marginalização”, entendido este como um percurso “descendente”, ao longo do qual verificam sucessivas rupturas na relação indivíduo e sociedade.
Após o desenvolvimento teórico do tema, bem como seu embasamento seguindo pensamentos e estudos de diversos autores, buscou-se a contextualização deste na prática e na vivência real de jovens vulneráveis e marginalizados pela sociedade, ou seja, de jovens excluídos, mais precisamente os de baixa renda. Utilizou-se como base para a pesquisa o programa social ProJovem da cidade de Itajubá, desenvolvido pela prefeitura municipal em parcerias com algumas indústrias da cidade e que atende cerca de 300 jovens entre as idades de 14 a 18 anos, oferecendo cursos gratuitos profissionalizantes, oficinas de artes, prática de esportes e convênios com empresas para empregabilidade e estágios de seus egressos. Tipo de pesquisa A pesquisa a ser realizada para este estudo foi baseada na taxionomia, que define dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios de investigação.
De acordo com Vergara (2007, p. Quanto aos fins; o trabalho é desenvolvido utilizando-se da pesquisa descritiva que expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Coleta de dados Serão coletados dados e informações por meio de pesquisas, observações, questionários e entrevistas não estruturadas realizadas com os jovens participantes do programa Projovem, do sexo masculino e feminino e que tenham entre 15 a 18 anos, sendo utilizados de forma que auxilie no desenvolvimento e no apontamento dos objetivos pretendidos com esta pesquisa. Para a pesquisa qualitativa: Será utilizado a distribuição de questionários a serem respondidos de forma digital com o auxílio da ferramenta Google Adsense, específico para os jovens do ProJovem da cidade de Itajubá, totalizando 300 respostas. O questionário será disponibilizado no e-mail de cada participante e este responderá dentro do laboratório de informática da instituição em horário pré-definido por seus monitores.
Os resultados são enviados pela própria ferramenta para o e-mail do pesquisador com os índices de resposta para cada pergunta. O questionário será composto por 10 questões e que estão expressas a seguir: Quadro 1 – Questionário quantitativo Questão 1: Qual a sua idade A – Entre 14 e 15 anos B – 16 anos C – 17 anos D – 18 anos Questão 2: Quantas pessoas moram na sua casa? (contando você) A – 2 a 4 pessoas B – 5 a 6 pessoas C – 7 a 10 pessoas C – Mais de 10 pessoas Questão 3 –Qual a média da renda mensal da sua família? A –1 salário mínimo B – Até 2 salários mínimos C – Até 3 salários mínimos D – Acima de 3,5 salários mínimos Questão 4 – Antes de participar do Projovem, você tinha acesso a quais atividades? A – Dança e música B – Oficina de artes C – Esportes D – Nenhuma destas Questão 5 – Como você avalia o ensino da escola em que você estuda? A – Ótimo B - Médio C – Ruim D – Péssimo Questão 6 – Porque você avaliou a sua escola com a nota acima? (Resposta livre) Questão 7 – Sua família tem acesso a algum entretenimento ou atividade educativa ou cultural? Com qual frequência? (Resposta livre) Questão 8 –Sua família depende da ajuda de algum tipo de benefício social do governo? Se sim, qual? (Resposta livre) Questão 9 – E em relação a emprego, todos na sua família (que possuem idade adequada) trabalham? Se não, por que? (Resposta livre) Questão 10 – De acordo com a realidade vivida por sua família, como você avalia a política social do governo (em relação às principais necessidades da sua família)? A – Atende a minha família totalmente B – Atende parcialmente C – Não é suficiente para a minha família D – Não atende a minha família Fonte: Elaborado pela autora Com as respostas do questionário acima, será realizado uma triagem que agrupe jovens com a situação financeira mais precária para que participem da pesquisa qualitativa, onde será avaliado o impacto do programa social e sua contribuição para a inclusão social destes.
Dessa forma, infere-se que o programa social deve promover a inclusão destes jovens junto ao mercado de trabalho por meio das atividades desenvolvidas. Gráfico 2 - Total de membros da família dos jovens participantes Fonte: desenvolvido pela autora Com base nas informações do gráfico acima é perceptível que dentre os jovens participantes do programa a maioria é composta de 2 a 4 pessoas como membros da família (121 respostas) seguido de 5 a 6 pessoas como membros da família (102 respostas) e de 7 a 10 pessoas (52). Famílias com mais de 10 pessoas são mínimas (25 respostas). Gráfico 3 – Média de renda mensal das famílias dos jovens participantes Fonte: desenvolvido pela autora Pode-se inferir com base nos dados acima que a maioria dos jovens participantes do programa de inclusão social do Projovem pertence às classes D (com renda de até 2 salários) e E (com renda de 1 salário mínimo por família), comprovando o índice de baixa renda destes.
Gráfico 4 – Nível de acesso cultural do jovem antes da participação no programa Fonte: desenvolvido pela autora De acordo com o gráfico acima, percebe-se que o acesso cultural dos jovens de baixa renda em atividades como dança, música, artes e esportes era restrito e quase nulo. Questão – De acordo com a realidade vivida por sua família, como você avalia a política social do governo (em relação às principais necessidades da sua família)? Tabela 4 – Avaliação da realidade familiar do jovem em relação às políticas sociais governamentais Atende minha família totalmente 9 Atende parcialmente 31 Não é suficiente para minha família 220 Não atende a minha família 40 Fonte: desenvolvido pela autora De acordo com a tabela acima, pode-se concluir que as políticas sociais aplicadas pelo governo não atendem completamente as expectativas e necessidades das famílias destes jovens, evidenciado pela resposta de que “não é suficiente para a minha família” (220 respostas).
Dessa forma, pode-se evidenciar que a situação social e econômica destas famílias é precária e necessita grandemente de ajuda e incentivos oriundos de projetos e ações sociais específicos para mudar a sua realidade. Indicadores da pesquisa qualitativa Após a aplicação da pesquisa quantitativa acima, buscou-se agrupar os jovens em situação financeira semelhante e de menor poder aquisitivo a fim de se verificar o nível de desenvolvimento e o papel inclusivo da instituição em relação a estes frente a sociedade. Para isso, agrupou-se as respostas semelhantes dos 50 jovens pré-selecionados e disponibilizou seus resultados em tabelas e em gráficos que estão demonstrados a seguir: Questão – Há quanto tempo participa do Projovem? Tabela 5 – Tempo de participação no Projeto 1 ano 12 2 anos 20 3 anos 18 Fonte: desenvolvido pela autora Pode-se perceber que dentre os entrevistados mais da metade está no programa há mais de 1 ano, já usufruindo de seus benefícios.
Questão – O que você acha do projeto Projovem? Quais benefícios você acha que são interessantes para você? Tabela 6 – Opinião a respeito do Projovem Gosta muito 28 Acha legal 20 Indiferente 2 Fonte: desenvolvido pela autora Pode-se perceber que a maioria esmagadora gosta das atividades e didática do projeto, considerando-o atrativo. Em relação ao ingresso dos jovens de baixa renda no ensino superior: Cerca de 16,5% dos jovens que não participam do Projovem conseguem ingressar no ensino superior público ou privado em contrapartida 65,8% dos jovens participantes do Projovem conseguem acesso efetivo em universidades; - Em relação à criminalidade: Cerca de 32,5% dos jovens que não participam do Projovem acabam presos envolvidos em ações de roubo, homicídio ou com participação no tráfico de drogas em contrapartida apenas 7,5% dos jovens participantes do Projojovem se envolvem com a criminalidade; - Em relação à conquista de emprego: Cerca de 22% dos jovens que não participam do Projovem conseguem o primeiro emprego com carteira assinada antes dos 21 anos em contrapartida 75% dos jovens participantes do Projovem conseguem o primeiro emprego efetivo antes de completarem 19 anos; - Em relação à distribuição de renda: Cerca de 18% dos jovens que não participam do Projovem conseguem elevar seu padrão de vida até os 30 anos em contrapartida cerca de 52% dos que participam do Projovem conseguem alavancar seu poder aquisitivo e acesso aos bens de consumo, melhorando seu padrão de vida e conseguindo se estabelecer na classe média até os 30 anos de idade.
Com estes dados comparativos é possível perceber que o Projovem é um projeto social que tem permitido a inclusão de jovens de baixa renda na sociedade itajubense e que tem proporcionado melhores condições de vida para os jovens e suas famílias, principalmente pela contribuição em conhecimento técnico que reflete diretamente na efetivação das oportunidades profissionais para o jovem participante. Tal fato lhe garante integridade moral e física bem como a possibilidade de gerar melhores condições de vida para si e suas famílias por meio da força do seu trabalho. Tal oportunidade talvez não seria tão aberta se este jovem não tivesse acesso ao nível de conhecimento cultural e educacional oferecido pela instituição, se estivesse em casa ocioso ou até mesmo em situação de marginalização.
CONCLUSÃO Ao elaborarmos este projeto de pesquisa percebemos a importância de incluir socialmente as camadas menos favorecidas da sociedade, por meio de ações que gerem acesso à educação, saúde, noções de cidadania, entre outros, que geraram um impacto positivo para as classes mais pobres, dando-lhes a oportunidade de melhorar de vida e de terem possibilidades de um futuro promissor. V. O. PRIETO, R. G. RANNÃ, W. L. Psicologias – uma introdução ao estudo de psicologia. ª edição. São Paulo, Saraiva, 2000. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Análise do discurso: Reflexões introdutórias. São Carlos: Editora Clara luz, 2008 FRIGOTTO, Gaudêncio. Concepções no mundo do trabalho e o ensino médio. In: ______; CIAVATTTA, Maria; RAMOS, Marise. Ensino médiointegrado: concepções e tradições.
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