Monografia Pedagogia - A Importância da Lucidade na Educação dos Anos Iniciais

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Projeto de Ensino (Graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, 2019. RESUMO Esta conjuntura acadêmica nasceu com o objetivo principal de realizar um projeto de ensino para a educação inicial, tendo a Lucidade como ponto de enfoque para ser estudado e analisado. Como base central para o desenvolvimento do fazer pedagógico dentro da sala de aula. Foram eleitos alguns objetivos específicos como por exemplo criar situações nas quais as crianças possam: movimentar-se de forma adequada, ao interagir com colegas e adultos em brincadeiras e atividades. A Base Nacional Comum Curricular, fala acerca das brincadeiras dentro do agir pedagógico. Dentro desse contexto se faz necessária abordar e trabalhar com algumas habilidades, sendo elas o eu, o outro e o nós, corpo, gestos e movimentos, traços, sons, cores e formas, escuta, fala, pensamento e imaginação, espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Contudo, será que os profissionais da área da educação estão devidamente preparados para lidar com o ensino lúdico? Sabe-se que é de responsabilidade do professor providenciar atividades lúdicas no momento das aulas, para que assim os alunos aprendam de uma maneira muito mais prazerosa e interessante os conhecimentos a serem repassados nessa fase. Esta pesquisa visa abordar sobre o lúdico no processo de aprendizagem das crianças da Educação Infantil e tem como objetivo principal compreender o ensino lúdico e o também como o uso das brincadeiras podem auxiliar no processo da aprendizagem; além do exposto abordou-se a importância do lúdico na aprendizagem e na formação do professor, dentro do cotidiano escolar, nos pontos positivos e negativos da aplicabilidade do ensino lúdico.

A brincadeira lúdica na educação deve tomar um lugar de maior destaque, renomados estudiosos reafirmam a sua importância, e entre eles é possível citar Vygotsky, Kishimoto e Piaget, que trazem que o lúdico é uma estratégia importantíssima para a aprendizagem infantil. A Lei nº 9. de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ordena a educação básica em: Educação Infantil – creche e pré-escola; Ensino Fundamental – séries iniciais e finais e Ensino Médio. A educação infantil é a primeira fase que compõe a educação básica e, conforme disposto no artigo 29 da referida Lei: [. tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996).

Seguindo essa visão, temos que a LDB 9. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança (BRASIL, 2013).

Tais elementos são de suma importância para a definição dos principais aspectos pedagógicos e didáticos que vão envolver a organização curricular na Educação infantil. Seguindo essas normas é que vamos nos deparar com os princípios que devem reger a organização da Educação Infantil no que se refere ao desenvolvimento das competências das crianças de 0 a 5 anos. • o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc. • o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; • o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; • a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; • o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.

BRASIL,1998, p. De acordo com Almeida (2003, p. as fases das crianças em relação aos brinquedos são divididas entre: a) Sensório motora (1 a 2 anos): A criança descobre e utiliza seu próprio corpo como meio de brincadeira, interage com outros objetos que estão ao seu alcance e ao seu redor e após adquirir a linguagem começa imitar reproduz sons do ambiente e a copiar o que vê e ouve. b) Simbólica (2 a 4 anos): Fase em que a criança gosta de estar com as pessoas mais velhas e são egocêntricas, achando que o mundo gira em torno delas, não gostam de dividir e nem de compartilhar o que lhe pertence, as brincadeiras com regras não funcionam muito e as mais simples servem de estimulo para desenvolver o intelectual e quanto mais informações receber mais guardará em seu cérebro.

c) Intuitiva (4 a 6/7 anos): Aqui é definido o seu desenvolvimento físico, intelectual, afetivo e social. a ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se sobre a sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula". A lucidade desenvolve o jogar e o brincar, gerando um interesse espontâneo da criança, fazendo assim que elas participem mais, auxiliando no seu desenvolvimento e conhecimento. Santos (1997) afirma que: O brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se a sociedade e constrói o seu próprio conhecimento (SANTOS, 1997, p.

De acordo com Maranhão apud Haetinger (2004, p. o jogo do ponto de vista educacional deve responder aos interesses da criança, e proporcionar a oportunidade da criança transformar o jogo, permitindo, assim, a participação e ainda possibilitar avaliação do conteúdo e atuação das crianças durante a atividade (HAETINGER, 2004, p. Admite-se que o brinquedo representa certas realidades. Uma representação é algo presente no lugar de algo. Representar é corresponder a alguma coisa e permitir sua evocação, mesmo em sua ausência. O brinquedo coloca a criança na presença de reproduções: tudo o que existe no cotidiano, a natureza e as construções humanas. Pode-se dizer que um dos objetivos do brinquedo é dar à criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-los.

No caso da criança o imaginário varia conforme a idade. Para o pré-escolar de 3 anos, está carregado de animismo; de 5 a 6 anos, integra predominantemente elementos da realidade. Já com relação à brincadeira, podemos ver que a mesma representa uma ferramenta para a criança de se expressar e aprender. Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil, A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. É alterando o significado de objetos, de situações, é criando novos significados que se desenvolve a função simbólica, o elemento que garante a racionalidade ao ser humano.

Ao brincar de faz de conta a criança está aprendendo a criar símbolos. Assim, pode ser realizada uma relação com o jogo simbólico, o qual está relacionado à representação de um objeto por outro, encontramos os dizeres de Piaget (1993, p. Sua função consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a a sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção. Em suma: o jogo simbólico não é um esforço de submissão do sujeito ao real, mas, ao contrário, uma assimilação deformada da realidade ao eu. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver.

Em relação aos jogos, Piaget os classifica em três tipos: o exercício, o símbolo e a regra, os quais constituem os jogos de construção. Segundo Piaget (1975, p. o jogo de “exercício” pode ser, assim, pós-exercício e exercício marginal, tanto quanto pós-exercício. Enfim, se é essencialmente sensóriomotor, o jogo de exercício também pode envolver as funções superiores; por exemplo, fazer perguntas pelo prazer de perguntar, sem interesse pela resposta nem pelo próprio problema. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino 3. Tema e linha de pesquisa O projeto se desenvolve na área da docência. Dentro daEducação Infantil. A linha de pesquisa baseia-se no fazer pedagógico por meio da Lucidade respaldando-se nos ensinamentos de Vygotsky e a nas normas que envolvem a educação no Brasil.

Justificativa Todos sabem que os anos iniciais da educação necessita de ferramentas capazes de auxiliarem os alunos no seu desenvolvimento e a Lucidade é ponto chave que atua em favor desse processo de aprendizagem das crianças. Brincadeira: Quebra-Cabeça para ser montado em duplas. º Momento Iniciar a aula falando sobre os brinquedos. Brincadeira: Leva-los ao parquinho da escola para usufruírem do mesmo. º Momento Iniciar a aula com a música Bom dia coleguinha como vai. Brincadeira: Colocar músicas e falar pausa. Pelo fato das brincadeiras serem democráticas, sabe-se que as mesmas permitem as crianças mostrarem o verdadeiro eu e se desenvolverem no seu devido tempo. Sendo assim conclui-se este projeto deixando de forma objetiva a importância da lucidade, como a legislação a trata e como vem sendo conquistado o seu espaço dentro da sala de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n º 8. GALLAHUE, D. L. OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebes, crianças, adolescentes e adultos. A pré-escola em São Paulo (1877 a 1940). São Paulo: Loyola, 1988 NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil, 1994. OLIVEIRA, Zilma Ramos de. RIBEIRO, Katiuce Lucio. SOUZA, Selma Pereira de. Jogos na Educação Infantil. Katiuce Lucio Ribeiro, Selma Pereira de Souza. Serra: Escola Superior de Ensino Anísio Teixeira, 2011. Florianópolis: UFSC, 1999. SOMMERHALDER, Aline. Jogo e a educação da infância: muito prazer em aprender/ Aline Sommerhalder, Fernando Donizete Alves.

ed. Curitiba, PR: CRV, 2011. A formação social da mente. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. WALLON, Henri. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil.

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