RISCO E COMPLIANCE NA GESTÃO FINANCEIRA
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Finanças
Para tanto, irá se utilizar da metodologia de pesquisa exploratória qualitativa, por meio da análise de livros, artigos científicos, sites confiáveis, revistas e outros, a fim de coletar dados e desenvolver o conteúdo. Palavras-chave: Compliance. Riscos. Gestão Financeira. Gestão de Riscos. Essa pesquisa se justifica pela necessidade de avaliar os impactos positivos e negativos, se houver, das práticas de Compliance empresarial, bem como tem a função de ajudar gestores, alunos e profissionais do ramo a compreender a complexidade do Gerenciamento de Riscos e a importância do acompanhamento estratégico bem feito. Ademais, quiçá auxiliar no plano prático a adoção de medidas e processos internos capazes de tornar o negócio regular e reduzir os riscos de mercado. Quanto à metodologia científica aqui adotada, o presente trabalho será guiado pelo método hipotético-dedutivo, sendo a técnica de pesquisa bibliográfica, com a coleta de dados, leitura e análise das teorias de economistas e administradores consagrados, publicadas em revistas, livros, jornais, sites confiáveis.
Não se almeja, contudo, esgotar o conteúdo em sua totalidade, já que seria uma tarefa impossível diante da dinamicidade e da complexidade do tema, que no momento atual domina a pauta de discussões entre gerentes, administradores e stakeholders2. O SURGIMENTO DA FUNÇÃO COMPLIANCE NO MUNDO E NO BRASIL O Compliance tem as raízes do seu surgimento nas instituições bancárias, mais precisamente na criação do Banco Central Americano, em 1913, conforme apontam a Associação Brasileira de Bancos Internacionais – ABBI e a Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN (2004, p. G. et al. p. Assim, a preocupação em se implantar o Compliance no Brasil não surgiu de uma crise, como nos Estados Unidos, mas sim de uma necessidade de ampliação comercial globalizada.
Sabe-se que, atualmente, o mercado econômico é global e dificilmente conseguiríamos viver com qualidade com produtos somente nacionais. O trecho abaixo ilustra bem o que é dito, vejamos: Subestimar o compliance e a importância de jogar dentro das regras é o que explica, talvez, porque a taxa de mortalidade das empresas com até 5 anos de vida beira os 50% no Brasil. Menos de 20% das empresas chegam aos seus 10 anos de vida, em geral, por falta de controles internos, falhas de gestão, respeito às normas e regulamentação. ENDEAVOR BRASIL, 2017) O Brasil tem uma alta taxa de mortalidade de novas empresas, principalmente pela falta de preocupação com os trâmites legais. Muitas vezes observamos um empreendimento sendo aberto em nosso país por pessoas desinformadas, despreparadas. O empresário tem uma ideia, muitas vezes boa e rentável, mas não faz pesquisa de mercado, não se atualiza sobre seus direitos e deveres, não padroniza ou controla seus processos, o que leva ao fracasso.
Uma forma eficiente de divulga-lo é exigir que novos funcionários tenham ciência das regras do código no momento da seleção de ingresso no quadro permanente. É preciso sempre lembrar também que o descumprimento das normas pode acarretar prejuízos patrimoniais, legais e à imagem da marca. Já a detecção se sustenta em sistemas efetivos de controle. O controle é uma função administrativa presente em todos os processos. Deve haver controle nos projetos, no armazenamento de materiais e documentos, controle de produtos não conformes, enfim, o controle é a fiscalização de cumprimento das regras de conformidade. Por essa razão, além de detectar é importantíssimo o cumprimento da última fase: corrigir. A correção é a aplicação das sanções existentes no Código de Ética da empresa.
É primordial que exista um código de ética que preveja penalidades proporcionais aos danos causados por aqueles que descumpriram as normas de conduta. As sanções geralmente vão de uma simples advertência, verbal ou escrita, até a demissão do empregado ou rescisão do contrato com fornecedores e terceirizadas. A penalidade escolhida pela empresa e a forma com que ela for aplicada diz muito sobre os valores da organização. A GESTÃO DE RISCOS 4. O Conceito de Riscos Como já afirmado, não há empreendimento econômico sem riscos. Mas o que é o risco? Como ele aparece na gestão empresarial? Essas são as perguntas que passaremos a responder nesse tópico. A ideia de risco é inerente ao ser humano, e até mesmo aos instintos animais.
Ao ver o fogo na mata, o animal selvagem identifica o perigo e se afasta. Em todos os casos observamos que os autores traçam um cenário incerto, em que o evento não almejado pode se concretizar ou não. E, de fato, risco e incerteza estão intimamente ligados, sendo a incerteza a consequência do risco. Em outras palavras, “risco e incerteza são manifestações da mesma força fundamental: a aleatoriedade; e sua mensuração é feita através da probabilidade [. esta pode nortear o conceito de risco ou de incerteza”. AZEVEDO, M. Se a magnitude estiver muito alta, por exemplo, pode-se implantar medidas de controle. A norma afirma que o controle tem o poder de modificar o risco, por meio de qualquer processo, política ou dispositivo.
Se não se consegue eliminar o risco por completo, sobra-se um risco residual, que pode ser aceitável. No que tange à gestão de riscos, são trazidos princípios que caracterizam essa função como “parte do processo de decisão”, bem como que ela “cria e protege valor”, “aborda explicitamente a incerteza” e é “sistemática, estruturada e oportuna”. Observa-se que a gestão de riscos é uma preocupação com a empresa como um todo, e não específica e pontual para um projeto ou investimento isolado. O Comitê trabalha junto às autoridades dos países buscando maior solidez e estabilidade do sistema financeiro. Ele não possui autonomia para, sozinho, supervisionar as ações dos países, mas conta com grande influência e atua como uma guia para eles.
O Comitê teve sua primeira reunião em 1975 e seu primeiro tratado em 1988, que envolvia os países na busca de “diminuir a desigualdade competitiva entre os bancos internacionais” (TRAPP; CORRAR, 2005, p. Assim, a preocupação com a Gestão de Riscos é uma preocupação cada vez maior, seja no ramo bancário ou empresarial. Mas os riscos podem surgir de várias formas e em vários setores. Riscos Financeiros É a má gestão e a má aplicação dos recursos empresariais Riscos na Gestão de Pessoas “Desarticulação entre a estratégia da empresa”. Desentendimentos entre as pessoas Riscos Ambientais Não atender às exigências do desenvolvimento sustentável. Riscos de tecnologia da informação e telecomunicações A falta de investimentos é o principal risco nesse setor, que ocasiona a desatualização e perdas.
Riscos Operacionais São os riscos com “falta de treinamento, disseminação equivocada com as políticas da empresa” Fonte: AZEVEDO, M. M, et al. Segundo o mesmo autor, a gestão financeira é importante à medida em que auxilia no controle financeiro e permite que se tracem projeções futuras, bem como faz com que o negócio se desenvolva de forma organizada. Ela ainda atua de forma preventiva, diminuindo as chances de não se ter dinheiro para quitar as dívidas ou as obrigações com o fisco. Dessa forma, o gestor tem maior segurança para aproveitar as oportunidades que surgirem no caminho e melhorar sua taxa de lucratividade. E, se o objetivo é lucrar mais, a gestão de riscos e a função Compliance estão intimamente ligados com a gestão financeira.
Facilmente podemos inferir que uma empresa que cumpra as regras impostas externa e internamente, bem como que controle os resultados, detecte erros, corrija-os e avalie os riscos para tomar as melhores decisões é uma empresa com vantagem competitiva pelo capital no mercado. Isso porque a alta administração consegue alcançar uma visão sistemática do que ocorre em todos os departamentos. Contudo, as áreas gerenciais e operacionais também devem seguir o plano traçado para cooperar com a captação de lucro, sendo certo que deve haver uma autonomia entre elas para que os processos não fiquem muito burocráticos (AZEVEDO, M. M. et al. p. Leaders and employees from the private as well as the public sector can experience that they spend their professional lives in a moral minefield.
No matter where they put their feet, a moral dilemma can lay hidden and spring up to demand a swift response from them. In the process of rethinking ethic in organizations we should be guided by a fundamental respect and understanding of the predicament of individuals who work under such conditions. KVALNES, Oyvind, 2015, p. É preciso lembrar, porém, que o Compliance sozinho não é capaz de alcançar todas as metas da empresa. Observa-se, ainda, ser comum que considerável parcela da população mostre-se indignada com a corrupção nas estruturas estatais de poder, mas, no seu dia a dia descumpra as mais comezinhas obrigações de convívio social (v. g. aguardar a vez, respeitar sinais, recolher tributos etc. Esse estado de coisas, quase imperceptível nas origens, traz à lembrança, de imediato, a teoria norte-americana das broken windows, indicando que pequenas infrações, caso não coibidas, evoluirão para infrações mais graves.
Num ambiente democrático, ocorre o mesmo. A gestão de riscos cumpre o papel de preparar a empresa para acontecimentos indesejados, porém inerentes ao mundo comercial. Ela cria previsões, detecta situações adversas e aponta as melhores decisões para encarar os desafios do empreendedorismo. Se bem aplicada, pode transformar um risco em lucro, mitigando seus efeitos nocivos e fazendo com que a empresa ouse no mercado. Juntos na gestão financeira essas duas ferramentas alavancam a empresa, melhoram sua organização, padronizam o seu funcionamento e facilitam o alcance de objetivos e metas traçados. Assim, um bom gestor deve, no início do empreendimento, estruturar a função de Compliance e a gestão de riscos para, no futuro, colher bons frutos na gestão financeira.
Disponível em: < http://www. febraban. org. br/7Rof7SWg6qmyvwJcFwF7I0aSDf9jyV/sitefebraban/Funcao_de_Compliance. pdf>. M. de, CARDOSO, A. A. DARTE, J. G. jun. BERNSTEIN, B. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Vozes: Petrópolis, 1996. COMO gestão de riscos e compliance podem tornar sua empresa mais sólida. rev. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. GITMAN, LAURENCE J. Tradução Célio Knipel Moreira; revisão técnica João Carlos Douat; colaboração especial Arthur Ridolfo]. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. HABERKORN, Ernesto. Guia prático de gestão financeira para PME’s. Manzi VA. Compliance no Brasil: consolidação e perspectivas. São Paulo: Saint Paul; 2008. MINERVINI, N. O Exportador: Ferramentas para atuar com sucesso no mercado internacional.
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