O MERCADO DE TRABALHO versus O PRECONCEITO CONTRA OS HOMOSSEXUAIS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Economia

Documento 1

Desta forma pretendeu-se demonstrar em forma de artigo que todas as pessoas são iguais, e que não deveria haver qualquer tipo de discriminação. Considerando o foco do assunto pode-se indagar alguns meios para tentar acabar com essa discriminação que infelizmente ainda existe em nossa sociedade. Palavras Chave: Homossexuais. Mercado de Trabalho. Preconceito. O mundo mudou, os clientes mudaram a sociedade em um todo também. Sendo então que o mercado de trabalho onde essa população está inserida sofreu as influencias de todo esse contexto. Abriu-se espaço para todos os perfis de pessoas, com diferentes habilidades e conhecimentos, mas, além disso, com características físicas, emocionais, sociais diferenciadas, criando grupos diversificados de pessoas. Apesar das mudanças o perfil principal para o mercado de trabalho continua sendo o sexo masculino de cor branca, que é o mais valorizado financeiramente, logo após o sexo feminino de cor branca e por último os negros de ambos os sexos.

Além desses preconceitos sabe-se que a etnia, idade, educação, moradia, família também são influenciadores de opiniões e escolhas para inserção no mercado de trabalho. Na verdade, todo mundo está sujeito a enfrentar situações de incompreensão, distorções no processo comunicacional, e conflitos resultantes da junção de pessoas diferentes para a busca de um mesmo objetivo, trazendo fontes de oportunidade para novos níveis de crescimento, inovação, expansão, desenvolvimento de competências e produtividade (Armstrong, 1995). Flood e Room (1996), afirma que depende de quão bem se compreendem e se estabelecem relação com inúmeros indivíduos diferentes, para que o nível de sucesso em determinada carreira profissional aumente, ou seja, se um profissional consegue ver o mundo com seus próprios olhos, pode obter um poder enorme na compreensão de seu raciocínio e sentimentos.

Uma organização e seu gestor não devem dar ao luxo de jogar fora os talentos e energia de seus colaboradores, independente da sua orientação sexual (Carr-Ruffino, 1995), nem mesmo ignorar esta tendência que aumenta a cada dia, considerando que no mínimo 3 a 10% de pessoas em qualquer organização são homossexuais. Zuckerman e Simons, 1996) A Homossexualidade Conforme França (2006) o avanço do crescimento de espaços do público homossexual, aconteceu após um movimento GLBT acontecido na segunda metade da década de 1990, onde houve uma multiplicação de identidades das categorias gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, que geraram muitas discussões na internet. Nessa mesma época outras mudanças também aconteceram como a diminuição do medo das DST, pois houve o avanço da medicina em relação aos medicamentos anti-retrovirais.

Para ele, os desvios sexuais são vistos como perversões. Freud distinguiu o sexual do genital: a genitália é o órgão de reprodução e tem necessidades fisiológicas; a sexualidade humana saudável é algo extremamente natural. Revista Filosofia, Ano V nº 55, Janeiro de 2011) A Homossexualidade disfarçada perante a realidade Herek (1998), ao pesquisar trabalhadores americanos que atuam em diversas áreas, afirma que em relação à discriminação e estigmatização de empregados homossexuais há predisposição para dois fatores: (1) empregados homossexuais tendem a esconder sua sexualidade no trabalho e (2) quanto maior a sensação de que há no trabalho discriminação e estigmatização baseada na sexualidade homossexual, mais provável é que os empregados homossexuais escondam sua orientação sexual. Segundo Ferreira e Siqueira (2007) o processo de sair ou permanecer no armário e seus efeitos na carreira do indivíduo é algo vital para a análise da homossexualidade no âmbito das organizações.

Os pesquisadores defendem que os gays assumidos são mais voltados para a carreira que permita expressar a orientação sexual no trabalho, enquanto os gays enrustidos estão mais focados para escolhas fundamentadas em valores de trabalho mais tradicionais e relacionados a status, compromisso e estabilidade. Nenhuma distinção é reconhecida legalmente entre hetero e homossexuais. Perante a lei todos são tratados de igual modo nas formas delituosas. Esse assunto nos faz pensar em questões relativas à sexualidade de uma maneira mais aberta, pois falamos de aspectos individuais e processos psíquicos, e não mais de intimidades e privacidades. Segundo Jesus (2009) é necessário organizar os setores mais avançados da classe trabalhadora, isto é, os sindicatos, para argumentar e conquistar a indiferença dos trabalhadores a fim de mostrar a necessidade de emancipação homossexual e discutir com gays e lésbicas a importância de lutar por melhores condições nas relações de emprego e trabalho.

Para Baumgardt (2011) vários são os preconceitos encontrados pelos homossexuais em locais de trabalho, aborrecimentos, insinuações e até agressões físicas são as principais conseqüências da comunidade machista e preconceituosa. São exemplos das mesmas: busca de informações processuais disponibilizadas na home Page dos Tribunais Trabalhistas, com consulta formulada através do nome da parte; solicitação ou pedido aos candidatos que peçam certidões negativas nos distribuidores trabalhistas; formação de listas, copiando nomes nas pautas de audiência das varas do trabalho; compra de listas prontas confeccionadas por empresas especializadas no assunto; obtenção de informações nas empresas anteriores onde o candidato trabalhou além de outras formas que não se consegue sequer detectá-las. MELO, 2002) Ragins e Cornwell (2001) analisam a discriminação contra empregados que são homossexuais assumidos no trabalho ou apenas percebidos pelos colegas como homossexuais.

Eles afirmam que nos Estados Unidos entre 25% e 66% de empregados homossexuais fizeram algum registro oficial junto às empresas por terem sido discriminados no trabalho. Contudo, segundo os autores, a maioria dos homossexuais masculinos ou femininos não são assumidos no ambiente de trabalho e isto faz com que o potencial de discriminação deva ser bem mais alto do que os registrados. A grande preocupação de Ragins e Cornwell (2001) é entender quais os fatores que estão relacionados com a percepção de discriminação no trabalho de lésbicas e gays. Ela faz com que as perdas de produtividade sejam, não só caracterizáveis por parte dos colaboradores homossexuais, como por todos os colaboradores da organização. A orientação sexual dos homossexuais apenas será perigosa, se a população a desprezar por tal e houver total aumento da discriminação, pois esta gera violência.

As pessoas homossexuais têm o mesmo valor quanto quaisquer outras, e o mundo se tornaria melhor se estas não precisassem preocupar-se com a aceitação da sociedade e essa se desse de fato. UMBELINO, 2011) O que se pode verificar quando as pessoas homossexuais se assumem, ou deixam de se assumir, é que o medo da discriminação está sempre presente, trazendo sempre a perda de autoconfiança o que contribui para que trabalhem com mais energia e com mais qualidade. A maioria se torna excelentes profissionais, alguns sofrem e não alcançam seus objetivos (Woods e Lucas, 1993). Sabe-se que todas as pessoas são iguais, e portanto deve-se respeitar a todos com igualdade. Já que é fato de que os homossexuais estão se inserindo cada vez mais no mercado de trabalho, então é necessário uma mudança social e cultura.

REFERÊNCIAS  ARMSTRONG, M. A HANDBOOK OF PERSONNEL MANAGEMENT PRACTICE (5 th edition). Lodon: Kogan Page.  FERNANDES, Jacinta Gomes. União Homoafetiva como Entidade Familiar. Acesso: 11 de novembro de 2011.  FERREIRA, R. C. R. A. Diversity Management: Triple Loop Learning. West Sussex: John Wiley & Sons, Lda.  FRANÇA, Isadora Lins. D. Homosexuality: research implications for public policy. Newbury Park, California: Sage, 1991.  JESUS, Jaques. O homossexual e o trabalho. In: PARKER, R. et alli. orgs. A Aids no Brasil. Rio de Janeiro, Relume Dumará/ABIA/IMS/UERJ, 1994. p.  SCHNEIDER, B. E. Coming out at. Work and occupations. The Free Press. UMBELINO, Cristiana. A ORIENTAÇÃO SEXUAL NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL E LEGAL. Acesso dia 15 de novembro de 2011.  Zuckerman, A.

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