PRODUÇÃO DE CONTEÚDO: PULSÕES, DE FREUD A LACAN

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Sobre a Pulsão Sexual, Freud nos leva a perceber a diferença existente entre essa e o instinto, onde esse pertence exclusivamente aos animais, sendo sua motivação sexual puramente a reprodução, no qual os animais agem por uma necessidade orgânica. Já para os humanos, há uma motivação para além da reprodução, pois não praticamos o ato sexual apenas com fins reprodutivos, mas também com o objetivo do prazer, o que foge da necessidade orgânica, pois a pulsão sexual já não pode ser atribuída a um comportamento específico, não há um padrão para a prática do ato sexual entre humanos e menos ainda uma linearidade. Defende ainda que seria um erro, limitarmos a sexualidade humana O conceito de ‘sexualidade’ e, ao mesmo tempo, o de uma pulsão sexual, teve, é verdade, de ser ampliado de modo a abranger muitas coisas que não podiam ser classificadas sob a função reprodutora, e isso provocou não pouco alarido num mundo austero, respeitável ou simplesmente hipócrita.

FREUD apud MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE, 2008) Para o entendimento de tal conceito, Freud deixa claro em suas ideias que a pulsão bebe da mesma fonte do instinto, quer dizer, não é possível desassociar desse; contudo, a linha tênue que diferencia um do outro é a existência da atuação do corpo e da mente em conjunto na pulsão sexual; ou seja, enquanto o instinto se mostra como sendo uma vontade irracional praticada puramente por uma necessidade orgânica (corpo), a pulsão se distancia nesse ponto pois toma um caminho diferente quando elucida que não há sentido para tal necessidade ao praticarmos atos sexuais puramente por prazer (mente), assim sendo, nem sempre objetivando a reprodução da espécie; entende-se dessa forma que a pulsão nos leva a atos racionais e é justamente isso que nos diferencia do instinto dos animais.

Mais tarde Lacan irá elucidar os contrapontos dessa separação, instinto versus pulsão de forma mais explicativa, já que Freud em sua época sofreu com a mente fechada da sociedade operante e encontrou dificuldades em ser compreendido, o que não seria novidade. Em suas obras posteriores, Freud volta a trabalhar em cima da teoria de pulsão de morte e para isso, nos traz um conceito já mencionado por ele, mas ainda não associado a pulsão de morte, a repetição. Ele nos diz que é possível reconhecer nas crianças, uma compulsão excessiva pela repetição, observar o outro e tentar repetir o que está sendo feito; já na fase adulta, a repetição se mostra uma compulsão que vai além até do princípio do prazer.

Percebemos aí a importância desse conceito pois esse, agrega ainda mais valor a teoria das pulsões e questiona a possibilidade de existir algo maior que posso superar a pulsão do prazer; essencialmente a pulsão de morte onde Freud associa a repetição de sonhos traumáticos, a repetição na transferência e a repetição no ato de brincar na fase infantil do ser humano. Mas como explicar que uma repetição que não leva a prazer algum possa se sobrepor ao sentido do prazer, a um sentimento que gera sensações positivas a mente humana? É a partir desse impasse que Freud decide categorizar mais uma vez as pulsões e defini-las por seus aspectos peculiares, surge então a possibilidade de a pulsão ser explicada por seu caráter restituitivo e por seu caráter repetitivo, como Marco Antônio (2008) citando Freud em alguns momentos de sua fala, nos explica Através da pulsão de morte, Freud vem a conceber as duas características primordiais de toda pulsão: por um lado, seu caráter conservador, restitutivo e, por outro, seu aspecto repetitivo.

A natureza conservadora das pulsões é definida por meio da constatação de que “todas as pulsões tendem à restauração de um estado anterior de coisas” [. Vol. ª edição.  Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. Trabalho original publicado em 2000), 2008. FERNANDES, Maria.

39 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download