LEVANTAMENTO DE CUSTOS E DEFINIÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE ELEVADORES EM UMA EMPRESA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Objetivos Específicos 7 1. JUSTIFICATIVA 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 9 2. CONTABILIDADE DE CUSTOS 9 2. TERMINOLOGIA DE CUSTOS 10 2. Gasto e Desembolso 11 2. MÉTODOS DE CUSTEIO 16 2. Custeio por Absorção 17 2. Custeio Variável 18 2. FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 21 2. Baseado nos Custos 22 2. Neste contexto, a demanda por elevadores cresce proporcionalmente, entretanto, apesar disso, o mercado encontra-se saturado, por este motivo, para ter grandes possibilidades de obter destaque no mercado, é necessário o desenvolvimento constante da empresa. Desta forma, além de equipamentos de qualidade, o preço de venda é um dos fatores determinantes para se estar à frente em um mercado onde há uma grande competitividade entre empresas que comercializam produtos similares. Diante deste cenário, a escolha adequada de um método de custeio e formação de preço são fatores determinantes para que as empresas obtenham precisamente a margem mínima de venda de seu produto, visto que, o levantamento equivocado de custos e despesas possivelmente gerará prejuízos.

As decisões relacionadas ao nível de atividade, ponto de equilíbrio, produtos a serem produzidos para potencializar o lucro da empresa, entre outras informações que contribuem para tomada de decisões, são direcionadas através das informações sobre os custos e preços de venda, as quais são relevantes, auxiliam a controlar e planejar o negócio. Inicialmente a pesquisa consiste no levantamento de custos que englobam um elevador, posteriormente os valores obtidos serão classificados em categorias específicas, afim de facilitar a aplicação das ferramentas gerenciais. Neste contexto, pretende-se contribuir para a gestão de uma empresa de elevadores, fornecendo dados desde o levantamento de custos até a formação do preço de venda. O interessante desse estudo, é que ele pode servir como base para outros negócios, e não exclusivamente para a empresa abordada.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo tem a finalidade de apresentar o referencial teórico pesquisado para a estruturação da presente pesquisa. Para um esclarecimento da área abordada pelo trabalho, inicialmente são abordados os conceitos e classificação da área de custos e métodos de custeio. Por fim, mencionam-se a análise de custo, volume e lucro, conceituando margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança e a formação do preço de venda baseado nos custos, mercado, demanda e Mark-up. Referente as tomadas de decisões, Martins (2010, p. afirma que: Seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de vendas, opção de compra ou produção etc.

Portanto é um recurso que dispõe informações, essas influenciam diretamente nas decisões da empresa perante o mercado. Com o aumento significativo da competitividade, os custos ganharam relevância na tomada de decisões da empresa, utilizar exclusivamente os custos fabris como parâmetro para determinar preço de produtos não é suficiente, é necessário também comparar com os valores do mercado. Conhecer os custos é indispensável para qualquer organização, a partir dessa informação é possível determinar a rentabilidade do produto (MARTINS, 2010). é o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto. Por exemplo, se for efetuada uma compra de material com 60 dias de prazo para o pagamento, o gasto ocorrerá imediatamente, mas o desembolso só ocorrerá dois meses depois. Custo Segundo Berti (2010, p. o custo corresponde ao “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços”.

O autor ainda ressalta que equivale ao gasto, porém, usa-se essa nomenclatura para referenciar o custo no momento da fabricação de bens ou serviços. De acordo com Santos (2005), as perdas não podem ser admitidas como despesa, uma vez que elas ocorrem de forma anormal e involuntária e não como um sacrifício para obtenção de receita. São gastos inesperados com bens ou serviços em consequência a inundação, roubo, incêndio etc. Da mesma forma que as despesas, as perdas são contabilizadas na conta de resultado. Desperdícios Resultado da aplicação de recursos de forma ineficiente, gerando despesas desnecessárias. Enfim, custo que não agrega valor ao produto. Portanto, o cálculo dos custos diretos não depende de rateios, são identificados facilmente para alocação a um produto.

Custos Indiretos São mais complexos de atribui-los às unidades de produtos fabricados, é um processo que necessita de rateios, nesta divisão não há exclusividade com determinado produto, engloba todos os custos fabris ligados à produção simultânea de vários produtos (WERNKE, 2005). Segue os tipos de custos representados pela figura 02. Figura 02 - Tipos de Custos Figura 02 - Tipos de Custos Fonte: VIEIRA, 2008. Os custos podem ser divididos em diretos e indiretos, sendo que, os custos diretos são variáveis, diferentemente, os custos indiretos podem ser fixos ou variáveis. Na figura 03, observa-se que os custos variáveis se elevam conforme a quantia produzida. Diferentemente, os custos fixos permanecem constantes independente do volume produzido. MÉTODOS DE CUSTEIO Métodos de custeio são modelos utilizados para identificar os custos dos produtos e facilitar a apropriação destes na apuração dos resultados ao final do período.

A contabilidade de custos apresenta vários métodos de apropriação, elencados conforme os objetivos e necessidades de cada entidade. Segundo Berti (2010), as empresas adotam cautela na escolha por um método de custeio, pois o mesmo influencia na precisão da apuração de custos. Para Martins e Rocha (2010), o processo do custeio por absorção é composto por três etapas. Na primeira os custos são acumulados nos respectivos centros de custos. Na segunda etapa, os valores são transferidos dos centros de custos de apoio para os centros de custos de produção. E na última etapa os valores são transferidos dos centros de custos de produção para os produtos. Entretanto, essa segregação em centro de custos não é obrigatória: O Custeio por Absorção pode ser operacionalizado sem a utilização de centros de custos; o sistema de alocação de custos item a item é trabalhoso apenas na fase de modelagem, mas não oferece dificuldades de processamento.

De acordo com Fontoura (2013), o método abrange uma visão de gestão de curto prazo, sendo aplicável em organizações que estão enfrentando elevada competitividade em relação aos preços dos produtos e serviços. Quanto as vantagens associadas ao custeio variável, Kroetz (2001) menciona os seguintes aspectos: a) enfoque gerencial; b) não incorre em erros de rateios; c) permite uma análise da contribuição direta de cada produto para com os resultados, pela análise da margem de contribuição; d) os dados necessários para a análise da relação custo/volume/resultado são rapidamente obtidos; e) totalmente integrado com o custo-padrão e orçamento flexível. Com relação às desvantagens deste método de custeio, Kroetz (2001) diz que: a) não considera custos fabris, consequentemente tem uma visão de curto prazo; b) não aplicável isoladamente para formação do preço de venda; c) deve ser avaliado com detalhe em empresas de elevado Ativo Imobilizado, pois não considera a depreciação, quando esta for calculada pelo método linear ou outro método que à transforme num custo fixo; d) a exclusão dos custos fabris indiretos para a valoração do estoque causa subavaliação.

Fere os princípios contábeis. Referente as desvantagens, Kroetz (2001) relata: a) No caso dos custos mistos (custos que têm uma parcela fixa e outra variável), nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da parcela variável. Podem ser considerados como objetivos de preço: maximização das vendas, participação de mercado, liquidez e de lucros e de rentabilidade, cobertura dos custos, retorno sobre ativos e investimentos, estabilidade do volume de negócios no mercado e níveis de preços praticados, determinação de preços justos aos clientes, manutenção dos atuais clientes, sobrevivência da empresa e desencorajamento de novos entrantes, dentre outros (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2006). Para Kroetz (2001), não existe apenas uma forma de solucionar e organizar a formação do preço de venda, portanto, antes de adotar qualquer estratégia, a empresa deverá decidir quais serão seus objetivos a serem alcançados, pois, quanto mais esclarecidos forem, mais fácil será para estabelecer o preço de venda.

Durante o processo de formação do preço de venda, deve ser analisado alguns fatores como por exemplo: maximizar lucro, ROI (return on investment) e preço baseado nos custos, os quais sugerem a formação do preço de venda com base no mercado, com base na economia e com base nos custos empresariais. MEGLIORINI, 2002). Baseado nos Custos Neste método, o custo é utilizado como base do preço para a fixação de um produto ou serviço. Desta forma, por meio de informações levantadas a partir do mercado, estima-se o preço de venda, muitas vezes um preço abaixo do valor desejado, ou então um valor para que não haja discrepância perante a concorrência, fazendo com que determinada empresa não fique para trás e tenha credibilidade e confiança dos clientes por não apresentar diferença significativa superior no valor de certos produtos, justificando que o custo do processo de produção é igual para um produto similar.

Em situações que se estima a precificação do produto abaixo do valor de mercado, cabe a organização adotar estratégias com o objetivo de aumentar sua rentabilidade. Neste caso, além de não haver vendas com margens negativas, a mercadoria deve ter um diferencial como destaque perante a concorrência, além de aumentar o volume de vendas e adotar estratégias para redução de custos. Sendo assim, é essencial também a identificação da margem de lucratividade (WERNKE, 2005). Baseado na Demanda Este método consiste em definir os preços de acordo com os clientes, ou seja, o valor varia com o que o consumidor está disposto a pagar pelo produto. O Mark-up pode ser calculado de duas maneiras, as quais, chegam mesmo valor de preço de venda.

Uma delas é chamada de Mark-up multiplicador, a qual, oferece o número pelo qual os custos e despesas variáveis devem ser multiplicadas, conforme demonstra a Equação 01. A outra maneira, descrita pela Equação 02, chama-se de Mark-up divisor, a qual, representa o percentual dos custos e despesas variáveis em relação ao preço de venda (SOUZA; DIEHL, 2009). ANÁLISE DE CUSTO, VOLUME E LUCRO O princípio engloba conceitos de Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança. A análise de custo, volume e lucro influencia diretamente nas decisões gerenciais. Ficam esclarecidas dúvidas relacionadas ao comportamento do lucro da organização, caso: a) O volume das vendas aumentarem ou diminuírem; b) Os custos (variáveis ou fixos) aumentarem ou diminuírem; c) Houver redução ou aumento nos preços de vendas; d) Os efeitos dessa mudança podem ser explicados pela análise de custo, volume e lucro.

Existem algumas limitações ligadas ao uso desta ferramenta de acordo com Dubois, Kulpa e Souza (2006): a) O analista precisa dispor de competência para projetar os custos e despesas para os distintos níveis de vendas; b) Os custos fixos precisam de atenção quando forem determinados seu valor e o tempo em que ficarão com o valor inicial inalterado. c) Nem sempre as receitas totais se comportam como uma linha reta. É pertinente fazer verificações acerca de como o produto se comporta no mercado, principalmente se for de alta concorrência. Demanda e oferta também são fatores que devem ser considerados. Ponto de Equilíbrio O segundo tópico que constitui a Análise de Custo, Volume e Lucro é o Ponto de Equilíbrio. Geralmente todo início de uma empresa em termos financeiro não é fácil, muitas vezes a receita é tão baixa que não cobri nem suas próprias despesas, gerando uma situação na qual a organização trabalha com prejuízo (MEGLIORINI, 2002).

À medida que a demanda vai crescendo acompanhado pelo desenvolvimento constante do sistema produtivo, a tendência é que os prejuízos reduzam e a empresa comece a gerar lucro. Basicamente, o ponto de equilíbrio corresponde ao mínimo de faturamento que a empresa deve atingir para que não sofra prejuízos, completa Dutra (2003). Gráfico 01 - Representação do ponto de equilíbrio Gráfico 01 - Representação do ponto de equilíbrio Fonte: Martins (2010, p. Fontoura (2013) demonstra as equações utilizadas para calcular ponto de equilíbrio: (05) (06) (07) Conforme Fontoura (2013), o uso das equações depende da compreensão dos custos fixos e variáveis da mercadoria e conhecimento da margem de lucro. O resultado da operação serve de parâmetro para análise de custo, volume e lucro.

Em termos de vantagens, o ponto de equilíbrio indica o número de vendas necessário para obter o lucro pretendido, mostra o comportamento do rendimento caso o preço de venda aumente ou diminua e fornece informações necessárias para tomada de decisões quanto à alteração e definição de produtos (WERNKE, 2005). Wernke (2005) sugere que inclua o cálculo de margem de segurança na análise de custo, volume e lucro. Os dados obtidos auxiliam as empresas a não trabalharem com prejuízos, ou seja, abaixo do ponto de equilíbrio. TIPOLÓGIA DA PESQUISA A metodologia, segundo os autores analisados caracteriza este estudo como uma pesquisa qualitativa com base em dados auxiliares, adquiridos por meio de uma pesquisa exploratória em bibliografia pertinente e no banco de dados e documentos da entidade.

Os trabalhos científicos devem estar apoiados em uma metodologia a qual dará suporte ao tema abordado, de modo a alcançar os objetivos tragados para o referido. De acordo com Lakatos e Marconi (2006, p. pesquisa significa: muito mais do que apenas procurar a verdade: e encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou técnicas empregadas. Foram obtidas informações prévias por meio de entrevistas com os gestores da entidade e por meio de uma pesquisa sobre os principais indicadores brasileiros que impactam diretamente nos resultados financeiros da instituição, para que fosse possível assimilar o atual cenário da entidade e quais são os valores projeções a curto e médio prazo.

PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANÁLISE DE DADOS Nesta pesquisa foram realizados para a coleta de dados as seguintes ferramentas: entrevista, pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Os limites nos quais esta pesquisa se enquadra dizem respeito à análise ter como foco somente o setor de prestação de serviços da entidade em questão, analisado com base em informações colhidas juntamente á própria instituição. Esta coleta de dados foi possível pelo fato da entidade ocupar-se do controle do mercado e da evolução deste crescimento da região estudada, compreendida pela cidade de Balneário Camboriú- Santa Catarina onde empresa possui equipamentos instalados. A fonte de informações será predominantemente primária, porque conforme afirma Roesch (1996) os dados primários são informações que nunca foram agrupados, e que são adquiridos diretamente pelo pesquisador por meio de entrevistas, questionários, escalas, testes, observação, índices e relatórios escritos.

Também são indicados os métodos de custeio abordados e a análise de viabilidade do produto. Inicialmente foi realizado um levantamento de todos os itens que compõe o elevador hidráulico, ou seja, toda matéria-prima,que é composta de inúmeros itens, totalizando o valor de R$ 67. Conforme figura 8: Figura 08 – Tabela do Elevador Hidráulico Fonte: Autor, 2022. Pode se observar na figura 08 que a parte que tem o custo mais elevado de materiais diretos é o Conjunto hidráulico, a qual é a parte maior do equipamento, com R$ 16. que representa aproximadamente 25% do total. horas Nº Colaboradores Custo Hora do Setor Custo com MOD do Produto Gerente 15,50 1 70,04 1. Secretária 18,00 1 14,29 257,22 Vendedor 22,00 1 38,25 841,50 Aux. Logística 23,00 2 33,34 766,82 Total 78,50 5 155,92 2. Quadro 01 – Custo da MOD do elevador hidráulico Fonte: Autor, 2022. REFERÊNCIAS MEGLIORINI, Evandir. BERTI, Anélio.

Contabilidade e análise de custos: teoria e prática. ed. Curitiba: Juruá, 2010. DUBOIS, Alexys; KULPA, Luciana; SOUZA, Luís Eurico de. ed. São Paulo: Atlas, 2005. SOUZA, A. CLEMENTE, A. Gestão de Custos - Aplicações Operacionais e Estratégias. São Paulo: Atlas, 2013. DUTRA, René Gomes. Custos: Uma Abordagem Prática. ed. São Paulo: Atlas, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um Enfoque em Sistema de Informação Contábil. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SOUZA, Marcos Antônio de; DIEHL, Carlos Alberto. ed. São Paulo: Atlas, 2012. YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. ed. Fundamentos de Metodologia: Um Guia para a Iniciação Científica. Ed. São Paulo: Makron Books, 2000. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica.

ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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