RESENHA CRÍTICA: COMO AS DEMOCRACIAS MORREM

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Direito

Documento 1

Neste ínterim, portanto, assegura-se que, no presente século, as democracias ruem de maneira lenta e sistemática, de dentro do sistema para fora dele, por intermédio de lideres populistas e ao mesmo tempo de imagem contraditória junto ao seu próprio eleitorado, eleitorado este que os levou ao poder, sem que para isso houvesse o uso da força ou de qualquer força bélica. A própria obra, nesse sentido, destaca que “Porém, há outra maneira de arruinar uma democracia. É menos dramática, mas igualmente destrutiva. Democracias podem morrer não nas mãos de generais, mas de líderes eleitos – presidentes ou primeiros-ministros que subvertem o próprio processo que os levou ao poder”. Ou seja, de acordo com os autores da obra, esses líderes antidemocráticos do século XXI não se apresentam como vilões de imediato, pois, do contrário, não chegariam ao poder, mas sim, colocam em prática sua ideologia autoritária de maneira lenta e bastante sutil, evitando, assim, revoltas populares que possam derrubálos antes mesmo de colocar toda a sua ideologia em ação.

Alguns exemplos das chamadas “grades de proteção” que Trump estaria atacando desde o início de seu governo seriam a mídia, o judiciário e agências independentes de investigação. Assim, esse ataque nada velado representaria um eminente risco à democracia americana, risco esse que foi presenciado em outros países latinos americanos nos últimos anos, como a Venezuela e o Paraguai, se tornando em realidade de maneira assustadora. Outrossim, os autores afirmam que a escolha de Donald Trump para concorrer a presidência dos Estados Unidos da América rompeu com a linha de políticos tradicionais dos partidos republicano e democratas, representando um risco pela forma contundente de se posicionar em vários campos essenciais para a preservação da democracia. Assim, embora os Estados Unidos da América seja um país industrializado e que realizou a sua revolução capitalista, não está imune de se subverter aos riscos de um líder autoritário e antidemocrático que coloque em risco todas as instituições que servem de base para o estado democrático.

Por fim, os autores destacam de que forma entendem que a democracia americana pode ser “salva”, podendo ser aplicado essa metodologia para os demais governos ao redor do mundo. Outra questão que é deveras preocupante é a ameaça às instituições democráticas, como o judiciário e a imprensa independente, já que a retaliação desses órgãos pode representar o surgimento de um governo autoritário na sua essência, mesmo sem o uso da força e de qualquer matéria bélico, como acontecia em meados do século XX. Por fim, conclui-se que a preservação do estado democrático de direito passa pelo fortalecimento das instituições e dos direitos sociais adquiridos ao longo dos anos, pois eles representam a “grade de proteção” contra qualquer pensamento autoritário e antidemocrático.

CRÍTICA DA RESENHISTA A obra é bastante rica no tocante a analise histórica dos governos autoritários existentes a partir do século XX. Nesse meio, interessante observar a constante metamorfose ocorrida na forma dos líderes políticos chegarem ao poder, impondo seus ideais anterrepublicanos. Atualmente, isso não é exclusividade dos Estados Unidos da América, como é abordado com mais afinco na brilhante obra posta em análise, existindo diversos exemplos na América Latina de países que sofrem com governos ditatoriais, mesmo esses líderes terem sido eleitos por meio de eleições limpas e democráticas.

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