O USO DAS MÍDIAS DIGITAIS NO ENSINO DE FILOSOFIA

Tipo de documento:Relatório

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

É função da escola ensinar o aluno a ler esse mundo também por meio das várias mídias, sabendo lidar com os novos instrumentos para essa leitura. O surgimento de novas tecnologias e a sua utilização em sala de aula, tem trazido novas perspectivas e tensões para os debates na área da educação. As TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação) são parte do cotidiano de muitos professores e alunos e, se bem aproveitados, podem contribuir para qualificar praticas educativas e garantir aprendizagens significativas e alinhadas com a realidade da sociedade atual. Para discutir o uso das novas tecnologias nas práticas escolares, especialmente nas aulas de filosofia, essa escrita estrutura-se em três etapas. Inicialmente, discute-se o papel das TIC no âmbito educacional, posteriormente faz-se a reflexão das contribuições do uso dessas mídias digitais para o ensino de filosofia e, finalmente, exemplifica-se a utilização desses recursos nas aulas de filosofia a partir de publicações sobre o assunto.

A transmissão de cultura e conhecimentos se deu, ao longo das gerações, mediadas pelas tecnologias disponíveis em cada época, que não somente lhes deram suporte técnico e material, mas foram elementos estruturadores das relações humanas. Não apenas utilizamos novas tecnologias na contemporaneidade, mas temos nossa perspectiva de mundo e sociedade atravessadas por nosso grau de interação com as tecnologias da informação, especialmente com as mídias digitais. Ao longo da historia, os meios de produção (e de comunicação) estiveram sob o domínio de uma parcela bastante restrita da população, que possuía, produzia e divulgava as informações que eram de seu interesse através, principalmente, das mídias impressas, do jornal e da televisão. A popularização das novas tecnologias, principalmente da Internet, permitiu o acesso muito mais facilitado e barato aos meios de comunicação de massa.

Essa apropriação dos meios de comunicação, relacionados à Internet, por um contingente maior de pessoa, repercute também na escola. Não deve a escola e seus professores refutar a presença das mídias digitais, redes sociais, jogos online, entre outros, sob o risco de tornarem obsoletos e alheios à realidade do entorno. Se usados de forma planejada, coerente com os objetivos educativos e de forma mediada pelos professores, são excelentes recursos para desenvolver, nos alunos, as competências necessárias para a interação social, leitura de mundo, exercício da cidadania e inserção no mundo do trabalho. As tecnologias da informação e comunicação são o resultado da integração de três técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias digitais, que incrementaram as práticas escolares em diferentes níveis, conforme o acesso e a formação de professores, gestores e alunos.

Podemos definir mídias como sendo o conjunto de ferramentas ou canais utilizados pelo homem ao longo do tempo para o armazenamento, transmissão e comunicação de informações (KAMPFF, 2007; FREIRE, 2011). Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades tecnológicas apareceram como uma alternativa da era moderna, facilitando a educação com a inserção de computadores nas escolas, possibilitando e aprimorando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações e a realização de múltiplas tarefas em todas as dimensões da vida humana, além de qualificar os professores por meio da criação de redes e comunidades virtuais. Não atentar para essa necessidade e não contribuir para que os alunos dominem essas novas ferramentas tecnológicas geram uma nova forma de exclusão: a digital, que dificulta a esses estudantes a melhoria de suas qualidades de vida.

Afinal, as dificuldades de acesso às tecnologias inviabilizam suas inserções qualificadas ao mundo do trabalho e da interação social, tão presentes na vida atual. Assim, privar os alunos do acesso e da utilização dessas tecnologias é contribuir para perpetuação de um abismo técnico, cultural e educativo entre a parcela da população dotada de melhores condições financeiras daqueles aos quais quase tudo é negado, inclusive inserção tecnológica. É na apropriação crítica dessas ferramentas digitais e na busca por compreensão de suas dinâmicas de mobilização que os alunos podem fortalecer suas autonomias. Sobre isso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) destacam que o. Dessa forma, a [. adoção de plataformas, aulas e objetos educacionais digitais (vídeos, games, objetos, redes sociais, aplicativos, etc.

podem contribuir para que cada aluno desenvolva habilidades e competências compatíveis com novas demanda sociais, construindo um percurso próprio de aprendizagem, no seu ritmo e a partir das suas necessidades, construa experiências de aprendizagem coletivas e colaborativas, potencialmente reformulando espaços e tempos escolares e ampliando o papel do professor como mediador de conhecimento. LIMA, 2014, p. As mídias digitais no ensino da Filosofia As novas tecnologias têm o potencial de agregar valor às práticas escolares, e, aliadas aos conceitos do pensamento filosófico conduzem a modernização da sociedade racionalista. Pesquisando na web, encontra-se uma grande quantidade de vídeos, animações, histórias em quadrinhos, documentários e outras mídias digitais que possibilitam incrementar as aulas de filosofia. Os usos desses materiais podem dinamizar as aulas dessa disciplina, motivar os alunos e criar um ambiente leve e criativo propicio à aprendizagem significativa.

Percebe=se também, que o uso das TIC’s permite contextualizar as temáticas desenvolvidas em filosofia com a vida cotidiana, aproximando os alunos dos assuntos tratados. Um exemplo de ferramentas digitais que podem estar a serviço do ensino são os softwares digitais, ou ferramentas livres, como o windows, Office e Internet. Segundo Oliveira (2012), ao fazer uso destes softwares o professor procura estabelecer uma relação entre seu trabalho como educador e as novas tecnologias. OLIVEIRA, 2012, p. XXXX). Para Bolzan (2011, p. os filmes introduzidos nos conteúdos da disciplina de Filosofia têm a pretensão de abordar diferentes temas partindo de questões previamente definidas pela professora, onde possamos despertar o interesse pelo estudo filosófico, por questões referentes à moral, liberdade, valores, ética e demais conteúdo a serem desenvolvidos nas aulas de Filosofia.

Esse mesmo autor, descreve em sua escrita a utilização do recurso Pbworks como estratégia de ensino aprendizagem, através da criação de sites utilizando a ferramenta citada. Apesar disso, ainda existe resistência por parte de redes de ensino e professores para o uso das novas tecnologias, encaradas por eles como algo “raso”, em descordo como a profundidade conceitual exigida pela filosofia. No entanto, aposta-se nas TIC’s como possibilidade de aproximar o aluno dos conceitos filosóficos, bem como permitir o protagonismo de alunos e professores, que pode gerar seu próprio conteúdo de difundir conhecimento para além da sala de aula. REFERÊNCIAS: BENETTI, C. C. Dificuldades e possibilidades que constituem o ensino-aprendizagem de filosofia nas escolas: um olhar voltado às implicações singulares na constituição do pensamento.

Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais: ética / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. FREIRE, W. Tecnologia e educação: as mídias na prática docente. Rio de Janeiro:Wak, 2011. p. set. dez. Disponível em:<http://www2. pucpr. Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação nas escolas brasileiras: TIC Educação 2013. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, p. Disponívelem:<http://cetic. br/media/docs/publicacoes/2/tic-educacao-013. pdf>. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1980.

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