Qualidade de atendimento em unidade de terapia intensiva

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Objective: To analyze the feelings and difficulties of family members of patients in the intensive care unit. Materials and Methods: This is a qualitative study with analysis of theoretical discourse. Results: the feelings of family members on the impact of the ICU: the lack of information provided by the unit team and the fear of the unknown, more clearly in the medical reports, schedules of visits more flexible interaction between the family and your loved one hospitalized in the intensive care unit in order to value them as part of the care process. Objetivo: Analizar los sentimientos y las dificultades de los familiares de los pacientes en la unidad de cuidados intensivos. Materiales y Métodos: Se trata de un estudio cualitativo con el análisis del discurso teórico. Apesar de ser um local ideal para o atendimento de pessoas gravemente enfermas, a UTI possui um dos ambientes hospitalares mais agressivos, tensos e traumatizantes, hostil pela própria natureza, onde o cuidar é tecnicista e mecânico, desprovido, muitas vezes, dos sentimentos dos doentes e seus familiares.

As UTI são unidades que tem como objetivo concentrar pacientes em estado crítico ou de alto risco, passíveis de recuperação, num local que concentre equipamentos, materiais e pessoal treinado para o adequado tratamento e cuidado¹. Entre os a aspectos relevantes destaca-se a área física restrita, a presença de equipamentos sofisticados, a dinâmica ininterrupta de trabalho da equipe, sons monótonos e constantes de monitores e ventiladores mecânicos, iluminação e ventilação artificiais, a falta de janelas para a visualização do meio externo e outros, contribuindo para que o paciente, família e equipe multiprofissional vivenciem estresse emocional, dificultando o enfrentamento da experiência da enfermidade e seu cuidado1. O familiar neste contexto se inclui como cliente no processo terapêutico e assistencial ao paciente crítico, completando-o no momento às suas necessidades.

Em geral, o paciente sente a separação da família e exteriorizam a saudade e a vontade de retornar ao convívio familiar. A avaliação que a família faz é, muitas vezes, leiga. Ela está preocupada e atenta à boca, pele ressecada, unhas compridas, cabelo despenteado, uso de cobertor, luzes direta ou indiretamente sobre o paciente, quietude ou barulho do ambiente, falta de relógio para orientá-lo, diferenciando do cuidado técnico, científico e diagnóstico4. Segundo os autores que publicaram artigos desde 1998 a junho de 2009, constatou-se que não é suficiente deixar a família entrar na UTI. É necessário “trabalhá-la” para potencializar nosso trabalho, é preciso questioná-la sobre as dúvidas, observar-lhe as reações e comportamentos, entender-lhes as emoções. A família também está ansiosa, se sentindo isolada, com medo da morte e “sem controle” da situação.

Então, é um desafio, pois ao se deparar com tantos equipamentos os quais desconhecem suas necessidades sente-se deprimido e amedrontado, optando por manter as mãos longe do leito3. O profissional tem o dever de fornecer respostas adequadas às indagações dos familiares suprindo suas necessidades sobre a assistência prestada. A comunicação é um dos principais obstáculos vivenciados pelo familiar que tem um dos seus membros internados em UTI, sendo que a mesma pode interferir positivamente ou negativamente na relação familiar/ paciente/ serviço de saúde3. “Comunicação adequada é aquela apropriada a uma determinada situação, pessoa, tempo e que atinge um objetivo definido, ou seja, para que ocorra, é necessário que exista resposta e validação das mensagens enviadas”2 Muitos familiares procuram esclarecimentos a cerca do que foi transmitido.

A maioria desconhece o significado dos termos técnicos empregados sugerindo que as expressões contidas no informativo, além de dificultar o entendimento, podem gerar momentos estressantes e angustiantes aos familiares, uma vez que o mesmo por não compreender a linguagem técnica empregada, pode fazer interpretações e obter conclusões equivocadas sobre as informações recebidas2. A seguir, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação do trabalho no formato Vancouver. Resultados e Discussão Após a análise do material bibliográfico foi possível identificar a literatura a respeito dos sentimentos e as dificuldades vivenciadas pelos familiares de pacientes internados em UTI, segundo pesquisas científicas na biblioteca virtual em saúde no período de 1998 a 2008, mas este não é um tema recente.

Desde os primórdios as pessoas convivem e compartilham o seu dia a dia, sendo a família uma unidade social aproximadamente conectada ao paciente através de amor, podendo ou não ter laços legais de consanguinidade6. Nos últimos, dez anos, ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, utilizando-se as palavras-chave: UTI, Família e Equipe de Saúde encontrou-se 243 artigos publicados entre 1999 e 2009. Foram excluídos 214, pois não abordavam o tema, sendo, portanto, incluídos neste estudo 29 publicações. b) O boletim informativo: uma linguagem técnica, simplificada e não individualizada. As informações do estado de saúde do paciente são passadas aos familiares esporadicamente, com horários específicos, em boletins médicos.

Estes mesmos boletins, não trazem informações claras, precisas e são restritos, sistematizados e mal elaborados, não adotando critérios de extrema importância aos olhos dos familiares. A linguagem é confusa, adotando termos técnicos, de difícil compreensão por leigos envolvidos em preocupações acerca da possibilidade de morte de seu parente9. Contudo, o boletim deve ressaltar uma linguagem de fácil compreensão, abordar aspectos relevantes às preocupações da família, pois muitas vezes são pessoas leigas que não participam do processo técnico da recuperação de seu ente. Para a família, que assume esse sentimento de culpa e impotência por não poder assumir parte do cuidado, o que reflete é a maneira como seu paciente está sendo tratado naquele ambiente hostil e frio10.

Os familiares encontram seu paciente portando vários aparelhos tecnológicos, com os quais a equipe está habituada, porém para eles é assustador. Eles vêem os equipamentos fixados no seu parente e relutam em tocá-lo por medo de causar dano. Percebem também a iluminação artificial em tempo integral, alarmes acionados, odores típicos, podendo até dar a falsa impressão de maus tratos e exarcebar à gravidade do diagnóstico10. Diante dos estudos apresentados acima, percebe-se que, os sentimentos variam entre o medo do desconhecido e inesperado, angústia, ansiedade, desorganização e desequilíbrio físico e emocional, sensação de proximidade com a morte, já as dificuldades são, principalmente, em relação as informações repassadas com linguagem técnica, confusa e de difícil compreensão compactadas em boletins médicos, horários de visita com regras, sem exceção das normas implantadas pela equipe e as diferenças entre a percepção do cuidar tecnicista e rotineira da equipe de saúde do cuidar da família refletido pela maneira como o seu ente querido está sendo tratado de uma forma simples como cabelos penteados, por exemplo.

Barbosa EC, Rodrigues B. Humanização nas relações com a família: um desafio para a enfermagem em UTI pediátrica. Acta Scientiarum Health Sciences 2004; 26(2): 205-212. Nascimento ERP, Trentini M. O cuidado de enfermagem na unidade de terapia intensiva (UTI): teoria humanística de Paterson e Zderad. Senna SG. Visitas e acompanhantes em Unidade de Terapia Intensiva. O Mundo da Saúde 2001; 7(2): 37-41. Silva MJP, Cintra EA, Sishide VM, Nunes WA. Assistência de enfermagem ao paciente crítico.

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