Prova Economia Rural
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Economia
Observa-se que o setor privado se preocupa mais na renda da terra, no lucro que pode ser extraído da produção, sem se importar com a função social que o espaço rural pode trazer. Como bem pontua Feijó, ele compara o desenvolvimento rural ao desenvolvimento das indústrias, e afirma que o meio rural, o campo deve agregar valor aos seus produtos, insistindo nas qualidades dos produtos in natura, mostrando a sua biodiversidade, investindo em homeopáticos, plantas medicinais, por exemplo, incentivando a venderem a preços elevados. O autor salienta que os produtores rurais precisam ter criatividade para demonstrar as variedades de oportunidades que o campo oferece e não se limitar apenas a produção agropecuária, ele ainda indica o turismo como uma boa alternativa e que pode ser mais explorada no meio rural, bem como os spas, centros de repouso e reabilitação, dentro do espaço rural, ofertando mais serviços rurais, incentivando o turismo rural, com atividades ligadas ao meio ambiente, ao estilo de vida do residente do campo, a criação de parques nacionais com infraestrutura, o autor elenca várias possibilidades que podem ser exploradas pelo desenvolvimento rural e que não está ligado intrinsecamente a produção agrícola.
A agricultura é só um vetor de desenvolvimento, não se pode tomar um pelo todo, ela representa só uma parte do mundo rural, o autor nos mostra como enxergar este território além do mundo agro, um local em que é necessário educação, saúde, logística e questões institucionais, o autor nos mostra que é necessário enxergar o espaço rural como um espaço multiterritorial e cheio de possibilidades a serem aproveitadas pela população que vive/reside no campo. Mas mesmo elencando estas oportunidades, Feijó, ressalta que o desenvolvimento rural não se dá sozinho, não funciona apenas pelas forças de mercado, pela “mão invisível” do mercado, lembra da importância do Estado nas políticas de promoção ao espaço rural, ele deve garantir alguns instrumentos competentes de política, inserindo o público rural na construção de marcos legais e de reestruturação das instituições.
O autor relembra que no planejamento estratégico utilizado pelo país resultou na má distribuição da ocupação espacial do país, em que temos grandes vazios existentes no território, ocupando-o de forma heterogênea e desarmônica. O espaço rural é visto apenas como o local da produção de alimentos e recursos minerais em que é destinando as cidades, então o espaço rural fica apenas definido como o espaço da produção. Feijó salienta ainda do caráter residencial do espaço rural, onde muitas pessoas o escolhem como o seu local de assentamento, devido ao aspecto “calmo” do lugar. Também pontua o caráter natural do espaço rural, como local que abriga a paisagem não modificada. O autor tem como objetivo como conciliar o desenvolvimento econômico do espaço rural com a manutenção dos sujeitos do campo em seu local verdadeiro, de forma a preservar os recursos naturais mantendo o equilíbrio ecológico.
O autor aponta ainda que estes modelos soam mais como teorias explicativas e que não funcionam como guias de intervenção na agricultura, pois ela é dinâmica e ainda mais como um país como o Brasil em que o território é gigantesco e apresenta várias características climáticas, geomorfológicas, pedológicas, o modelo de difusão por exemplo, não seria o mais adequado, pois uma máquina que funciona muito bem nos pampas gaúchos pode não se adequar bem as colinas presentes nas feições do cerrado devido as presentes ondulações do terreno, e ficaria difícil utilizar a mesma tecnologia para um país tão cheio de características peculiares. Questão 5 Qual a diferença entre o conceito de rural e urbano.
Qual a importância de fazer uma separação adequada entre os espaços geográficos? Explique na sua resposta o que é o espaço rural e o espaço urbano. mínimo 50 linhas, justificado, fonte Calibri, tamanho 11, espaçamento 1,0) Resposta: O trajeto que se faz para diferenciar o espaço rural do espaço urbano é um longo caminho que perpassa a história da sedentarização do homem no espaço geográfico. Milton Santos (2005, p. Feijó (2011, p. salienta ainda nesta diferenciação dos dois espaço seguindo a lógica da densidade demográfica onde o espaço urbano teria maior densidade populacional apresentando maior concentração de pessoas sobre o ecossistema exercendo a artificialização da paisagem, transformando seus aspectos originais, e o espaço rural com baixas densidades e apresenta algumas divergências quando se utiliza este aspecto, dando como exemplo nos países asiáticos em que é uma região totalmente rural e com elevadas taxas de densidade populacionais em seu território.
Feijó afirma que esta caracterização entre os dois espaços contém várias faces e complexidades, salienta o modo tradicional que se utiliza, tendo como base as amostras dos dados do IBGE, que determina como rurais os trabalhadores que possuem como principal atividade a produção agrícola, porem novamente mostra-se defasado pois nos dados apresentados em sua publicação mostra que grande parte da população rural esta desocupada, vivendo de aposentadorias e pensões, além daquelas pessoas que vivem no espaço rural mas apenas em pequenas propriedades apenas como residência rural, não exercendo atividade agropecuária. O autor aborda ainda sobre a caracterização do espaço rural a partir do trabalho em família, ligá-lo a atividades de subsistência, associando esta atividade como “pobre” e de baixa renda, mostrando um quadro comparativo com a população pobre das cidades e constata que a maioria vive no meio rural, mas não se pode caracterizar o espaço rural diretamente como o espaço da pobreza.
Além disto nem todos os agricultores trabalham na agricultura intensiva, e sim boa parte a agricultura extensiva, na agricultura patronal. A urbanização brasileira. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. VEIGA, José Eli da. Cidades imaginárias: o Brasil é menos urbano do que se calcula.
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