RESENHA CRÍTICA: GRONDIN, Jean. Hermenêutica. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 17-79

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Direito

Documento 1

p. CIDADE XXX 2019 2 APRECIAÇÃO CRÍTICA A priori, no primeiro capítulo da obra objeto de resenha, o autor divaga sobre o surgimento do termo “hermenêutica”, bem como de suas ramificações, em meados do século XVII. Destarte, o referido termo passou a ser usado para a interpretação de textos religiosos, mostrando a diferenciação entre interpretação e entendimento do conteúdo escrito. Ainda segundo o autor, o verbo grego “hermeneuein” significa, ao mesmo tempo, elocução e interpretação ou tradução. Além disso, ressalta que as principais técnicas hermenêuticas foram extraídas da retórica. Friedrich afirmava ainda que se deve buscar o entendimento do discurso a partir da língua. Não obstante, a hermenêutica se divide em duas, a que estuda a gramática e a que estuda a técnica ou interpretação psicológica.

Sua pretensão, sem dúvida, era a implementação de uma “hermenêutica universal”, a qual deveria unificar o sentido amplo do entendimento. Ademais, possuía 2 (duas) distintas visões acerca da interpretação. A primeira seria pelo entendimento puro e simples do texto. Segundo o autor, Heidegger passa a executar a tarefa da hermenêutica no sentido de redespertar a existência do ser, contrariamente à sua tendência de se ocultar a si mesma. No trecho denominado “Uma nova hermenêutica do entender”, o autor esclarece que “a hermenêutica promete recordar à existência as estruturas essenciais de seu ser, às quais Heidegger dará o nome de "existenciais”. Outrossim, Heidegger se afasta, de maneira definitiva, da hermenêutica clássica, já que o seu conceito básico não passa por interpretar o sentido de um texto ou a ideia de um autor, mas, tão somente, elucidar o pré-entendimento da existência, determinando se ela provém ou não de um sentido autêntico.

Destarte, quanto ao círculo do entendimento, Heidegger ressalta que a existência advém do saber e dos seus elementos conceituais primários. Ademais, a sua máxima hermenêutica consiste, basicamente, em destacara a estrutura da antecipação do entendimento, fazendo com que o mesmo não existisse, comprovando seu caráter de rigor e autocrítica. Para ele, o entendimento da arte passou a ser um jogo, no qual o indivíduo é instigado a participar pelos encantos da própria obra. Assim, uma obra é rica em diversidade, pois aduz interpretação e emoções diferente em cada um dos receptores da mesma, ocasião em que o acontecimento sobrepõe o método nas ciências humanas. Não obstante, quanto ao trabalho da história e sua consciência, o autor ressalta, de maneira emblemática, o conceito fundamental da hermenêutica de Gadamer, o qual derivaria do termo alemão “wirkungsgeschichte”.

Em linhas gerais, seria a preocupação na distinção de sua posteridade e de seus prejuízos ao analisar uma obra ou estudar os pensamentos de um filosofo, reconhecendo que a consciência tem uma finitude essencial. O autor finaliza o capítulo em voga fazendo uma breve explanação sobre a fusão dos elementos e sua aplicação e a linguagem, objeto, e elemento da realização hermenêutica, na qual enfatiza a metodologia aplicada por Gadamer e a conclusão de seus estudos dentro da hermenêutica.

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