REDUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ESCOLAS PÚBLICAS
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Ciências Políticas
GEE (2010), Rosa (2017), entre outros, enfatizando a importância da educação ambiental fomentada nos termos de sustentabilidade para motivar a comunidade escolar a participar ativamente do plano de conservação de energia elétrica para as escolas públicas. Contudo, concluí-se que as escolas que seguiram os manuais propostos para a redução de energia elétrica, obtiveram resultados significativos na redução da conta, porém, isso só foi possível devido ao planejamento, organização e o trabalho coletivo de toda a comunidade escolar mediante os preceitos da sustentabilidade. Palavras-chave: Redução. Energia Elétrica. Escola Sustentável. O Plano de Conservação e Uso Racional da Energia Elétrica foi desenvolvido para as escolas públicas com o intuito de reduzir o consumo de energia elétrica de forma consciente e sustentável, para isso, contou com uma série de medidas e orientações elaboradas pela Coordenadoria de Planejamento e Política Energética do Estado de São Paulo (CPPE, [2010]), segundo o plano para economizar energia elétrica é preciso seguir a risca uma série de orientações, além de fazer um levantamento da instalação elétrica e/ou iluminação, identificando todos os equipamentos que podem vir a causar danos ou prejuízos para a escola.
Para analisar o consumo de energia da escola, bem como verificar possíveis desperdícios nas instalações, é interessante fazer um cadastro atualizado dos equipamentos elétricos disponíveis na escola, o mesmo deve ser preenchido pelo responsável pela manutenção elétrica e encaminhado à área de acompanhamento. A Figura 1 apresenta o consumo de energia elétrica de uma escola pública. Figura 1- Consumo de Energia Elétrica por Usos Finais Fonte: CPPE A figura 1 mostra o consumo de energia de uma escola que consumiu 70% de energia elétrica com a iluminação, 14% foram gastos com as bombas de recalque e 16% para outros equipamentos elétricos, a análise do consumo deixou bem claro que há necessidade de fazer trocas, reparos ou adotar simples medidas como, por exemplo, desligar a luz quando a mesma não está sendo usada, contudo é importante verificar como está sendo a utilização de outras dependências, assim como os equipamentos elétricos que possivelmente estão sob responsabilidade de serviços terceirizados e as bombas de recalque se está corretamente dimensionado para atender as necessidades da escola.
Outras medidas importantes a serem adotadas são acompanhar mês a mês, as contas de energia, (Figura 1. O uso de sensores de presença também se apresenta como uma ótima alternativa para a operação dos sistemas de iluminação em escolas, pois, o aparelho detecta a presença do usuário, acendendo automaticamente a iluminação e desligando-a depois que o ambiente foi desocupado. Pode ser instalado em diversos locais como, corredores, halls, sala de reuniões, etc, (CPPE, [2010?]). Com os avanços tecnológicos nos acostumamos a usar a iluminação artificial até durante o dia, hábito desnecessário e que consome muita energia elétrica inutilmente, sendo que há grande quantidade de luz natural disponível que pode ser aproveitada executando tarefas que precisam de maior iluminação junto às janelas, desligando a iluminação artificial dos ambientes quando a luz natural for suficiente, mantendo as janelas sempre limpas, se necessário instalar venezianas ou cortinas para controlar a entrada de luz natural, evitando a incidência de luz solar direta, quando possível, utilizar vidros com filtros de radiação que permitam a entrada da luz, mas impedem a entrada de radiações que aquecem o ambiente.
Melhorar as condições do ambiente pode reduzir o consumo de energia sem perder o privilégio do conforto visual e isso é possível com práticas simples como, por exemplo, manter as paredes, tetos e pisos das salas de aula limpos, os mesmos devem ser pintados com cores claras, sem brilho e que não causem reflexos, nos ambientes com pé direito muito alto, as luminárias podem ser rebaixadas, tomando cuidado com o ofuscamento. Contudo, ainda é de extrema importância citar sobre o desperdício de água que está diretamente relacionado ao desperdício de energia elétrica, portanto é preciso que alguns procedimentos sejam adotados na operação do sistema hidráulico, como por exemplo: • Fazer a inspeção das torneiras, tubulações e conexões aparentes, registros, vasos sanitários, procurando detectar vazamentos; • Optar por equipamentos como torneiras eletrônicas, que reduzem o consumo de água em até 40%, válvulas de descarga automáticas para mictório que economizam 50% de água quando comparadas com as convencionais e bacias sanitárias que economizam 50% em relação às convencionais; • Orientar alunos, professores e funcionários da escola sobre o uso correto do mesmo.
As Políticas Públicas para a implementação das escolas sustentáveis instituem que as mesmas devem ser “incubadoras de mudanças”, enfatizar o discurso e a atitude de modo que estimulem o conhecimento, o compromisso e a participação efetiva de toda a comunidade escolar com a responsabilidade e o exercício consciente da cidadania, instigando os sensos de coletividade, organização e de transformação (MOREIRA et al, 2013, p. Contudo, acredita-se que alunos, professores e comunidade, quando inseridos nesse cenário, possam sensibilizar-se com as questões socioambientais, ampliando o seu conhecimento de mundo e as maneiras de estar e sentir-se como parte dele. Atualmente com a crescente expansão da sociedade consumista que a cada dia explora mais recursos naturais, cresce também a preocupação mundial com o aquecimento global e as mudanças climáticas, relatadas no Protocolo de Kyoto, desde então, iniciou-se a busca pela sustentabilidade uma das principais alternativas para tentar remediar o impacto gerado ao meio ambiente ao longo do desenvolvimento econômico.
As chamadas mudanças socioambientais globais avançam à medida que as ações humanas causam impactos ao Planeta e de certa forma influenciam as relações sociais que precisam ser mediadas por parte do poder público e segmentos sociais ideológicos, quanto mais pessoas se derem conta da sua dependência com o meio natural, maior será o nível de comprometimento com as questões ambientais (MOREIRA et al. p. p. A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) é uma empresa do grupo Neoenergia que distribui energia elétrica a 5,8 milhões de unidades consumidoras, atendendo a 15,3 milhões de pessoas. Além do compromisso primordial de fornecer energia elétrica de qualidade e com segurança para o desenvolvimento do Estado da Bahia, a concessionária adota um modelo de gestão social responsável em todas as suas atividades, visando à criação de valores para o negócio e à contribuição para uma sociedade sustentável por meio de projetos em parceria com a Secretaria de Educação.
O projeto consiste em orientações sobre o uso racional e eficiente da energia elétrica, ensinando de forma lúdica e interativa e metodologia com o uso de recursos multimídia, palestras e experimentos inovadores. Para tanto, um caminhão foi adaptado para o desenvolvimento das ações pedagógicas, o mesmo se transforma numa sala de aula climatizada, com recursos tecnológicos avançados para atender alunos e professores de uma forma dinâmica e atrativa (COELBA, 2016). O Governo do Estado, mais precisamente as Secretarias de Educação e a Coordenadoria De Energia Elétrica, possuem um material didático, do tipo manual, cadernos, apostilas que orientam através de práticas e ações simples, porém, eficientes que trazem resultados significativos para a redução de energia elétrica na escola.
As escolas por sua vez, são orientadas para não somente seguir esses manuais de redução e aproveitamento de energia, mas também para tornarem-se espaços educadores sustentáveis que através da adequação do seu Projeto Político Pedagógico (PPP) podem utilizar a educação ambiental como uma ferramenta para estabelecer o diálogo, o trabalho coletivo, o pensamento crítico e as inter-relações com o meio ambiente. Contudo, conclui-se que as escolas que seguiram as orientações dos manuais propostos para a redução da energia elétrica, alcançaram resultados significativos, mas isso só foi possível graças ao planejamento, à organização, o trabalho coletivo e a conscientização dos alunos, professores e comunidade escolar mediante os preceitos da sustentabilidade, ou seja, a mudança nos valores, nas habilidades e competências dos alunos é que estimulam as práticas para o engajamento socioambiental.
REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR5413, Iluminância de Interiores, Rio de Janeiro-RJ, p. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, MOREIRA, T. CAMPOS, N, M. BARBOSA, N, H, R. SANTOS, R, S. coelba. com. br/Noticias/Pages/educacao-energia-itabuna. aspx Acesso em: 09 jun. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Resolução CD/FNDE nº 18, de 21 de maio de 2013. Regulamenta sobre a destinação de recursos financeiros nos moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas públicas municipais, estaduais e distritais que possuam alunos matriculados na educação básica, de acordo com dados extraídos do Censo Escolar do ano imediatamente anterior ao do repasse, a fim de favorecer a melhoria da qualidade de ensino e a promoção da sustentabilidade socioambiental nas unidades escolares.
Disponível em: http://www. fnde. gov.
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