RELATÓRIO DESCRITIVO-ANALÍTICO DE ATIVIDADES LETIVAS

Até pouco tempo atrás, o fracasso escolar estava associado a questão social, porém, com o tempo observou-se que o currículo tradicional também era responsável por esse fracasso. Com o fenômeno da teoria crítica e pós crítica, que advogava a necessidade de se inserir as especificidades socioculturais nos currículos, uma educação democrática, que visasse a socialização do conhecimento, o currículo foi passando de estático para multidisciplinar e interdisciplinar. A ideia era simples, tornar o currículo capaz de desenvolver uma pedagogia crítica, que permitisse aos alunos, principalmente os mais pobres, uma autonomia do saber e a refletir sobre seus processos de luta. De acordo com essa perspectiva, esses conhecimentos são considerados instrumentos indispensáveis na luta política desse segmento social, bem como elementos indispensáveis para a participação efetiva na vida em sociedade Os que defendem essa posição argumentam que a escola é o único 12 espaço que permite às crianças das camadas populares o acesso ao conhecimento sistematizado.

Essa posição é chamada de universalista e os educadores que a defendem afirmam que existem saberes, conhecimentos e valores que são universais e transculturais, por fazerem parte do patrimônio cultural da humanidade. Trancafiar os alunos em uma sala de aula, onde o professor é o único detentor de conhecimento, em uma metodologia onde os alunos apenas recebem os conteúdos não parece ser muito atrativo. Qualquer tentativa de fuga da atenção, seja trocar informações com os colegas, mexer no celular, e outras ações, são vistas pelos professores como uma forma de indisciplina. Com o passar dos anos, novos instrumentos de comunicação foram sendo inseridos da didática pedagógica do professor, principalmente no que diz respeito a modificação do currículo com a integração das tecnologias, além disso, saber utilizar os espaços virtuais como ferramentas de interação e aprendizado.

A ‘internet’ configura uma ferramenta importante, ela poda pesquisar, acessar materiais e nos inteirar der praticamente tudo que acontece no mundo. Esse vínculo que temos com o mundo virtual não pode se tornar dissociado e rejeitado pela educação, é necessário, mudar a estrutura educacional, e se apropriar das vantagens as ferramentas computacionais podem proporcionar. Não agredir, ofender, regras responsáveis pela manutenção do bem comum. Como regras convencionais, apresenta-se como regras específicas, no caso da escola, a proibição do uso de aparelhos eletrônicos dento da sala de aula. NOVA ESCOLA (2009). A falta de estrutura física nas instituições de educação, a merenda escolar que nem sempre é de qualidade, a falta de qualificação dos professores, é vista como motivo de reclamação e desmotivação por parte da comunidade escolar.

Comumente a comunidade docente, duvida das capacidades e habilidades dos alunos. Tudo se resume a números, os alunos, professores, as notas, tudo se resume a números que irão virar estatísticas na mesa de alguém. Problemas familiares, a falta dos pais e do afeto, traz uma enorme carga de carência e de atenção nos alunos, eles descarregam suas frustrações na escola e nos professores, as atitudes desses alunos são comumente vistas como indisciplina. Existe uma falta de compreensão e empatia da escola para com os alunos. O isolamento social traz à tona outro problema que pode influenciar a vida dos alunos, a violência doméstica, por estarem em casa por mais tempo, crianças e jovens irão presenciar com mais frequência os atos de violências.

Nesse sentido, existe a necessidade de que a escola elabore planos de acompanhamento psicológico para os alunos, e também para os professores, pois a escola deve conseguir compreender quando os atos de indisciplina estão vinculados com estresse traumático por conta da violência doméstica. O docente deve estar disposto a estudar, visto a quantidade de novas informações que surgem a todo o momento. Deve estar aberto ao diálogo, desenvolver habilidades como ler, escrever, pesquisar, e solucionar problemáticas. Uma das dificuldades à docência, é a falta de acompanhamento qualitativo, por parte das instituições, não havendo possibilidades de descobrir quais as necessidades de uma qualificação dos professores e qual o nível de qualificação que cada professor deve receber. O país vem observando pesquisas europeias que apresentam um modelo de ‘professor reflexivo”, para além da aplicação dos saberes, o professor tem que ter a capacidade de refletir sobre sua prática pedagógica.

Ou seja, tem que haver uma interação entre a reflexão da boa prática pedagógica e um conhecimento sobre os conteúdos curriculares. O problema das escolas e dos educadores é que, não estão conseguindo acompanhar esses processos, o uso das tecnologias da informação, não está sendo utilizado como uma ferramenta capaz de otimizar e melhorar os processos pedagógicos. As aulas, ainda são lecionadas de forma tradicional baseadas em um ensino vertical, onde o professor é o locutor e os alunos os receptores das informações, não havendo assim nenhuma brecha para a interação. Existe uma necessidade imediata das escolas de modificarem seus currículos, integrando tecnologia e conteúdo, e para além disso, saber utilizar os espaços virtuais como ferramentas de interação e aprendizado A internet configura uma ferramenta importante, com ela podemos pesquisar, acessar materiais e nos inteirar der praticamente tudo que acontece no mundo.

Esse vínculo que temos com o mundo virtual não pode se tornar dissociado e rejeitado pela educação, é necessário, mudar a estrutura educacional, e se apropriar das vantagens as ferramentas computacionais podem proporcionar. é fundamental que se desenvolva competências que integrem a sociedade por meios não convencionais. A gamificação é uma metodologia ativa mais parecida com uma atividade lúdica, ela consiste em realizar atividades com elementos de um jogo, engloba vários conhecimentos, fases, personagens, pontuação. É uma ótima ferramenta de aprendizagem, os jogos educacionais estimulam a realização de atividades que, caso fossem aplicadas da maneira tradicional, não teriam a mesma motivação e interação por parte do alunato. A pratica docente como já foi apresentada acima, ainda segue as metodologias tradicionais, tanto o currículo escolar quanto a formação dos professore, ainda são deficientes de uma qualificação, para se desenvolver competências educacionais que acompanhem o desenvolvimento tecnológico.

Não obstante, pesquisas e iniciativas mostram que a utilização de tecnologias da informação, agregadas a práticas educacionais modernas, apresentam resultados significativos no processo de aprendizagem doa alunos. O professor, tendo o papel de mediador, deve se ater para as ferramentas tecnológicas que estão a sus disposição, e se dissociar das práticas tradicionais de ensino. A interação entre esses conhecimentos se torna efetiva quando a assimilação não destoa ou modifica o conhecimento já preestabelecido. Os tipos de conteúdo de aprendizagem são classificados em conceituais, procedimentais e atitudinais, os conceituais são referentes aos (conceitos, fatos ou dados, princípios gerais). Os procedimentais (técnicas e estratégias), os atitudinais se classificam em (atitudes, normas e valores). São essas três tipologias que solidificaram as competências gerais estabelecidas na BCNN.

Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Para que isso ocorra, é imprescindível que a escola crie uma gestão escolar, que abranja todos os espaços democraticamente, “professores, alunos, funcionários, pais e todos os que são responsáveis por uma “ação” que se desenvolva na e para a escola” (Ferreira, 2009, pág. A efetivação de uma gestão democrática, se dará a partir do momento em que deixar de ser individualista e passar a abranger o todo, inclusive com a promoção de projetos sociais e culturais, onde a diversidade de opiniões e identidades são apresentadas.

Essa aproximação entre escola e aluno, é o estabelecimento de um terreno fértil para o aprofundamento das relações interpessoais. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. n. p. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão e organização escolar. IESDE BRASIL SA, 2009. n. p. GAUTHIER, C. et al. Por uma teoria pedagógica: pesquisa contemporâneas sobre o saber docente. p. outubro 2009. Disponível em: https://novaescola. org. br/conteudo/1696/o-que-e-indisciplina.