Relatório de estágio em Orientação Profissional

Tipo de documento:Relatório

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

ANÁLISE CRÍTICA TEÓRICO - PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO DO MATERIAL PSICOEDUCATIVO 4 2. INTERESSE PESSOAL E RELEVÂNCIA PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 4 2. ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL 5 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO 10 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS 11 1. INTERESSE PESSOAL E RELEVÂNCIA PARA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Segundo Sartori et al. a escolha da profissão está intimamente relacionada a alguns fatores, tais como a imposição da sociedade, seu próprio interesse pessoal e a forma como seu meio social foi internalizado. Por isto, os autores afirmam que nem sempre é fácil a opção por uma profissão, tendo em vista que os diferentes fatores que interagem entre si podem tornar a escolha uma tortura para o indivíduo. Na mesma direção, Bardagi et al. apontam que a satisfação sobre a escolha apropriada da profissão está relacionada a aspectos vocacionais, contextuais da realidade do trabalho e a aspectos pessoais.

A humanidade já viveu grandes saltos, entretanto, o conceito de trabalho continua enraizado na vida do homem, que depende do trabalho por uma série de fatores, ainda que bem mais elaborados, não deixam de ter vínculo com a mesma razão pela qual o homem primitivo desenvolvia suas atividades, a sobrevivência (FERREIRA, FERNANDES, SILVA; 2009). Ainda conforme Ferreira, Fernandes e Silva (2009), apesar da razão base ser a sobrevivência, uma vez que vivemos em uma sociedade capitalista e existe uma necessidade financeira para o indivíduo se manter, o trabalho também se tornou um meio para o homem desenvolver suas habilidades, expressar sua identidade, alcançar status social. Assim o trabalho é tido como uma utilidade social, visto que culturalmente se impõe rótulos sociais pejorativo aos indivíduos que não estão no mercado de trabalho por opção própria.

Diante desta demanda e da complexidade que se tornou o trabalho com o passar dos anos, a prática de Orientação Profissional se desenvolveu através da criação dos Centros de Orientação Profissional nos Estados Unidos e na Europa, no início do século XX. O objetivo desta orientação não era parecido com o que se propõe atualmente, tendo em vista que procuravam identificar indivíduos inaptos para determinadas funções, com o escopo de evitar acidentes de trabalho, bem como garantia a alta produtividade (LASSANCE, SPARTA; 2003). De acordo com Andrade, Meira e Vasconcelos (2002), diante das transformações da sociedade e do mercado de trabalho, existe um questionamento de como a orientação profissional deve ser operacionalizada. Desta forma, afirmam que a orientação não pode ocorrer fora de um contexto, uma vez que se isso ocorrer, não atingirá seu objetivo final.

Diante disso, a utilização de testes e técnicas psicológicas só têm eficácia se seus resultados forem verificados em um amplo contexto, de modo que cada cliente seja único. É importante destacar que a orientação profissional se trata de um processo que tem como um de seus objetivos favorecer o acesso às informações referentes ao mercado de trabalho e às profissões, sendo o profissional uma espécie de intérprete entre o cliente e o mundo do trabalho. Neste sentido, o profissional é considerado um facilitador que precisa estar comprometido com sua atividade, que é o de induzir o indivíduo ao conhecimento e à reflexão com o escopo de escolher sua profissão de modo consciente e maduro (ANDRADE, MEIRA, VASCONCELOS; 2002). Segundo Costa (2007), enquanto psicólogo, o profissional não pode desconsiderar o autoconhecimento do cliente e a realidade do mercado de trabalho em que ele gostaria de se inserir.

Por isto, trata-se de uma escolha que requer reflexão e que muitas vezes pode estar permeada por dificuldades, angústia, alegrias e concessões, tendo em vista que a pessoa tem que se responsabilizar por si e, portanto, por suas escolhas. No entanto, como bem destaca o autor supracitado, embora a orientação profissional esteja relacionada à uma escolha, ela deve estar em sintonia com o autoconhecimento do indivíduo, neste sentido, não cabe ao psicólogo conduzir deliberadamente o cliente para uma escolha que ele acredita que seja gratificante do ponto de vista financeiro apenas (COSTA, 2007). Melo - Silva et al. realizaram um estudo com 84 profissionais, composta por 18 pedagogos e 66 psicólogos presentes no IV Simpósio Brasileiro de Orientação Vocacional e Ocupacional, com o objetivo de aplicar um questionário de modo a coletar quatro categorias de informações, quais sejam: dados profissionais, prática desenvolvida, caracterização da clientela e perspectivas e necessidades deste campo de atuação, de modo que os dados obtidos foram divididos em grupos de psicólogos e pedagogos.

PROBLEMATIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO Em relação aos resultados alcançados é possível destacar que embora a cliente ainda apresente certa indecisão sobre sua carreira profissional, foi possível notar, através do questionamento e do diálogo estabelecido entre nós, que a cliente tem planos bem estabelecidos para os próximos anos, tanto no que se refere a projetos pessoais como profissionais. A cliente se mostrou bastante participativa e interessada durante as sessões, o que facilitou a compreensão de sua queixa e de suas alternativas para atingir seus objetivos de forma mais assertiva com as pessoas e em seu âmbito profissional. Desta forma, de modo geral, é possível concordar com Melo - Silva et al. que apontam a necessidade de uma formação ou estágio direcionado à Orientação Profissional para o psicólogo que deseja trabalhar com esta demanda, uma vez que, como toda área de conhecimento, requer dedicação, estudo, conhecimento e prática de modo a promover os melhores resultados possíveis para o cliente que procura por ajuda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio Específico em Intervenções Psicológicas IV, realizado durante o segundo semestre do ano de 2020, nos ajudou a construir uma base sólida de conhecimentos teóricos e práticos por meio da oportunidade de conhecer um pouco mais a rotina de atendimento clínico. de. O processo de orientação vocacional frente ao século XXI: perspectivas e desafios.  Psicol. cienc. prof. Psicol. Esc. Educ. Impr. Campinas , v. Psicol. USP, São Paulo , v. n. p. Dec. Valores organizacionais: um balanço da produção nacional do período de 2000 a 2008 nas áreas de administração e psicologia. Disponível em < http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712009000300006&lng=pt&nrm=iso > LAMAS, K. org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2017000200016&lng=pt&nrm=iso LASSANCE, M.

C. SPARTA, M. A Orientação Profissional e as transformações no mundo do trabalho. Orientação vocacional ocupacional. Porto Alegre: Artmed, 2 ed. pp. MELO-SILVA, L. L. prof, São Paulo , v. n. p. dez. Disponível em <http://pepsic. prof, São Paulo , v. n. p. dez. Disponível em <http://pepsic. Psicol.   Londrina ,  v.  n.  p.   Disponível em http://pepsic. A. et al. Interesses profissionais de jovens de ensino médio: estudo correlacional entre a escala de aconselhamento profissional e o self-directed search carrier explorer. Estud. psicol. bras. orientac. prof,  São Paulo ,  v.  n.  p.

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