Relatorio final estágio
Técnicas bioquímicas A bioquímica clínica é uma área importantíssima dentro de um laboratório de análises clínicas e é um dos setores que mais recebe exames na rotina laboratorial. Durante o período de duração do estágio foi possível perceber que a dosagem de determinados parâmetros bioquímicos são de decisivas para o tratamento e prognóstico de um paciente. A maioria dos resultados fornecem dados quantitativos a respeito de determinadas substâncias como a creatinina e a ureia em fluídos biológicos. Embora seja possível a dosagem de parâmetros bioquímicos de outros líquidos corporais, o sangue e a urina são os líquidos corporais utilizados na maioria das análises principalmente devido à facilidade de acesso para obtenção e a quantidade (GAW, 1999).
Dosagem de Transaminase Glutâmica Oxalacética (TGO) e Transaminase Glutâmica Pirúvica (TGP) As enzimas TGO e de TGP, antes denominadas respectivamente como Aspartato Aminotransferase (AST) e Alanina Aminotransferase (ALT), estão presentes em vários tecidos humanos. Princípio da técnica: de acordo com a Doles, empresa fabricante do Kit utilizado, as transaminases catalisam a transferência de grupamentos amina e alfa aminoácidos para alfa acetoácidos: L-alanina + 2-oxoglutarato glutamato + piruvato (Reação A) L-aspartato + 2-oxoglutarato glutamato + oxalacetato (Reação B) A reação A é catalisada pela TGP, enquanto a reação B é catalisada pela TGO. A TGP cataliza a transferência do grupo amino da alanina para o 2-oxoglutarato, formando piruvato e glutamato. O piruvato é reduzido em lactato pela lactato desidrogenase (LDH) e a coenzima NADH é oxidada a NAD+.
A oxidação de NADH é diretamente proporcional à atividade da TGP. A atividade enzimática é então calculada através da diminuição da absorbância da solução de NADH em 340nm. Logo após, a média das absorbâncias foi calculada por minuto. O valor final da dosagem é expresso em U. I. L. No caso do kit utilizado para a dosagem, há a informação de que a reação é linear até uma concentração de 350 U. Esse parâmetro também pode ser dosado na urina, sendo importante na determinação da capacidade de filtração ou clearance renal (SILVERTHORN, 2009). Metodologia de dosagem: Jaffé modificado, cinética (505 nm). Princípio da técnica: o kit de dosagem da Doles foi utilizado no laboratório e consistiu em um sistema colorimétrico para quantificação da creatinina, sendo que esta reage com o picrato alcalino, formando um complexo de cor amarelo avermelhado (reação de Jaffé).
Amostra: soro, plasma, urina, urina de 24 horas (sem conservantes e refrigerada) e líquido amniótico (refrigerado). Metodologia: Antes de iniciar a dosagem da amostra, foi preparado o regente de trabalho, que consistiu na mistura de 2,0 mL de reagente pícrico com 8,0 mL de água deionizada seguida pela adição de 8 gotas de solução alcalina. Dosagem de uréia A dosagem de uréia é muito utilizada em conjunto com a dosagem de outros parâmetros bioquímicos, como a creatinina, para acompanhamento da função renal (MOTTA, 2000). Metodologia de dosagem: enzimático UV, cinético. Princípio da técnica: a uréia é hidrolisada pela urease e libera amônia e dióxido de carbono. Por sua vez, a amônia reage com 2-oxoglutarato e NADH sendo a reação catalisada pela glutamato desidrogenase (GLDH), com oxidação de NADH a NAD+.
A diminuição da absorbância, medida em 340 nm, é proporcional à concentração de uréia na amostra. O cálculo da concentração final de uréia foi realizado da seguinte forma: Em amostras de urina, onde a diluição da amostra foi necessária, o cálculo utilizado foi o mesmo. A diferença é que o valor obtido foi multiplicado pelo fator de diluição. Dosagem de gama-glutamiltransferase (γ-GT) A enzima γ-GT catalisa a transferência de um grupo γ-glutamil de um peptídeo para outro peptídeo ou para um aminoácido produzindo aminoácidos γ-glutamil e cistenilglicina. Ela está envolvida no transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, na síntese proteica e na regulação dos níveis de glutationa tecidual. A γ-GT é encontrada no fígado, rim, intestino, próstata, pâncreas, cérebro e coração, entretanto, a quantidade de enzima presente no soro é de origem, principalmente, do sistema hepatobiliar.
Essa solução foi homogeneizada rapidamente para logo em seguida ser transferida por aspiração para uma cubeta termostatizada à 37ºC, onde a primeira leitura foi realizada, sendo o cronômetro disparado simultaneamente. As leituras foram repetidas após 1, 2 e 3 minutos. A média das diferenças de absorbância por minuto foram calculadas e utilizadas para o cálculo da concentração de γ-GT (U. I. L). Apesar da exata função metabólica da enzima ser desconhecida, parece estar associada com o transporte lipídico no intestino e com processos de calcificação óssea. No fígado, a fosfatase alcalina está localizada na membrana celular que une a borda sinusoidal das células parenquimais aos canalículos biliares. Nos ossos a atividade da fosfatase alcalina está confinada aos osteoblastos onde ocorre a formação óssea (MOTTA, 2000).
Metodologia de dosagem: cinético, colorimétrico (405 nm). Princípio da técnica: de acordo com a Doles, fabricante do Kit para dosagem de fosfatase alcalina, em meio alcalino, promove a hidrólise do substrato p-nitrofenilfosfato liberando p-nitrofenol. O controle da dosagem foi realizado pela dosagem do padrão e do soro controle e caso os valores desses parâmetros estivessem fora do intervalo de confiança, novas dosagens eram realizadas. Para essa dosagem, é necessário saber o fator de correção relacionado ao comprimento de onda do filtro disponível no espectrofotômetro. Para 405 nm, o fator de correção é 2764. Esse valore foi multiplicado pela média da diferença de absorbância por minuto. A linearidade da reação é obtida até 690 U/L e caso a dosagem ultrapasse esse valor, a amostra deverá ser diluída e o fator da diluição deverá multiplicar o resultado final obtido.
O estágio de imunologia clínica foi realizado no laboratório XXX (colocar o nome do laboratório, endereço e cidade). As atividades foram supervisionadas pelo(a) (técnico, biomédico XXX). Aqui sugiro que você descreva brevemente o local de estágio, período em que fez o estágio, carga horária e distribuição (durante quantos dias?). Técnicas imunológicas Os testes sorológicos estão sendo constantemente empregados para diagnosticar diversos tipos de doenças. Geralmente, estes testes permitem a obtenção dos resultados em curto período de tempo e aceleram a tomada de decisões no tratamento do paciente. I. mL. Amostra: soro. Metodologia: antes da realização dos testes, os reagentes e amostras foram deixados sobre a bancada até se ambientarem à temperatura do laboratório.
Para o teste, foi necessário utilizar uma lâmina específica de cor escura com vários círculos que permite a visualização da aglutinação e hastes de plástico fornecidas pelo próprio kit para auxiliar na homogeneização da amostra e o reagente de látex. Nem todos os pacientes apresentam o soropositividade para o FR, principalmente no início da doença. Embora seja um teste imunológico, a sensibilidade da técnica é baixa e sua especificidade também é limitada, já que o FR pode ser positivo em pessoas sem artrite, inclusive em outras patologias, sendo essa prevalência aumentada com o envelhecimento. Assim, a negatividade do FR não exclui o diagnóstico de artrite reumatoide e o diagnóstico deve ser acompanhado em conjunto com a clínica do paciente (MOTA et al.
Técnica imunológica Metodologia de dosagem: qualitativa. Princípio da técnica: a dosagem do fator reumatoide do soro é realizada em uma lâmina onde as partículas de látex adsorvidas com anticorpos contra o fator reumatoide. O látex e o soro, ou os controles, foram homogeneizadas logo em seguida, sendo que para cada análise foi utilizado uma haste plástica diferente. Após homogeneizar as amostras, a placa foi movimentada circularmente durante aproximadamente 3 minutos para que se procedesse à interpretação do teste, que foi considerado positivo quando houve aglutinação visível e negativo quando a suspensão ficou homogênea. O soro contendo mais de 8 U. I. mL de fator reumatoide leva à aglutinação do látex. L. Venereal Disease Research Laboratory) foi utilizado no laboratório e consiste em um antígeno formado por lecitina, colesterol e cardiolipina purificada, sendo que a cardiolipina é um componente da membrana plasmática das células dos mamíferos que é liberado após dano celular.
A cardiolipina encontra-se presente também na parede do T. pallidum (AVELLEIRA; BOTTINO, 2006). Metodologia de dosagem: qualitativa. o que confere estabilidade ao mesmo, segundo informações fornecidas pela bula do fabricante. Amostra: soro, não é necessário inativar o complemento. Metodologia: antes da realização dos testes, os reagentes e amostras foram colocados sobre a bancada até alcançarem temperatura ambiente. O antígeno foi homogeneizado e as placas escavadas utilizadas para o teste, previamente desengorduradas em álcool, foram colocadas sobre a bancada. Foram colocados 50 µL da amostra e do controle positivo em cada poço da placa de reação. De modo geral, os testes são bem semelhantes, sendo que a interpretação varia de acordo com o limite de detecção de cada teste imunológico. De modo sucinto, foi necessário realizar uma titulação do soro dos pacientes e a partir dos soros diluídos foram realizados os testes qualitativos para cada diluição.
Quanto maior a titulação em que o teste qualitativo foi reagente, maior é o título do exame, indicando maiores níveis séricos dos anticorpos ou antígenos de acordo com o que cada técnica indica especificamente. Referências AVELLEIRA, João Carlos Regazzi; BOTTINO, Giuliana. Syphilis: diagnosis, treatment and control.
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